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Slides de Aula Unidade IV

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Prof. Mário Caldeira
UNIDADE IV
História da Arte
 A rápida ascensão da modernidade decorrente da Revolução Industrial rompeu 
com o realismo que ainda existia. Diante do Impressionismo, porta de entrada da 
Arte Moderna, e da ascensão da abstração, ocorreu um grande impacto estético 
ao longo do século XX. Os movimentos de vanguarda tiveram papel fundamental 
nas influências artísticas, indo além dos impulsos realistas e buscando uma 
liberdade estética na capacidade imaginativa do artista e do público.
 No início do século XX, a Revolução Industrial caminhava a passos lentos em um 
Brasil ainda agrário e aristocrático. O País testemunhava as primeiras levas 
migratórias para as grandes cidades brasileiras e explosivas discussões sobre a 
identidade nacional e os problemas sociais germinados 
pela industrialização. Poucos burgueses, artistas e 
intelectuais tinham acesso às influências que a Europa 
exercia, por estar na posição vanguardista cultural.
A arte moderna
 Alguns jovens de famílias paulistas ricas estavam eufóricos pelo nacionalismo que 
surgiu da Primeira Guerra Mundial e contagiados pelo centenário da 
Independência do Brasil. Em 1912, o escritor Oswald de Andrade e a pintora Anita 
Malfatti (então com 22 e 23 anos de idade, respectivamente) já tinham percorrido 
a Europa e mantido contato com os movimentos de vanguarda, principalmente 
com a proposta estética futurista, renovadora e pregando o desprezo pelo 
passado, influenciando diretamente esses e outros jovens artistas que buscavam 
não mais copiar os modelos estéticos europeus, e sim criar uma arte que 
pudessem chamar de brasileira. Perceberam que a diversidade cultural e racial do 
Brasil poderia reconstruir uma identidade e renovar as artes 
e as letras pela pesquisa estética a que tinham direito.
A arte moderna
 Influenciada pelo Expressionismo e pelo Cubismo, Anita Malfatti realizou uma 
mostra de suas obras ao retornar de seus estudos na Europa chamada 
“Exposição de Pintura Moderna/Anita Malfatti”. As 53 telas da artista – entre elas 
“O Homem Amarelo”, “O Japonês”, “Uma Estudante” e “A boba” – são vistas sem 
alarde por um público de cultura medíocre e de informação artística limitada. Após 
uma crítica forte de Monteiro Lobato, que abala bastante a jovem artista, há uma 
enorme repercussão da exposição e ela passa a ser conhecida no meio 
intelectual e artístico de São Paulo. 
A inovação de Anita Malfatti
 A influência das vanguardas artísticas da Europa 
chega ao Brasil por meio de jovens artistas como 
Anita Malfatti.
A inovação de Anita Malfatti
Figura 1: Anita Malfatti, O homem amarelo, 1915-16, óleo sobre tela, 61cm x 51cm, Instituto 
de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Fonte: ZANINI, W. (org). História 
Geral da Arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. Vol. 2. 
A inovação de Anita Malfatti
Figura 2: Anita Malfatti, A estudante, 
1916, óleo sobre tela, 76cm x 60cm, 
Museu de Arte de São Paulo. Fonte: 
CIVITA, V. (ed). Arte no Brasil. São 
Paulo: Editora Abril, 1982. 
Figura 3: Anita Malfatti, A boba, 1917, óleo sobre 
tela, 61cm x 50,6cm, Museu de Arte Contemporânea 
da Universidade de São Paulo. Fonte: ZANINI, W. 
(org). História Geral da Arte no Brasil. São Paulo: 
Instituto Walther Moreira Salles, 1983. 
 A Semana de Arte Moderna foi um evento realizado por jovens artistas e 
intelectuais brasileiros, na cidade de São Paulo, em 1922. Entre os objetivos 
estava a tentativa de modernizar o cenário 
da arte no Brasil e, ao mesmo tempo, 
contribuir para a construção de uma 
identidade nacional. Esse problema era 
algo que já estava sendo discutido há 
algum tempo e seduzia o interesse 
desse jovem grupo.
A Semana de Arte Moderna de 1922
Figura 4: Participantes da Semana de Arte Moderna em São Paulo, 1922. 
Fonte: <https://www.guiadasemana.com.br/arte/noticia/relembre-artistas-e-obras-influentes-
da-semana-de-arte-moderna-de-22>. Acesso em: 19 ago. 2018.
