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Direito Empresarial – Recuperação Extrajudicial O instituto da recuperação judicial foi introduzido em nossa legislação com a Lei n.º 11.101/2005 – Lei de Falências e Recuperação de Empresas (LFRE). O fundamento distintivo entre o instituto anterior, a concordata e o atual é a sua finalidade última, isto é, a continuidade da empresa, o que pode ser traduzido como a manutenção do emprego dos seus trabalhadores, da sua produção e a perspectiva de recebimento de seus créditos por parte dos credores. Exemplo dessa interpretação foi a decisão do STJ, no julgamento do Conflito de Competência n.º 149.798 – PR (2016/0300059-4), no qual a ministra Nancy Andrighi, alinhando entendimento daquela Corte, vota no sentido de que “não se permite a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais à sua atividade empresarial”. Diante dessa exposição, analise o caso a seguir. Diante dessa situação, você, como Advogado, é procurado pelo dono da empresa, que deseja saber se há alguma possibilidade de salvar seu negócio e, ao mesmo tempo, manter o emprego dos trabalhadores. Responda, justificadamente, o que é possível fazer jurídicamente. Padrão de resposta esperado Você, como Advogado especializado em recuperação judicial de empresas, deve informar que existe em nosso ordenamento jurídico uma solução para a situação pela qual passa a empresa do seu cliente. Também, importante esclarecer que a possibilidade de sua utilização ocorre quando houver viabilidade econômica por parte da empresa, o que é apreciado pelo poder judiciário. A seguir, inteirar o consulente que o art. 47, da LFRE, prevê que a recuperação judicial, instituto que deve ser aplicado ao caso, diz que seu “objetivo é viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”. Por derradeiro, prevenir o constituinte que devem ser atendidos os requisitos elencados no art. 48 da LFRE, a saber: I – Não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; II – Não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; III - Não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; IV – Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
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