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Prof. Dr. Thiago Aloia UNIDADE I Fisiologia do Sistema Regulador O sistema nervoso tem uma importante função ligada à adaptação dos seres vivos ao meio ambiente que habitam. Para isso, o desenvolvimento de propriedades de irritabilidade (propriedade de ser sensível a um estímulo), condutibilidade (impulso elétrico conduzido pelas células do tecido nervoso) e contratilidade (movimentos celulares) foram e são essenciais para sua sobrevivência. Divisão anatômica: Sistema Nervoso Central (Encéfalo e Medula Espinhal) Sistema Nervoso Periférico (Nervos) Conceito e Classificação Anatômica Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 229. Entrada sensorial Saída motora Integração Formação do Sistema Nervoso Central Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 388. (a) Tubo neural (b) Vesículas encefálicas primárias (c) Vesículas encefálicas secundárias (d) Estruturas encefálicas adultas (e) Cavidades neurais no encéfalo adulto Ventrículos laterais Terceiro ventrículo Quarto ventrículo Canal centralMedula espinal Mielencéfalo Metencéfalo Mesencéfalo Posterior (caudal) Rombencéfalo (cérebro posterior) Mesencéfalo (cérebro médio) Anterior (rostral) Prosencéfalo (cérebro anterior) Telencéfalo Diencéfalo Diencéfalo (tálamo, hipotálamo, epitálamo), retina Tronco encefálico: mesencéfalo Tronco encefálico: ponte Cerebelo Tronco encefálico: bulbo Aqueduto do mesencéfalo Cérebro: hemisférios cerebrais (córtex, substância branca, núcleos da base) Onde ocorrem pensamentos, emoções, memórias e a maior parte dos impulsos que estimulam a contração de músculos e secreção glandular. A formação do SNC: Prosencéfalo (cérebro, diencéfalo) Tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) Cerebelo Ventrículos cerebrais: cavidades preenchidas por líquor Hemisférios cerebrais Sistema Nervoso Central (SNC) Fonte: livro-texto. Lobo Frontal Lobo Parietal Lobo Occipital Lobo Temporal Lobos Cerebrais Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 244. (a) (b) Lobo frontal Sulco central Giro da ínsula Giro Lobo temporal (deslocado lateralmente) Giro pré-central Sulco central Lobo frontal Giro pós-central Lobo parietal Medula espinal Sulco lateral Sulco parietoccipital (na face mediana do hemisfério) Fissura (um sulco mais profundo) Córtex (substância cinzenta) Sulco Substância branca Lobo occipital Lobo temporal Fissura transversa do cérebro Cerebelo Ponte Bulbo Lobo Frontal Lobo Parietal Lobo Occipital Lobo Temporal Lobos Cerebrais Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 244. Anterior Posterior Lobo frontal Lobo parietal Hemisfério cerebral direito Lobo occipital Fissura longitudinal Veias e artérias cerebrais sob a aracnoide Hemisfério cerebral esquerdo (d) (c) Hemisfério cerebral esquerdo Fissura transversa esquerdo Cerebelo Tronco encefálico Sistema Nervoso Periférico Fonte: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 263. 31 pares de Nervos Espinhais Plexo cervical Plexo braquial Plexo lombar Plexo sacral Cauda equina Alargamento lombar Nervos intercostais Alargamento cervical Nervos cervicais C1-C8 Nervos torácicos T1-T12 Nervos lombares L1-L5 Nervos sacrais S1-S5 Nervo coccígeo C0 Fibras Nervosas Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 429. Sensitivas (Aferente) Motoras (Eferente) Raiz dorsal (sensorial) Nervo espinal Raiz ventral (motora) Corno ventral (neurônios motores) Corno dorsal (Inter neurônios) Neurônio sensorial somático Neurônio sensorial visceral Neurônio motor visceral Neurônio motor somático Gânglio da raiz dorsal 12 pares de Nervos Cranianos Sistema Nervoso Periférico Fonte: Adaptado de MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 484. Lobo frontal Lobo temporal Infundíbulo Nervo facial (VII) Nervo vestibulococlear (VIII) Nervo glossofarínfeo (IX) Nervo vago (X) Nervo acessório (XI) Nervo hipoglosso (XII) Filamentos do nervo olfatório (I) Bulbo olfatório Trato olfatório Nervo óptico (II) Quiasma óptico Trato óptico Nervo oculomotor (III) Nervo troclear (IV) Nervo trigêmeo (V) Nervo abducente (VI) Cerebelo Bulbo (a) (b) *OS = Parassimpáticas Nervos cranianos I-IV Nervos cranianos VII-XII Função sensorial Função sensorial Função motora Fibras PS* Fibras PS* Função motora I Olfatório II Óptico III Oculomotor IV Troclear V Trigêmeo VI Abducente VII Facial VIII Vestibulococlear IX Glossofaríngeo X Vago XI Acessório XII Hipoglosso Sim Alguma Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Não Não Sim (paladar) Sim (audição e equilíbrio) Sim (paladar) Sim (paladar) Não Não Sim (olfato) Sim (visão) Não Não Sim (sensibilidade geral) Não Não Não Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Não Não Não Sistema Nervoso Somático Sistema Nervoso Autônomo Classificação Funcional do Sistema Nervoso Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 262. SNC SNP Divisão Sensorial Divisão Motora Divisão Parassimpática Divisão Simpática Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Somático Explique a Divisão Anatômica e Funcional do Sistema Nervoso. Interatividade Resposta Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 262. SNC SNP Divisão Sensorial Divisão Motora Divisão Parassimpática Divisão Simpática Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Somático Dura-máter Aracnoide Pia-máter Meninges Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 249. Seio sagital superior Espaço subdural Espaço subaracnoideo (a) (b) Seio sagital superior Crânio Escalpo Dura-máter Seio transverso Osso temporal Lobo occipital Tentório do cerebelo Cerebelo Aracnoide-máter sobre o bulbo Pele do escalpo Periósteo Osso do crânio Periosteal Meníngea Dura- máter Aracnoide-máter Pia-máter Granulações aracnoideas Vasos sanguíneos Foice do cérebro (apenas na fissura longitudinal) É a meninge mais superficial, resistente e formada por tecido conjuntivo com abundantes fibras colágenas. No encéfalo possui dois folhetos: um interno e outro externo. Na medula espinhal, a meninge é formada apenas pelo folheto interno da dura‐máter. A dura‐máter é vascularizada e inervada, sendo que a terminação nervosa sensitiva intracraniana se localiza na dura‐máter, ocasionando a maioria das dores de cabeça. Dura-máter Justaposta, a dura‐máter encontra‐se na camada aracnoide, uma membrana delicada que se separa da dura‐máter pelo espaço subdural. A aracnoide também se separa da pia‐máter pelo espaço subaracnoideo que contém o líquido cerebrospinal (também chamado de líquor ou líquido cefalorraquidiano). Aracnoide e Pia-máter Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 250. Seio sagital superior Células ependimárias Capilar Tecido conjuntivo da pia-máter Dentritos e solutos absorvidos desnecessários Secção do plexo corioideo Cavidade do ventrículo Filtrado contendo glicose, oxigênio, vitaminas e íons (Na+, CI, Mg2+, etc.) (b) Veia cerebral superior Plexo corioideo Hipófise Terceiro ventrículo Corpo caloso Forame interventricular Cérebro coberto pela pia-máter Filamentoterminal (porção inferior da pia-máter) Região inferir da medula espinal Canal central da medula espinal Dura-máter da medula espinal Vasos cerebelares que suprem o plexo corioideo Aqueduto do mesencéfalo Abertura lateral Quarto ventrículo Abertura mediana Cerebelo Plexo corioideo Confluência dos seios Seio reto Tentório