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Bioinformática Aula 1: Introdução à Bioinformática O que é Bioinformática? Definir Bioinformática não é uma tarefa simples, mas de forma generalista, podemos dizer que é uma ciência que usa ferramentas computacionais para estudar informações biológicas. Essas ferramentas são programas desenvolvidos com objetivos de ajudar a quantificar, simplificar e integrar os dados que obtemos de experimentos na bancada usando DNAs, RNAs e proteínas. Dessa forma, os resultados podem ser organizados, e nossas conclusões obtidas de forma mais simples e rápida. Exemplo Pense no seu guarda-roupas. Imagine se ele estivesse perfeitamente organizado, se você soubesse quantas opções você tem de blusas, casacos, calças e sapatos, e claro, onde elas estão guardadas exatamente. Ficaria muito mais fácil combiná-los e escolher o look do dia, não é mesmo? Agora, suponha que exista um robô fazendo tudo isso para você: Contando, organizando e combinando tudo. Na Bioinformática, o robô são as inúmeras ferramentas computacionais e as roupas são os resultados de experimentos com moléculas biológicas. O resultado e a conclusão do trabalho do bioinformata podem ser comparados ao look do dia. Essa área da ciência, ainda pouco conhecida pela população em geral, tem contribuído muito para grandes avanços no campo da saúde. O exemplo mais marcante quando se trata de Bioinformática é o Projeto Genoma Humano, um projeto audacioso que começou no final dos anos 1980, liderado pelo Departamento de Energia do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. O principal objetivo desse projeto foi determinar a ordem das bases nitrogenadas (A, T, C e G) do todos os cromossomos humanos. Considerando que o nosso Genoma1 genoma soma mais de 3 bilhões de bases nitrogenadas enfileiradas, isso não parece uma tarefa fácil, não é? É aí que entra a Bioinformática! Depois de extrair o DNA do núcleo das células de seres humanos e colocá-lo em uma máquina que devolve como resultado uma verdadeira sopa de letrinhas, as ferramentas computacionais são usadas para colocá-las em ordem e descobrir que informações essas bases nitrogenadas ordenadas trazem. E como isso mudou nossa vida? Hoje, nós já conhecemos algumas partes do nosso DNA que estão relacionadas a várias doenças, como câncer de mama, doenças musculares, surdez e cegueira. A Bioinformática vem ajudando a revolucionar a forma como as doenças são diagnosticadas, tratadas e prevenidas. E acredite, esse é apenas um exemplo entre várias outras aplicações dessa poderosa área da ciência! A Bioinformática pode ajudar a responder muitas perguntas biológicas, tais como: • O que longas sequências de As, Ts, Cs e Gs em fileira significam? • Como vou saber a função biológica de uma nova proteína descrita? • Qual o formato de uma proteína se eu sei apenas a ordem dos aminoácidos dela? O principal objetivo da Bioinformática é descobrir como as coisas vivas funcionam, e os bioinformatas são profissionais que buscam construir e utilizar ferramentas computacionais para alcançar esse objetivo. Áreas do conhecimento envolvidas com a Bioinformática Se uma das missões da Bioinformática é desenvolver ferramentas computacionais que atendam objetivos biológicos, já é de se esperar que ela misture diferentes áreas do conhecimento. Isso é superatual, pois estamos falando em unir http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html várias tribos diferentes para pensarem juntas! Nesse sentido, podemos incluir a Biologia Molecular, Estatística, Matemática e Computação, principais grandes áreas do saber envolvidas no processo. Cada uma contribui com uma habilidade especial. Podemos dizer que a Bioinformática se trata de uma área interdisciplinar. O bioinformata tem muitas opções de atuação. Ele pode seguir para a área acadêmica, atuando como professor, além de poder trabalhar como pesquisador, presente nas universidades e nas indústrias. Grandes hospitais e laboratórios de análises clínicas também contratam, bem como a indústria que depende da análise de dados de Biologia, por exemplo, a agroindústria ligada à análise de dados e melhoramento animal. .Interpretação de dados computacional. Como uma informação biológica pode ser interpretada como dado computacional? Já sabemos que as proteínas são formadas por pequenas moléculas unidas, os chamados aminoácidos. Estão presentes na natureza 20 tipos de aminoácidos. Existem milhões de proteínas diferentes porque a ordem dos seus aminoácidos é diferente. Como conhecemos os 20 aminoácidos possíveis, podemos usar símbolos para cada um deles, e quando comparamos as sequências de símbolos entre proteínas, conseguimos dizer se elas são ou não semelhantes. Existem várias ferramentas computacionais eficientes que fazem essa comparação de sequências, disponíveis, inclusive, online. Você pode, portanto, identificar uma proteína no seu experimento, determinar a sequência de aminoácidos dela, acessar a internet e usar uma dessas ferramentas para descobrir se outra pessoa no mundo já encontrou uma proteína igual a sua! Viu como a Bioinformática é capaz de conectar dados de experimentos de laboratório com a análise de símbolos e informações exatas? É preciso que tudo esteja integrado, junto e misturado. Você pode ser um biomédico bioinformata, que sabe tudo das questões biológicas, mas também tem que saber usar um computador para resolver muitos dos seus problemas. Seu amigo de profissão pode ser um cientista computacional bioinformata, que sabe tudo de programas e algoritmos, mas também entende que a proteína é formada por uma junção de vários aminoácidos, além de muitos outros conhecimentos biológicos. Cada um dominando os conhecimentos da sua área de origem, mas aplicando outros conhecimentos que são muito úteis. Acredite, tem trabalho para todo mundo por um longo tempo! A Bioinformática pode ser dividida em dois grandes campos de atuação complementares. Alguns profissionais são especializados em desenvolver as tais ferramentas computacionais que tanto falamos. Outros aplicam essas ferramentas principalmente, além de também serem capazes de fazer adaptações computacionais que atendam ao seu objetivo de gerar conhecimento biológico. Já ouviram a frase “Quanto mais estudamos, mais descobrimos a nossa ignorância” (Percy Bysshe Shelley)? Funciona assim: À medida que entendemos mais a vida, novas perguntas surgem, e aí, novas ferramentas são necessárias para respondê-las. Origem da Bioinformática O surgimento da Bioinformática como ciência só foi possível por causa dos avanços nas áreas de Biologia Molecular e da Computação durante longos anos. Até aqui já citamos algumas vezes as macromoléculas biológicas, dentre elas o DNA. Saber do que é feito o DNA e como ele se organiza foi o ponto de partida da Bioinformática. Quem contribuiu muito para esse entendimento foram os cientistas Watson e Crick, que descreveram a estrutura dessa molécula em 1953. A partir da descrição da molécula, foi possível entender como o DNA se replica e como pode ser traduzido em proteína, por exemplo, conceitos de Biologia Molecular, que serão revisados mais adiante na nossa disciplina. Desenvolvimento de computadores mais rápidos O desenvolvimento de computadores mais rápidos foi uma das consequências dos avanços da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Parte dessa história é mostrada no premiado filme O Jogo da Imitação, que fala sobre Alan Turing, um cientista britânico que contribuiu muito para o desenvolvimento da ciência Computação. Uma das pioneiras quando falamos de usar computadores para o estudo de biomoléculas foi a brilhante Margaret Dayhoff. Dayhoff desvendou a ordem dos aminoácidos que formavam algumas proteínas e a forma que essas proteínas tinham, criando o primeiro Atlas de Proteínas. Este é considerado um dos primeiros experimentos em Bioinformática, que foi publicado em 1965. Em 1966, umprograma de computador foi usado pela primeira vez para visualizar a estrutura tridimensional de moléculas (trabalho desenvolvido por John Ward e Robert Stotz). Em 1970, diversas técnicas já haviam sido desenvolvidas para análise de dados biológicos. Vale lembrar que na década de 1960 um computador ocupava uma sala inteira, mesmo tendo uma capacidade parecida com a de um notebook comum atualmente! Ainda que esses cientistas pioneiros não usassem o termo Bioinformática para descrever seu trabalho, eles tinham uma visão clara de como combinar Biologia e Computação de uma maneira proveitosa para responder a perguntas fundamentais nas ciências da vida. Além desses, muitos outros pesquisadores contribuíram com diversos avanços, tanto para entender melhor as biomoléculas, como também para melhorar as técnicas