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Melhoria físico-hídrica do ambiente radicular do cafeeiro em condições de...
Solos utilizados na cafeicultura brasileira
O solo é um recurso natural de fundamental importância para atividades 
agrícolas e silviculturais e é intimamente relacionado, direta ou indiretamente, 
à produção de alimentos e de outros produtos, como madeira, celulose, fibras, 
essências etc. Entre as produções agrícolas, a cafeicultura é uma das mais 
tradicionais do país, cujos primeiros plantios se iniciaram na primeira metade 
do século XVIII, na Província do Pará, hoje correspondente a alguns estados 
das regiões Nordeste e Norte. A partir daí a espécie foi levada para todas as 
regiões do país, estando presente em 15 estados (Acre, Amazonas, Bahia, 
Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do 
Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo), 
além do Distrito Federal, abrangendo quatro biomas: Mata Atlântica, Cerrado, 
Caatinga e Amazônia (Figura 1).
Em 2016, 1.466 municípios produziram café (Figura 2), cuja produção total 
no país foi de 3.019.051 Mg de grãos, com área colhida total de 1.994.761 ha 
(IBGE, 2016). Essa grande presença das lavouras cafeeiras em várias regiões 
do país se deve a avanços em diversas áreas do conhecimento, das quais 
se destaca a Ciência do Solo. Nesse contexto, os solos como recurso natural 
merecem atenção especial, uma vez que são um dos bens mais valiosos para 
o cafeicultor, e as suas condições influenciam diretamente o desenvolvimento 
das plantas e, consequentemente, a produtividade da lavoura.
A cultura do café, por estar presente em diversos estados do Brasil, 
convive com condições climáticas variadas, incluindo locais com temperaturas 
e precipitações médias anuais de elevadas a baixas, regiões com estações 
secas e chuvosas bem definidas e algumas com recorrentes veranicos.
Essa ampla distribuição geográfica da cafeicultura no país também faz 
com que a atividade ocupe solos de diferentes classes, cujos atributos físicos, 
químicos, mineralógicos e microbiológicos são distintos, exercendo grande 
influência no desenvolvimento das plantas (Resende et al., 2014). Essa 
diversidade de ambientes explorados com a cafeicultura, particularmente 
para os solos, gera uma demanda por conhecimento detalhado das classes e 
dos atributos de solos que são mais comumente utilizados para essa cultura, 
pois, enquanto suas potencialidades edáficas podem levar a aumentos da 
produtividade, suas limitações levam a riscos de desequilíbrio financeiro, social 
e ambiental. O caminho de sustentabilidade da cafeicultura em cada ambiente 
tem sido encontrado com a adoção de sistemas de manejo conservacionistas 
do solo, ajustados para atender às demandas do cafeeiro, assegurando 
seu bom desenvolvimento e sua produtividade com conservação ambiental 
(Serafim et al., 2013a).
3
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Figura 1. Municípios que apresentam cultivos de cafeeiro no Brasil, segundo 
dados do IBGE (2016).
A distribuição da cafeicultura nos diferentes ambientes do Brasil (Figura 3) 
indica a ocupação de solos com potenciais de produção variados, nos 
diferentes biomas e regiões do país, alguns com limitações severas e de 
difícil correção ou mesmo inaptos, como Gleissolos e Organossolos, que 
aparecem nas regiões de cultivo. No Quadro 1, são apresentadas as classes 
de solo em cada bioma e estado brasileiro, em ordem decrescente de área 
ocupada em municípios produtores de café. Esses dados foram obtidos a 
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Geraldo César de Oliveira et al.4
Melhoria físico-hídrica do ambiente radicular do cafeeiro em condições de...
Figura 2. Número de municípios produtores de café por estado brasileiro. 