 Os escritores Mário de Andrade e 
Oswald de Andrade formaram as 
principais personalidades de 
liderança no plano teórico e a 
divulgação dos novos movimentos 
estéticos das artes que retomava 
sua força após a Primeira Grande 
Guerra e participaram ativamente 
da Semana de 1922.
A Semana de Arte Moderna de 1922
Figura 5: Anita Malfatti, Mário 
de Andrade II, 1922, carvão e 
pastel, 25cm x 32cm. Fonte: 
CIVITA, V. (ed). Arte no 
Brasil. São Paulo: Editora 
Abril, 1982.
Figura 6: Tarsila do Amaral, retrato 
de Oswald de Andrade, 1922, óleo, 
25cm x 32cm. Fonte: 
<https://www.wikiart.org/en/tarsila-
do-amaral/portrait-of-oswald-de-
andrade-1922>. 
Acesso em: 19 ago. 2018. 
 O evento, idealizado pelo pintor Di Cavalcanti e incentivado por Paulo Prado, 
mecenas de tradicional aristocracia cafeeira paulistana (e que conseguiu 
patrocínio do então presidente do Brasil, Washington Luís Pereira de Sousa), 
consistia em três noites de conferências, leitura de poemas e audições musicais, 
além da exposição com cerca de 100 obras abertas ao público de segunda a 
sábado no saguão do Teatro Municipal de São Paulo.
 Com exceção da abertura, em que a plateia desfilava no 
saguão entre obras e palestras, o restante do evento foi 
marcado por várias manifestações hostis de vaias 
e de inquietação.
A Semana de Arte Moderna de 1922
 Vista na época como uma manifestação elitista, a Semana 
de Arte Moderna de 1922 deixou sua mensagem de 
pré-consciência do espírito nacional como um momento 
histórico decisivo na formação de sua identidade. Foi o 
ponto de partida para o vanguardismo brasileiro 
questionar a estética vigente e para a redescoberta do 
Brasil por um projeto no qual a língua e a cultura foram 
objetos da nova estética que surgia. A origem embrionária 
da Semana de 1922, repleta de atitude estética 
revolucionária, atravessou os anos 
e até hoje seus propósitos estéticos 
são disseminados na 
cultura brasileira.
A Semana de Arte Moderna de 1922
Figura 7: Teatro Municipal de 
São Paulo, São Paulo, 1903-
11. Foi o palco de realização 
da Semana de 1922. Autores: 
Claudio Rossi, Domiziano
Rossi e Escritório Técnico 
Ramos de Azevedo. Fonte: 
ZANINI, W. (org). História 
Geral da Arte no Brasil. São 
Paulo: Instituto Walther Moreira 
Salles, 1983.
O título “Semana de Arte Moderna”, que ocorreu em 1922, pode dar a entender que 
foi um evento voltado exclusivamente para as artes plásticas. No entanto, no plano 
teórico há uma preocupação e um profundo interesse dos jovens participantes em 
tratar de um assunto relacionado à definição do que é o Brasil. Que problema era 
esse do ponto de vista desses artistas e intelectuais?
a) A necessidade de construir uma identidade totalmente nacional e independente.
b) Um interesse em industrializar o país e modernizá-lo.
c) Uma preocupação com o processo de educação no país.
d) O desejo de modernizar as artes plásticas, trazendo 
inovações da Europa.
e) A tentativa de atualizar o processo criativo das artes 
plásticas no Brasil.
Interatividade
O título “Semana de Arte Moderna”, que ocorreu em 1922, pode dar a entender que 
foi um evento voltado exclusivamente para as artes plásticas. No entanto, no plano 
teórico há uma preocupação e um profundo interesse dos jovens participantes em 
tratar de um assunto relacionado à definição do que é o Brasil. Que problema era 
esse do ponto de vista desses artistas e intelectuais?
a) A necessidade de construir uma identidade totalmente nacional e independente.
b) Um interesse em industrializar o país e modernizá-lo.
c) Uma preocupação com o processo de educação no país.
d) O desejo de modernizar as artes plásticas, trazendo 
inovações da Europa.
e) A tentativa de atualizar o processo criativo das artes 
plásticas no Brasil.
