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ESTUDO DE CASOS
ERRO DE TIPO E DE PROIBIÇÃO
 
1. Um médico, desejando matar um paciente, determinou que uma enfermeira aplica-se no paciente uma injeção letal, dizendo tratar-se de analgésico, ordem que foi prontamente cumprida, levando o paciente a morte.
R: Erro determinado por terceiro, Art. 22, CP.
Apenas o médico responde por homicídio doloso, apesar da enfermeira ter causado a morte, desconhecia o conteúdo da injeção.
 2. Caio ao sair apressadamente de uma repartição pública leva consigo um guarda-chuva idêntico ao seu, mas que na verdade era de propriedade de Tício que também estava sendo atendido no órgão público.
R: Erro de tipo essencial inevitável, Art. 20, CP (exclui o dolo e a culpa).
O agente não responde por furto culposo.
 3. João desliga os aparelhos que mantinham vivo o seu irmão, portador de doença incurável, supondo que a eutanásia é permitida na legislação brasileira.
R: Erro de proibição, Art. 18, CP.
Responde pelo crime, com pena reduzida.
 4. O agente pretendendo subtrair algumas sacas de farinha de um armazém, por engano, acaba levando sacos de farelo.
R: Erro de tipo Acidental sobre o objeto.
O agente responde por furto doloso.
 5. Erasto, por erro derivado de culpa, pensa que um ladrão se encontra em seu quintal e efetua disparos de arma de fogo contra ele, certo de que agia em legítima defesa de sua propriedade. Ao se aproximar da vítima verificou que não era um ladrão, mas seu vizinho que fora visitá-lo.
R: Descriminante Putativa, Art. 20, §1º, CP.
O agente responde por homicídio culposo.
6. Um morador de um povoado longínquo, analfabeto e sem acesso aos meios de comunicação, mata um animal silvestre mata um tatu, sem saber que tal conduta está prevista no art. 29 da Lei n. 9.605/90.
R: Erro de Proibição Inevitável, Art. 21, CP.
O agente é isento de pena.
 7. A contrai núpcias com B, sem saber que a mesma é casada.
R: Erro determinado por terceiro, Art. 20, §2º, CP.
B responde por bigamia, previsto no Art. 235, CP, visto que A não tinha conhecimento sobre a ilicitude do fato.
 8. Durante a guerra, a sentinela, percebendo a aproximação de um vulto, supõe que se trata de um inimigo, vindo a matar seu companheiro que, tendo fugido da prisão inimiga, estava voltando ao acampamento com a farda do exército inimigo.
 R: Descriminante Putativa, Art. 20, §1º, CP.
 O agente não responderá por nada.
 9. O agente pretende matar Pedro, seu irmão. Encontrando-se com Antônio, sósia de Pedro, mata-o.
R: Erro Acidental sobre a pessoa (Vítima virtual), Art. 20, §3º, CP.
O agente responde por homicídio doloso, com agravante por tentar matar o irmão.
10. João, pretendendo matar José, atira em sua direção, mas, por erro de pontaria, atinge Pedro, causando a morte deste último, que estava ao lado de José, que também foi atingido pelo projétil causando lesões corporais.
R: Erro Acidental, na modalidade de execução, Art. 73, CP.
O agente responderá por homicídio com a pena aumentada.
 11. O agente, querendo quebrar a janela de vidro da casa vizinha, atira uma pedra que acaba por atingir um transeunte e não a janela, causando lesões corporais no mesmo.
R: Erro de tipo Acidental, na modalidade diverso do pretendido, Art. 74, CP.
O agente responde por lesão corporal culposa.

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