do cerebelo Granulações aracnoideas Espaço subaracnoideo aracnoideo-máter Dura-máter meníngea Dura-máter periosteal Veia cerebral profunda Espaços Meníngeos Fonte: Adaptado de: MACHADO, A. B. M. HAERTEL, L. M. Neuroanatomia funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2014. p. 43. Características dos espaços meníngeos Espaço Localização Conteúdo Epidural (extradural) Entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral Tecido adiposo e plexo venoso vertebral interno Subdural Espaço virtual entre a dura-máter e a aracnoide Pequena quantidade de líquido Subaracnoideo Entre a aracnoide e a pia-máter Líquido cerebrospinal (ou líquor) Neurônio Fisiologia do Sistema Nervoso I – Células Fonte: Adaptado de: BORGES, R. R. et al. Sincronização de disparos em redes neuronais com plasticidade sináptica. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 37, n. 2, 2015, p. 3. Axônio Soma Dendritos Classificação dos Neurônios Fonte: Adaptado de: MINAZAKI, C. K.. Fisiologia do Sistema Regulador. São Paulo: Editora Sol, 2021, p. 19. Unipolar Bipolar Multipolar Células da Glia ou Neuróglia Fonte: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 231. Capilar Neurônio (a) Astrócito (c) Células ependimárias Fibras nervosas Bainha de mielina Prolongamento do oligodendrócito (b) Célula microglial (d) Oligodendrócito Tecido encefálico ou da medula espinal Corpo celular do neurônio Células satélites Fibra nervosa Células de Schwann (formando a bainha de mielina) (e) Neurônio sensorial com células de Schwann e células satélites Bainha de Mielina Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 481. Citoplasma da células de Schwann Axônio (a) (b) (c) (d) Membrana plasmática da célula de Schwann Núcleo da célula de Schwann Neurilema Neurilema Bainha de mielina Bainha de mielina Citoplasma da célula de Schwann Nervo Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 481. Vasos sanguíneos Perineuro Fibras nervosasEndoneuro (a) Fascículo Fascículos Vasos sanguíneos Axônio Bainha de mielina Endoneuro Perineuro Epineuro (b) Em alguns acidentes em provas automobilísticas, tem-se dado como causa de lesões sérias ou morte do piloto a desaceleração violenta sofrida pelo encéfalo, mesmo que não haja fratura da caixa craniana. Porém há um mecanismo de proteção do encéfalo, responsável por absorver os choques mecânicos exercidos, qual(is) é(são)? Interatividade Em alguns acidentes em provas automobilísticas, tem-se dado como causa de lesões sérias ou morte do piloto a desaceleração violenta sofrida pelo encéfalo, mesmo que não haja fratura da caixa craniana. Porém há um mecanismo de proteção do encéfalo, responsável por absorver os choques mecânicos exercidos, qual(is) é(são)? A presença de meninges (dura-máter, aracnoide, pia-máter). Resposta Impulsos Nervosos Fisiologia do Sistema Nervoso II – Potencial de Membrana Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 238. Estímulo despolarizante Estímulo hiperpolarizante Tempo (ms)Tempo (ms) (a) (b) 0 1 2 3 4 5 6 70 1 2 3 4 5 6 7 P o te n c ia l d e m e m b ra n a ( v o lt a g e m , m V ) P o te n c ia l d e m e m b ra n a (v o lt a g e m , m V ) +50 0 -50 -70 -100 +50 0 -50 -70 -100 Interior positivo Interior negativo Potencial de repouso Potencial de repouso Despolarização Hiper- polarização Potencial de Membrana Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 238. Interior da célula Exterior da célula Exterior da célula Interior da célula Membrana plasmática Bomba de N+-K+ K+K+ K+ K+ Na+ Na+ Na+ Na+Na+ Na+Na+ 15 mM Na+ 150 mM K+ 5 mM A- 0,2 mM CI- 120 mM CI- 10 mM A- 100 mM K+ 150 mM Mecanismo de um Potencial