Resposta
 Após a Semana de Arte Moderna, o movimento modernista brasileiro, comumente 
ligado aos temas políticos, começara a ganhar força e, por meio denovas 
manifestações artísticas, o povo começou a aprender um pouco mais sobre a 
sociedade brasileira e tirando suas próprias conclusões, formando as suas 
próprias opiniões. Frequentemente, o foco desses artistas era denunciar, por meio 
da arte, as diferenças sociais, caracterizadas pelos grupos de imigrantes 
proletários e pelas oligarquias desenvolvidas nas zonas rurais.
O Grupo dos Cinco
 O papel dos jovens envolvidos na Semana de 1922 foi decisivo na busca de uma 
identidade estética nacional, reconhecendo sua essência e pluralidade cultural, 
colocando-se contra tudo que fosse importado da Europa. Dessa estreita relação 
de pressupostos metodológicos de um modernismo em gestação, formou-se a 
união dos chamados Grupo dos Cinco, composto de Oswald de Andrade, Mário 
de Andrade, Menotti del Picchia, Anita Malfatti e pela recém-chegada da Europa, 
Tarsila do Amaral.
O Grupo dos Cinco
Figura 8: Anita Malfatti, Desenho do grupo dos 
Cinco, 1922. Nesse desenho, Anita Malfatti se 
representou no sofá, junto dos escritores 
Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia 
(deitados no chão) e Tarsila do Amaral e Mário 
de Andrade (sentados ao piano). Fonte: 
SCHWARTZ, Jorge (org.). Caixa modernista. 
São Paulo: EDUSP/. Imprensa Oficial; Belo 
Horizonte: Ed. da UFMG, 2003.
 A partir daí, ideias se fundiram a diversos manifestos 
nacionalistas, como o Movimento Antropofágico e o 
Tropicalista. Obras literárias como “Macunaíma”, 
“João Miramar”, “Pau-Brasil”, “Grande Sertão: 
Veredas”, composições emblemáticas de Villa-Lobos 
e quadros como “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, e 
os painéis “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari, entre 
tantos outros, são resultados desse esboço que se 
projetou muito além de seus objetivos iniciais.
Movimentos modernistas no Brasil
Figura 9: Tarsila do Amaral, Abaporu, 1928, óleo sobre tela, 85cm x73cm, 
Museo de Arte Latino-americano de Buenos Aires – Fundación Costantini, 
Buenos Aires, Argentina. Fonte: ZANINI, W. (org). História Geral da Arte no 
Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. 
O Movimento Antropofágico
 Esse Movimento surge nos fins da década de 1920, liderado por Oswald de 
Andrade, que foi inspirado pelo quadro de Tarsila, o “Abaporu”, palavra indígena 
que significa o homem que come carne humana, antropófago. A ideia de Oswald 
era se utilizar do conceito de antropofagia praticado pelos índios Caetés nos 
rituais de canibalismo para se apropriarem da força e das qualidades admiradas e 
desejadas de seus inimigos. Deixavam, portanto, de devorar aqueles 
considerados fracos, covardes ou medíocres. Dessa forma, o conceito metafórico 
de devorar uma atitude estético-cultural e assimilar os valores culturais 
estrangeiros era a proposta dessa corrente, valorizando ao 
mesmo tempo a cultura nacional reprimida pelo processo 
de colonização do Brasil.
Movimentos modernistas no Brasil
O Movimento Antropofágico
 Segundo o Manifesto Antropofágico, publicado em 1928, o movimento tinha como 
propósito a ruptura da estética importada e a representação de um novo modo de 
ser e estar no mundo pela expressividade intelectual nas artes, e foi mais além. 
Ele não se restringiu a questões relacionadas à inovação estilística e expressiva. 
Os envolvidos estavam preocupados com uma renovação da iconografia nacional, 
buscando construir, a partir de uma linguagem moderna e universal, uma 
identidade brasileira.
Movimentos modernistas no Brasil
O Movimento Tropicalista
 O Movimento Tropicalista emerge em 1968 como uma atualização do Movimento 
Antropofágico no âmbito musical, configurado como uma nova estética cultural e 
ideológica “que se origina do aproveitamento de elementos estrangeiros 
fusionados à cultura brasileira, fazendo surgir um estilo original” (ESPERANDIO, 
2007, p. 20). Todavia a produção cultural que envolvia os conceitos do 
Tropicalismo ultrapassa a produção musical, expandindo-se no teatro, na 
literatura, nas artes plásticas e no cinema.
