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Desenvolvendo um Gestor de Equipes Nesta unidade, conheceremos os diferentes modelos de gestão que surgiram ao longo da história. Veremos que, para cada modelo, foram identificados papéis e competências gerenciais por Quinn et al (2003) como, papéis de diretor, produtor, monitor, coordenador, facilitador, mentor, inovador e negociador. Compreenderemos a importância dos modelos, seus papéis e competências para que se alcance a eficácia organizacional. Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Aplicar estratégias de gestão no contexto dinâmico das equipes em que esteja inserido nas organizações. Conteúdo Programático Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: • Tema 1 - O produtor e o diretor • Tema 2 - O monitor e o coordenador • Tema 3 - O mentor e o facilitador • Tema 4 - O inovador e o negociador Modelos de gestão surgem como resultado da interação entre pesquisas acadêmicas, práticas de gestão e contexto sociopolítico-econômico de uma época. São fundamentais para orientar empresas e gestores na consecução dos objetivos organizacionais e precisam ser definidos a partir da avaliação do contexto interno e externo em que as organizações estão inseridas. Assista ao vídeo “O modelo de gestão de pessoas da Coca-Cola” que traz uma entrevista com Raíssa Lumack, Vice Presidente do RH da Coca-Cola, que apresenta o modelo de gestão de pessoas da empresa. Nesta unidade, conheceremos os papéis e as competências gerenciais propostos por Quinn et al (2003) relacionados aos quatro principais modelos de gestão que surgiram e evoluiram ao longo da história. Vamos começar? https://www.youtube.com/watch?v=BriHii1pvRU Tema 1 O produtor e o diretor Quais as competências gerenciais do produtor e do diretor? Modelos de gestão surgem como resultado da interação entre pesquisas acadêmicas, práticas de gestão e contexto sociopolítico-econômico de uma época. São guias para orientar gestores no direcionamento dos processos e pessoas para o alcance dos objetivos organizacionais. Existem quatro principais modelos de gestão que surgiram e evoluíram ao longo da história: o modelo das metas racionais, o modelo dos processos internos, o modelo das relações humanas e o modelo dos sistemas abertos. Conheceremos cada um desses modelos mais adiante. No esquema a seguir são visualizados dois eixos: vertical e horizontal. Os eixos nos mostram que os modelos de gestão são distintos e opostos nas suas proposições. Vejamos: Perceba que um modelo isolado não atende a todas as exigências e necessidades organizacionais, sendo necessário considerá-los como partes de um todo. A eficácia organizacional será alcançada na integração destes modelos. É necessária habilidade para mesclar esses modelos e adequá-los de acordo com a situação organizacional predominante. Quinn et al (2003) desenvolveu um Modelo de Competências Gerenciais, identificando papéis e competências atreladas a esses quatro diferentes modelos de gestão. Foram identificados, no modelo de competência gerencial, oito papéis no total, de diretor, produtor, monitor, coordenador, facilitador, mentor, inovador e negociador, sendo dois relativos a cada modelo de gestão. Cada papel se desmembra em três competências, totalizando vinte e quatro competências. Mapear as competências gerenciais é o primeiro passo para avaliar os perfis dos gestores de pessoas e desenvolvê-los. Apesar dos papéis serem distintos e opostos, Quinn nos mostra que não basta um papel para que o gestor seja bem-sucedido em sua tarefa de alcançar resultados através das pessoas. Este modelo evidencia a necessidade de desenvolver as competências dos diferentes papéis, tanto técnicas quanto comportamentais. Modelo de metas racionais Inicialmente precisamos compreender a emergência do primeiro modelo de gestão nos Estados Unidos que surgiu entre 1900 e 1925: o modelo de metas racionais. Quinn et al (2003) nos mostra que no início do século XX o setor agrícola sofreu forte retração, provocando a imigração em todo o mundo. Na