Graduado Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 239. (a) Despolarização (b) Propagação da despolarização Região despolarizada Estímulo Membrana plasmática Fases do Potencial de Ação Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 239. Fora da célula Dentro da célula Na+ K+ Fase despolarizante: abertura dos canais de Na+2 3 Fase repolarizante: canais de Na+ Inativados, abertura de canais de K+ Dentro da célula K + Na+ Fora da célula Potencial de ação 3 2 Membrana plasmática P o te n c ia l d e m e m b ra n a ( m V ) P e rm e a b ili d a d e r e la ti v a d a m e m b ra n a 1 4 1 Fora da célula Na+ Dentro da célula Dentro da célula Fora da célula Na+ K+K+ Canal de sódio Canal de potássio Tempo (ms) PNa PK Limiar 0 1 2 3 4 +30 0 -55 -70 4 Hiperpolarização: canais de K+ permanecem abertos; canais de Na+ restaurados 1 Estado de repouso: Todos os canais de Na+ e K+ regulados estão fechados (comporta de ativação do Na+ fechada; comporta de inativação aberta) Comporta de ativação Comporta de inativação Propagação Contínua Propagação Saltatória Tipos de Propagação Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 256. Nó de Ranvier Corpo celular Bainha de mielina Axônio distal Diferenças da Condução Fonte: Adaptado de: Tortora; Derrickson (2010); Widmaier; Raff; Strang (2013). Axônios de maior diâmetro (5 a 20 µm) – tipo A Axônios de diâmetro médio (2 a 3 µm) – tipo B Axônios de menor diâmetro (0,5 a 1,5 µm) – tipo C Axônios Todos mielinizados Mielinizados Amielínicos Período refratário absoluto Pequeno Um pouco maior Maior Velocidade do impulso 12 a 130m/seg 15 m/seg 0,5 a 2 m/seg Os neurônios entram em contato com outros neurônios transportando informações através da sinapse nervosa. Essa comunicação ocorre entre regiões do sistema nervoso central e o periférico, podendo também relacionar‐se e controlar as funções de células não neuronais ou efetuadoras, como as células musculares (esqueléticas, cardíacas ou lisas) e as secretoras (glândulas). Existem dois tipos de sinapses: Sinapses elétricas; Sinapses químicas. Fisiologia do Sistema Nervoso III – Sinapses e Neurotransmissores Na sinapse elétrica, os neurônios pré-sinápticos e os neurônios pós-sinápticos estão unidos pelas junções comunicantes (tipo GAP), que permitem a movimentação dos íons de um neurônio para outro. Entre as junções, existem muitos conéxons tubulares, que conectam o citossol das duas células. Vantagens: Comunicação muito mais rápida, pois o potencial de ação segue diretamente de um neurônio para o outro. Sincronização dos sinais produzindo o potencial de ação ao mesmo tempo. A sinapse elétrica é aproximadamente 1000 vezes mais rápida que a sinapse química. Sinapses Elétricas Sinapses Elétricas Fonte: Adaptado de: VAL DA SILVA, R. do. et al. Papel das sinapses elétricas em crises epilépticas. Journal of Epilepsy Clinical Neurophysiology, v. 16, n. 4, p. 150, 2010. Célula 1 Célula 2 3 nin Passagem de íons e pequenas moléculas Conexons Canais iônicos especiais formados por poros em cada membrana Junções comunicantes na sinapse elétrica Junção comunicante regiãode aproximação entre duas células Qual a diferença entre um axônio mielinizado e um amielínico quanto à localização dos canais de Na+ regulados por voltagem? Interatividade Qual a diferença entre um axônio mielinizado e um amielínico quanto à localização dos canais de Na+ regulados por voltagem? Em um axônio mielinizado os canais de sódio regulados por voltagem estão localizados apenas nos Nós de Ranvier, e no axônio amielínico, eles ocorrem ao longo de todo o comprimento do axônio. Resposta As sinapses químicas apresentam como característica a polarização da membrana, elemento