Movimentos modernistas no Brasil
O Movimento Tropicalista
 Oswald de Andrade revoluciona com o primeiro texto modernista para o teatro 
embasado no livro homônimo publicado em 1937, “O Rei da Vela”, obra que 
denunciava o quadro social brasileiro nos anos 1930 pós-crise financeira de 1929. 
A encenação ocorre em 1968, em plena ditadura militar, causando grande 
impacto sobre o público. Nas artes plásticas, destacam-se os trabalhos 
inovadores de dois grandes artistas brasileiros de formação concretista, Hélio 
Oiticica (1937-1980) e Lygia Clark (1920-1988).
Movimentos modernistas no Brasil
O Movimento Tropicalista
Movimentos modernistas no Brasil
Figura 11: Lygia Clark, Bicho, 
Caranguejo duplo, 1961, alumínio, 
53cm, Pinacoteca do estado de São 
Paulo, São Paulo. Fonte: ZANINI, W. 
(org). História Geral da Arte no 
Brasil. São Paulo: Instituto Walther 
Moreira Salles, 1983. 
Figura 10: Hélio Oiticica, Gerônimo da 
Mangueira vestindo capa Parangolé nº 5, 
1965, panos de diversas texturas e cores, 
Rio de Janeiro. Fonte: ZANINI, W. (org). 
História Geral da Arte no Brasil. São Paulo: 
Instituto Walther Moreira Salles, 1983. 
O Movimento Tropicalista
 Nesse contexto, o cineasta Glauber Rocha (1938-1981) inova com uma feroz 
crítica social nos longas-metragens “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1963) e 
“Terra em Transe” (1967), inaugurando uma nova corrente artística do cinema 
nacional denominada Cinema Novo, reconhecida internacionalmente.
 Na música Caetano Veloso se apropria do título (Tropicália) de um trabalho de 
Oiticica, de 1967, e lança a primeira faixa de seu primeiro álbum solo em 1967, 
nome que também seria o título do seu álbum subsequente. Caetano, junto aos 
cantores Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, à banda Os 
Mutantes e ao maestro Rogério Duprat formariam os 
maiores representantes do Tropicalismo na música 
popular brasileira.
Movimentos modernistas no Brasil
Entre os movimentos que surgiram após a Semana de Arte Moderna, como 
consequência dessa iniciativa, temos o Movimento Tropicália. Qual era a produção 
desse movimento e que fez tanto sucesso na época e até hoje temos acesso ao que 
aquele grupo produziu?
a) A produção era de quadros modernos.
b) A produção era teatral.
c) A produção era musical.
d) A produção era literária.
e) A produção era industrial.
Interatividade
Entre os movimentos que surgiram após a Semana de Arte Moderna, como 
consequência dessa iniciativa, temos o Movimento Tropicália. Qual era a produção 
desse movimento e que fez tanto sucesso na época e até hoje temos acesso ao que 
aquele grupo produziu?
a) A produção era de quadros modernos.
b) A produção era teatral.
c) A produção era musical.
d) A produção era literária.
e) A produção era industrial.
Resposta
 Apresentaremos três artistas renomados que fizeram sucesso nas décadas pós-
Semana de Arte Moderna. Os trabalhos deles são considerados figurativos na sua 
maioria, sendo que Claudio Tozzi teve várias obras dentro do abstracionismo.
Figuração x abstração
 Nasceu em Lucca, Itália, em 14 de abril de 1896. Um 
ano depois, seu pai veio para o Brasil e abriu uma loja 
de queijos e vinhos. Ainda criança trabalhou como 
marceneiro-entalhador e encadernador. Aos 15 anos 
torna-se pintor-decorador. Sua primeira pintura em 
cavalete é datada de 1914. Expõe pela primeira vez em 
1925 em uma coletiva no Palácio da Indústria de São 
Paulo. Apesar de receber críticas negativas, vende seu 
primeiro trabalho, o qual apresenta a irmã costurando.
A obra de Alfredo Volpi
Figura 12: Alfredo Volpi, Minha irmã costurando, 
1922, óleo sobre tela, 35,5 x 25,5 cm, coleção 
particular. Fonte: 
<https://br.pinterest.com/pin/343258802826337353
/>. Acesso em: 19 ago. 2018.
