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Prévia do material em texto

Plano	de	Aula:	FONTES	E	INTEGRAÇÃO	DO	DIREITO
INTRODUÇÃO	AO	ESTUDO	DO	DIREITO	-
CCJ0257
Título
FONTES	E	INTEGRAÇÃO	DO	DIREITO
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
9
Tema
FONTES	E	INTEGRAÇÃO	DO	DIREITO.
Objetivos
Compreender:	-	o	conceito	de	Fontes	do	Direito	e	sua	classificação.
-	o	processo	de	produção	legislativa.
Distinguir:	-	as	fontes	formais	mediatas	e	imediatas	das	fontes	materiais
mediatas	e	imediatas	do	Direito	e	o	porquê	desta	distinção.
-	as	fontes	materiais		das	formais	do	direito.
-	o	papel	da	lei	e	dos	costumes	como	fontes	formais	do	direito.
Estrutura	do	Conteúdo
ESTRUTURA	DE	CONTEÚDO	DESTA	AULA
FONTES	E	INTEGRAÇÃO	DO	DIREITO
Conceitos	de	Fontes	do	Direito	137
A	Classificação	das	Fontes	138
Fontes	Materiais	138
Fontes	materiais	diretas	ou	imediatas	139
Fontes	Materiais	Indiretas	ou	Mediatas	139
Fontes	Históricas	140
Fontes	Formais	140
A	Lei	e	seu	processo	de	produção.	141
O	processo	de	produção	da	lei.	141
Atos	do	Processo	Legislativo	141
Técnica	legislativa	143
Parte	preliminar	144
Como	é	feita	a	parte	normativa	?	arrumação	do	texto	legal	144
Parte	final	146
Os	costumes	147
Direito	Consuetudinário	ou	Costumeiro.	148
Como	se	prova	a	existência	dos	costumes?	148
UM	BREVE	ESBOÇO	CONCEITUAL	DOS	TÓPICOS	RELACIONADOS:
1.	Conceito	de	Fontes	do	Direito
A	expressão	fonte	vem	do	latim	fons,	fontis,	nascente,	significando	tudo	aquilo
que	origina,	que	produz	algo.	Assim,	a	expressão	fontes	do	Direito	indica,
desde	logo,	as	formas	pelas	quais	o	Direito	se	manifesta.	Apresentam,
basicamente,	três	espécies:
a)	Fontes	materiais:	são	os	fatos	sociais,	as	próprias	forças	sociais	criadoras
do	Direito.	Constituem	a	matéria-prima	da	elaboração	deste,	pois	são	os
valores	sociais	que	informam	o	conteúdo	das	normas	jurídicas.	As	fontes
materiais	não	são	ainda	o	Direito	pronto,	perfeito,	mas	para	a	formação	deste
concorrem	sob	a	forma	de	fatos	sociais	econômicos,	políticos,	religiosos,
morais.
Fontes	Materiais	Diretas	ou	Imediatas	São	aquelas	fontes	que	criam
diretamente	as	normas	jurídicas,	representadas	pelos	órgãos	legisferantes:
-	O	Poder	Legislativo	-	quando	elabora	e	faz	entrar	em	vigor	as	leis;
-	O	Poder	Executivo	-	quando		excepcionalmente	elabora	leis;
-	O	Poder	Judiciário	-	quando	elabora	jurisprudência	ou	quando
excepcionalmente	legisla;
-	Os	Doutrinadores	-	quando	desenvolve	trabalhos,	elaboram	doutrinas
utilizadas	pelo	aplicador	da	lei	e,
-	A	Própria	sociedade	-	quando	consagra	determinados	costumes.
Fontes	Materiais	Indiretas	ou	Mediatas	-		são	fatos	ou	fenômenos	sociais	que
ocorrem	em	determinada	sociedade	trazendo	como	conseqüência	o
nascimento	de	novos	valores	que	serão	protegidos	pela	Norma	Jurídica.
b)	Fontes	históricas:	são	os	documentos	jurídicos	e	coleções	coletivas	do
passado	que,	mercê	de	sua	sabedoria,	continuam	a	influir	nas	legislações	do
presente.	Como	exemplo,	poderiam	ser	citados:	a	Lei	das	Doze	Tábuas,	em
Roma;	o	célebre	Código	de	Hamurabi,	com	sua	pena	de	talião,	na	Babilônia;	a
famosa	compilação	de	Justiniano	etc.	São	fontes	históricas	do	Direito
brasileiro,	por	exemplo,	o	Direito	Romano,	o	Direito	Canônico,	as	Ordenações
Afonsinas,	Manuelinas	e	Filipinas,	o	Código	de	Napoleão,	a	legislação	da	Itália
fascista	sobre	o	trabalho.
c)	Fontes	formais:	seriam	a	lei,	os	costumes,	a	jurisprudência	e	a	doutrina.	O
Estado	cria	a	lei	e	dá,	ao	costume	e	à	jurisprudência,	a	força	desta.	O
positivismo	jurídico	defende	a	idéia	de	que	fora	do	Estado	não	há	Direito,
sendo	aquele	a	única	fonte	deste.	As	forças	sociais,	os	fatos	sociais	seriam
tão-somente	causa	material	do	Direito,	a	matéria-prima	de	sua	elaboração,
ficando	esta	sempre	a	cargo	do	próprio	Estado,	como	causa	eficiente.
A	lei	seria	causa	formal	do	Direito,	a	forma	de	manifestação	deste.
As	fontes	formais	vêm	a	ser	as	artérias	por	onde	correm	e	se	manifestam	as
fontes	materiais.
1.	Conceito	de	Fontes	do	Direito
A	expressão	fonte	vem	do	latim	fons,	fontis,	nascente,	significando	tudo	aquilo
que	 origina,	 que	 produz	 algo.	 Assim,	 a	 expressão	 fontes	 do	 Direito	 indica,
desde	 logo,	 as	 formas	 pelas	 quais	 o	 Direito	 se	 manifesta.	 Apresentam,
basicamente,	três	espécies:
	
