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Direito Civil III
UA 1 
Desafio: A sua resposta deve ser não. Não houve, em nenhum momento, por parte de seu João, a intenção de vender, ou seja, de transferir a propriedade do seu trator a terceiros mediante contrapartida em dinheiro. O interesse de seu João era somente o de locar, alugar o seu trator pelo período requisitado pelos contratantes, os quais deveriam restituir-lhe o bem depois do período de um mês. Assim não fosse, pode-se supor que seu João, no mínimo, teria exigido um valor superior ao preço de um aluguel (por um mês) aos contratantes.
Cumpre referir que o casal negociante jamais fez menção de se tratar de um contrato de compra e venda, pelo contrário, sua proposta apenas teve como conteúdo a locação, por um mês, do trator de seu João. Logo, conclui-se que agiram dolosamente (de má-fé) no momento em que forneceram para a assinatura de seu João um contrato de compra e venda, quando deveria ser de locação.
Em defesa de seu João, podem ser invocados os princípios da autonomia da vontade ou da autonomia privada, violada quando o proprietário do trator foi induzido a realizar contrato que não correspondia com sua vontade negocial; o da boa-fé objetiva, pois as partes devem pautar sua conduta contratual pela honestidade, lealdade, clareza, informação, colaboração, etc. Assim como o da função social do contrato no seu aspecto intrínseco, uma vez que um contrato não pode ser vantajoso para apenas uma das partes, se essa situação não fez parte do acordo contratual.
É importante referir que, no caso apresentado, houve dolo por parte do casal negociante, que, por meio de um instrumento contratual, cujo conteúdo não correspondia a causa de contratar (a compra e venda não foi o escopo contratual esperado por seu João — seu objetivo não era o de transferir a propriedade do trator), induziu o contratante ao erro.
Quanto ao dispositivo legal que pode ser invocado em defesa do prejudicado, vale mencionar que essa manobra oportunista do casal pode ser objeto de invalidação do negócio jurídico, consoante versa o art. 171 do Código Civil: Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I — por incapacidade relativa do agente; II — por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores; respeitando-se o prazo de 4 anos, da conclusão do negócio, para o pedido de anulabilidade do contrato realizado por dolo.
Exercícios: 
· B
· C
· D
· E
· E
UA 2
Desafio: A proposta realizada por José realmente pode ser considerada como uma oferta séria, concreta e definitiva. Este apresentou os principais elementos para a contratação – o tipo de negócio (prestação de serviços de serralheria), o objetivo a ser alcançado (gradear toda a entrada da propriedade), assim como o preço do serviço.
Não, não foi celebrado o contrato de prestação de serviços entre os vizinhos, pois Clara não respondeu prontamente à oferta no momento em que se encontraram no mercado. Ademais, não há que se falar em silêncio conclusivo, pois são contratantes que sequer participam do mesmo setor de negócios a ponto de compartilhar costumes ou usos comerciais que pudessem conferir ao silêncio de Clara o valor de uma aceitação. Nesse sentido, versa o artigo 111, do Código Civil: "O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa".
O fato de Clara não ter dado resposta imediata no momento da oferta (feita entre pessoas presentes), fez com que a proposta de seu José viesse, inclusive, a perder a sua obrigatoriedade, o que se extrai do artigo 428, I, do Código Civil:"Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo à pessoa presente, não foi imediatamente aceita".
Exercícios: 
· D
· B
· C
· A
· E
UA 3 
Desafio: Apesar de a autora ter alegado a existência de vício redibitório, o que ela pretende é a simples execução integral do contrato, ou seja, o cumprimento do contrato por parte da distribuidora, com a entrega da quantia de combustível correta combinada em contrato, uma vez que essa situação está contemplada no art. 206 § 5º, inciso I, do Código Civil, o qual estabelece prazo de cinco anos de prescrição da pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular.
