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UNIVEL – DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME Rosana Bonissoni ACADÊMICO: MAYCON RODRIGO ROSS Exercícios erro de tipo e erro de proibição. Consultando o CP e doutrinas. 1- Complete com (V) ou (F), justificando cada assertiva: a) O erro de tipo exclui o dolo, mas o comportamento pode ser punido a título culposo se o erro for inescusável ( F ) O erro de tipo exclui o dolo, mas o comportamento pode ser punido a título culposo se o erro for escusável. _____________________________________________________________________ b) O erro de tipo incide sobre os elementos que integram o tipo penal, abrangendo qualificadoras, causas de aumento e agravantes.( V ) _____________________________________________________________________ c) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo e a culpa, podendo o agente, no entanto, responder civilmente pelos danos eventualmente ocasionados.( F ) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei, nos termos do art. 20 do CP. ______________________________________________________________________ d) No erro quanto à pessoa não se isenta o réu de pena; no entanto, as qualidades ou condições que contarão para qualificar ou agravar o delito, serão as da vítima que se pretendia atingir e não as da efetivamente ofendida.( V )_ ________________________________________________ e) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, exclui o dolo; se evitável, constitui causa de isenção da penal( F )_ O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. ART. 21 _______________________________________________________ f) Não responde pelo crime o terceiro que determinou o erro ( F ) R: No erro determinado por terceiro, previsto no artigo 20, §2º, do Código Penal, temos um erro induzido, figurando dois personagens: o agente provocador e o agente provocado. Trata- se de erro não espontâneo que leva o provocado à prática do delito. Ex.: um médico, com intenção de matar seu paciente, induz dolosamente a enfermeira a ministrar dose letal ao enfermo. O médico (autor mediato) responderá por homicídio doloso, enquanto a enfermeira (autor imediato), em regra, fica isenta de pena, salvo se demonstrada a sua negligência, hipótese em que será responsabilizada a título de culpa. __________________________________________________________________________ g) Se João joga Caio do alto da ponte, para matá-lo afogado, porém este morre de traumatismo craniano por que bateu a cabeça no alicerce, teremos homicídio doloso com erro acidental, ( V )_______________________________________________________________ 2- Diga qual espécie de erro acontece: se erro de proibição ou erro de tipo, essencial ou acidental (sobre o objeto, a pessoa, erro na execução, resultado diverso do pretendido ou erro sobre o nexo causal), apontando a solução jurídica para cada caso: a) Se o sujeito tem em casa uma pequena quantidade de cocaína, pensando se tratar de outra substância, substância inócua. Erro de tipo essencial. Afasta o dolo e a culpa. É uma circunstância elementar. É escusável, Inevitável, 20 caput cp .___________________________ b) Se o sujeito tem em seu quintal algumas mudas de cannabis sativa (maconha), supondo que para fins medicinais e que tal ato não é proibido. Erro de proibição direto. Conhece o produto mas imagina que não é ilegal por se tratar de fins medicinais. Art 21cp. Escusável. Afasta a pena. Elimina a ilicitude.______________ c) No estacionamento do shopping Center, Caio ingressa num carro de igual cor e modelo do seu, aciona e sai. Erro de tipo essencial. Afasta o dolo e a culpa. Não sabia que estava subtraindo bem alheio. Escusavel. Inevitável. Afasta dolo e a culpa. ______________________________________ d) Se“A” praticar roubo com arma de fogo, acreditando tratar-se de arma de brinquedo, tendo seu erro recaído sobre a circunstância contida no § 2º do art. 157 do CP. Erro de tipo aciental sobre o objeto. É irrelevante. É 157. Assalto a mão armada. Não afasta do dolo e nem a culpa. _______________________________________________________ e) Ter em mãos um cigarro de maconha que recebeu de 3º para consumo próprio, acreditando (de boa fé) tratar-se de um cigarro comum. Erro de tipo essencial. Relevante. Afasta o dolo e a culpa. É uma circunstância elementar. ____________________________ f) “A”, primário, subtrair um rolex, pensando se tratar de um relógio de pequeno valor. (art. 155, § 2º do CP) Erro de tipo acidental de objeto. Bem jurídico é o objeto. Não afasta o dolo. Poder ter sua pena atenuada devido ao valor do objeto ser irrisório. ____________________________________________________________ g) “A” ingressa em um comércio para furtar produtos importados e revendê-los, porém, leva consigo produtos nacionais. Erro de tipo acidental. Irrelevante. Pouco importa o que furtou. Vai ser punido. A pessoa sabia perfeitamente o que estava fazendo. Não exclui o dolo nem nada. Mas pode ter a culpa atenuada caso os produtos nacionais tenho valor irrisório perto dos importados. _________________________________________________ h) Ter em sua residência um recipiente contendo pó branco, acreditando ser farinha em vez de cocaína Erro de tipo essencial escuso e afasta o dolo e a culpa. Escusável, inevitável.