computacionais que ajudaram a gerar esse conhecimento. Mas, o grande impacto da Bioinformática na ciência tem acontecido bem debaixo dos nossos olhos! Estamos vivendo uma era tecnológica. Pare e pense: Como era o seu celular há cinco anos? E a sua televisão? Tudo tem evoluído de maneira acelerada, os computadores estão ficando cada vez mais rápidos e baratos. Problemas de Bioinformática que antes demoravam anos para serem solucionados, hoje podem ser resolvidos em dias. Depois do Projeto Genoma Humano, os genomas de vários outros organismos foram sendo concluídos com sucesso! A disponibilidade de milhares de sequências e centenas de estruturas tridimensionais de moléculas biológicas, somada ao desenvolvimento de ferramentas para sua manipulação vêm http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula1.html#complementar1 permitindo que análises computacionais complexas sejam realizadas. Muitos programas de computador estão disponíveis gratuitamente, e a rapidez e capacidade de processamento dos computadores estão sempre sendo melhoradas. Saiba mais O Projeto Genoma Humano, de que já falamos um pouco, demorou aproximadamente 10 anos para ser finalizado (1989-2003) com um custo de US$100.000.000. Hoje em dia é possível determinar o genoma de uma pessoa por US$1.000, e você consegue esse resultado em menos de uma semana! Bioinformática e suas potencialidades As ferramentas computacionais utilizadas em Bioinformática servem principalmente para análise de sequências, estruturas e funções de moléculas biológicas. Vamos imaginar a seguinte situação: Você está estudando a sequência de nucleotídeos ATAGATATGGATGCATGCGATGCAUAAGAT. A primeira coisa a se fazer é saber o que ela significa. Depois de usar um programa de computador, você descobre que a parte da sequência que está em negrito é um gene, ou seja, um trecho do DNA com o código que determina a síntese de uma certa proteína. Mas qual o papel dessa proteína? A função de toda proteína depende da sua estrutura tridimensional, isto é, a forma que ela tem. Então, você vai copiar a sequência em negrito e colar em um site da internet, e ele vai te mostrar o desenho da estrutura dessa molécula. Agora que você já sabe a forma da sua proteína, você pode compará-la com estruturas de proteína que já foram estudadas por outros pesquisadores para descobrir sua função. Mais uma vez, você pode contar com a ajuda de um programa de computador. Imagine que esse programa te diz que sua proteína é igual à enzima lactase. Com essa informação, você poderia chegar à conclusão que a função da sua proteína é degradar a lactose no intestino delgado, possibilitando sua digestão. Acabamos de ver aqui um exemplo de cada tipo de análise em Bioinformática. A análise de sequência, nesse caso, possibilitou encontrar o gene, mas esse tipo de análise também permite outras abordagens, como comparar várias sequências. Você já ouviu falar sobre árvore genealógica? Ela conta a história dos antepassados de um indivíduo. A gente pode fazer algo parecido comparando sequências, e descobrir a relação evolutiva entre elas, como se a gente pudesse dizer qual a sequência que apareceu primeiro na história da evolução dos seres vivos. Quando falamos da análise de estrutura, ela pode ser feita para prever a forma de DNAs, RNAs e proteínas, além de dizer como elas interagem com várias outras moléculas. Já a análise da função permite saber para o que essa molécula serve. Analisar a função de uma proteína vai nos dizer como ela interfere no funcionamento da célula, o que acontece quando ela está em excesso ou quando ela está em falta. Atenção!!! Não podemos deixar de falar de uma potencialidade muito importante da Bioinformática: Guardar informações biológicas de maneira organizada, de forma que seja fácil encontrá-las quando preciso. Os chamados bancos de dados biológicos guardam informações como sequências de nucleotídeos e aminoácidos, artigos científicos ou estrutura de proteínas. Além de organizar essas informações, eles permitem que elas sejam atualizadas, consultadas e recuperadas. Esses bancos são construídos por bioinformatas, que precisam de programas específicos e também de computadores com grandes capacidades, como boa memória e processadores potentes. Aplicações da Bioinformática As aplicações da Bioinformática vão muito além da utilidade imediata em entender melhor processos básicos de Biologia Molecular. Ela pode ser aplicada ao desenvolvimento de novas drogas, na análise forense de DNA, na biotecnologia agrícola, na medicina personalizada, entre outros. Vamos aos exemplos: • Identificação das estruturas de proteínas Poderíamos estudar uma proteína que seja muito importante para as bactérias, tão importante que, se essa proteína parar de funcionar, a bactéria morre. Se descobrirmos a estrutura dessa proteína, podemos testar várias moléculas e verificar se elas se encaixam na proteína da bactéria. Se esse encaixe for muito perfeito, a molécula pode bloquear a função da proteína bacteriana. Uma molécula com essa capacidade é candidata a ser um novo antimicrobiano, um grupode drogas usadas para combater infecções causadas por bactérias. Identificar as estruturas de proteínas e prever o modo de ligação e os detalhes do reconhecimento entre duas moléculas são as principais áreas da Bioinformática envolvidas na pesquisa por novas drogas. Essa abordagem ajuda a acelerar e baratear os estudos que levam ao desenvolvimento de drogas mais potentes, com menos efeitos colaterais e toxicidade. • Área forense Na área forense, podemos aplicar a Bioinformática para determinar a origem das amostras biológicas. Imagine se um perito criminal encontra na cena de um crime um fio de cabelo do qual se pode extrair o DNA. A partir desse DNA, podemos usar métodos computacionais para interpretar suas sequências de nucleotídeos e encontrar regiões que sejam capazes de diferenciar os indivíduos. Essas regiões servem como marcadores, etiquetas capazes de dizer de que pessoa veio aquele material. Se o perito possui três suspeitos do crime, com a informação da análise das sequências de DNA ele é capaz de matar a charada, e descobrir quem é o verdadeiro culpado. • Agricultura Ferramentas computacionais também vêm sendo utilizadas na agricultura. Bancos que armazenam informações sobre plantas têm um papel importante no desenvolvimento de novas variedades de cultura com maior produtividade e mais resistentes a pragas. Plantas são uma opção importante de energia limpa, quando a partir da biomassa vegetal se produz energia! O milho e a cana- de-açúcar são exemplos de vegetais que produzem uma grande quantidade de biomassa. Usando ferramentas computacionais, pesquisadores conseguem encontrar os genes que estão relacionados à produção de biomassa e, assim, escolher a planta que produzirá energia de forma mais eficiente. • Medicina personalizada A ideia de medicina personalizada surgiu porque, muitas vezes, pacientes com a mesma doença e sintomas comuns podem ter causas moleculares diferentes. Um bom exemplo é o câncer. Duas pessoas podem ter câncer de pulmão, mas as causas genéticas para o desenvolvimento dessa doença podem ser distintas entre elas e, portanto, o tratamento deveria ser diferente. A comparação de sequências de DNA através dos métodos de Bioinformática vem permitindo que regiões específicas sejam caracterizadas e sirvam de marcadores para indivíduos com perfis específicos. Cada vez mais esses marcadores vêm sendo descritos, e podem ser usados não só para o diagnóstico e tratamento de doenças, como também para recomendar, cientificamente, dietas e exercícios mais indicados para cada indivíduo, entre outras utilidades. Poderíamos discutir ainda muitas outras aplicações da Bioinformática, mas acredito que você já está convencido de como é importante aprender sobre essa ciência. O biomédico é conhecido como um profissional do futuro e, por isso, você não pode ignorar as tecnologias mais modernas para lidar com questões biológicas. Aproveite muito essa oportunidade! ATIVIDADES 1. Assista ao vídeo disponível no YouTube sobre Mulheres na Ciência, da Universidade Federal de Minas Gerais, no qual a professora Dra. Raquel Minardi fala sobre a Bioinformática. Logo no início do vídeo, ela diz que a Bioinformática é interdisciplinar. O que isso significa? a) O profissional de Bioinformática precisa ter graduação em Biomedicina. b) O profissional de Bioinformática precisa ter graduação em Biomedicina e Ciência da Computação. c) A Bioinformática reúne conhecimentos de várias disciplinas para solucionar problemas biológicos. d) Ter apenas conhecimento sobre computação já é suficiente para uma pessoa seguir a carreira de bioinformata. e) A Bioinformática não integra conhecimentos de diversas disciplinas. 