pré‐sináptico, neurotransmissor, elemento pós‐sináptico e uma fenda sináptica que separa as membranas sinápticas. Os neurotransmissores são armazenados em vesículas sinápticas formando vesículas agranulares, granulares pequenas e granulares grandes e opacas. As vesículas são produzidas pelo pericárdio e nas terminações axônicas por brotamento do retículo endoplasmático liso e são eliminadas por exocitose. Sinapses Químicas Sinapses Químicas Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 239. Ca2+ 1 Mitocôndria Terminal axonal do neurônio pré-sináptico Membrana pós-sináptica 2 3 4 Fenda sináptica Axônio do neurônio pré-sináptico Vesículas sinápticas contendo moléculas de neurotransmissores Canal iônico (fechado) Canal iônico (aberto) Canal iônico fechado Neurotransmissor degradado Membrana pós-sináptica Canal iônico aberto 5 Receptor Neurotransmissor Na+ Na+ Axodendrítica: ocorre entre axônio de um neurônio para o dendrito do outro neurônio, correspondendo à maioria das sinapses. Axossomática: entre axônio de um neurônio e corpo celular do outro. Axoaxônica: entre axônio de um e axônio do outro neurônio. Tipos de Sinapses Químicas Fonte: Adaptado de: MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 231. Axônio Corpo celular Sinapses axodendriticas Sinapses axoaxônicas Sinapses axossomáticas Dendritos O potencial pós-sináptico excitatório (PPSE) ocorre quando o total de estímulos excitatórios superam os inibitórios, podendo ser sublimiar se for menor que o limiar para gerar um impulso nervoso. Quando se atinge o limiar, ocorre a despolarização e passagem do impulso nervoso. O potencial pós-sináptico inibitório (PPSI) ocorre quando há hiperpolarização e inibição do neurônio pós-ganglionar, portanto não se gera um impulso nervoso. Potencial Pós-Sináptico Excitatório (PPSE) e Inibitório (PPSI) Fonte: Adaptado de: BORGES, R. R. et al. Sincronização de disparos em redes neuronais com plasticidade sináptica. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 37, n. 2, 2015, p. 4. Sinapse Potencial pós-sináptico Excitatório (PPSE) Despolarização do neurônio pós-sináptico Inibitório (PPSI) Hiperpolarização do neurônio pós-sináptico Inibição pré-sináptica As sinapses representam a maioria das sinapses interneuronais e neuroefetoras. Na sinapse química, a comunicação entre as células ocorre com a liberação de uma substância química denominada neurotransmissor. Exemplos de neurotransmissores: Acetilcolina, glicina, glutamato, aspartato, ácido‐amino‐butírico (GABA), dopamina, noradrenalina, adrenalina, histamina, substância P, endorfina e encefalina. Neurotransmissores Tipos de Neurotransmissores Fonte: Adaptado de: MINAZAKI, C. K. Fisiologia do Sistema Regulador. São Paulo: Editora Sol, 2021, p. 31. Química Respostas agudas Ação lenta prolongada Neuropeptídeos Moléculas pequenas de ação rápida Liberação de neurotransmissores Agonista – imita efeitos Antagonista – bloqueia efeitos Classe I: acetilcolina. Classe II: aminas: norepinefrina, epinefrina, dopamina, serotonina, histamina. Classe III: aminoácidos: ácido gama aminobutírico (Gaba), glicina, glutamato, aspartato. Classe IV: óxido nítrico. Classes de Neurotransmissores Fonte: Adaptado de: MINAZAKI, C. K.. Fisiologia do Sistema Regulador. São Paulo: Editora Sol, 2021, p. 31. Neurotransmissores Moléculas pequenas de ação rápida Acetilcolina (Ach) classe I Aminoácidos classe III Gases classe IVAminas biogênicas classe II É um importante neurotransmissor do sistema nervoso periférico – como na junção neuromuscular e no encéfalo. A síntese da ACh ocorre no citoplasma das terminações sinápticas e ocorre a partir da colina e da