a)	 Fontes	 materiais:	 são	 os	 fatos	 sociais,	 as	 próprias	 forças	 sociais
criadoras	 do	 Direito.	 Constituem	 a	 matéria-prima	 da	 elaboração	 deste,	 pois
são	 os	 valores	 sociais	 que	 informam	 o	 conteúdo	 das	 normas	 jurídicas.	 As
fontes	materiais	não	são	ainda	o	Direito	pronto,	perfeito,	mas	para	a	formação
deste	concorrem	sob	a	forma	de	fatos	sociais	econômicos,	políticos,	religiosos,
morais.
Como	 exemplo	 de	 fato	 econômico	 inspirador	 do	 Direito,	 podemos	 citar	 a
quebra	 da	 Bolsa	 de	 Nova	 Iorque	 em	 1929,	 que	 acarretou	 uma	 depressão
econômica	profunda,	com	efeitos	jurídicos	sensíveis.
Fatos	 sociais	 de	 natureza	 política	 encontraremos	 no	 papel	 inegável	 das
ideologias	 políticas,	 ao	 originarem	 movimentos	 políticos	 de	 fato,	 como	 as
revoluções	e	as	quarteladas.	Na	religião	encontra-se	uma	fonte	destacada	do
Direito,	haja	vista	a	Antigüidade	Oriental	e	a	Clássica,	nas	quais	encontramos
Direito	e	religião	confundidos.	A	própria	pena	imposta	ao	faltoso	tinha	caráter
de	expiação,	pois	o	crime,	antes	de	ser	um	 ilícito,	era	um	pecado,	 razão	pela
qual,	 no	 antigo	 Egito,	 aquele	 que	 atentava	 contra	 lei	 do	 faraó	 cometia	 não
apenas	crime,	mas	também	sacrilégio.	Veja-se,	nos	dias	atuais,	a	grande	 luta
travada	 pela	 Igreja,	 nos	 países	 católicos,	 contra	 o	 divórcio	 e	 o	 aborto,
influenciando,	 com	 sua	 autoridade,	 durante	 muito	 tempo,	 a	 decisão	 dos
parlamentares	 a	 respeito.	 Já	 como	 exemplo	 de	 fatores	morais	 na	 elaboração
do	Direito,	citem-se	as	virtudes	morais	como	o	decoro,	a	decência,	a	fidelidade,
o	respeito	ao	próximo.	E	como	fatores	naturais,	citemos	o	clima,	o	solo,	a	raça,
a	geografia,	a	população,	a	constituição	anatômica	dos	povos.
Exemplo:	 os	 fenícios	 foram	 os	 maiores	 navegadores	 comerciantes	 da
Antigüidade,	 principalmente	 porque	 a	 aridez	 do	 solo	 em	 que	 viviam	 a	 isto	 os
impeliu.
Subdividem-se	em	:
¨							Fontes	Materiais	Diretas	ou	Imediatas	?	São	aquelas
fontes	 que	 criam	 diretamente	 as	 normas	 jurídicas,
representadas	pelos	órgãos	legisferantes:
-	O	Poder	Legislativo-	quando	elabora	e	 faz	entrar	em	vigor	as
leis;
-	O	Poder	Executivo	?	quando		excepcionalmente	elabora	Leis;
-	O	Poder	Judiciário	?	quando	elabora	jurisprudência	ou	quando
excepcionalmente	legisla;
-	 Os	 Doutrinadores	 ?	 quando	 desenvolve	 trabalhos,	 elaboram
doutrinas	utilizadas	pelo	aplicador	da	lei	e,
-	 A	 Própria	 sociedade-	 quando	 consagra	 determinados
costumes.
	