2. A Bioinformática inclui diferentes possibilidades de análise de dados biológicos. Qual das opções a seguir não é um tipo de análise realizada por bioinformatas? a) Análise de sequências de nucleotídeos ou aminoácidos. b) Análise da estrutura tridimensional de biomoléculas, como as proteínas. c) Análise dos papéis funcionais de moléculas biológicas. d) Análise do risco biológico de laboratórios de pesquisa científica. e) Todas as análises acima são realizadas por bioinformatas. 3. Assista ao vídeo disponível no YouTube Pesquisa da UFSCar utiliza a Bioinformática para compreender a evolução dos vírus. Esse vídeo ilustra uma aplicação da Bioinformática, buscando entender quais as mudanças que os vírus sofrem com o passar do tempo. Esse tipo de informação pode ser adquirido através de uma abordagem citada pelo pesquisador no início do vídeo. Qual é essa abordagem? a) Previsão do modo de ligação e os detalhes do reconhecimento entre as proteínas virais. b) Análise e comparação de sequências de nucleotídeos. c) Análise da função das proteínas produzidas pelos vírus. d) Construção de um banco de dados contendo diferentes tipos de informações sobre os vírus. e) Análise da estrutura tridimensional das proteínas virais. Bioinformática Aula 2: Conceitos moleculares importantes para a Bioinformática A Biologia Molecular e a Bioinformática Após a descoberta da estrutura do DNA por Watson & Crick, em 1953, e posterior descoberta do código genético e do fluxo da informação gênica, os biologistas moleculares intensificaram os estudos no intuito de elucidarem a composição dos genes das diferentes espécies com o auxílio de uma nova ciência que era a Bioinformática. A Bioinformática surgiu nos anos 1990 como uma ciência multidisciplinar baseada na Biologia Molecular, Biologia Computacional e Matemática. Esta ciência utiliza ferramentas computacionais e matemáticas para desvendar as estruturas das moléculas, assim como para predizer suas funções e sua evolução ao longo dos anos. Desta forma, a Bioinformática utiliza a Biologia Molecular como fonte de informação para criar uma linha de investigação dos dados genéticos e bioquímicos. A Bioinformática ganhou força com o advento dos projetos genomas, que contribuíram para a geração de uma grande quantidade de informação obtida a partir do sequenciamento do DNA. A utilidade da Bioinformática dentro da Biologia Molecular está voltada para a execução rápida de tarefas que seriam cansativas para o pesquisador, como: montagem de genes, alinhamentos, análise de sequências nucleotídicas e proteicas, entre outros. Além disso, a Bioinformática também oferece o armazenamento computacional de toda essa grande quantidade de dados que é gerada com o mapeamento dos genes. O papel da mudança dos ácidos nucleicos com a adaptação ao ambiente No século XIX, o pesquisador Charles Darwin publicou o livro A Origem das Espécies, no qual ele relatava as evidências sobre a influência do ambiente na diversidade da vida observada em uma expedição às Ilhas de Galápagos. Em suas pesquisas, Darwin verificou a uniformidade entre diferentes seres vivos, demonstrando a interligação entre eles por um ancestral comum. Ele também verificou que as espécies se distinguem, ou seja, evoluem ao longo tempo por meio de interações entre os organismos e o seu ambiente. Como assim? Vamos explicar melhor. Teoria da seleção natural A teoria da seleção natural postulada por Darwin discute que alguns organismos podem apresentar características herdáveis que possibilitam a sobrevivência e uma maior taxa de reprodução em relação a outros indivíduos. Logo, a interação dos organismos com o ambiente era mútua, pois apenas os organismos com características favoráveis a uma determinada condição ambiental eram capazes de se adaptar ao meio e passar essas características para seus sucessores. O que Darwin não sabia era como essas características herdáveis eram transmitidas de uma prole para outra. O conceito de gene e de herdabilidade que surgiram posteriormente auxiliaram no melhor entendimento sobre a seleção natural proposta por Darwin. Hoje, já se sabe que a diversidade fenotípica entreas espécies observadas por Darwin reflete a variabilidade gênica, ou seja, a diferença entre a composição dos genes e de sequências reguladoras no DNA de cada espécie. Variabilidade genética A variabilidade genética pode ser medida pelo percentual de médio da quantidade de alelos heterozigotos ou pela observação da diversidade molecular nas sequências de nucleotídeos gerada por mutação. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 Você deve estar se perguntando o que são alelos heterozigotos, não é? Os seres humanos são diploides, ou seja, são formados por pares de cromossomos. Os cromossomos são formados por DNA e histonas. Dessa forma, em cada cromossomo humano existem sequências nucleotídicas específicas que codificam características que são chamadas de genes. Nos humanos, cada cromossomo pertencente ao par cromossômico tem origens distintas: um vem da mãe e o outro vem do pai. Figura 1: Cromossomos homólogos paterno e materno. (Fonte: BrasilEscola) Esses cromossomos herdados são ditos homólogos, pois codificam as mesmas características nas mesmas posições (figura 1). Se as características codificadas por esses cromossomos homólogos tiverem exatamente a mesma composição de nucleotídeos, podemos dizer que os alelos (genes) são iguais ou homozigotos, mas caso haja diferença, nós dizemos que eles são heterozigotos. A existência de alelos heterozigotos em uma determinada espécie reflete a variabilidade genética, uma vez que estes alelos só existem a partir da mistura prévia de indivíduos homozigotos que apresentam alelos homozigotos diferentes para uma mesma característica. https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-alelo.html Exemplo Para: AA: alelo homozigoto: aa: alelo homozigoto. Aa: alelo heterozigoto. Mutação gênica Outro fator que nós comentamos que é responsável também pela variabilidade genética das espécies é a mutação. A mutação gênica é definida como uma alteração na sequência pontual dos nucleotídeos do DNA. A existência de uma mutação em uma sequência não significa necessariamente uma alteração fenotípica, pois grande parte das mutações acontecem em regiões não codificantes do DNA ou não levam às alterações na proteína que será codificada. Atenção!!! Independentemente da fonte da variabilidade genética, é preciso ficar bem claro que algumas alterações fenotípicas entre os indivíduos não são geradas por um fenótipo herdado, e sim por fatores ambientais. Exemplo Os fisiculturistas apresentam músculos desenvolvidos por esforço físico e suplementação alimentar, e não por fatores herdáveis, pois esta massa muscular desenvolvida não é transferida como característica para a próxima geração. Assim, as alterações fenotípicas acarretadas por variabilidade genética são fatores primordiais para que haja a evolução entre diferentes indivíduos. Não se preocupe, pois no tópico seguinte discutiremos melhor sobre os mecanismos de mutação. Evolução e o material genético Você deve ter percebido o quanto variabilidade genética é importante para a geração de biodiversidade e evolução das espécies ao longo no tempo. Entretanto, você ainda deve estar se perguntando como essa variabilidade genética ocorre entre os diferentes indivíduos e populações? O principal mecanismo molecular responsável pela variação dos genes são as mutações gênicas. As mutações pontuais no DNA são eventos genéticos que acontecem de forma repentina e aleatória, e que refletem o mau funcionamento do processo de replicação ou reparo do DNA. Esses erros podem ser a inserção de uma base incorreta na cadeia de DNA em formação ou uma interferência química sobre as bases nitrogenadas do DNA. Atenção!!! É importante ressaltar que as mutações podem acontecer espontaneamente sem nenhum fator de base ou podem ser induzidas por exposição a agentes químicos ou físicos, como: Radiação UV, agentes mutagênicos, agentes químicos e outros. As mutações podem ser classificadas de acordo com o tipo celular que elas atingem. Mutações somáticas Acontecem em qualquer célula do organismo, com exceção das células germinativas. Esse tipo de mutação é transferido apenas para as células-filhas da célula original, na qual a mutação ocorreu, podendo não afetar o organismo inteiro. Mutações germinativas As mutações germinativas são aquelas que ocorrem nas células gaméticas e, por isso, afetam todas as células e serão transmitidas à descendência. Mutação pontual Existem, basicamente, três tipos diferentes de mutação pontual: Adição ou inserção Corresponde à adição de nucleotídeos extras em uma determinada sequência do DNA. Ex.: ATCGGATCCT — Antes da mutação. ATCGGGTATCCT— Após a mutação com a adição do dinucleotídeo GT. Substituição Corresponde à troca de nucleotídeos incorporados na sequência do DNA. A troca pode ser feita entre as bases púricas-púricas; pirimídicas-pirimídicas ou púricas-pirimídicas. Ex.: ATCGGATCC — Antes da mutação. TTCGGATCC— Após a mutação, com uma substituição púricas- pirimídicas. Deleção Corresponde à perda de um ou mais nucleotídeos de uma determinada sequência do DNA. Ex.: ATCGGATCC — Antes da mutação. ATCATCCT— Após a mutação, com a deleção do dinucleotídeo GG. Esses diferentes tipos de alterações moleculares podem resultar na troca do códon do RNAm que será transcrito a partir da cadeia de DNA mutada. Substituição de um nucleotídeo A substituição de um nucleotídeo pode levar a uma mutação silenciosa, ou seja, por mais que haja a alteração do códon, este novo códon irá codificar o mesmo aminoácido do códon anterior. Como assim? Lembra que o código genético é degenerado? Então, isso pode acontecer. A mutação por substituição pode ainda ser classificada em: • Mutação de sentido trocado (missense mutation) Ocorre quando a substituição de nucleotídeos gera um novo códon e este corresponde a um aminoácido diferente, acarretando alteração na estrutura da proteína. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#collapse01-01 • Mutação sem sentido (nonsense mutation) Algumas vezes, a substituição de nucleotídeos gera um códon de parada, ou seja, que não corresponde a nenhum aminoácido e, dessa forma, determinará uma terminação prematura da proteína traduzida. • Mutação de fase de leitura (frameshift mutations) A inserção ou a deleção de um ou alguns nucleotídeos geralmente levam a alterações mais drásticas nos códons e, como consequência, na proteína resultante. São conhecidas como mutação de fase de leitura (frameshift mutations), pois alteram a fase de leitura de todas as trincas de pares de bases no gene depois do sítio mutado— uma mutação que modifica a fase de leitura quando um númerode nucleotídeos diferentes dos múltiplos de 3 é adicionado ou deletado. Consequências As mutações podem apresentar um amplo espectro de consequências. O que determinará a consequência é o local e a extensão desta mutação. Exemplo: Mutações em regiões de íntrons, regiões não codificantes, podem ser mutações neutras e não acarretarem alteração na expressão gênica. O resultado de uma mutação é extremamente variável e pode corresponder a: • Nenhuma alteração da função do produto gênico; • Perda total ou parcial de função do produto gênico ou • Ganho de uma nova função para o produto gênico. Taxas de mutação As mutações são raras e geralmente acontecem em uma taxa baixa, porém esta taxa pode variar entre os diferentes organismos. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#collapse01-02 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#collapse01-03 Os vírus, por exemplo, podem apresentar altas taxas de mutação (10-3), enquanto as células humanas são menos susceptíveis (10-9). Em geral, a frequência de mutações cresce com o aumento do tamanho da população até atingirem uma taxa mutacional estável. Outro fator importante é a fixação da mutação em uma população. Duplicação Gênica Além da mutação, outros mecanismos podem também contribuir para a variação genética entre as espécies. Um dos mecanismos que vem sendo muito estudados nos últimos anos é a duplicação gênica. Este mecanismo é definido como um processo de duplicação de um fragmento de DNA, que pode ser gerado por meio de recombinação desigual dos cromossomos homólogos durante a meiose, fazendo com que parte do cromossomo seja duplicada, ou através da movimentação de transposons que carreiam informações genéticas do organismo para regiões diferentes do genoma (figura 2). Figura 2: Mecanismo de duplicação gênica. Fonte: Wikipedia.org https://alteracoes_patrimonio_genetico_acp.blogs.sapo.pt/5994.html A duplicação gênica, quando mantida no organismo, pode ser transmitida para os descendentes e se transformar em uma fonte de novidades evolutivas, já que esta nova cópia poderá acumular mutações, podendo levar ao aparecimento de características funcionais vantajosas. Comentário A duplicação gênica contribuiu muito ao longo da história para a formação de novos genes. Um caso da sua ação ocorreu com a família das globinas em mamíferos. Após a duplicação de um gene ancestral, as duas cópias gênicas se diferenciaram por mutações evolutivas dando origem aos genes da alfa e beta globina, o que conferiu refinamento no transporte de oxigênio para os mamíferos. Especiação Durante a expedição para as Ilhas Galápagos, Charles Darwin ficou fascinado com a enorme biodiversidade, que foi associada ao grande número de diferentes espécies que povoavam aquela região. Novas espécies surgem de um processo evolutivo chamado de especiação. É na especiação que uma espécie acumula modificações e se transforma em outra espécie ou dá origem a duas novas espécies. Segundo Darwin, a especiação faz parte da evolução e acontece ao longo do tempo com o intuito de adaptação às alterações ambientais. O processo de especiação relaciona as mudanças nas frequências dos alelos de uma população com a origem de novos indivíduos adaptados. Os mecanismos genéticos que estão associados a alteração da frequência dos alelos em uma população são: • mutações; • fluxo gênico; • deriva genética; • seleção natural. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#complementar1 Saiba mais! Não lembra desses mecanismos? Então, pesquise em livros sobre evolução e relembre esses conceitos. Na natureza, existem dois tipos diferentes de especiação, a alopátrica e a simpátrica. A diferença entre os tipos de especiação está relacionada com a forma com que o fluxo gênico entre as populações iniciais foi interrompido. • Especiação alopátrica Na especiação alopátrica, a interrupção do fluxo gênico se dá a partir do surgimento de uma barreira geográfica que separou as duas populações. Por exemplo, devido à escassez de chuvas em uma determinada região, um grande lago diminuiu seu volume de água e transformou-se em dois pequenos lagos. Este evento fez com que a população inicial do grande lago ficasse dividida e evoluísse independentemente, gerando duas novas populações. • Especiação simpátrica Na especiação simpátrica, o fluxo gênico entre as populações é interrompido, mas elas ainda compartilham a mesma região geográfica. O processo de especiação simpátrica é raro na natureza quando comparado com a alopátrica. A interrupção do fluxo gênico entre as duas populações pode ser acarretada pela existência das diferenças no habitat e seleção sexual desenvolvidas por estas populações. Com o tempo, essas populações se transformam em subespécie até a especiação ocorrer efetivamente. Homologia x analogia Conforme foi visto até agora, a evolução é um processo de descendência com modificações, ou seja, mecanismos genéticos acontecem e modificam o fenótipo dos organismos. Essas alterações podem ser incorporadas e transmitidas aos descendentes conferindo vantagens para aquele indivíduo ou podem levar a sua eliminação perante diferentes condições ambientais. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#collapse01-01 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula2.html#collapse01-02 A percepção da evolução é clara quando verificamos que as espécies relacionadas que vieram de um ancestral comum podem apresentar semelhanças morfológicas com funções distintas. Você já parou para pensar qual é a semelhança entre o membro anterior humano, a asa de um pássaro, a pata de um cão e a nadadeira de uma baleia? Essas estruturas, apesar de exercerem funções completamente diferentes, apresentam a mesma origem embrionária e, por isso, apresentam grandes semelhanças anatômicas (figura 3). Figura 3: Estruturas homólogas com a mesma estrutura anatômica. Fonte: Wikipedia.org Como cada uma dessas espécies apresenta estilos de vida diferentes, a adaptação ao ambiente fez com que essas estruturas corporais divergissem ao longo da evolução. Essas estruturas corporais são chamadas de homólogas e o processo evolutivo associado a sua formação é a homologia. .Convergência evolutiva. Mas não são só as espécies próximas que apresentam um ancestral comum que podem compartilhar características comuns. Espécies distantes também podem compartilhar características comuns por razões distintas, geralmente associadas ao ambiente e estilo de vida. Isso é resultado de uma convergência evolutiva. https://pt.wikipedia.org/wiki/Homologia_(biologia)#/media/Ficheiro:Homology_vertebrates-pt.svg As asas dos insetos e das aves apresentam a mesma função pela adaptação ao voo, porém estas