época se destacavam no mercado as fábricas automobilísticas, gerando emprego para imigrantes que abandonaram o campo de trabalho em busca de melhores oportunidades. A forte necessidade de trabalho gerou uma disponibilidade de mão de obra fabril barata e uma despreocupação por parte dos industriais ou do governo em oferecer condições de trabalho adequadas aos trabalhadores. A visão do trabalho era mecanicista, sendo os trabalhadores concebidos como máquinas. Como nos evidencia Morgan (1996), conceber as organizações como máquinas implica em “esperar que operem como máquinas: de maneira rotinizada, eficiente, confiável e previsível. [...] É com a invenção e proliferação das máquinas, particularmente durante a Revolução Industrial na Europa e América do Norte, que os conceitos de organização realmente se tornam mecanizados. Devido ao uso das máquinas, especialmente na indústria, foi necessário que as organizações se adaptassem às exigências das máquinas. [...] Os donos das fábricas e seus engenheiros perceberam que a operação eficiente das suas novas máquinas requeria grandes mudanças no planejamento e controle do trabalho. [...] Novos procedimentos e técnicas foram também introduzidos para disciplinar os trabalhadores a aceitarem a nova e rigorosa rotina de produção na fábrica.” (p. 24 – 25) Eficácia, produtividade e lucro são as palavras de ordem e, neste cenário, surge o primeiro modelo de gestão: o modelo de metas racionais. Esse modelo foca a direção a partir do planejamento e clareza de objetivos e metas. O foco é sempre a alta produtividade para aumento do lucro. A análise das situações para a tomada de decisões é sempre racional com condições de trabalho severas. Como nos mostra Quinn et al (2003), a função do gestor no modelo de metas racionais é ser um gestor decisivo e um produtor pragmático. Os papéis gerenciais que se destacam neste primeiro modelo que estamos conhecendo são: diretor e o produtor. Vamos conhecê-los e também as competências gerenciais a eles associadas a seguir. DIRETOR Com foco nos processos de trabalho e organizacionais, buscando a alta produtividade e maximização de lucros, o gestor deve explicitar e planejar o alcance de objetivos e metas. Deve ser um gestor de soluções e seu processo de tomada de decisão é racional. Veja ao lado as competências associadas a este papel: 1. Definição de metas e objetivos; 2. Clareza na comunicação e consistência na visão; 3. Planejamento e organização. PRODUTOR Com foco nas tarefas e resultados, são motivados, estratégicos, interessados, comprometidos, enérgicos e altamente produtivos. Fomentam um ambiente de trabalho produtivo para alcançarem os resultados com a equipe. As palavras de ordem são produtividade e realização. As competências associadas a este papel são: 1. Produtividade no trabalho; 2. Gestão do tempo e do estresse; 3. Incentivo à produção. Saiba Mais Vale citar o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, de 1936. O filme faz uma crítica à Era Industrial, onde a produção baseava-se no estilo mecanicista do trabalho. Os operários eram vistos como máquinas e “engolidos” pelo capitalismo, representado pelo lucro e a produtividade a qualquer preço. No filme referenciado, em especial na cena da fábrica, é possível verificar o cenário e os objetivos descritos referentes a este modelo de gestão, seus papéis e suas competências associadas. Como vimos, este modelo surge para atender às demandas e necessidades da Revolução Industrial,onde o foco era produtividade e lucro. Uma época em que a mão de obra era barata e os imigrantes precisavam se submeter às exigências do mercado para sobreviverem. Sabemos que a situação atual é bem distinta. Temos leis que protegem os trabalhadores e impedem maus-tratos ou condições de trabalho precárias e severas. Os homens não são mais vistos como máquinas. Mas não podemos deixar de considerar a importância da alta produtividade e do lucro. Empresas que não planejam, não definem metas, não tomam atitudes racionais em determinadas situações, não produzem