 O artista teve algumas obras recusadas no 3º Salão 
Paulista de Belas Artes. Ganha medalha de ouro em 
1928 no Salão de Belas Artes Muse Italiche, sendo 
esse seu primeiro reconhecimento oficial.Casou-se 
com Judith (Benedita da Conceição) em 1942. A 
esposa foi sua musa inspiradora e aparece em 
diversas obras, entre elas a “Mulata”, que se 
encontra no MAM/SP, provavelmente foi 
inspirada nela.
A obra de Alfredo Volpi
Figura 13: Alfredo Volpi, Mulata, 1927, óleo sobre 
tela colada sobre madeira, 59,6 cm x 50 cm, 
Doação Carlo Tamagni, Museu de Arte Moderna, 
São Paulo. Fonte: 
<https://br.pinterest.com/pin/53965796782559236
9/>. Acesso em: 19 ago. 2018.
 Volpi utilizava uma paleta de cores mais restrita. Muitas vezes pintava com tons 
frios e em meados dos anos 1930 começa a mudar, tornando sua paleta de cores 
mais variada. Os temas populares e paisagens urbanas predominam, tratados de 
maneira simples e singela, mas com uma variedade de cores que não havia 
anteriormente. Podemos notar a mudança das cores tanto no céu, que é de um 
azul em destaque, em contraponto com o 
ocre da estrada, que é de terra e está 
atrelado ao verde da vegetação.
A obra de Alfredo Volpi
Figura 14: Alfredo Volpi, Mogi das 
Cruzes, 1939, óleo s/ tela, 54,0 x 81,4 
cm, Museu de Arte Contemporânea da 
Universidade de São Paulo, São 
Paulo. Fonte: 
<http://www.macvirtual.usp.br/mac/tem
plates/projetos/percursos/percursos_v
olpi1.asp/>. Acesso em: 19 ago. 2018. 
 Após essas mudanças, uma nova fase se inicia. Por quase um século, Volpi 
passou por várias fases, foi inspirado e influenciado por Paul Cézanne, Giotto di
Bondone e Paolo Uccello, encontrando assim seu próprio caminho.
 Evoluiu das cenas de natureza para composições mais intelectuais, criando seu 
estilo particular. O estilo abstrato geométrico começa a predominar em sua 
pintura e, a partir daí, bandeirinhas com muitas cores vão surgindo em sua obra, 
criando a marca do artista. Essa fase com formas geométricas e alterações 
cromáticas se inicia por volta dos anos 1970.
A obra de Alfredo Volpi
 Essa fase – a das bandeirinhas – foi muito bem 
recebida pelos críticos e definida como uma 
combinação inventiva, sendo sua maior 
contribuição para a arte brasileira moderna.
A obra de Alfredo Volpi
Figura 15: Alfredo Volpi, Fachada das 
bandeiras brancas, 1950, óleo sobre tela, 155 
cm x 102 cm, coleção particular. Fonte: 
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra178
4/fachada-das-bandeiras-brancas>. Acesso 
em: 19 ago. 2018.
A obra de Alfredo Volpi
Figura 16: Alfredo Volpi, Festa de 
São João, 1953. Fonte: 
<https://www.wikiart.org/en/alfredo-
volpi/festa-de-s-o-jo-o-1953>. 
Acesso em: 19 ago. 2018.
É muito comum na vida de um artista haver mudanças na sua forma de trabalhar e 
no resultado. No caso de Alfredo Volpi não foi diferente. Houve uma mudança 
profunda na sua obra. Em que sentido essa mudança ocorreu?
a) O artista volta a pintar temas do século XIX.
b) Sua obra começa a ser focada em paisagens rurais.
c) Ele passa a trabalhar temas voltados para figurativismo.
d) Ele começa a se concentrar na pintura de fachadas.
e) O estilo abstrato geométrico começa a predominar em 
sua pintura.
Interatividade
É muito comum na vida de um artista haver mudanças na sua forma de trabalhar e 
no resultado. No caso de Alfredo Volpi não foi diferente. Houve uma mudança 
profunda na sua obra. Em que sentido essa mudança ocorreu?
a) O artista volta a pintar temas do século XIX.
b) Sua obra começa a ser focada em paisagens rurais.
c) Ele passa a trabalhar temas voltados para figurativismo.
d) Ele começa a se concentrar na pintura de fachadas.
e) O estilo abstrato geométrico começa a predominar em 
sua pintura.