estruturas não apresentam relação quanto à origem embriológica. A semelhança funcional e estrutural dessas estruturas foi dada por analogia, e não por homologia, já que são espécies distantes. As estruturas corporais resultantes deste processo são estruturas análogas (figura 4). Figura 4: Estruturas análogas geradas a partir de convergência evolutiva. Fonte: EscolaEducação. Genes parálogose ortólogos Nós vimos que a evolução por homologia associa a similaridade morfológica de algumas estruturas corporais com a presença de um ancestral comum entre as espécies. A evidência evolutiva de que as espécies evoluíram por homologia é a presença de genes homólogos, ou seja, genes que apresentem sequências nucleotídicas iguais ou altamente semelhantes que podem codificar para estruturas com a mesma função ou não. O conjunto de genes estreitamente relacionados forma uma família de genes homólogos que estão presentes em diferentes espécies e que podem ter surgido ao longo da história evolutiva https://escolaeducacao.com.br/homologia-e-analogia/ de diferentes formas. Os genes homólogos podem ser de dois tipos: Genes parálogos Os genes homólogos designados como parálogos são aqueles que divergiram após o processo de duplicação dentro do genoma de uma mesma espécie. As espécies descendentes apresentam mais de uma cópia do gene, com funções distintas. Genes ortólogos Os genes homólogos designados como ortólogos são aqueles que divergiram após o processo de especiação, onde cada espécie descendente apresenta uma cópia do gene. Assim, os genes ortólogos compartilham um ancestral comum e apresentam as mesmas funções. Observe, na imagem a seguir, os dois tipos de genes homólogos. Figura 5- Fonte: Evolução – presente na Minha Biblioteca Estácio, página 481 (fonte: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536308630) Acessado em: 07 fev. 2020. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536308630 ATIVIDADES 1) Baseado nos conceitos expostos nesta aula, cite quais são os principais mecanismos moleculares associados ao surgimento da variabilidade genética entre os indivíduos. 2) A evolução das espécies pode acontecer por mecanismos convergentes ou divergentes que resultam em homologias e analogias. Baseado nisso, relacione o mecanismo de homologia e analogia com o surgimento de genes parálogos e ortólogos. 3) A especiação é um processo evolutivo muito importante para formação de novas espécies. Descreva como esse processo ocorre: Bioinformática Aula 3: Conceitos moleculares importantes para a Bioinformática A Biologia Molecular aplicada à Bioinformática O dogma central da Biologia Molecular foi proposto por Francis Crick, biólogo molecular, biofísico e neurocientista britânico, em 1958. A partir de então estabelece-se o paradigma da Biologia Molecular, no qual a informação é conservada através da replicação do DNA e é traduzida através dos processos de transcrição. Tais processos, por sua vez, convertem a informação do DNA em uma forma mais acessível, representada por uma fita de RNA complementar e de tradução, que converte a informação contida no RNA em proteínas. Expressão gênica O termo expressão gênica diz respeito ao processo em que a informação codificada por um determinado gene é traduzida e, portanto, decifrada, em uma proteína. Em teoria, o controle, em qualquer uma das fases desse processo, pode ocasionar uma expressão gênica diferencial. Em organismos multicelulares, a expressão gênica controlada regula um programa genético imprescindível para o desenvolvimento embrionário e sua diferenciação. Nesse sentido, uma célula é capaz de regular a expressão gênica através de diversos mecanismos, dentre os quais, como um transcrito primário de RNA sofre splicing ou é processado. A ausência e/ou desequilíbrio de mecanismos da regulação gênica pode, inclusive, determinar o estabelecimento de doenças. É esta temática que será abordada na aula de hoje. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html Fluxo de informações do código genético O dogma central da biologia molecular descreve como ocorre o fluxo de informações do código genético. Segundo esse dogma, o fluxo da informação genética segue o seguinte sentido: DNA → RNA → PROTEÍNAS Observa-se, portanto, que esse dogma demonstra todos os processos pelos quais os ácidos nucleicos podem passar. Dessa forma, temos o DNA, onde está contida a informação genética, que pode ser transcrito em moléculas de RNA. É nessa molécula de RNA que é encontrado o código usado para organizar a sequência de aminoácidos e formar as proteínas no processo de tradução, o qual consiste na união de aminoácidos, obedecendo à ordem de códons presentes em uma molécula de RNA mensageiro. Observamos que o DNA de um organismo codifica todas as moléculas de RNA e de proteínas necessárias para a construção e perfeito funcionamento de suas células. Constituição do DNA Embora possamos ter uma descrição completa da sequência de DNA de um organismo, isso não nos possibilita reconstruir esse organismo. Vocês podem se questionar: Por que não? Porque o problema não é conhecer como os elementos funcionam em uma sequência de DNA, mas em quais condições cada produto gênico é produzido. Uma vez produzido, o que ele faz? Os diferentes tipos celulares em um organismo multicelular diferem drasticamente, tanto em estrutura como em função. Se compararmos um neurônio com uma célula do fígado, por exemplo, as diferenças são tão extremas que é difícil imaginar que as duas células contenham o mesmo genoma. Por essa razão e porque a diferenciação celular com frequência parecesse irreversível, os biólogos originalmente suspeitaram que genes deveriam ser seletivamente perdidos quando uma célula se diferencia. Agora sabemos, entretanto, que a diferenciação celular geralmente ocorre sem alterações na sequência de nucleotídeos do genoma da célula. Os tipos de células em um organismo multicelular tornam-se diferentes uns dos outros porque eles sintetizam diversas moléculas de RNA e proteínas. Para explicar isto, existem algumas afirmativas importantes: 1. Muitos processos são comuns a todas as células e, dessa forma, possuem muitos produtos gênicos em comum. Esses produtos incluem proteínas estruturais dos cromossomos, RNA e DNA-polimerases, enzimas de reparo do DNA, proteínas ribossômicas e RNAs, entre outros. 2. Algumas proteínas e RNAs são abundantes nas células especializadas nas quais elas atuam e não podem ser detectadas em nenhum outro local. Por exemplo, a hemoglobina é expressa especificamente nas hemácias, assim como a enzima tirosina aminotransferase é expressa no fígado, não sendo sintetizada na maioria dos outros tecidos. 3. Estudos sugerem que uma célula humana expressa cerca de 30% a 60% dos seus quase 30 mil genes. Quando os padrões de expressão de RNA em diferentes linhagens celulares humanas são comparados, observa-se que o nível de expressão de praticamente todos os genes varia de acordo com o tipo de célula. 4. Ainda que existam diferenças marcantes nos níveis de RNAs codificadores (RNAs mensageiros— RNAm) em tipos de células especializados, observa-se uma gama complexa de diferenças no padrão final de produção de proteínas. Como veremos nesta aula, existem muitos passos após a produção do RNA nos quais a expressão gênica pode ser regulada. Controle das proteínas Uma célula pode controlar as proteínas que produz de seis formas. 1 Regulando quando e como um determinado gene é transcrito, o que chamamos de controle transcricional. 2 Controlando como o transcrito de RNA é processado (controle do processamento de RNA). 3 Selecionando quais RNAs mensageiros completos serão exportados do núcleo para o citoplasma e onde ficarão localizados (controle do transporte e da localização de RNA). 4 Selecionando quais RNAs mensageiros no citoplasma serão traduzidos pelos ribossomos (controle traducional). 5 Desestabilizando, de forma seletiva, algumas moléculas de RNA mensageiro no citoplasma (controle da degradação do RNAm). 