A autora equivocou-se apenas ao alegar vício redibitório, pois a entrega da quantidade menor de um produto não o caracteriza. Entretanto isso não impede que o juiz ou o tribunal aplique o direito da autora e considere o prazo prescricional adequado conforme a lei.
Como, no caso em questão, somente se passaram dois anos, ainda não teria ocorrido prescrição do direito de reclamar o cumprimento do contrato e ressarcimento do valor pago a mais.
Exercícios:
· D
· C
· E
· C
· E
UA 4
Desafio: 1. Embora o contrato de doação seja um contrato cuja causa é a liberalidade, o desejo de transferir o patrimônio gratuitamente, o ordenamento jurídico brasileiro prevê uma hipótese de doação que depende da realização de alguma incumbência por parte dos donatários (professores). Denomina-se doação com encargo. Deste modo, Dr. Ivo poderia realizar a doação deixando expresso que impunha aos donatários os encargos de instalar a escola e conferir às bolsas de estudos aos alunos carentes. Tendo aceitado a doação, esse encargo deverá ser cumprido pelos donatários, sob pena de revogação da doação, nos termos dos seguintes artigos do Código Civil:
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro ou do interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito.
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário ou por inexecução do encargo.
2. Esse tipo de contrato classifica-se como um contrato unilateral impuro ou bilateral imperfeito, pois é um contrato unilateral em sua origem, o qual é a manifestação de vontade do doador, porém, após a aceitação, confere obrigações por meio da imposição do encargo aos donatários. Não há como dizer, entretanto, que o encargo é, exatamente, uma contraprestação, ou um pagamento ao doador, até porque nem mesmo reverte-se em seu favor. Sendo assim, sua classificação apresenta uma característica mista.​​​​​​​
Exercícios: 
· E
· A
· D
· C
· B
UA 5 
Desafio: A compra e a venda mediante condição puramente potestativa são nulas, conforme disposto no art. 489 do Código Civil, acerca da fixação do preço: "Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço". Sendo assim, a condição imposta por Maria Clara é incabível - inicialmente, por impor, ao seu arbítrio, um preço à compra e à venda; posteriormente, por impor condição puramente potestativa de pagar o preço se estiver de “bom humor”.
Isso posto, o conselho mais adequado a dar para Melissa é o de ela se recusar a celebrar o contrato de compra e venda sob essas condições.
Exercícios: 
· C
· A
· B
· D
· E
UA6
Desafio: Para ser válida, a fiança deve cumprir com todos os requisitos legais, sob pena de não configurar garantia alguma. Você, então, como proprietário do imóvel, deverá recusar a fiança sem a outorga ou autorização conjugal, pois o Código Civil, no seu artigo 1.647, inciso III, determina que: [...] nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: [...] III - prestar fiança ou aval. Outrossim, segue, no mesmo sentido, o entendimento do STJ, consoante súmula 332: A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.
Exercícios:
1. D
2. B
3. A
4. E
5. C
UA7
Desafio: Fará jus a reparação por danos morais em face do ator, ora prestador de serviços, uma vez que se tratou de uma ocasião na qual o ator celebrou, primeiramente, contrato com a empresa Sabor Encantado, que realizou ampla e conhecida campanha publicitária. Posteriormente, veiculou campanha da concorrente, deixando clara a ocorrência dos danosmorais, uma vez que o comportamento deletério do ator ofendeu a imagem da empresa. Não obstante, também fará jus à empresa tomadora de serviços Sabor Encantado o ressarcimento de todos os gastos com a campanha que, bem ou mal, atingiu seu objetivo de alavancar a venda de seu refrigerante.
Exercícios:
1. D
2. A
3. C
4. E
5. C
UA8
Desafio: Nessa situação, é aconselhável proceder ao contrato de depósito. Essa modalidade pode ser voluntária ou necessária (obrigatória). Esta última divide-se em legal e miserável. A modalidade miserável é a que se efetua por ocasião de alguma calamidade pública e está descrita no art. 647, II. Apesar de se tratar de modalidade em caso de calamidade pública, não se presume gratuito, diferentemente do depósito voluntário que se presume gratuito.