______________________________________________________________ i) Traficante de drogas entrega foto de usuário inadimplente e o executor mata gêmeo. Erro de tipo acidental in persona. Não afasta o dolo homicídio consumado. ____________________________________________________ j) Ao invés de matar o estuprador do filho, João matou um sósia. Erro de tipo acidental in persona. Não afasta o dolo. Homicídio consumado. Responde como se fosse o estuprador do filho. ______________________ k) Contrair casamento com alguém casado desconhecendo completamente o casamento anterior válido. Erro de tipo essencial, afasta o dolo no fato típico. Art. 20 cp. Escusável. Inevitável porque não sabia que a pessoa já era casada. _________________________________________ l) Praticar conjunção consensual com alguém que tem 13 anos, supondo ter mais de 14 anos- em relação ao contido no artigo 217-A (estupro de vulnerável) Erro de tipo essencial, Não tem dolo nem culpa. Pesava que tinha mais de 14 anos. Art. 20 cp. Escusável por que não sabia a idade. Inevitável. ______________________ m) Destruir bem público pensando ser particular (art. 163, IIII do CP) Erro de tipo acidental de objeto. Irrelevante pois é o mesmo bem jurídico. _________________ n) Ingressar num depósito para furtar sacas de café, porém levar feijão, por engano. Erro acidental. O bem jurídico é o objeto. Não afasta o dolo. É irrelevante. o) Um terrorista arma bomba para explodir e matar importante político. Dispositivo é acionado e matao assessor. Erro de acidental. Erro na execução. Não afasta o dolo. É relevante porque vai aumentar a pena. Vai responder com agravante. Aumento da pena. Responde pela intenção de matar o político. ____________________________ p) Caio envia uma carta contendo pó letal com o fim de matar o cônjuge. Um 3º abre a carta, aspira o pó e morre. Erro de tipo acidental in persona. O Bem jurício é a vida. Portanto é irrelevante juridicamente se matou uma ou outra pessoa, mas penalmente pode ter sua pena agravada por matar terceiros inocentes. ___________________________________________ 3-Joaquim, desejoso de tirar a vida da própria mãe, acaba causando a morte de uma tia (por confundi-la com aquela). Tendo como referência a situação acima, mencione qual espécie de erro ocorreu e quais serão as consequências do erro do réu. R: de tipo acidental na modalidade error in persona e deverá responder pelo crime de homicídio com a incidência da agravante relativa ao crime praticado contraascendente (mesmo que a vítima não seja, de fato, a sua genitora). É uma circunstância elementar. 4-Suponha que Antônio, imputável, dono de mercearia, com a inequívoca intenção de matar Juarez, tenha induzido a erro Carla, imputável e empregada doméstica de Juarez, vendendo a ela arsênico em vez de açúcar, que ela ministrou na alimentação de Juarez, provocando a morte deste. Nessa situação, Antônio deve ser responsável pelo crime como autor mediato, e a empregada doméstica, Carla, deve ter excluída a ilicitude de sua conduta, incorrendo em erro de tipo essencial? Aponte se verdadeira, justificando a resposta dada. R: Verdadeiro é um erro de tipo essencial pelo art. 20 cp neste caso concreto avalio que é escusável excluindo o dolo e a culpa apesar que era inequívoca a intenção do agente em matar Juarez. Fato presume-se que a ré não sabia da intenção de Antônio de matar Juarez. Antônio deve responder por homicídio doloso. 5-Depois de haver saído do restaurante onde havia almoçado, Tício, homem de pouco cultivo, percebeu que lá havia esquecido sua carteira e voltou para recuperá-la, mas não mais a encontrou. Acreditando ter o direito de fazer justiça pelas próprias mãos, tomou para si objeto pertencente ao dono do referido restaurante, supostamente de valor igual ao seu prejuízo. O que esse fato pode configurar? Explique. R: Erro de proibição o Juiz avaliará valoração paralela na esfera do profano que neste caso concreto houve uma subtração que é caracterizado como crime e se comprovado o esquecimento dos documentos pode ter sua pena reduzida de 1/3 a 1/6 caso condenado. 6-Após a morte da mãe, A recebeu, durante um ano, a pensão previdenciária daquela, depositada mensalmente em sua conta bancária, em virtude de ser procuradora da primeira. Descoberto o fato, A foi denunciada por apropriação indébita. Se a sentença concluir que a acusada (em razão de sua incultura, pouca vivência, etc.) não tinha percepção da antijuricidade de sua conduta, estará reconhecendo qual espécie de erro? Justifique. R: Erro de proibição o Juiz avaliará valoração paralela na esfera do profano que neste caso concreto cita a incultura e pouca vivência enquadrando na falta da potencial consciência da ilicitude afastando a pena. Elimina a ilicitude.