6 Ativando, inativando, degradando ou compartimentalizando moléculas de proteínasespecíficas após sua produção (controle da atividade proteica). Controles transcricionais Para a maioria dos genes, os controles transcricionais são os mais importantes. Isso porque, de todos os pontos possíveis de controle, somente o controle transcricional garante que a célula não sintetizará intermediários desnecessários. A transcrição de genes individuais é ativada e desativada nas células por reguladores transcricionais. Em organismos procariontes, essas proteínas normalmente ligam-se às sequências de DNA específicas próximas do sítio de início da RNA-polimerase e, dependendo da natureza da proteína reguladora e da localização do seu sítio de ligação em relação ao sítio de início, pode tanto ativar como reprimir a transcrição do gene. A flexibilidade da dupla-hélice do DNA pode permitir que proteínas ligadas em sítios distantes afetem a RNA-polimerase na sequência promotora do gene. Atenção!!! Lembrem-se que promotores ou sequências promotoras são sequências de DNA específicas importantes para o início da transcrição. Tais sequências são reconhecidas por algumas proteínas específicas, chamadas de fatores de transcrição, que trazem a RNA-polimerase para realizar a montagem dos RNAs. Um único gene eucariótico normalmente é controlado por muitos reguladores transcricionais ligados a sequências que podem estar localizadas a dezenas ou até a centenas de milhares de pares de nucleotídeos do promotor que direciona a transcrição do gene. Os ativadores e os repressores eucarióticos atuam por meio de vários mecanismos — geralmente alterando a estrutura local da cromatina e controlando a associação dos fatores gerais de transcrição e da RNA-polimerase no promotor. Eles fazem isso atraindo coativadores e correpressores, que são complexos proteicos que desempenham as reações bioquímicas necessárias. O momento e o local no qual cada gene é transcrito, assim como suas taxas de transcrição sob diferentes condições, são determinadas por um conjunto particular de reguladores transcricionais que se ligam à região reguladora do gene. Controles pós-transcricionais Conforme dito anteriormente, para a maioria dos genes, os controles transcricionais são os mais importantes. Porém, outros controles podem atuar mais tarde, na via do DNA para a proteína, a fim de modular a quantidade de produto gênico que é produzida — e em alguns casos, para determinar a sequência de aminoácidos do produto proteico. Esses controles pós-transcricionais, que operam após a RNA- polimerase ter se ligado ao promotor do gene e iniciado a síntese do RNA, são cruciais para a regulação de muitos genes. Splicing Um dos mecanismos do controle pós-transcricional que abordaremos nesta aula é denominado splicing. Mas, para falarmos sobre isto, precisamos compreender o mecanismo de processamento do RNA. Importante observar, inclusive, que a transcrição é apenas a primeira de diversos passos necessários para a síntese de uma molécula de RNAm madura. Outras etapas essenciais incluem a modificação covalente de ambas as extremidades do RNA e a remoção de sequências de íntrons que são retiradas do transcrito pelo processo de splicing do RNA. Lembremos que a sequência codificante de um gene é a série de códons, compostos por três nucleotídeos (trincas), que especifica a sequência linear dos aminoácidos no produto polipeptídico. Nos genes eucarióticos, a sequência codificante é periodicamente interrompida por segmentos com sequências não codificantes. Muitos genes eucarióticos são, portanto, mosaicos, compostos por blocos com sequências codificantes, os éxons, separadas entre si por blocos com sequências não codificantes, os íntrons. Vocês devem estar se perguntando, por que em organismos procariotas não ocorre este processamento do RNA mensageiro. Nos organismos procariotas, a transcrição e a tradução são simultâneas e, deste modo, o RNA não sofre qualquer processamento. Já em eucariotas, existe uma compartimentalização, de modo que a transcrição ocorre no núcleo e a tradução no citoplasma. O RNA recém-obtido pela ação da RNA-polimerase, é um transcrito primário (pré-RNA), que sofrerá processamento para originar o RNA mensageiro final (RNAm maduro). Veja, agora as etapas do processamento. • Adição do CAP 5’ A primeira etapa do processamento é caracterizada pela adição do CAP 5’. E o que seria o CAP 5’ e por que é adicionado? Pois bem, na extremidade 5’ do transcrito inicial, um dos três fosfatos é removido e é adicionada a base nitrogenada guanina. Em seguida, essa base é metilada na posição 7, assim como o segundo e terceiro nucleotídeos, entretanto, para estes dois últimos, a metilação ocorre na posição 2’ do açúcar. A adição do CAP 5’ confere ao RNA uma maior estabilidade, pois protege-o da ação de fosfatases e nucleases. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#collapse01-01 • Adição da cauda poli-A A segunda etapa do processamento do RNA é adição da cauda poli-A. E o que seria isto? A cauda poli-A é uma estrutura localizada na extremidade 3' da maioria dos RNAm de eucariotas, sendo composta pela ligação de 80 a 250 resíduos de adenina. Essa cauda tem a função de atuar como acentuadora da tradução, proteger o RNAm da digestão por nucleases presentes no meio e proporcionar uma maior estabilidade à molécula. Especula-se, ainda, que ela também tenha um papel importante no transporte do RNAm para o citoplasma. • Splicing A última etapa do processamento é o que chamamos de splicing, onde serão removidos os íntrons e unidos os éxons. Vamos entender como este processo ocorre a seguir. Detalhamento do drocesso de splicing Atenção!!! Primeiro, é importante saber que além dos RNAs conhecidos por nós (RNAm, RNA transportador e RNA ribossômico), existem outros RNAs compostos por menos de 300 nucleotídeos. Tais RNAs são chamados de snRNAs (small nuclear RNAs) e scRNAs (small cytoplasmatic RNAs). Os RNAs são importantes porque se associam a proteínas formando complexos chamados de snRNPs (pequenas partículas de ribonucleoproteínas nucleares, do inglês small nuclear ribonucleoprotein particles) e scRNPs (pequenas partículas de ribonucleoproteínas citoplasmáticas, do inglês small cytoplasmatic ribonucleoprotein particles). Para o processo de splicing ocorrer, é necessária a formação de grandes arranjos compostos por snRNPs e precursores de RNAm, denominados spliceossomos. Serão tais complexos que farão a excisão dos íntrons do RNAm, processo que requer alta precisão das enzimas envolvidas. A falta ou acréscimo de um único nucleotídeo em um éxon pode promover uma alteração de fase de leitura e levar à produção de uma proteína totalmente diferente da original. Como o splicing é um mecanismo complexo, altamente regulado, uma mutação em um local de reconhecimento na junção íntron e éxon, ou mesmo em um elemento regulador, pode ocasionar uma falha no processo, gerando um produto http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#collapse01-02 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#collapse01-03 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 anômalo, que pode, diversas vezes, inativar um gene, com sérias consequências. Considera-se que cerca de 10% das doenças genéticas são causadas por equívocos no processo de splicing. Entretanto, pesquisas envolvendo ferramentas de Bioinformática e Biologia Molecular podem suscitar estratégias capazes de retificar sequências que abalam padrões de splicing, como também expressar, silenciar ou alterar as concentrações de reguladores, a fim de reparar genes afetados por deleções, a exemplo do que ocorre na distrofia muscular progressiva. Segundo o fluxo da informação genética DNA—RNA— proteínas, a sequência de nucleotídeos presentes em um gene será transcrita em uma molécula de RNAm, a qual será traduzida em proteína. Esta sequência origina a ideia de que, para cada gene, uma proteína é produzida. Entretanto, como veremos, existem alguns pré-RNAs que podem ser processados por mais de uma forma, dando origem a RNAm alternativos. Esse processo denomina-se processamento ou splicing alternativo. Assim, podemos concluir que a partir de um gene, mais de uma proteína pode ser formada. Estudos apontam que cerca de 60% dos genes presentes no genoma humano podem ser processados de forma alternativa, gerando, portanto, mais de uma proteína por gene. O processamento alternativo pode acontecer de diversas http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 formas, podendo-se observar a extensão de éxons ou mesmo omissão. Em alguns, os íntrons são mantidos ao invés de serem eliminados, elevando a diversidade de proteínas produzidas. Como a regulação da expressão gênica pode ter impacto na etiologia de doenças? Diagnósticos moleculares de distúrbios aparentemente devidos a defeitos genéticos ou genômicos ainda necessitam de maior número de casos investigados, apesar do grande número de estudos projetados para descobrir defeitos nas regiões codificadoras de proteínas do genoma. Existe um aumento crescente de estudos para pesquisar defeitos em regiões do genoma não codificadoras e alterações na expressão gênica. Terapia gênica Antes de prosseguirmos, é importante esclarecer o que significa o termo terapia gênica. A terapia gênica consiste, basicamente, na manipulação ou correção da expressão gênica em células-alvo ou, ainda, a transferência de genes para células com finalidade terapêutica. Comentário! Em 1990, o uso da