¨	 	 	 	 	 	Fontes	Materiais	Indiretas	ou	Mediatas	-	 	 são	 fatos
ou	fenômenos	sociais	que	ocorrem	em	determinada	sociedade
trazendo	 como	 conseqüência	 o	 nascimento	 de	 novos	 valores
que	serão	protegidos	pela	Norma	Jurídica.
	
	
b)	Fontes	históricas:	 são	 os	 documentos	 jurídicos	 e	 coleções	 coletivas	 do
passado	que,	mercê	de	sua	sabedoria,	continuam	a	 influir	nas	 legislações	do
presente.	 Como	 exemplo,	 poderiam	 ser	 citados:	 a	 Lei	 das	 Doze	 Tábuas,	 em
Roma;	o	célebre	Código	de	Hamurabi,	com	sua	pena	de	talião,	na	Babilônia;	a
famosa	 compilação	 de	 Justiniano	 etc.	 São	 fontes	 históricas	 do	 Direito
brasileiro,	 por	 exemplo,	 o	Direito	Romano,	 o	Direito	Canônico,	 as	Ordenações
Afonsinas,	Manuelinas	e	Filipinas,	o	Código	de	Napoleão,	a	 legislação	da	Itália
fascista	sobre	o	trabalho.
	
c)	Fontes	formais:	seriam	a	lei,	os	costumes,	a	jurisprudência	e	a	doutrina.	O
Estado	 cria	 a	 lei	 e	 dá,	 ao	 costume	 e	 à	 jurisprudência,	 a	 força	 desta.	 O
positivismo	 jurídico	 defende	 a	 idéia	 de	 que	 fora	 do	 Estado	 não	 há	 Direito,
sendo	 aquele	 a	 única	 fonte	 deste.	 As	 forças	 sociais,	 os	 fatos	 sociais	 seriam
tão-somente	 causa	 material	 do	 Direito,	 a	 matéria-prima	 de	 sua	 elaboração,
ficando	esta	sempre	a	cargo	do	próprio	Estado,	como	causa	eficiente.
	
A	LEI
	
Seria	causa	formal	do	direito,	a	forma	demanifestação	deste.
				As	fontes	formais	vêm	a	ser	as	artérias	por	onde	correm	e	se	manifestam	as
fontes	materiais.
	
As	 fontes	 formais	 são	 os	 fatos	 que	 dão	 a	 uma	 regra	 o	 caráter	 de	 direito
positivo	 e	 obrigatório,	 das	 fontes	 materiais,	 representadas	 pelos	 elementos
que	concorrem	para	a	formação	do	conteúdo	ou	matéria	da	norma	jurídica.	Ex:
legislação,	costume,	jurisprudência	e	doutrina.
	
ETAPAS	DE	ELABORAÇÃO	DAS	LEIS:
	
a)				Definição	da	matéria	a	ser	normatizada;
b)				Verificação	da	possibilidade	jurídica;
c)				Estudo	da	matéria,	pesquisa	da	legislação	e	jurisprudência	(verificar
SEMPRE	se	existe	lei	pré-existente	ou	consolidação	acerca	da	matéria);
d)				Elaboração	de	anteprojeto;
e)				Revisão	do	anteprojeto;
f)				Redação	final.
	