e não lucram, não sobrevivem. A ineficácia deste modelo em sua essência está direcionada aos maus-tratos aos trabalhadores, atitude inadmissível e suscetível ao rigor da lei nos novos tempos. Sabemos hoje que funcionários motivados e bem tratados rendem mais. Porém, devemos admitir que a produtividade e o lucro, o planejamento e a organização, a definição de objetivos e metas e o foco nas tarefas continuam sendo critérios fundamentais para poder se alcançar uma gestão eficaz. Por isso, não podemos desconsiderar o valor deste modelo, mas sim, ajustá-lo às novas demandas, percepções, diretrizes, principalmente no que se refere ao fator humano. Tema 2 O monitor e o coordenador Quais as competências gerenciais do monitor e do coordenador? Nesta aula, conheceremos o segundo modelo de gestão: o modelo dos processos internos; seus papéis correspondentes: o monitor e o coordenador e as competências a eles associadas. Veja as charges a seguir. Estas divertidas ilustrações demonstram o sentimento atual de muitos funcionários e clientes sobre este modelo, que também surgiu e ganhou notoriedade no período descrito no modelo anterior, entre 1900 e 1925. Sua principal característica é a “burocracia profissional”. As palavras de ordem são: rotinização, padronização, documentação, regras, responsabilidades, hierarquia, autoridade, disciplina, comando, centralização, controle, políticas, procedimentos, registros, estabilidade e mensuração. Saiba Mais Rotinização - É importante ressaltar que suas premissas, naquela época, eram percebidas como critério de eficácia organizacional. Muitas empresas, ainda hoje, se estruturam neste modelo de gestão, isto é, buscam a estabilidade pela rotinização. Vimos anteriormente que a burocracia define que as tarefas/atividades sejam realizadas por especialistas, guiadas por rotinas de trabalho, formalizadas em regras, políticas e procedimentos, pertencentes a departamentos funcionais (áreas), com autoridade centralizada, baixa amplitude de comando e processo decisório nas mãos da cadeia de comando. O rigor deste modelo denota inflexibilidade e pode gerar dificuldades para lidar com o imprevisto. Os papéis associados ao modelo dos processos internos são: monitor e o coordenador. Conheça cada um a seguir. MONITOR Forte capacidade analítica de fatos e detalhes frente às diversas situações de seus processos. Sua gestão inclui auditorias, fiscalizações, vistorias e revisões de sua área de trabalho. Foco no cumprimento das regras institucionais e das normas de trabalho. As competências associadas a este papel são: 1. Gestão do desempenho e dos processos das equipes; 2. Análise crítica; 3. Monitoramento da performance dos indivíduos. COORDENADOR Capacidade para gerir crises e definir soluções para problemas técnico- operacionais. Planejamento, organização e direcionamento dos processos de trabalho e das equipes, sustentando a estrutura e o fluxo de trabalho. As competências associadas a este papel são: 1. Gestão de projetos e processos; 2. Planejamento do trabalho; 3. Gestão de equipes multidisciplinares. A burocracia pode trazer vantagens quando praticada de forma flexível, o que pode parecer incoerência, usar o termo flexibilidade ao tratarmos da burocracia que prioriza as normas e regras. Porém, este modelo é uma complementação do modelo de metas racionais cujo foco, como vimos, é a produtividade e o lucro. Estes dois modelos nos levam a pensar numa necessidade atual que é realidade para qualquer organização de qualquer segmento: a gestão da qualidade. Gestão de qualidade Ao implementarmos a gestão da qualidade, somos obrigados a seguir uma série de exigências de normas de qualidade e a padronizar procedimentos de trabalho. Somos auditados para assegurar que estamos executando conforme as exigências. Não nos referimos à Gestão da Qualidade como um modelo de gestão burocrático, mas percebemos claramente aspectos similares nesses dois modelos. O foco de um programa como esse é aliar qualidade e produtividade. A diferença maior na comparação com a burocracia