terapia gênica em seres humanos foi iniciado. Àquela época, o objetivo foi o tratamento de uma paciente com imunodeficiência letal, causada pela deficiência da enzima adenosina deaminase, cujo papel está envolvido no metabolismo de purinas, existindo, em grande quantidade, em linfócitos e monócitos ativados, sobretudo linfócitos T helper. Nesse caso, a paciente recebeu uma transfusão de linfócitos geneticamente corrigidos e cuja expressão do transgene foi de longa duração. Sem dúvida alguma, os avanços da Biologia Molecular associados às ferramentas de Bioinformática, nas últimas duas décadas, contribuíram muito para o desenvolvimento de técnicas http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula3.html#complementar1 de transferência de genes visando corrigir ou repor a expressão de determinado gene defeituoso. Na próxima aula, veremos como elaborar um desenho experimental destinado à análise de amostras de DNA e RNA, de forma a obter resultados confiáveis para análises de Bioinformática. ATIVIDADES 1. Pensando na importância do conceito do dogma central da Biologia Molecular, assinale a opção que retrata a relação entre tal dogma e a influência sobre a expressão gênica: a) Segundo o dogma central da Biologia Molecular, o fluxo da informação genética pode ocorrer de forma independente em relação às moléculas envolvidas— DNA, RNA e proteínas. b) As condições em que cada produto gênico é produzido não impacta no conhecimento sobre determinado organismo. c) Existem diversos passos após a produção do RNA nos quais a expressão gênica pode ser regulada. d) De acordo com o fluxo da informação genética, cada pré- RNAm obtido será processado por uma única forma. e) Nenhuma das respostas anteriores. 2. Assinale a alternativa correta sobre a relaçãoentre regulação da expressão gênica e o surgimento de doenças: a) O controle transcricional está relacionado ao processamento do pré-RNAm. b) A última etapa do processamento do pré-RNAm é chamada de splicing, onde são removidos os íntrons e unidos os éxons. c) Erros no splicing não apresentam consequências para a obtenção de proteínas funcionais. d) Não há relação entre erros nos processos de regulação gênica e o surgimento de doenças. e) A última etapa do processamento do pré-DNA é chamada de splicing. 3. As técnicas modernas de sequenciamento e análise de proteínas proporcionaram a identificação e a análise de genomas completos, além dos perfis de expressão de genes sob determinada condição. Nesse contexto, é incorreto afirmar que: a) Genômica é o nome dado a um ramo da Bioquímica ou Biologia Molecular que estuda o genoma completo de um organismo. b) A análise do perfil global de expressão gênica é conhecida como transcriptoma. c) A análise sistemática das proteínas presentes em determinada situação recebe o nome de Proteômica. d) A genômica funcional é um ramo da Biologia Molecular cujo objetivo principal é entender a relação entre o genoma de um organismo e seu fenótipo. e) Entende-se por genômica o ramo da genética que aplica a tecnologia do DNA recombinante e os métodos de sequenciamento de DNA sem utilizar a Bioinformática, para sequenciar, montar e analisar a função e a estrutura dos genomas dos diferentes organismos. Bioinformática Aula 4: Pesquisa, material genético e a Bioinformática Pesquisa científica experimental em Bioinformática Todos os avanços que observamos até hoje nas áreas da Saúde, economia, ambiental, transportes, assim como em outras áreas, são frutos de pesquisas científicas. A pesquisa científica é a forma universal de se obter novos conhecimentos que são baseados em fatos e não no senso comum. Ela pode ser conduzida de formas diferentes dependendo do seu objetivo e contexto. Exemplo Uma pesquisa científica pode ser realizada, por exemplo, a partir de buscas teóricas realizadas em livros, artigos, revistas ou pode ser mais laboriosa, necessitando de laboratórios equipados para ser realizada. Pesquisa científica na área de Bioinformática Para se iniciar uma pesquisa científica na área de Bioinformática, o primeiro passo a se pensar é no desenho experimental para produzir resultados confiáveis. Mas o que vem a ser desenho experimental? O desenho experimental seria uma espécie de roteiro que é seguido pelo pesquisador para conduzir a pesquisa de acordo com o objetivo da mesma, com o intuito de obter resultados estatisticamente confiáveis. Na área da Bioinformática, as pesquisas científicas são classificadas como experimentais, ou seja, são pesquisas que têm como finalidade testar hipóteses de causa e efeito estabelecidas pelo pesquisador e, para isso, é necessário selecionar a população, controles e as variáveis que serão manipuladas. Achou confuso? Vamos a um exemplo. Exemplo Um estudo científico realizado na África, região endêmica para malária, mostrou que uma determinada população com anemia falciforme não adquiria malária. Neste exemplo, existe uma relação causal entre os eventos: Ausência de malária e presença de anemia falciforme. A ausência de malária seria o efeito enquanto a possível causa seria a presença de anemia falciforme. Desenho de uma pesquisa experimental Vamos, agora, pensar em alguns passos do desenho de uma pesquisa experimental que devem ser seguidos de acordo com a sua ordem de execução: 1 Estabelecer uma idéia de relação causa-efeito. 2 Estanbelecer hipóteses que serão testadas. 3 Determinar a população e as variáveis que serão manipuladas. 4 Executar o experimento e observar os resultados. 5 Formular aas conclusões sobre a hipótese estabelecida. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula4.html Você deve agora estar se questionando sobre todos esses passos. Calma, explicaremos cada um deles! .Estabelecendo uma ideia de relação causa-efeito. Para iniciarmos o desenho de uma pesquisa experimental em Bioinformática, é necessário mais do que estabelecer a relação de causa-efeito entre eventos. .Trabalhando com hipóteses. Nos estudos experimentais, geralmente temos duas hipóteses, a nula e a alternativa. O objetivo de um experimento é achar evidências que possibilitem aceitar a hipótese alternativa e recusar a hipótese nula. Hipótese nula É definida como aquela que declara que não existe uma relação de causa-efeito no experimento. Hipótese alternativa É definida como aquela que declara que existe uma causa-efeito no experimento. Agora que você já sabe a diferença dos dois tipos de hipótese, se fôssemos nos basear no estudo da anemia falciforme x malária, qual seria a hipótese nula e a alternativa? Se você pensou que a hipótese alternativa seria “a presença de anemia falciforme protege contra a malária” e a hipótese nula seria “a presença de anemia falciforme não protege contra a malária”, você acertou! Se você conseguiu formular corretamente as duas hipóteses, é porque você conseguiu visualizar a importância de pensar nas duas possibilidades como o desfecho do estudo. .Definindo a população de estudo e as variáveis manipuladas. Uma vez que nós temos as hipóteses estabelecidas, o próximo passo é definirmos a nossa população de estudo. A seleção da população de estudo é a etapa crucial para a garantia dos resultados confiáveis. Existem várias maneiras diferentes de selecionar a população que será estudada, já que não raro é necessário fazer uma amostragem da população, ou seja, selecionar alguns participantes pela impossibilidade de recrutar todos. Independentemente da maneira pela qual a seleção é feita, o mais importante é que a amostragem seja representativa da população que será estudada. Seguindo a hipótese nula e alternativa elaborada no caso do estudo da anemia falciforme x malária, qual é a nossa população de estudo? Se você respondeu pessoas com anemia falciforme, você acertou em parte. Para provarmos a hipótese alternativa, nós precisamos verificar a ausência de malária em pessoas com anemia falciforme e a presença de malária em pessoas sem anemia falciforme. Além disso, precisamos verificar se existem pessoas com anemia falciforme e com malária além de pessoas sem anemia falciforme e sem malária (saudáveis embora expostos). Entendeu agora quem é a nossa população? Outra etapa importante atrelada aos estudos experimentais em Bioinformática é pensar nas variáveis do estudo. Existem basicamente dois tipos de variáveis: Independentes e dependentes. • Variáveis independentes As variáveis independentes são aquelas que influenciam ou afetam outras variáveis. Desta forma, este tipo de variável é utilizado pelo pesquisador para avaliar a causa da presença ou não do efeito. • Variáveis dependentes As variáveis dependentes são aquelas que são influenciadas pelas independentes. Assim, este tipo de variável pode aumentar, diminuir, aparecer ou desaparecer, de acordo com o estímulo da variável independente. Exemplo Voltando ao exemplo da anemia falciforme e da malária, estudos mostram que a presença de mutação na cadeia da hemoglobina causa a anemia falciforme que está presente em indivíduos sem malária. Neste exemplo, uma variável independente pode ser a mutação e a dependente seria a malária. Entendeu? .Executando o experimento e observando os resultados. Após identificar uma situação-problema, estabelecer a hipótese, identificar as variáveis de estudos e selecionar a população, a pesquisa científica experimental começará de vez. Uma vez que todos os critérios apresentados acima foram bem definidos, a pesquisa em Bioinformática pode ser conduzida no intuito de gerar bons resultados contribuindo para o desenvolvimento deinovações na área da Saúde. .Formulando as conclusões sobre a hipótese estabelecida. Após a obtenção dos resultados, ainda pode ser necessário validá-los de forma estatística com o intuito de fortalecer os resultados encontrados. Só assim o trabalho científico, que inclui também o trabalho em Bioinformática, vai apresentar a robustez necessária e confiabilidade. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula4.html#collapse01-01 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula4.html#collapse01-02 Transporte e armazenamento de amostras destinadas à extração de ácidos nucleicos Quando uma pesquisa experimental em Bioinformática é iniciada, é necessário ter em mente que a população recrutada irá prover a molécula-alvo do estudo a partir da coleta de espécimes clínicos. Nas pesquisas de Bioinformática nas quais os alvos são moléculas de ácidos nucleicos, diferentes espécimes clínicos podem ser utilizados. A escolha dependerá do objetivo da pesquisa. Se o objetivo é avaliar a presença de mutações específicas no DNA de células de tumor hepático, é necessário fazer a coleta de uma amostra de tecido do tumor, e não coletar uma amostra do sangue do paciente. Como a amostra foi coletada, o transporte e o armazenamento da mesma devem ser realizados com certos cuidados, a fim de garantir a qualidade do material que será utilizado. Quando o objetivo é avaliar o RNA, cuidados extras devem ser tomados, pois esta molécula é instável e facilmente é degradada. Assim, são realizados cuidados especiais já na coleta, como o uso de estabilizadores.Os estabilizadores protegem o RNA da ação das RNase, dando mais estabilidade à amostra, eliminando a necessidade de processá-la imediatamente ou congelá-la. Os espécimes clínicos que podem ser utilizados como fonte de ácidos nucleicos são muitos. Por exemplo: Sangue aspirado de medula, tecido, células bucais, urina, líquor, fezes e outros. Vamos falar como transportar e armazenar alguns desses espécimes para garantir a integridade do ácido nucleico que será posteriormente extraído. • Amostras de sangue As amostras de sangue coletadas podem ser centrifugadas para a obtenção do soro ou plasma. Esses espécimes podem ser armazenados em geladeira (2-8ºC) por até oito dias ou podem http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula4.html#collapse02-01 ser congelados por bastante tempo. Para obtenção tanto do RNA quanto do DNA, a amostra deve ser mantida congelada a -20ºC. O sangue total é estável à temperatura ambiente por até 24h para obtenção do DNA, e para a extração do RNA, ele deve ser mantido a -20ºC. As amostras de sangue total, soro ou plasma que serão destinadas à extração de ácidos nucleicos devem ser transportadas congeladas em caixas isotérmicas com gelo seco, evitando o ciclo de descongelamento. • Aspirado de medula A obtenção do aspirado de medula deve ser feita com agulha específica com o EDTA. Quando a amostra for destinada à extração de RNA, ela deve ser imergida imediatamente em solução estabilizadora e armazenada a -70ºC, se a extração não for realizada o mais breve possível. Para a extração de DNA, o aspirado de medula pode ser armazenado em geladeira por até 72h. Caso o processamento ocorra posteriormente, é recomendado armazenar a amostra no freezer a -20ºC. O transporte de aspirado de medula deve ser realizado com gelo triturado, se a amostra estiver descongelada ou em gelo seco, se a amostra estiver congelada. • Amostras de tecidos As amostras de tecidos são geralmente utilizadas para extração de ácidos nucleicos em situações pontuais quando há necessidade especificamente de um tipo de genótipo celular. A coleta é invasiva e conhecida como biópsia. Este procedimento deve ser realizado por médico capacitado. Para a obtenção do DNA, o material coletado deve ser imediatamente resfriado após a coleta. O transporte pode ser efetuado em caixa isotérmica com gelo triturado e o armazenamento pode ser feito em geladeira por até 24h, no freezer a -20ºC, por até 14 dias ou no freezer a -70ºC, por até dois meses. Para a obtenção do RNA, as amostras de tecidos devem ser imergidas imediatamente em solução estabilizadora, podendo, assim, ser transportadas resfriadas em gelo triturado. O armazenamento deve ser feito em baixas temperaturas, com intuito de diminuir ou paralisar o metabolismo celular, já que o RNA é muito instável. Desta forma, as amostras podem ser mantidas em freezer a -70ºC ou por tempos maiores, em nitrogênio líquido (-196,1ºC). http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula4.html#collapse02-02 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula4.html#collapse02-03 • Células bucais As células bucais são excelentes fontes de DNA e RNA e o procedimento de coleta empregado nesse caso não é invasivo. A obtenção das células bucais pode ser realizada por meio da raspagem ou swab e também por meio de bochecho. É importante que, para obtenção do RNA, a amostra seja misturada após a coleta com a solução estabilizadora. As amostras de células bucais podem ser transportadas em temperatura ambiente e apresentam estabilidade nesta temperatura por até uma semana. Extração de ácidos nucleicos Até então, aprendemos sobre os primeiros passos de como começar uma pesquisa em Bioinformática. A partir de agora, falaremos sobre como obter os ácidos nucleicos a partir das amostras coletadas da população de estudo. Extrair os ácidos nucleicos é um processo primordial, uma vez que eles são as moléculas-alvos que serão analisadas no estudo de Bioinformática. .Imunidade humoral. A extração de ácidos nucleicos nada mais é do que um processo de separação destes de todos os outros componentes celulares. Esses procedimentos têm como objetivo remover impurezas e substâncias inibidoras da amostra para que se obtenha sucesso na realização das técnicas moleculares que precedem as análises da Bioinformática. Para que ocorra a extração, é necessário utilizar reagentes químicos com propriedades que beneficiem essa separação combinados com o processo de centrifugação. Existem diferentes protocolos de extração de ácidos nucleicos, utilizando reagentes diversos. Alguns procedimentos podem ser realizados de forma manual e outros automatizados. Entre os protocolos mais conhecidos, estão os protocolos à base de fenol- clorofórmio, isotiocianato de guanidina ou sílica. Independentemente do protocolo, o processo de extração pode ser dividido basicamente em três etapas: http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0270/aula4.html#collapse02-04 1 Lise das membranas lipídicas. 2 Precipitação das proteínas. 3 Precipitação do DNA. Extração com base no fenol-clorofórmio Agora, focaremos em um protocolo de extração que utiliza como base o fenol-clorofórmio! Como você deve lembrar, os ácidos nucleicos (DNA e RNA) estão dentro do núcleo celular. Desta forma, para acessar essas moléculas, é necessário o rompimento da membrana plasmática celular e da membrana nuclear. O rompimento e a retirada dos lipídios das membranas são realizados na primeira etapa da extração pela ação de substâncias detergentes como brometo de cetiltrimetilamômio (CTAB). A centrifugação, nesta etapa, também é muito importante, pois após este processo, os debris lipídicos são removidos. Na fase de lise, o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) também é utilizado. Este ácido é um agente quelante de íons bivalentes que funcionam como cofator de DNases. Desta forma, elas são inibidas. Após a liberação do ácido nucleico, a molécula deverá ser separada dos demais componentes contaminantes da amostra: As proteínas. Para efetuar a retirada e inativação das proteínas, é necessário o tratamento da amostra com uma série de substâncias como: Fenol-clorofórmio ou trizol (desnaturam proteínas), proteinase K (inativa nucleases), NaCl (rompem as ligações iônicas da cadeia proteica) e outras. O fenol-clorofórmio exerce o papel
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