Processo	Legislativo
É	o	conjunto	de	atos	realizados	pelos	órgãos	legislativos	visando	à	formação
das	leis	constitucionais,	complementares	e	ordinárias,	resoluções	e	decretos
legislativos.	(José	Afonso	da	Silva[1])
Segundo	José	Afonso	da	Silva[2],	as	medidas	provisórias	não	deveriam	constar
do	rol	do	art.	59,	pois	sua	elaboração	não	se	dá	por	processo	legislativo.
A	Constituição	não	trata	do	processo	de	formação	dos	decretos	legislativos	ou
das	resoluções.
Decretos	legislativos	são	atos	destinados	a	regular	matérias	de	competência
exclusiva	do	Congresso	Nacional	(art.	49	CF)	que	tenham	efeitos	externos	a	ele
e	independem	de	sanção	e	veto.
Resoluções	legislativas	são	atos	destinados	a	regular	matérias	de
competência	do	Congresso	Nacional	e	de	suas	Casas,	mas	com	efeitos
internos.	Assim,	os	regimentos	internos	são	aprovados	por	resoluções.
Exceção:	arts.	68,	parágrafo	2º,	52,	IV	e	X	e	155,	V.
Atos	do	Processo	Legislativo
O	processo	legislativo	é	o	conjunto	de	atos	preordenados	visando	à	criação	de
normas	de	Direito.
Estes	atos	são:
Iniciativa	Legislativa	-	É	a	faculdade	que	se	atribui	a	alguém	ou	a	um
órgão	para	apresentar	projetos	de	lei	ao	Legislativo.	(art.	60,	61	e	seu
parágrafo	2º).
	
Votação	-	Constitui	ato	coletivo	das	Casas	do	Congresso.	Geralmente	é
precedida	de	estudos	e	pareceres	de	comissões	técnicas	(permanentes
ou	especiais)	e	de	debates	em	plenário.	É	ato	de	decisão	(art.	65	e	66),
que	se	toma	por	maioria	de	votos:
maioria	simples	(art.	47)	para	aprovação	de	lei	ordinária
maioria	absoluta	dos	membros	das	Câmaras,	para	aprovação	de	lei
complementar	(art.	69)
maioria	de	três	quintos	dos	membros	das	Casas	do	Congresso,	para
aprovação	de	emendas	Constitucionais	(art.60,	§	2º)
Sanção	e	veto	-	São	atos	de	competência	exclusiva	do	Presidente	da
República.	Sanção	e	veto	somente	recaem	sobre	projetos	de	lei.	Só	são
cabíveis	em	projetos	que	disponham	sobre	as	matérias	elencadas	no
art.	48	da	CF.
Sanção	é	a	adesão	do	Chefe	do	Poder	Executivo	ao	projeto	de	lei
aprovado	pelo	Legislativo;	pode	ser	expressa	(art.	66,	caput)	ou	tácita
(art.	66,	parágrafo	3º).
Veto	é	o	modo	pelo	qual	o	Chefe	do	Poder	Executivo	exprime	sua
discordância	com	o	projeto	aprovado,	por	entendê-lo	inconstitucional	ou
contrário	ao	interesse	público	(art.	66,	parágrafo	1º).	O	veto	pode	ser
total,	recaindo	sobre	todo	o	projeto,	ou	parcial,	quando	atingir	somente
parte	dele.
O	veto	é	relativo,	não	trancando	de	modo	absoluto	o	andamento	do
projeto	(art.	66,	parágrafos	1º	e	4º	da	CF).
Caso	o	veto	seja	rejeitado	por	votação	da	maioria	absoluta	dos
Deputados	e	Senadores,	em	escrutínio	secreto,	o	projeto	se	transforma
em	lei,	sem	sanção,	que	deverá	ser	promulgada.	Não	se	alcançando	a
maioria	mencionada,	o	veto	ficará	mantido,	arquivando-se	o	projeto.
	