Exercícios
1. D
2. C
3. E
4. C
5. A
UA9
Desafio: Você, como advogado, deve dar o seguinte parecer:
No caso de João, que veio a falecer, a família terá direito a remuneração proporcional pelos trabalhos realizados (art. 702 do Código Civil). Ressalta-se que, por se tratar de contrato personalíssimo, com a morte do comissário, ocorrerá a extinção do contrato. 
No caso de Pedro, que motivou sua dispensa, ele fará jus a remuneração pelos serviços úteis prestados ao comitente, ressalvado o direito de exigir daquele os prejuízos sofridos (art. 703 do CC).
No caso de Maria, que não deu causa legal, ela terá direito a remuneração pelo trabalho prestado, bem como a ser ressarcida por perdas e danos resultantes de sua dispensa (art. 705 do CC).
Exercícios
1. A
2. B
3. C
4. E
5. D
UA10
Desafio: A comodatária, Marilu, como não devolveu a moto na data estipulada no contrato, ou seja, em 4 de abril de 2017, encontrando-se em mora, deverá responder pela moto, já que, sendo o contrato por prazo determinado, ao fim do contrato deveria ser devolvida a coisa emprestada, possibilitando, em caso de descumprimento, ser constituído em mora, caso em que, "além de pela coisa responder, pagar, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante" (art. 582, parte final do Código Civil). Não obstante, no caso trazido à baila, ocorreu um caso de força maior (uma tempestade), impossibilitando a devolução da coisa por parte da comodatária, que deverá, segundo o art. 399 do Código Civil de 2002, mesmo sem culpa, responder por perdas e danos.
Exercícios
1. B
2. A
3. E
4. C
5. D
Direito Processual Civil I 
UA 1 
Desafio: O pedido elaborado por João não está correto, pois não cumpre a exigência formal dos arts. 319 e 321 do Código de Processo Civil. O pedido, conforme disposto no  Código de Processo Civil, deve ser certo (art. 322) e determinável (art. 324), ou seja, deve ser ser preciso e quantificável, pois o juiz só poderá decidir dentro dos limites do que foi pedido. Em caso de qualquer requisito incorreto, o juiz dará um prazo de 15 dias para que o advogado corrija a petição inicial, conforme preceitua o art. 321 do CPC.
Exercícios: 
· A
· C
· D
· B
· E
UA 2
Desafio: Em caso de não cumprimento dos requisitos da petição inicial exigidos pelo art. 319 do Código de Processo Civil, o juiz deverá, conforme preceitua o art. 321 do CPC, determinar que a petição inicial seja emendada ou completada por erro ou falta de algum requisito, devendo indicar expressamente  o requisito com erro ou faltante. O autor terá um prazo de 15 dias e, caso não cumpra a determinação do juiz, terá sua petição indeferida.
Exercicios: 
· E
· E
· C
· B
· A
UA 3
Desafio: A contagem dos prazos a partir da comunicação dos atos processuais terá início no primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário de Justiça Eletrônico. Em relação à diferença de prazos, ocorre quando há litisconsórcio com advogados diferentes (mais de uma parte no polo ativo ou passivo), pois há o dobro do prazo no processo físico; no eletrônico, o prazo é simples conforme preceitua o art. 229, § 2.º, do CPC.