Fonte: IBGE (2016).
partir do cruzamento das informações do Mapa de Solos do Brasil (IBGE, 
2001) e dos limites dos municípios produtores de café em 2016, uma vez 
que não foi possível obter um mapa que representasse todas as lavouras 
cafeeiras do país. Além disso, cabe ressaltar que o mapa de solos em 
questão, embora apresente escala com menor nível de detalhe (1:5.000.000), 
é o único dessa magnitude para todo o território nacional atualmente (há 
somente mapas mais detalhados para áreas específicas, mas não para 
todo o território brasileiro). De qualquer forma, os autores acreditam que a 
análise elaborada deste capítulo contribua com o fornecimento de informações 
correspondentes às classes de solos dominantes nas lavouras cafeeiras do 
país, permitindo discussões sobre seus potenciais e suas limitações para 
essa cultura. Os autores também apoiam a realização de trabalhos futuros 
que detalhem esses dados aqui apresentados.
Os principais estados brasileiros em termos de área cultivada com 
café, segundo relatório da safra 2018 divulgado pela Conab (2018), são: 
Minas Gerais (1.219.812,8 ha), Espírito Santo (427.650,0 ha), São Paulo 
(213.942,0 ha) e Bahia (137.868,0 ha). Quanto aos biomas, a Mata Atlântica 
concentra o maior número de municípios que produzem café, seguida pelo 
Cerrado, pela Amazônia e pela Caatinga. Nesse sentido e analisando o 
Quadro 1 e a Figura 3, percebe-se que, nesses principais estados produtores 
e nos dois biomas, as classes Latossolo e Argissolo apresentam-se nas duas 
primeiras posições, simultaneamente ou em separado, ou seja, são as classes 
5
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
de solos mais utilizadas na cafeicultura. Para os outros estados, a mesma 
tendência é seguida, com exceção do Acre, do Ceará e de Pernambuco, que 
apresentam classes de solos dominantes na cafeicultura com menor grau 
de intemperismo, seja por efeito de material de origem, seja por limitações 
climáticas. Maiores detalhes sobre esses solos serão apresentados a seguir.
Características, potencialidades e limitações dos 
principais solos na cafeicultura
A expansão da cafeicultura brasileira foi assentada sobre os ambientes 
de condições edafoclimáticas mais favoráveis à cultura, porém, atualmente, 
Figura 3. Porcentagem relativa à área ocupada em cada classe de solo nos 
municípios produtores de café no Brasil por bioma (A) e por região do 
país (B). 
Fonte: Adaptada de IBGE (2001).
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Geraldo César de Oliveira et al.6
Melhoria físico-hídrica do ambiente radicular do cafeeiro em condições de...
Quadro 1. Principais solos (em ordem decrescente de importância) em áreas 
de cafeicultura por bioma e estado brasileiro.
Bioma/Estado Solos principais
Amazônia Argissolos, Latossolos, Neossolos, Luvissolos, Plintossolos, 
Cambissolos, Gleissolos, Planossolos, Nitossolos, Espodossolos, 
Chernossolos, Organossolos
Caatinga Latossolos, Argissolos, Plintossolos, Cambissolos, Neossolos Luvissolos
Cerrado Latossolos, Argissolos, Cambissolos, Nitossolos, Neossolos 
Plintossolos, Gleissolos, Planossolos, Chernossolos, Organossolos,
Mata Atlântica Latossolos, Argissolos, Nitossolos, Cambissolos, Neossolos, Luvissolos, 
Chernossolos, Gleissolos, Planossolos, Espodossolos, Organossolos
AC Luvissolos, Cambissolos, Argissolos, Gleissolos, Latossolos
AM Latossolos, Argissolos, Luvissolos, Plintossolos, Gleissolos, Neossolos, 
Cambissolos, Espodossolos
BA Latossolos, Neossolos, Argissolos, Luvissolos, Nitossolos, Cambissolos, 
Gleissolos, Planossolos, Chernossolos, Espodossolos
CE Plintossolos, Neossolos, Latossolos, Luvissolos, Argissolos, Planossolos
DF Latossolos, Cambissolos, Plintossolos
ES Latossolos, Argissolos, Nitossolos, Cambissolos, Neossolos, Gleissolos
GO Latossolos, Neossolos, Cambissolos, Argissolos, Plintossolos, 
Nitossolos
MT Argissolos, Latossolos, Neossolos, Plintossolos, Gleissolso, 
Chernossolos, Cambissolos, Nitossolos
MS Latossolos, Argissolos, Neossolos, Planossolos, Organossolos, 
Nitossolos
MG Latossolos, Argissolos, Cambissolos, Nitossolos, Neossolos, Gleissolos, 
Plintossolos
PA Argissolos, Latossolos, Neossolos, Gleissolso, Plintossolos, Luvissolos, 
Nitossolos
PR Nitossolos, Argissolos, Latossolos, Neossolos, Cambissolos, 
Organossolos
PE Neossolos,Planossolos, Latossolos, Argissolos, Luvissolos, 
Cambissolos
RJ Argissolo, Latossolo, Cambissolos, Gleissolos, Neossolos, 
Espodossolos
RO Argissolos, Latossolos, Neossolos, Plintossolos, Cambissolos, 
Gleissolos, Nitossolos, Luvissolos, Espodossolos
SP Argissolos, Latossolos, Nitossolos, Neossolso, Cambissolos, 
Espodossolos, Gleissolos, Organossolos
Fonte: Adaptado de IBGE (2001).
