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Atividade contextualizada DATA: 02/04/2022 VERSÃO:01 NOME: Luanda Maria Pereira Alho MATRÍCULA: 26081918 CURSO: Biomedicina POLO: Unama Parque Shopping PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Ricardo Souza 1. Quais os principais metalofármacos utilizados no tratamento de doenças, sua estrutura, composição química, mecanismo de ação e aspectos gerais? 2. Quais as contraindicações desses metalofármacos e aspectos sobre sua toxicidade? 3. Quais as perspectivas da utilização de metalofármacos para o tratamento de doenças? . Atividade contextualizada DATA: 02/04/2022 VERSÃO:01 A importância dos metalofármacos na saúde Com os avanços de pesquisas científicas, grupos de metalofármacos tem sido amplamente estudados. Segundo Nikolaou (2018), esses fármacos possuem metal em sua composição e apresentam grande potencial farmacológico. Os metais promovem um reorganização espacial dos princípios ativos de origem orgânica, porém conseguem modificar suas propriedades farmacológicas (POSSATO et al, 2021). Câmara et al (2016), afirma que os principais metalofármacos utilizados em geral são a base de platina, zinco, cobalto e cobre. A importância da utilização desses fármacos está relacionada ao potencial de cátions metálicos, que atuam construindo interação com resíduos de biomoléculas para obter intervenção positiva em processos patológicos. No caso específico da cisplatina, é um composto inorgânico a base de platina e possui ação antineoplásica, sua estrutura possui coordenação planar, que contém 2 átomos de cloro e 2 grupos de amônia, que rodeiam o átomo central de platina. Seu mecanismo de ação está relacionado à ligação ao DNA, as quais originam ligações intra e intercadeias que promovem alterações estruturais (TOMA, 2015). Os complexantes diuréticos também compõem a lista de metalofármacos que trabalham a favor da produção de urina. Shriver et al (2016), relata que a acetazolamida é uma droga complexantes para Zn (II) e altera o mecanismo de ação da enzima anidrase carbônica e remove o metal do seu sítio ativo. A enzima converte CO2 em bicarbonato e quando o processo encerra, o organismo se reorganiza, produzindo urina. Os metalofármacos também estão presentes no combate à dependência química do álcool. Kaim et al (2016), confirma que o dissulfiram (C10H2ON2S4) inibe os sítios de molibdênio da enzima aldeído - oxidase, criando ligações Mo-S. Após esse processo o metabolismo do etanol consegue ser cessado e ocorre a formação do acetaldeído, que reduz drasticamente a vontade de ingerir bebida alcoólica. O tratamento de doenças genéticas como a doença de Wilson (acúmulo de cobre), por exemplo, podem ser tratadas com metalofármacos quelantes. Eles atuam removendo o cobre ou reduzindo sua absorção. A penicilamina (C5H11NO2S) é um dos fármacos utilizados, sua ação ocorre por meio de ligações de íons de metais pesados, pois cria um conjugado insolúvel em água, ele tem o poder de complexar o cobre e promover sua excreção pela urina. Ele impede o acúmulo de cobre nos tecidos e órgãos e evita danos oxidativos (PAIXÃO, 2017). Os estudos de Pereira (2016), apontam que os metalofármacos são contra indicados a pacientes com insuficiência renal, deficiência auditiva e mielodepressão. Assim como seus efeitos benéficos, eles possuem toxicidade como: nefrotoxicidade, neurotoxicidade, otoxicidade, toxicidade gastrointestinal, hepatotoxicidade e no caso da cisplatina resistência a alguns tipos de tumores. A penicilina apresenta alguns efeitos como febre, exantema, neutropenia, trombocitopenia e proteinúria. O fármaco dissulfiram é contra indicado em casos de interação com outras medicações que tenham etanol em sua composição. De acordo com Santos (2012), as perspectivas de novos fármacos consideram o rutênio como um novo composto a ser explorado pela medicina. O rutênio e suas propriedades consistem na estabilidade de R(ll), R(lll), ele apresenta 2 estados de oxidação acessíveis in vivo que é um ponto positivo, durante a avaliação de um possível metalofármaco. Em geral os metalofármacos apresentam vantagens como a versatilidade estrutural e a eletrônica, na qual é possível explorar vários estados de oxidação e geometria, sendo portanto um grande avanço para a bioinorgânica. Atividade contextualizada DATA: 02/04/2022 VERSÃO:01 Referências Bibliográficas Câmara, C; Silva, R; Carvalho, S. Complexos de platina e Rutênio candidatos ao tratamento de doenças de Chagas. Almanaque Multidisciplinar de pesquisa, v. 1, 2016. Kain, W; Scwedenski, B; Klein, A. Bioinorganic Chemistry - Inorganic elements in the chemistry of life: an introduction and guide. 2 ed, Wiley, 2015, 432 p. Nikolaou, S; Silva, C. Considerações sobre textos que tratam do desenvolvimento de metalofármacos de rutênio. Revista Química Nova, v. 41, p. 833-838, 2018. Paixão, D. Síntese, caracterização e estudos biológicos envolvendo complexos de cobre (II) contendo hidrazidas e ligantes N, N - doadores. 2017. 207 f. Dissertação (Doutorado em Química) - Instituto de Química, Universidade Federal de Uberlândia, 2017. Pereira, M. Desenvolvimento de metalofármacos: novos complexos de rutênio contendo ligandos macromoleculares como agentes antitumorais. 2016. 106 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Departamento de química e bioquímica, Universidade de Lisboa, 2016. Possato, B; Dalmolin, L; Pereira, L. Gold complexos with thiosemicarbonazonate ligands as potential anticancer agents: Cytotoxicity and interactions with biomolecular targets. European Journal of Pharmaceutical Science, 2021, p. 10. Santos, R. Metalofármacos de dirutênio (II e III) síntese, caracterização e interações com biomoléculas e ciclodextrina. 2012. 204 f. Dissertação (Doutorado em Química) - Instituto de Química, Universidade de São Paulo, 2012. Shriver, D, F; Atkins, W. Química Inorgânica. 4 ed. Artmed, 2008, 848 p. Toma, H, E. Química Bioinorgânica e ambiental. 5 ed. Bookman, 2015, 664 p.
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