é a flexibilidade a que nos referimos. A Gestão da Qualidade tem como uma de suas diretrizes a revisão e alteração de procedimentos e rotinas definidos e padronizados que já não mais atendem como deveriam. Portanto, se olharmos por esse prisma, podemos ver as vantagens de uma padronização, rotinização e controle de tarefas e processos. Se a gestão é flexível e permite a revisão de procedimentos, pode ser eficaz. A ineficácia está principalmente na insistência em antigos padrões que não mais atendem, além do controle excessivo. Veja a charge a seguir. Perceba que a charge aborda esse tema tão relevante para o sucesso organizacional. A necessidade de qualidade de produtos e serviços para garantir ao consumidor sua total satisfação. Ou seja, este produto estaria não conforme, termo utilizado pela gestão da qualidade para atribuir a falta de qualidade de um produto ou serviço. Com isso, o produto entregue para o cliente geraria insatisfação. A Gestão da Qualidade é um modelo de gestão adotado por muitas empresas que objetivam maximizar a competitividade da organização por meio da melhoria contínua da qualidade de seus produtos, serviços, pessoas, processos e ambientes, em toda a organização. Ele implica na padronização e controle de procedimentos, tarefas, processos etc. Vinculado ao conceito de qualidade está o de produtividade. Produtividade Aumentar a produtividade das pessoas e da empresa é outra necessidade real no mundo corporativo. Veja o esquema. Sabe-se, hoje, que o foco na qualidade dos serviços colabora para um aumento da produtividade, principalmente pela redução de erros que acarreta. Tema 3 O mentor e o facilitador Quais as competências gerenciais do mentor e do facilitador? Estamos agora no período entre 1926 e 1950, diante de dois expressivos acontecimentos históricos: Segunda Guerra Mundial e a Grande Depressão Econômica (Queda de 1929). Apesar da forte recessão econômica ocasionada por esses dois eventos, aconteciam, nos Estados Unidos, uma revolução tecnológica e o fortalecimento sindical que buscava garantir melhores condições de trabalho e direitos legais para os trabalhadores. Com a influência dos sindicatos sobre as empresas e os trabalhadores, um novo comportamento se instalou. Os trabalhadores passaram a questionar e se revoltar com as condições precárias de trabalho, baixos salários e horas extras. Os modelos de metas racionais e processos internos perderam a sua força. Neste cenário, surge o terceiro modelo que vai perdurar até 1950: o modelo das relações humanas. Neste modelo, as palavras de ordem são: participação, atenção, envolvimento, consenso, coesão, moral, compromisso. Diferentemente do que foi apresentado na tirinha, nesse novo modelo as equipes se tornam coesas e os gestores passam a assumir funções de avaliadores e desenvolvedores. A motivação é o foco! Saiba Mais Porém, percebemos que este modelo de gestão é muito distinto dos modelos anteriores e sua implementação não foi uma tarefa fácil.Até os dias atuais, em que a realidade está mais próxima desta gestão, sabemos que ainda temos gestores autoritários que não se incluem neste modelo. É responsabilidade do gestor avaliar a motivação do trabalhador e buscar as razões e soluções para um baixo desempenho que possa estar atrelado a fatores motivacionais. As equipes também passaram a participar do processo decisório, se configurando numa gestão mais participativa. Os papéis gerenciais relacionados ao modelo das relações humanas são: facilitador e o mentor. Conheça-os a seguir. FACILITADOR Deve promover o trabalho e a coesão em equipe e intervir de forma positiva diante de conflitos pessoais. As competências associadas a este papel são: 1. Construção e desenvolvimento de equipes; 2. Gestão participativa; 3. Gestão de conflitos. MENTOR O foco do mentor é individual: planeja ações de desenvolvimento individuais, atuando com empatia, justiça e disponibilidade para com os seus subordinados. As competências associadas a este papel são: 1. Autoconhecimento e conhecimento do outro; 2. Comunicação