acetilcoenzima A. Os neurônios colinérgicos liberam a Ach, que pode se ligar a receptores nicotínicos ou muscarínicos. Nas sinapses inibitórias, a ACh diminui a frequência cardíaca quando elas são formadas pelo neurônios parassimpáticos periféricos, como a inibição do coração pelo nervo vago. Classe I – Acetilcolina As aminas biogênicas são produzidas a partir de aminoácidos modificados e descarboxilados. Dentro deste grupo estão a norepinefrina, a epinefrina, a dopamina e a serotonina. A norepinefrina, epinefrina e dopamina são classificadas como catecolaminas. No geral, esses neurotransmissores participam de processos importantes como o estado de consciência, a regulação da pressão arterial, a atenção dirigida, o humor, a motivação, o movimento e a ejeção hormonal. Aminas Biogênicas Fonte: Adaptado de: MINAZAKI, C. K.. Fisiologia do Sistema Regulador. São Paulo: Editora Sol, 2021, p. 32. Tirosina L-Dopa Dopamina Norepinefrina Epinefrina Tirosina hidroxilase Dopa descarboxilase Dopamina β hidroxilase Feniletanolamina-N-metilransferase PNMT (norepinefrina metilada) Os aminoácidos são neurotransmissores no SNP, sendo o aspartato e glutamato os que possuem potentes efeitos excitatórios. O glutamato é considerado um dos vitais neurotransmissores de sinapses excitatórias do SNC. O ácido gama-aminobutírico (Gaba) e a glicina possuem efeitos inibitórios. O Gaba é o principal neurotransmissor de efeito no SNC, porém não é considerado um dos 20 aminoácidos usados para sintetizar proteínas. A glicina é um neurotransmissor liberado por interneurônios do tronco encefálico e da medula espinhal. Liga-se a receptores ionotrópicos (hiperpolarização), mantendo o equilíbrio entre inibição e excitação da medula espinhal, permitindo a regulação da contração dos músculos esqueléticos. Aminoácidos São neurotransmissores que possuem de 3 a 40 aminoácidos e podem ter ação excitatória ou inibitória. Dentro desse grupo, estão as encefalinas, as betaendorfinas, as dinorfinas e a substância P. As encefalinas possuem um potente efeito analgésico. As endorfinas e dinorfinas são denominadas peptídeos opioides, que também possuem efeito analgésico. Há uma relação desses neuropeptídios com o aprendizado, a memorização, o prazer, a euforia, a termorregulação, o impulso sexual e algumas vezes com a depressão e esquizofrenia. Neuropeptídeos Convite à participação da atividade do tutor: Tema: Neurotransmissores. Leia o texto: https://ensaioseciencia.pgsskroton.com.br/article/view/7590/5607 O texto descreve a ação da norepinefrina e serotonina (5-hidroxitriptamina - 5-HT) na depressão. De acordo com o texto, como esses hormônios são obtidos (síntese) no organismo? Convite à participação do chat BORGES, R. R. et al. Sincronização de disparos em redes neuronais com plasticidade sináptica. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 37, n. 2, 2015, p. 3. MACHADO, A. B. M. HAERTEL, L. M. Neuroanatomia funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2014. MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. MINAZAKI, C. K.. Fisiologia do Sistema Regulador. São Paulo: Editora Sol, 2021. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 12ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2010. WIDMAIER, E. P.; RAFF,H.; STRANG, K. T. V. Fisiologia Humana: os Mecanismos das Funções Corporais, 12 ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2013. VAL DA SILVA, R. do. et al. Papel das sinapses elétricas em crises epilépticas. Journal of Epilepsy Clinical Neurophysiology, v. 16, n. 4, p. 150, 2010. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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