Promulgação	e	publicação	-	Promulga-se	e	publica-se	a	lei,	que	já
existe	desde	a	sanção	ou	veto	rejeitado.	É	errado	falar	em	promulgação
de	projeto	de	lei.
Promulgação	é	a	declaração	da	existência	da	lei.	É	meio	de	se	constatar
a	existência	da	lei.	A	lei	é	perfeita	antes	de	ser	promulgada;	a
promulgação	não	faz	lei,	mas	os	efeitos	da	lei	só	se	produzirão	depois
dela.
A	publicação	da	lei	constitui	instrumento	pelo	qual	se	transmite	a
promulgação	aos	destinatários	da	lei.	É	condição	para	que	a	lei	entre
em	vigor,	tornando-se	eficaz	(ou	efetiva).
Sancionado	o	projeto	expressamente	ou	pelo	silêncio	do	Presidente	da
República	(15	dias),	ou	não	mantido	o	veto,	deve	o	mesmo	ser
promulgado	dentro	de	48	horas	pelo	Presidente	da	República;	se	não	o
fizer,	o	Presidente	do	Senado	Federal	o	promulgará	em	igual	prazo;	não
o	fazendo,	caberá	o	Vice-presidente	do	Senado	fazê-lo	(CF,	arts.	66,	§§
5º	e	7º).
A	promulgação	é,	pois,	o	ato	proclamatório	através	do	qual	o	que	antes
era	projeto	passa	a	ser	lei	e,	consequentemente,	a	integrar	o	Direito
positivo	brasileiro.
A	lei	passa	a	existir	como	tal	desde	a	sua	promulgação,	mas	começa	a
obrigar	da	data	sua	publicação,	produzindo	efeitos	com	a	sua	entrada
em	vigor.
[1]	DA	SILVA,	José	Afonso.	Curso	de	Direito	Constitucional	Positivo.10a
edição.	Malheiro	Editores.	São	Paulo.	1995.
[2]	Idem.
O	COSTUME		
O	 termo	 costume	 deriva	 do	 latim	 consuetudine,	 de	 consuetumine,
hábito,	uso.
É	 a	 prática	 social	 reiterada	 e	 considerada	 obrigatória.	 O	 costume
demonstra	 o	 princípio	 ou	 a	 regra	 não	 escrita	 que	 se	 introduziu	 pelo
uso,	com	o	consentimento	tácito	de	todas	as	pessoas	que	admitiram	a
sua	força	como	norma	a	seguir	na	prática	de	determinados	atos.
Direito	Consuetudinário	ou	Costumeiro.
Ao	 conjunto	 das	 normas	 costumeiras	 em	 vigor	 num	 Estado,
convencionou-se	 chamar	 direito	 costumeiro,	 também	 denominado
direito	não-escrito,	expressão	esta	que	não	tem	caráter	absoluto,	visto
que,	 às	 vezes,	 normas	 costumeiras	 são	 consolidadas,	 como,	 p.	 ex.,	 a
publicação	intitulada	"Assentamentos	de	Usos	e	Costumes	da	Praça	de
São	Paulo",	elaborada	pela	Junta	Comercial	e	publicada	no	Diário	Oficial
do	Estado.
Decorre	 da	 observação	 e	 respeito	 às	 normas	 jurídicas	 não	 escritas,
isto	é,	normas	resultantes	de	práticas	sociais	reiteradas,	constantes	e
tidas	como	obrigatórias.
	