assertiva; 3. Desenvolvimento de pessoas. Outdoor training O livro organizado por Paul C. Dinsmore, intitulado ‘Treinamento Experiencial ao ar livre’ (2004), nos conta a história do surgimento do outdoor training no Brasil. Mas antes de conhecermos um pouco da história do outdoor training, assista ao vídeo da unidade a seguir. Vídeo Para saber mais sobre o que é outdoor training, assista agora ao vídeo: Desenvolvendo um gestor de equipes. Clique na imagem para visualizar o vídeo. https://player.vimeo.com/video/343076513?badge=0&autopause=0&player_id=0&app_id=58479 Tema 4 O inovador e o negociador Quais as competências gerenciais do inovador e do negociador? Dando continuidade à evolução histórica dos modelos de gestão, chegamos ao período ente 1951 e 1975, onde emergiu o quarto modelo de gestão: o modelo dos sistemas abertos. Nas décadas de 50 e 60, os Estados Unidos eram considerados a maior potência do mundo na economia capitalista. A partir da década de 70, esta condição seria abalada. Dentre vários fatores, podemos citar a crise do petróleo e a ascensão do Japão. A evolução tecnológica provocou o início de uma economia de serviços e, nesta época, os trabalhadores começaram a desejar sentir-se realizados no trabalho, e as mulheres passaram a assumir cargos outrora considerados masculinos. A história conta que na década de 70 os países árabes descobriram que o petróleo é fonte inesgotável, elevando o preço do produto e comprometendo a utilização da energia barata em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa. Fala-se ainda que o apoio a Israel dos Estados Unidos e Europa teriam provocado os países árabes, que diminuíram a produção de petróleo e triplicaram o preço do produto. Em relação ao Japão, a evolução da qualidade da produção no país gerou um avanço rápido para esta atual potência econômica, abalando os mercados americanos. Neste cenário, surge a necessidade da concepção de um modelo de gestão que atendesse às demandas daquele contexto: necessidade de inovação contínua, resolução criativa de problemas e adaptação a mudanças. As palavras de ordem neste modelo são: inovação, adaptação e criatividade. Os papéis relacionados a este modelo são: o negociador e o inovador. INOVADOR Visionário, possui forte capacidade de adaptação a ambientes incertos e a gestão de riscos. Deve criar condições para que a equipe se adapte com mais facilidade às mudanças e inovar. As competências associadas a este papel são: As competências associadas a este papel são: 1. Adaptação ao novo e inesperado; 2. Criatividade e inovação; 3. Gestão da mudança. NEGOCIADOR Deve ter capacidade política, bom relacionamento, ser persuasivo e influente para obtenção de recursos para a organização. As competências associadas a este papel são: 1. Negociação de acordos e compromissos; 2. Capacidade de compreender sentimentos e pensamentos alheios; 3. Capacidade de apresentar ideias e convencer. Vimos, até aqui, os quatro modelos de gestão, seus papéis e competências gerenciais atreladas. Veja a seguir as características antagônicas de cada modelo e as competências gerenciais, respectivamente. Metas Racionais Processos Internos Relações Humanas Sistemas Abertos Critérios de eficácia Produtividade e lucro. Estabilidade, continuidade. Compromisso, coesão, moral. Adaptabilidade e apoio externo. Premissa Uma direção clara leva a resultados produtivos. Rotinização leva a estabilidade. Envolvimento resulta em compromisso. Adaptação e inovação contínuas levam a aquisição de recursos. Foco Metas claras e análise racional. Responsabilidade definida, documentação e mensuração. Consenso, participação, apoio e resolução de conflitos. Parcerias, criatividade, inovação e gestão de mudança. Clima Econômico racional. Forte hierarquia. Orientado a equipes. Inovador e flexível. Papel Gerencial Diretor e Produtos. Monitor e coordenador. Mentor e facilitador. Inovador e negociador. Fonte: adaptado Quin, 2003. As competências e papéis dos líderes no quadro de valores competitivos 1. Convívio com a mudança; 2. Pensamento criativo; 3. Gerenciamento da mudança. 