Exercício: 
· A
· B
· C
· D
· D
UA 4
Desafio: a) Em relação à correção da petição inicial, feita por emenda ou complemento, o advogado terá um prazo de 15 (quinze) dias úteis para efetuar o determinado pelo juiz, não contando, dentro desse prazo, sábados, domingos e feriados. O art. 321 estipula o prazo de 15 (quinze) dias para a correção inicial, e o art. 219 determina a contagem de prazo apenas em dias úteis.
b) Durante as férias compreendidas entre o dia 20 de dezembro e 20 de janeiro, os prazos serão reiniciados no primeiro dia útil após findada a suspensão. Como o dia 21 de janeiro, apesar de cair em uma segunda-feira, e trata-se de feriado, o prazo será retomado de onde parou, ou seja, no dia 22 de janeiro, terça-feira, pois é o primeiro dia útil após a suspensão, uma vez que os prazos processuais no CPC são contados apenas em dias úteis.
Exercícios: 
· B
· E
· C
· D
· B
UA 5 
Desafio: A alegação deve ser feita na contestação, momento da defesa do réu. Por estar amparada pelo princípio da eventualidade, todas as teses devem ser invocadas nesse momento processual. A matéria a ser alegada na contestação, conforme o art. 337, inc. IV do Código de Processo Civil, é a inépcia da petição inicial, uma vez que há prescrição.
Exercícios: 
· B
· A
· D
· A
· E
UA6
Desafio: O réu será decretado revel, mesmo que tenha apresentado defesa no processo, pela falta de contestação. Somente a contestação impede a decretação da revelia nos termos do art. 344 do CPC de 2015: "Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor". Mesmo que o réu apresente qualquer outra defesa, como a reconvenção, impugnação ao valor da causa ou intervenções terceiros, a lei exige, especificamente, a apresentação da contestação.
Exercícios
1. D
2. A
3. E
4. C
5. B
UA7
Desafio: A intervenção de terceiro tratada no problema é a do amicus curiae, pois o tema dessa ação é muito específico e técnico, além da repercussão social, uma vez que poderá propiciar a cobertura por parte dos planos de saúde a outros doentes. A figura do amicus curiae está prevista no CPC de 2015, em seu art. 138, que dispõe: "O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação".
Exercícios
1. C
2. C
3. B
4. D
5. C
UA8
Desafio: O caso em tela adequa-se com perfeição ao caso de tutela provisória de evidência apresentado no art. 311, I, do Código de Processo Civil:
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
- ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte.
Nesse contexto, cumpre ao advogado peticionar, pedindo ao juiz que conceda uma tutela de evidência, visando à aceleração dos resultados do processo. Mesmo que não seja um caso urgente, na medida em que não há perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, é manifesto que em casos de responsabilidade civil do fornecedor é considerada objetiva no ordenamento jurídico. Desse modo, a questão da culpa não joga qualquer papel relevante no estabelecimento da responsabilidade do fornecedor. Assim, após a concessão da tutela de evidência pelo juiz, será possível antecipar os efeitos pretendidos na petição inicial, sem com isso ter que esperar até a resolução de todos os eventuais recursos protelatórios oferecidos pelo réu.
1. E
2. C
3. D
4. B
5. D
UA9
Existem várias diferenças significativas entre a audiência de instrução e julgamento e a audiência de conciliação e mediação. 
1. Enquanto a mediação e a conciliação são, sobretudo, métodos de resolução de conflitos por autocomposição, a audiência de instrução e julgamento é um método de resolução de conflitos por heterocomposição.No primeiro caso, cumpre às partes – com o auxílio de um mediador ou um conciliador — a resolução do próprio conflito. No segundo caso, a resolução do conflito fica a cabo de um terceiro: o juiz.
2. Se, de um lado, a audiência de mediação e conciliação é marcada pela informalidade, a audiência de instrução e julgamento é marcada pela formalidade. Nesse contexto, enquanto a audiência de instrução e julgamento segue um padrão relativamente rígido com fases bem-definidas, a audiência de conciliação e mediação é dotada de maior flexibilidade.
3. Além disso tudo, é possível mencionar que o ato da audiência de instrução e julgamento insere-se dentro da atividade jurisdicional, ao passo que a audiência de mediação e conciliação – quando extrajudicial – será considerada um equivalente jurisdicional.