Resposta
Claudio Tozzi
 Tozzi começou sua carreira de uma maneira desigual, digamos. Nasceu na 
cidade de São Paulo em outubro de 1944. Aos 18 anos, antes mesmo de 
ingressar na faculdade, já participa do XI Salão de Arte Moderna como vencedor 
dos cartazes da exposição. Dois anos depois entra na Faculdade de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade de São Paulo. O que ocorre é que a maioria dos 
artistas passam por uma grande trajetória, até sua obra ser reconhecida no meio 
artístico e pelo público em geral. Porém Tozzi fez um caminho inverso, logo após 
iniciar os estudos na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da 
Universidade de São Paulo) em São Paulo, já começou a 
ter destaque com os trabalhos em serigrafias, que 
desenvolvia sempre, tendo como temas assuntos atuais, 
que estavam continuamente em pauta, como a crítica 
social, o feminismo e a luta contra a ditadura militar.
Figuração x Abstracionismo
 Apresentava um novo estilo, uma nova 
figuração e destacou-se já na década de 
1960 como artista de vanguarda. Alguns 
críticos logo começaram a elogiar seu 
trabalho pelo vanguardismo que 
demonstrava em suas propostas. Foram 
eles: Frederico Morais, Mário Pedrosa e 
Mario Schenberg.
Claudio Tozzi
Figura 17: Claudio Tozzi, Bandido da luz vermelha, 1967, liquitex e Eucatex, 95 cm x 95 cm, 
coleção particular. Fonte: ZANINI, W. (org). História Geral da Arte no Brasil. São Paulo: 
Instituto Walther Moreira Salles, 1983. 
 Claudio Tozzi, totalmente integrado com 
a vanguarda contemporânea, 
compartilha da necessidade de a 
cultura estar a serviço do povo. Criados 
em 1961, os CPC – Centros Populares 
de Cultura – marcaram de forma 
significativa a produção artística desse 
período, tendo como seu presidente 
Carlos Estevão Martins, em 1963.
Claudio Tozzi
Figura 18: Claudio Tozzi, USA e abusa, 1966. Fonte: 
<https://www.wikiart.org/en/claudio-tozzi/usa-e-abusa-1966>. 
Acesso em: 19 ago. 2018. 
 Tozzi foi um pioneiro em vários 
sentidos, seja acoplando um painel 
no topo de um prédio no centro de 
São Paulo, seja fazendo o público 
interagir com sua obra –
carimbando os desenhos 
escolhidos pelo espectador.
Claudio Tozzi
Figura 19: Claudio Tozzi, Zebra, 1972, poliuretano sobre zinco. Fonte: 
MAGALHÃES, F. Claudio Tozzi. São Paulo: Lazuli Editora –
Companhia Editora Nacional, 2007, (Coleção arte de bolso). 
 Ele sempre procura temas e/ou 
objetos no espaço urbano e que 
possam voltar a ele depois de 
desconstruídos. Exemplos são os 
parafusos que aparecem em 
suas obras, ora de forma 
figurativa, ora abstratos. Além 
disso, ele também experimentou 
várias técnicas e materiais.
Claudio Tozzi
Figura 20: Claudio Tozzi, Expansões orgânicas, 1993. 
Fonte: <https://www.wikiart.org/en/claudio-tozzi/expan-es-
organicas-1993>. Acesso em: 19 ago. 2018. 
Gustavo Rosa
 Gustavo Machado Rosa nasceu no dia 20 de dezembro de 1946, em São Paulo, 
mais especificamente na Avenida Paulista – coração da cidade. Aos três anos de 
idade já era apaixonado pelo desenho. Aluno indisciplinado e inquieto, desenhava 
durante as aulas. Continuando sua paixão pelo desenho, foi fazer um curso livre 
de desenho e pintura na Fundação Armando Álvares Penteado – Faap, em 1964, 
ministrado na época por Teresa Nazar, artista plástica e pintora – com ele, 
estudaram alguns nomes da Pop Art no Brasil: Antônio Dias, Carlos Vergara, 
Hélio Oiticica e Rubens Gerchman. Fascinado pelas ilustrações das revistas, anos 
mais tarde veio a estagiar na revista Claudia, no setor de 
artes da Editora Abril. Morando ainda com os pais, montou 
um ateliê improvisado na sala de jantar da família.
Figuração x Abstracionismo
Seus personagens mais conhecidos inseridos em suas 
obras foram:
 a mulher com lata d’água na cabeça;
 os meninos empinando pipas;
 o sorveteiro;
 os palhaços;
 o padre e a freira;
 o vendedor de hot dog;
 gordinhos correndo na praia.
