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Aneurismas - Cirurgia Vascular (Resumo)

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1 CC3 – CIRURGIA VASCULAR RAUL BICALHO – MEDUFES 103 
Aneurismas 
INTRODUÇÃO 
• Conceitos: 
o Aneurisma é uma dilatação permanente localizada em uma artéria com pelo menos 50% de aumento do 
diâmetro normal esperado para essa artéria (normalmente comparamos o seguimento proximal com o distal) 
▪ Ectasia é a mesma coisa, porém com aumento de diâmetro inferior a 50% (é um aneurisma se formando) 
o Arteriomegalia é uma dilatação difusa da artéria (todo o sistema arterial do paciente é aumentado), também 
com diâmetro superior a 50% do esperado 
o Ex.: Aorta Abdominal tem normalmente 2cm de diâmetro → Aneurisma de Aorta Abdominal quando >= 3cm 
• Classificação: 
o Quanto aos constituintes da parede 
▪ Verdadeiros → Todas as camadas da artéria estão presentes no aneurisma (íntima, média e adventícia) 
▪ Falsos (pseudoaneurisma) → Nem todas as camadas estão presentes 
o Quanto à etiologia 
▪ Os mais comuns são os decorrentes de aterosclerose 
▪ Podem ser degenerativos, micóticos, congênitos, pós estenóticos e inflamatórios 
▪ Podem ainda ter causa multifatorial → Aterosclerose, degeneração proteolítica (degradação de elastina e 
colágeno por proteases, metaloproteinases de matriz e catepsinas), inflamação tissular, respostas 
autoimunes, fatores genéticos e familiares, HAS e fatores hemodinâmicos 
o Quanto à forma: 
▪ Saculares 
▪ Fusiformes (mais comuns) 
▪ Dissecantes 
• Epidemiologia: 
o Todas as artérias podem desenvolver aneurisma 
o A localização mais comum de aneurisma é na aorta (80%), principalmente abdominal (65), seguido da 
torácica (19%), aorto-ilíaco (13%), tóraco-abdominal (2%) e ilíaca (1%) 
o Depois da aorta, o aneurisma mais frequente é da artéria poplítea 
o Não se sabe por que, mas existe uma incidência maior de aneurisma em homens (principalmente de poplítea) 
▪ Exceção → Artéria esplênica (maior incidência em mulheres) 
o O aneurisma degenerativo e verdadeiro é o mais frequente, decorrente principalmente da aterosclerose 
(então, logicamente, é uma doença com incidência maior em idosos) 
o Geralmente são assintomáticos ou pouco sintomáticos (cresce até romper) 
PROF. LEONARD ROELKE 
 
2 CC3 – CIRURGIA VASCULAR RAUL BICALHO – MEDUFES 103 
o Mortalidade de 80% se roto em domicílio 
o Fatores de risco (iguais ao da aterosclerose) → Sexo masculino, tabagismo, idade avançada (> 65a), brancos, 
história familiar positiva, HAS, hipercolesterolemia, presença de doença arterial obstrutiva crônica 
▪ Exceção → DM tem correlação negativa ao desenvolvimento de aneurisma de aorta 
o Há uma associação muito grande entre os aneurismas (ao fazer o diagnóstico de um aneurisma, deve-se 
pesquisar o paciente inteiro na busca de outros) 
▪ Aneurisma de A. Femoral → Em 75% dos casos de aneurisma de aorta abdominal 
▪ Aneurisma de A. Poplítea → Em 33% dos casos de aneurisma de aorta abdominal 
CLÍNICA 
• Quadro clínico: 
o São na maioria das vezes assintomáticos, mas podem ter alguns sintomas 
o Dor → Por compressão, ruptura ou crescimento rápido 
▪ Tríade clássica do aneurisma de aorta abdominal roto (30% dos pacientes) → Dor aguda, hipotensão 
severa e massa abdominal pulsátil 
o Embolização distal → Todo aneurisma tem trombo no seu interior (o fluxo laminar chega aonde está dilatado 
e fica turbilhonar e fica em estase, gerando trombose) e pode embolizar (mas normalmente não ocorre) 
▪ A embolização é frequente no aneurisma de A. Poplítea (por causa da movimentação da perna) 
o Trombose do aneurisma 
▪ Por conta do trombo no interior, um exame de arteriografia pode deixar um aneurisma passar batido 
▪ Exame para diagnosticar aneurisma é aquele que avalia todos os coxins da parede (USG, TC ou RM) 
o Ruptura → Quanto maior o aneurisma, maior a chance de ruptura 
o OBS.: Exame físico para avaliar o diâmetro → Na aorta faz a palpação do abdome delimitando a pulsação de 
um lado a outro, sendo mais fácil a avaliação no paciente magro (e quanto maior o aneurisma mais fácil) 
▪ O normal é não conseguir palpar a aorta (exceção de alguns pacientes magros), então se for palpável tem 
que acender um alerta 
▪ Na dúvida, pedir um ultrassom para o diagnóstico 
o Sinal de DeBakey → Sinal que mostra que o aneurisma está atingindo a porção torácica da aorta, percebe-se 
a pulsação da aorta na mão ao colocar sobre o apêndice xifoide 
o Outros sintomas podem ser decorrentes de compressão de estruturas adjacentes, como o ureter e duodeno, 
podendo levar à hidronefrose, náuseas, vômitos e trombose de cava, ilíacas ou femorais 
• Diagnóstico por imagem: 
o USG (Ecocolordoppler) é o exame de triagem 
o Exames mais complexos são usados para planejar a cirurgia (angiotomografia e angiorresonância) 
• Acompanhamento clínico: 
o Abandono do tabagismo 
o Controle da HAS, colesterol e triglicerídeos 
 