Exercícios
1. D 
2. C
3. B
4. D
5. D
UA10
Desafio. Os defeitos específicos ligados ao princípio da congruência estão expressos no art. 492 do Código de Processo Civil. Nesse contexto, temos que "é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado".
Dá-se o nome de extra petita para a sentença que viola os limites estabelecidos pelas partes que compõe a lide, julgando de modo diverso do que fora pedido. Já no caso das sentenças que, apesar de tratarem da pretensão esboçada na lide, acaba por conceder mais do que fora pedido, é chamada de ultra petita. Por fim, Dá-se o nome de ultra petita para a sentença que, apesar de tratar da pretensão esboçada na lide, acaba por conceder mais do que fora pedido.
No caso concreto, como a sentença proferida pelo juiz acabou não julgando uma das pretensões dispostas na inicial de José, trata-se de uma sentença citra petita. Nesse caso, você diz para José que ingressará com embargos de declaração, objetivando que o juiz profira decisão sobre a questão faltante.
Exercícios
1. A
2. D
3. C
4. C
5. B
Psicologia Forense 
UA 1 
Desafio: A completa descrença do desembargador na atuação da psicóloga é visivelmente demonstrada porque esta não usou instrumentos de mensuração conforme sua expectativa. Para ele, a Psicologia é classificatória com base na materialidade dos fatos, conforme os paradigmas do Positivismo e da Psicologia Experimental do século XIX, em que o parecer deveria estar embasado apenas pelos instrumentos objetivos considerados científicos na época e característicos das primeiras relações estabelecidas entre a Psicologia e o Direito.
O entendimento desse desembargador, de que o resultado apresentado no laudo são apenas conclusões pessoais, demonstra sua dificuldade em lidar com o tema “abuso sexual na infância”, que ainda é um tabu tanto na sociedade quanto no meio jurídico, estando ainda ligado a aspectos clínicos como sintomas físicos e psicológicos, danos corporais e violência.
Os profissionais do Direito querem referências nas perícias médicas e nos laudos psicológicos de tais aspectos, o que nem sempre é possível, pois às vezes não há vestígios físicos nem sintomas psicológicos, apenas um relato da vítima sobre sua compreensão, percepção e vivência do abuso sexual sofrido. O juiz do primeiro grau e os outros dois desembargadores reconheceram o laudo como elemento de conhecimento específico e qualificado, capaz de subsidiar uma decisão.
1. C
2. A
3. A
4. C
5. D
UA 2 
Desafio: A Psicologia, embora seja uma ciência, não cabe no modelo tradicional, determinista e reducionista, da maioria das ciências físicas e biológicas, devido à complexidade de seu objeto que, na verdade, é um sujeito, em contínua interação com outros sujeitos. Ter a expectativa de que a Psicologia possa fazer prognósticos exatos, determinísticos, é adotar um cientificismo positivista que não cabe mais sequer nas ciências biológicas. Além disso, o papel tradicionalmente proposto para o psicólogo no sistema judiciário, especialmente nas Comissões Técnicas de Classificação, é o de realizar diagnósticos de personalidade e capacidades e prognósticos de comportamento, como se a ele dessem um lugar de julgador; é um papel de auxiliar nas decisões de destinações de prisioneiros, em função do que a pessoa “poderia fazer”, e não do que fez antes.
Não se pode privar de liberdade alguém em função apenas do que poderá fazer. Adicionalmente, esse lugar tradicional é limitado por uma visão de que a pessoa avaliada não poderia, nem poderá, mudar para poder voltar a conviver em sociedade, afastando-se, assim, do objetivo de ressocialização das pessoas que cometeram crimes. Os psicólogos, em seu Código de Ética, se comprometem com os Direitos Humanos, não sendo coniventes nem praticando quaisquer formas de violência, exclusão e negligência.