1. Constituição e manutenção de uma base de poder; 2. Negociação de acordos e compromissos; 3. Apresentação de ideias. 1. Produtividade do trabalho; 2. Fomento de uma ambiente de trabalho produtivo; 3. Gerenciamento do tempo e do estresse. 1. Desenvolvimento e comunicação de uma visão; 2. Estabelecimento de metas e objetivos; 3. Planejamento e organização. 1. Gerenciamento de projetos; 2. Planejamento do trabalho; 3. Gerenciamento multidisciplinar. 1. Monitoramento do desempenho individual; 2. Gerenciamento do desempenho e processos coletivos; 3. Análise de informações com pensamento crítico. 1. Constituição de equipes; 2. Uso de um processo decisório participativo; 3. Gerenciamento de conflitos. 1. Compreensão de si próprio e dos outros; 2. Comunicação eficaz; 3. Desenvolvimento dos empregados. Fonte: Adaptado de: http://reme.org.br/content/imagebank/images/v13n4a03qua03.jpg Quinn et al (2003) propõe um modelo de gestão que integra os quatro modelos apresentados. Argumenta que a utilização de um único modelo, com os seus devidos papéis e competências gerenciais, leva as empresas a utilizarem as mesmas estratégias para diferentes situações. O que, para ele, é um equívoco. http://reme.org.br/content/imagebank/images/v13n4a03qua03.jpg Veja o esquema a seguir que apresenta o modelo proposto por Quinn et al (2003). Fonte: Adaptado de: http://www.scielo.br/img/revistas/gp/v17n1/a10fig3.gif Para Quin (2003), a integração destes modelos permite que a empresa avalie e adeque o melhor modelo de gestão para cada situação, aumentando as possibilidades de escolha e eficácia. Isto quer dizer ainda que o conhecimento e o desenvolvimento dos gestores nos diferentes papéis e competências de cada modelo permite que possam avaliar as melhores estratégias e posições às diversas situações gerenciais, aumentando a eficácia de sua gestão. http://www.scielo.br/img/revistas/gp/v17n1/a10fig3.gif Encerramento Quais as competências gerenciais do produtor e do diretor? As competências gerenciais do diretor são: definição de metas e objetivos; clareza na comunicação e consistência na visão; e planejamento e organização. As do produtor são: produtividade no trabalho; gestão do tempo e do estresse; e incentivo à produção. Quais as competências gerenciais domonitor e do coordenador? As competências gerenciais do monitor são: gestão do desempenho e dos processos das equipes; análise crítica; e, monitoramento da performance dos indivíduos. As do coordenador são: gestão de projetos e processos; planejamento do trabalho; e gestão de equipes multidisciplinares. Quais as competências gerenciais do mentor e do facilitador? As competências gerenciais do facilitador são: Construção e desenvolvimento de equipes; Gestão participativa e, Gestão de conflitos. As do mentor são: Autoconhecimento e conhecimento do outro; Comunicação assertiva e Desenvolvimento de pessoas. Quais as competências gerenciais do inovador e do negociador? As competências gerenciais do facilitador são: construção e desenvolvimento de equipes; gestão participativa; e gestão de conflitos. As do mentor são: autoconhecimento e conhecimento do outro; comunicação assertiva; e desenvolvimento de pessoas. Resumo da Unidade Nesta unidade, conhecemos o Modelo de Competências Gerenciais de Quinn et al (2003). Este modelo propõe a integração de quatro modelos de gestão que surgiram ao longo da história: modelo das metas racionais, modelo dos processos internos, modelo das relações humanas e modelo dos sistemas abertos. Para cada modelo foi identificado dois papéis de gestão e para cada papel três competências gerenciais. Compreendemos que, para Quinn, é necessária a emergência de um único modelo de gestão que integre estes quatro modelos, flexibilizando a atitude dos gestores frentes às diversas situações organizacionais. A adoção de um único modelo seria um equívoco, visto que as diferentes situações exigem posturas estratégicas também diferenciadas.
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