3 CC3 – CIRURGIA VASCULAR RAUL BICALHO – MEDUFES 103 
o Orientação ao paciente dos sintomas de rotura (dor abdominal, hipotensão e massa abdominal pulsátil) 
o O critério para indicar a cirurgia utiliza uma fórmula sobre a mortalidade do paciente se for feita ou não a 
cirurgia, dependendo do tamanho do aneurisma e da possibilidade de ruptura 
▪ Até 5-5,5 cm, a mortalidade é maior se for feita a cirurgia 
▪ Isso vem mudado um pouco com o advento de novas técnicas (abordagem endovascular), que diminuíram 
a mortalidade cirúrgica 
o Controle com USG 
▪ Anual para aneurisma de aorta abdominal de 3-4 cm 
▪ Semestral para aneurisma de aorta abdominal de 4-4,5 cm 
• Indicações cirúrgicas para aneurisma: 
o Diâmetro → > 5 cm (sexo feminino) e > 5,5 cm (sexo masculino) 
o Aneurisma em expansão → 0,5 cm em 6 meses ou 1 cm em 1 ano 
o Pacientes sintomáticos → Sintomas compressivos, corrosão vertebral e comprometimento de ureteres 
(aneurisma inflamatório) 
o Paciente com complicações → Trombose aguda do aneurisma, embolização periférica e infecção do 
aneurisma (micótico) 
• Indicações cirúrgicas para aneurismas torácicos: 
o Diâmetro → > 6 cm (Aorta torácia) e > 5,5 cm (Aorta tóraco-abdominal) 
o Aneurisma em expansão → 0,6 cm em 1 ano 
o Pacientes com sintomas/complicações → Trombose do aneurisma, embolização periférica e compressão de 
estruturas adjacentes (traqueia, esôfago e brônquio principal esquerdo) 
• Abordagens cirúrgicas: 
o Correção cirúrgica convencional de aneurisma da artéria aorta abdominal com interposição de enxerto (é 
feita aberta por laparatomia e troca a região do aneurisma por uma prótese) 
o Correção cirúrgica endovascular de aneurisma da artéria aorta abdominal com implante de endoprótese (são 
stents revestidos que são colocados dentro de cateteres e posicionados na região do aneurisma) 
ANEURISMA DE ARTÉRIA POPLÍTEA 
• Características gerais: 
o Geralmente são assintomáticos, sendo o diagnóstico realizado com exame físico ou de imagem 
o Os primeiros sintomas podem ser decorrentes de insuficiência arterial por trombose/embolia do aneurisma 
o Representam 70% dos aneurismas periféricos, seguidos dos femorais (juntos = 90%) 
o 50% desses aneurismas são bilaterais 
o 75% dos pacientes com aneurismas femorais e 33% daqueles com aneurismas poplíteos também têm um 
aneurisma aórtico associado 
o Melhor exame para planejamento cirúrgico é angiotomografia 
o São raros sintomas compressivos de estruturas adjacentes e rotura aneurismática → Geralmente, o que faz é 
embolizar e ocluir todas as artérias de perna 
 
4 CC3 – CIRURGIA VASCULAR RAUL BICALHO – MEDUFES 103 
o Uma massa pulsátil na fossa poplítea deve levantar suspeita de seu diagnóstico e a solicitação de exames de 
imagem é imperativa 
• Indicações cirúrgicas: 
o Isquemia aguda de membro inferior 
o Êmbolos distais 
o Aneurismas poplíteos com diâmetro transversal > 2 cm 
• Abordagens cirúrgicas: 
o Correção cirúrgica convencional de aneurisma da artéria poplíteacom interposição de enxerto → De forma 
aberta, paciente em decúbito ventral, abre a fossa poplítea, identifica o aneurisma e trata 
o Correção cirúrgica endovascular de aneurisma da artéria poplítea com implante de stent revestido 
 
 
 
 
 
Aorta abdominal - Correção convencional x Correção endovascular

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