Existem	03	espécies:
1.	 CONTRA	 LEGEM	 -	 por	 opor-se	 à	 lei	 não	 têm	 admissibilidade	 em
nosso	direito.
2.	 SECUNDUM	 LEGEM	 -	 por	 estar	 de	 acordo	 coma	 lei	 serve	 de
interpretação,	 é	 o	 costume	 que	 esclarece	 a	 lei	 por	 estar	 em	perfeita
sintonia	com	ela.
3.	 PRAETER	 LEGEM	 -	 é	 utilizável	 quando	 a	 lei	 for	 omissa	 para
preencher	 a	 lacuna	 existente.	 Este	 último;	 é	 o	 costume	 considerado
como	subsidiários	do	direito.
Como	se	prova	a	existência	dos	costumes?
A	prova	 se	 fará	dos	mais	 diversos	modos:	 documentos,	 testemunhas,
vistorias,	 etc.	 Em	matéria	 comercial,	 porém,	 devem	 ser	 provados	 por
meio	 de	 certidões	 fornecidas	 pela	 juntas	 comerciais	 que	 possuem
fichários	organizados	para	este	fim.
Art.	 337	 do	 Código	 de	 Processo	 Civil	 -	 "A	 parte	 que	 alegar	 direito
municipal,	estadual,	estrangeiro	ou	consuetudinário,	provar-lhe-á	o	teor
e	a	vigência,	se	assim	determinar	o	juiz".	
Aplicação	Prática	Teórica
Os	conhecimentos	apreendidos	serão	de	fundamental	importância	para	a
reflexão	teórica	envolvendo	a	compreensão	necessária	de	que	o	direito,	para
ser	entendido	e	estudado	enquanto	fenômeno	cultural	e	humano,	precisa	ser
tomado	enquanto	sistema	disciplinador	de	relações	de	poder,	a	partir	da
metodologia	utilizada	em	sala	com	a	aplicação	dos	casos	concretos,	a	saber:
CASO	CONCRETO
Certo	estudante	do	primeiro	período	de	direito,	que	não	é	aluno	da	Estácio,	ao
folhear	o	Código	Penal	deparou-se	com	o	seguinte	crime,	previsto	no	artigo
284:
Crime	de	Curandeirismo
								Art.	284	-	Exercer	o	curandeirismo:
								I	-	prescrevendo,	ministrando	ou	aplicando,	habitualmente,	qualquer
substância;
								II	-	usando	gestos,	palavras	ou	qualquer	outro	meio;
								III	-	fazendo	diagnósticos:
								Pena	-	detenção,	de	seis	meses	a	dois	anos.
								Parágrafo	único	-	Se	o	crime	é	praticado	mediante	remuneração,	o	agente
fica	também	sujeito	à	multa.
Imediatamente	lembrou-se	das	inúmeras	vezes	que	sua	mãe	e	sua	avó	lhe
ofereceram	diversos	chás	e	realizaram	?simpatias?	para	curar	dor	de	cabeça,
mau-olhado	e	emagrecimento.	Alémdisto,	lembrou-se	das	?correntes	de	cura?
em	que	frequentou	nas	missas,	cultos	e	outras	sessões	religiosas,	nas	quais
algum	membro	sempre	lhe	oferecia	água	para	curar	seus	diversos	males.	De
repente	entrou	numa	e	perguntou:		Minha	mãe,	avó,	e	todos	estes	membros
de	confissões	religiosas	podem	ser	processados	e	presos	por	este	crime?
Seria	isso	crime	de	curandeirismo,	então?	
QUESTÃO	OBJETIVA
1.	A	respeito	do	processo	legislativo	na	Constituição	Federal	de	1988,	analise
as	afirmativas	a	seguir:	
I.	O	Presidente	vetará	projeto	de	lei	aprovado	pelo	Congresso	Nacional,	se
considerá-lo,	no	todo	ou	em	parte,	inconstitucional	ou	contrário	ao	interesse
público.	O	veto	parcial	somente	abrangerá	texto	integral	de	artigo,	de
parágrafo,	de	inciso	ou	de	alínea.	
II.	Em	caso	de	relevância	e	urgência,	o	Presidente	da	República	poderá	adotar
medidas	provisórias,	com	força	de	lei.	As	medidas	provisórias	vigoram
imediatamente,	mas	perderão	sua	eficácia	desde	sua	edição,	se	não	forem
convertidas	em	lei	pelo	Congresso	Nacional,	no	prazo	previsto	na	Constituição.	
III.	O	processo	legislativo	compreende	a	elaboração	de	emendas	à
Constituição,	leis	complementares,	leis	ordinárias,	leis	delegadas,	medidas
provisórias,	decretos	legislativos	e	resoluções.	
Assinale:	
(a)	se	apenas	as	afirmativas	I	e	II	estiverem	corretas.
(b)	se	apenas	a	afirmativa	I	estiver	correta.
(c)	se	apenas	a	afirmativa	III	estiver	correta.
(d)	se	apenas	as	afirmativas	I	e	III	estiverem	corretas.
(e)	se	todas	as	afirmativas	estiverem	corretas.
2				I-	No	plano	jurídico,	fontes	do	Direito	expressam	a	origem	das	normas
jurídicas,	podendo-se	classificar	as	fontes	em	dois	grandes	blocos,	designados
de	fontes	materiais	e	fontes	formais.
II	-	As	fontes	materiais	enfocam	o	momento	pré	jurídico,	constituindo-se	nos
fatores	que	conduzem	à	emergência	e	construção	da	regra	de	Direito.
III	-	As	fontes	formais	enfocam	o	momento	tipicamente	jurídico,	considerando	a
regra	já	plenamente	construída,	os	mecanismos	exteriores	e	estilizados	pelos
quais	essas	regras	se	revelam	para	o	mundo	exterior,	ou	seja,	os	meios	pelos
quais	se	estabelece	a	norma	jurídica.
IV	-	Os	costumes	são	fontes	do	direito.
Assinale:	
(a)	todas	as	proposições	estão	corretas
(b)	apenas	quatro	proposições	estão	corretas
(c)	apenas	três	proposições	estão	corretas
(d)	apenas	duas	proposições	estão	corretas.
(e)	apensas	uma	proposição	está	correta.

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