1. C
2. E
3. E
4. B
5. D
UA 3 
Desafio: Em ambos os casos, estamos diante de um possível Transtorno de Estresse Pós-traumático. Nos critérios diagnósticos do DSM, uma pessoa, para ser diagnosticada com transtorno pós-traumático, deve apresentar sintomas dos Critérios A, B, C e D pelo menos há um mês.
No Critério A, os sintomas devem satisfazer duas situações:
1)A pessoa vivenciou, presenciou ou foi confrontada com um ou mais eventos que envolveram ameaça de morte ou de grave ferimento físico, ou ameaça a sua integridade física ou à de outros.
2) A pessoa reagiu com intenso medo, impotência ou horror.
O Critério B consiste em reviver diferentes sintomas, como recordações e sonhos angustiantes.
No Critério C, estão os sintomas em que a pessoa tenta se esquivar de lugares ou pessoas associados aos traumas e a incapacidade de lembrar informações importantes.
No Critério D, encontram-se as perturbações do sono, excitabilidade aumentada ou vigilância excessiva do ambiente que a cerca.
Para ser caracterizado o Transtorno Pós-traumático, a pessoa deve apresentar o Critério A e vivenciar um, três e dois sintomas dos Critérios B, C e D, respectivamente.
No caso de Sandra, ela foi vítima de um estupro, que caracteriza a vivência de um evento de grave ferimento físico e ameaça a sua integridade e o consequente horror a essa vivência. Dessa forma, atende aos Critérios A. Os flashbacks são precipitados por estímulos associados ao trauma, que são o reviver do sintoma como recordação do trauma. Como não temos toda a história, fica prejudicada a análise dos Critérios C e D. Numa avaliação real, esses outros critérios seriam averiguados.
No caso do policial, ele presenciou um evento de morte de seu amigo e encontra-se revivendo esses momentos, chegando a apresentar ilusões e fenômenos alucinatórios transitórios (Critérios A e B), bem como outros sintomas psicóticos, estando com vigilância excessiva do ambiente que o cerca (Critério D). Como não temos toda a história, fica prejudicada a análise do Critério C. Numa avaliação real, esses outros critérios seriam averiguados de maneira semelhante ao procedimento no caso de Sandra.
1. C
2. E
3. D
4. C
5. C
UA 4
Desafio: Nesse fragmento do caso, é possível identificar e entender como os processos cognitivos são interdependentes. Na história, temos um aluno que está aprendendo, e outros vários processos estão em andamento, como a percepção visual na absorção de informações da pagina impressa e a atenção na leitura do conteúdo. Para essa leitura, deve-se apresentar habilidades de linguagem, pois o desenvolvimento dos conceitos ou dos significados das palavras pressupõe o desenvolvimento de muitas funções intelectuais: atenção deliberada, memória lógica, abstração, capacidade para comparar e para diferenciar.
Para que tenha uma compreensão adequada, há a necessidade de evocar conteúdos armazenados na memória de longo prazopara solucionar algum problema, confrontando os diversos conhecimentos armazenados.
Ao iniciar a prova, surgiram alguns aspectos físicos (suor nas mãos e calafrios no corpo) pela emoçãode estar iniciando algo importante, que poderia estar significando a sua aprovação de ano ou de semestre.
A hipótese de não haver dislexia refere-se ao fato de que ele não deveria apresentar este transtorno específico de aprendizagem, de origemneurobiológica, caracterizado por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e soletração.
Todas as palavras em destaque indicam processos da cognição humana que influenciam o comportamento humano, como aprendizagem, atenção, percepção, memória e emoção, todas relacionadas e interdependentes. 
Exercícios
1. C
2. D
3. D
4. A
5. A
UA5 
Desafio: Roberto teve um dia difícil? Podemos dizer que Roberto é agressivo e impulsivo sem saber nada mais sobre sua personalidade? É assim que ele é normalmente? Ele age de forma agressiva e impulsiva em outras situações? A situação (dia difícil) explica melhor como Roberto agiu ou é mais adequado explicar suas ações por sua personalidade (agressivo e impulsivo)? Ele estava estressado?
