Buscar

Cariologia - Importância do Flúor na Odontologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cariologia – A importância do Flúor para a Odontologia
Flúor: Um Pouco da História;
· 1500: Georgius Agricola (mineralogista) descobriu um mineral cristalino (CaF2). Ele chamou de fluores, do Latin fleure, significando “fluir” porque se dissolvia em baixas temperaturas;
· 1676: Heinrich Schwanhard, efeitos do ácido hidrofluorídrico na lente dos óculos;
· 1886: Ferdinand Frederic Henri Moissan isola o elemento químico flúor por eletrólise;
· 1906: Moissan recebe o prêmio Nobel pela descoberta;
· 1901: “denti de chiaie” (Eager);
· 1902: Fluoridens Cross and Co. Denmark;
· 1916: “Mottled enamel” (Esmalte Mosqueado) era o termo para definir a “fluorose”, foi quem descobriu (Frederick S. McKay);
· 1925: F em ratos – manchas; McCollun et al. J Biol Chem, 1925;
· Levou-se um tempo para perceber que as comunidades que tinham um elevado nível de flúor na água, em determinado nível, não tinham tanta manchas nos dentes, e tinha menos cárie;
· H. Trendly Dean descobriu que as áreas que tinham fluorose, havia menos cáries;
· Estudo das 21 cidades, que comprovou que o flúor reduzia à prevalência de cárie;
· O flúor entrou na odontologia como o causador de manchas (fluorose) e não como um agente de prevenção e controle da cárie;
· O termo “flúor” é inadequado sendo preferível o termo “fluoreto” ou íon flúor (F-) porque o elemento químico flúor dificilmente está na sua forma isolada na natureza estando sempre associado. Ex: NaF = fluoreto de sódio;
· Um dente com fluorose não é um dente rico em flúor – Fluorose é um defeito no ameloblasto durante a amelogênese, crianças que se expõem à uma alta concentração de flúor (hipomineralização) + proteína - Mineral;
· Como os efeitos do flúor foram descobertos por meio do consumo de água, a hipótese inicial que justificava a fluoretação de água era o método sistêmico, porém prevalece a ação tópica, onde o flúor cai na corrente sanguínea e volta para a cavidade bucal por meio da saliva;
· O flúor descoberto nos EUA, é chamado de “flúor Natural” é uma falha geológica que ocorre na região em que a água fica rica em minerais e entre eles, o flúor. Geralmente, água de poços.
· Flúor Tópico: agentes fluoretados aplicados sobre a superfície dentária. Não devem ser deglutidos; A concentração de fluoreto varia de acordo com a finalidade: uso profissional ou caseiro; Por razões históricas, o flúor tópico só passou a ser valorizado depois dos anos 60;
Mecanismos de Ação do Flúor – Cárie;
O flúor é o elemento químico dos halogênios, sendo extremamente eletronegativo (eletroreativo), reagindo principalmente com o Ca, Mg, Na e K;
Em baixas concentrações traz benefícios diretos à saúde;
Reage em baixo pH: mobiliza Ca e K;
Perda continua da hidroxiapatita;
A presença do flúor faz com que essa reação seja minimizada, mantendo a estrutura dentária íntegra ou formando fluorapatita;
Inibe a desmineralização (tecido dental saudável, formando reservatórios de fluoreto de cálcio no biofilme e na interface biofilme/película adquirida, no próprio elemento dental) e promover a remineralização (lesões iniciais de cárie, remineralizando-a);
Estudo in situ (utilizaram dentes de tubarão – fluorapatita quase pura): provou que era possível fazer cárie quando não tinha flúor no meio bucal, mesmo o dente tendo incorporado o flúor, era possível ter cárie, concluiu-se que precisava manter a quantidade de flúor constante no meio bucal;
O flúor ao ser ingerido fica adsolvido com o dente, formando glóbulos de fluoreto de cálcio na superfície do dente, constituindo-se como reservatórios de flúor, atuando no processo da perda mineral, por não permanecer muito tempo na boca, precisa ser ingerido constantemente.
Quando ocorre queda de pH, o fluoreto de cálcio libera o íon F-, atuando na formação da fluorapatita, além de atuar na desmineralização e na remineralização.
Eficácia e Segurança do Flúor;
A única consequência conhecida do excesso de exposição ao flúor é a fluorose;
E a ingestão de flúor;
Maioria dos trabalhos de toxicidade do flúor são feitas em animais;
Para os animais, as doses são quatro a cinco vezes no valor administrado no homem;
A fluorose dentária e esquelética são os únicos efeitos biológicos resultantes da exposição crônica aos fluoretos;
Fluorose passa despercebida;
O fator de risco mais importante para fluorose dentária é, de fato, a quantidade total de fluoreto ingerida a partir de todas as fontes, durante o período de formação dos dentes. Para a dentição permanente como um todo (com exceção dos terceiros molares, o período de risco compreende os primeiros 6 a 8 anos de vida;
Flúor: métodos tópicos x sistêmicos;
Métodos Sistêmicos: Água, sal, leite, comprimidos, gotas (Ingestão de Fluoreto);
Métodos Tópicos: creme dental, bochechos, gel, verniz, soluções, materiais dentários;
Métodos: Individuais, Coletivos e Profissionais;
A presença de fluoreto na água em uma concentração em torno de 1 mg/ℓ promovia máxima redução no CPOD (índice de dentes cariados, perdidos ou obturados) e que, quando o teor excedia 1,5 mg/ℓ, não havia melhora significativa no índice de cárie, mas havia um aumento na prevalência e severidade da fluorose dentária;
Porque pacientes que possuem brackets precisam usar cremes dentais com maior ppm de flúor?

Continue navegando