Gustavo Rosa
Figura 21: Gustavo Rosa, Bicicleta, 1999, óleo sobre tela, 65 x 54 cm. Fonte: 
<www.iperspazio.com/Offgallery/images/gr02.jpg>. Acesso em: 20 ago. 2018. 
 Teve influência de diversos artistas, os 
primeiros foram: Gustav Klimt e Emil Nolde. 
Passou a se interessar muito pelas obras 
dos consagrados: Henri Matisse, Niki de 
Saint Phalle, Paul Klee, Paul Cézanne, 
Pablo Picasso e Saul Steinberg; além dos 
seus amigos Aldo Bonadei, AlfredoVolpi, 
Carlos Scliar e Di Cavalcanti.
Gustavo Rosa
Figura 22: Gustavo Rosa, 
Menina exportação, 1967. 
Fonte: 
<https://www.gustavorosa.co
m.br/index.php/obras/linha-
do-tempo/1960>. Acesso em 
20 ago. 2018. 
 Após a morte precoce de sua irmã, passou a 
encarar a vida de forma mais leve e isso 
transpareceu em sua pintura. O artista 
percebeu com essa perda que a vida não 
poderia ser levada com tanto rigor, 
transformando o seu trabalho a partir daí, 
introduzindo ao seu savoir-vivre (do francês, 
saber viver) um estilo mais despojado, 
colorido e, muitas vezes, satírico.
Gustavo Rosa
Figura 23: Gustavo Rosa, O peixe, 1971. fonte: 
<https://www.gustavorosa.com.br/index.php/categoria-obras/item/202-
gato-branco-mesa-amarela-espinha-de-peixe>. Acesso em: 20 ago. 2018. 
 Ele fala em uma das usas entrevistas que ele se inspirava pelo que via nas ruas, 
no cotidiano; cita o exemplo da mulher gordinha tomando um sorvete, diz que o 
sorvete caiu e ela ficou fazendo um malabarismo para salvá-lo. O artista comenta 
que a partir daí ele começa a ter mais prazer em pintar gordinhas e gordinhos, 
pois corpos avantajados dão mais possibilidade à comicidade. O eixo principal do 
trabalho dele é o humor. Com relação à democratização da arte, relata que a obra 
não tem que ficar só presa a museus, mas que tem que ir às ruas, fazer parte de 
objetos, misturar-se, levando cultura ao grande público. Faleceu em 2013.
Gustavo Rosa
Gustavo Rosa
Figura 25: Gustavo Rosa, Banhista, 2004. Fonte: 
<https://www.gustavorosa.com.br/index.php/obras/l
inha-do-tempo/2000>. Acesso em 20 ago. 2018. 
Figura 24: Gustavo Rosa, 
Carrinho de hotdog, 1980, 
óleo sobre tela, 90 x 120 cm. 
Fonte: PITLIUK, M. As 
digitais de Gustavo Rosa. 
São Paulo: Pit Cult, 2013. 
Na obra mostrada aqui, de autoria de Claudio Tozzi, é possível afirmar que ele usa 
uma representação:
a) Parcialmente figurativa.
b) Totalmente abstrata.
c) Uma paisagem urbana
d) Formas exclusivamente geométricas.
e) Uso exclusivo de cores sem formas.
Interatividade
Figura 17: Claudio Tozzi, Bandido da 
luz vermelha, 1967, liquitex e Eucatex, 
95 cm x 95 cm, coleção particular. Fonte: 
ZANINI, W. (org). História Geral da Arte 
no Brasil. São Paulo: Instituto Walther 
Moreira Salles, 1983. 
Na obra mostrada aqui, de autoria de Claudio Tozzi, é possível afirmar que ele usa 
uma representação:
a) Parcialmente figurativa.
b) Totalmente abstrata.
c) Uma paisagem urbana
d) Formas exclusivamente geométricas.
e) Uso exclusivo de cores sem formas.
Resposta
Figura 17: Claudio Tozzi, Bandido da 
luz vermelha, 1967, liquitex e Eucatex, 
95 cm x 95 cm, coleção particular. Fonte: 
ZANINI, W. (org). História Geral da Arte 
no Brasil. São Paulo: Instituto Walther 
Moreira Salles, 1983. 
ATÉ A PRÓXIMA!

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