Esses são os tipos de perguntas que os psicólogos fazem. Os psicólogos sociais provavelmente irão explicar o comportamento de Roberto por meio da situação (dia difícil) ou do estresse. É possível que os psicólogos da personalidade atribuam o comportamento de Roberto a traços duradouros. Um traço torna as pessoas únicas e contribui para a coerência de como elas se comportam em diferentes situações e ao longo do tempo.
Os traços são o foco de estudo de muitos psicólogos da personalidade, mas, historicamente, diferentes psicólogos tiveram a própria lista particular de traços de personalidade em que se focaram e houve pouco consenso acerca de quais eram as principais dimensões da personalidade. Esse foi, pelo menos, o caso até a década de 1980, quando houve a convergência para uma resposta: existem cinco dimensões principais da personalidade – extroversão, amabilidade, conscienciosidade, neuroticismo e abertura à experiência. Esses são os “cinco grandes” (Big Five) traços da personalidade e sua ampla adoção e aceitação se devem muito às pesquisas e à teoria de Robert McCrae e Paul Costa. A questão do forte estresse também pode ser entendida pela teoria de Hans Eysenck no traço de neuroticismo.
1. B 
2. C 
3. D 
4. B 
5. B
UA6
Desafio: No período de gestação de Rui, observa-se os seguintes aspectos:
Baixas condições socioeconômicas (apontadas como fator de risco pata Transtornos de Conduta-TCs).
Dificuldades financeiras que geralmente levam a conflitos familiares mais frequentes, onde o uso do cigarro durante a gestação é outro fator de risco.
Problemas econômicos aumentam o risco de má nutrição infantil, que predispõe a criança a déficits neurocognitivos que podem resultar a comportamentos persistentes.
A história do pai com abandono de escola e abuso de drogas sugere TC que pode transmitir à criança a predisposição a comportamentos disruptivos.
Rui apresenta um quadro de possível déficit de atenção, com grande inquietação motora e, em especial, comportamentos impulsivos que desencadeiam atitudes agressivas e medidas educativas caóticas e contraproducentes de seus familiares, que são apontadas com um dos principais fatores de risco para os transtornos de conduta.
Nesse exemplo, é possível verificar de que forma uma constituição biológica (inquietação motora) induz respostas do ambiente (castigos físicos) que tendem a reforçar vias neurais específicas e moldar um padrão de comportamento típico, que pode ser o Transtorno Desafiador de Oposição (TDO).
Os comportamentos típicos de uma criança com TDO e TDAH (Déficit de atenção e hiperatividade) tendem a encaminhar um percurso de dificuldades e fracassos escolares (que faz surgir mais reprovações dos adultos) e manifestações agressivas e egoístas (que provoca rejeição por parte dos colegas). A combinação de déficits cognitivos e o comportamento antissocial podem agir de maneira sinérgica. Um contexto desfavorável junto com um sistema nervoso central vulnerável pode desencadear um quadro depressivo que reforçaria dificuldades (déficits cognitivos) e comportamentos disruptivos (furtos como medida compensatória).
Esse caso fictício é baseado em casos reais na clínica de jovens com transtornos de conduta, que exemplifica como os eventos em cascata que geram uma retroalimentação positiva levam a uma progressão para um padrão de inserção vital pautado por vias específicas de ação e interação social.​​​​​​​
1. E 
2. C 
3. B 
4. B 
5. D
UA7
Desafio: - A percepção da testemunha pode ter sido prejudicada pela afetividade, já que a vítima foi o seu vizinho. A sensação de abalo pode ter sido tão grande que a percepção externa pode ceder lugar à ilusão (invenção de fatos, exagero, etc.).
- O assalto ter sido presenciado pela manhã aumenta a chance de uma percepção com menor fadiga psíquica do que poderia ocorrer à noite, por exemplo.
- É comum que a testemunha perceba melhor os termos iniciais e finais da série de acontecimentos do que os intermediários.
1. C 
2. E 
3. C 
4. C 
5. D
UA 8
DESAFIO: a) Inicialmente deve ser realizada a leitura dos autos processuais, com o intuito de identificar as características do caso, o perfil da pericianda e os objetivos da Perícia Psicológica solicitada. Considerando esses dados, podem-se definir as técnicas e os instrumentos de avaliação.
b) Deve ser considerado, principalmente, se o diagnóstico de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (F43.10) está relacionado, no caso, à vivência da violência foco do processo, pois, em avaliações forenses com fins diagnósticos em vítimas, o transtorno diagnosticado deve estar associado à experiência violenta vivida.
Exercícios: 
· E
· A
· C
· B
· D
UA 9 
Desafio: a) Alguns aspectos:
1- O fato de João Pedro estar frequentando a escola regularmente.
2 - O fato de João Pedro estar participando de um curso de formação profissional.
3 - A boa convivência com os demais adolescentes do centro.
4 - O não uso de drogas.
5 - O monitoramento materno em relação às atividades dos irmãos (o que, acredita-se, tende a aumentar as chances de que tal monitoramento ocorra quando João Pedro voltar ao contexto familiar).
b) De acordo com a questão, a recomendação é:
Tendo em vista esse recorte da situação de João Pedro, entende-se que há vários aspectos contribuindo para que sua permanência em regime de internação seja encerrada. Isso se dá devido à presença de vários fatores positivos para a sua ressocialização, tais como: o fato de estar frequentando a escola e um curso profissionalizante, a boa convivência com os demais adolescentes do centro, o fato de não estar fazendo uso de drogas e também o seu contexto familiar que, à primeira vista, parece estar preparado para recebê-lo novamente.
Além disso, o ato infracional de João Pedro parece ter sido um fato isolado, visto que há apenas um relato (o roubo no posto de gasolina). 
A partir da leitura de todo esse cenário e, tendo em vista que a permanência em regime de internação pode causar uma série de prejuízos à autonomia do adolescente e contribuir para a segregação deste frente à sociedade, entende-se que a melhor opção é encerrar o seu regime de internação. Sendo assim, a minha recomendação é que João Pedro volte para a convívio social, encerrando o regime de internação. Porém, indica-se ainda, que a família e João Pedro tenham um acompanhamento periódico posterior para que o caso continue a ser monitorado, diminuindo as chances de reincidência.
Exercícios: 
· B
· B
· B
· C
· B
UA 10 
Desafio: a) É possível utilizar diferentes argumentos, conforme os resultados da pesquisa sobre a reintegração social no sistema prisional brasileiro, principalmente o que é proposto legalmente pela LEP. Por exemplo, a pesquisa demonstra que os trabalhos realizados pelos sujeitos presos não contribuem para a aprendizagem de um ofício e/ou o desenvolvimento de competências pertinentes conforme as necessidades do mercado de trabalho, de modo a promover e possibilitar um novo trabalho após a saída da prisão e, consequentemente, a reintegração social desses sujeitos. Pode argumentar ainda que a LEP prevê o trabalho penitenciário como direito, com finalidade educativa e produtiva, sendo considerado como a ferramenta mais importante de reintegração social do indivíduopreso.
b) É possível propor diferentes práticas relativas ao projeto de caráter laboral. Por exemplo, pode propor cursos de profissionalização e/ou de qualificação profissional, a partir de uma pesquisa prévia sobre os interesses dos presos, suas habilidades e as demandas do mercado de trabalho da região. Também pode ser organizada uma ação com as empresas e instituições do Estado, com vistas a promover a inserção dos detentos e dos egressos em atividades laborais.
· B
· D
· C
· E
· B

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