7
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
a concorrência do uso da terra com outras atividades agrícolas obriga os 
cafeicultores a implantar as suas lavouras em áreas de menor aptidão natural, 
dependendo de correção das limitações para viabilizar o cultivo. Nesse 
cenário, os principais solos ocupados com a cafeicultura são os Latossolos, 
os Argissolos e os Cambissolos. Por essas razões, será dado maior destaque 
às características, às potencialidades e às limitações desses solos.
Latossolos
Com recobrimento de 31,61 % do território nacional, os Latossolos 
representam a classe de solo com maior expressão geográfica (Santos et al., 
2006) e maior potencial produtivo. Na maioria dos casos, Latossolos são 
solos profundos, com baixos teores de silte e maiores teores de areia ou 
argila (classe textural franco-arenosa ou mais fina), dependentes do material 
de origem. Ademais, são bem a acentuadamente drenados, o que favorece 
a aeração para as plantas, e tendem a ocorrer em relevo plano e suave 
ondulado, principalmente no Cerrado, facilitando a mecanização, além de 
outros vários atributos físicos favoráveis ao desenvolvimento das culturas, 
variáveis de acordo com os biomas em que se inserem.
O relevo favorável à mecanização dos Latossolos faz dessa classe a mais 
procurada pelos cafeicultores com maior capacidade de investimento, que se 
utilizam de máquinas e de equipamentos em todas as fases da cultura. Vale 
ressaltar que, mesmo entre os Latossolos, há uma grande variabilidade de 
atributos e condições de relevo em que eles ocorrem (Ferreira et al., 1999a; 
Ker et al., 2017), dependente dos biomas em que se localizam.
Quimicamente, por serem solos com longo tempo sob ação do 
intemperismo-lixiviação, têm mineralogia mais caulinítica e oxídica, são ácidos 
e possuem baixa capacidade de troca de cátions (CTC), conferindo baixa 
fertilidade natural, o que limita sobremaneira a sua utilização na cafeicultura, 
por desencadear fortes desequilíbrios nutricionais nas lavouras. Quando 
essa limitação química também está presente em subsuperfície, limita-se 
o aprofundamento do sistema radicular, o que reduz o potencial produtivo 
das lavouras, especialmente no bioma Cerrado, em que a seca é mais 
pronunciada e o uso da água de subsuperfície é fundamental para garantir 
que a planta tenha condições adequadas para um bom florescimento no 
final do período seco e início do período chuvoso.
As principais limitações químicas encontradas nos Latossolos para 
o cafeeiro possuem soluções viáveis, como a aplicação de corretivos e 
fertilizantes (Lopes e Guilherme, 2016) para corrigir a acidez e a pobreza 
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Geraldo César de Oliveira et al.8
Melhoria físico-hídrica do ambiente radicular do cafeeiro em condições de...
de bases trocáveis e neutralizar o alumínio trocável da camada superficial, 
bem como o aumento da eficiência dos fertilizantes em geral. É preciso 
lembrar que existem exceções a essa baixa fertilidade natural, pois ocorrem 
também Latossolos eutróficos (maior fertilidade), associados a locais com 
intemperismo limitado pela ação climática, como nas regiões mais secas 
ou frias, ou ainda desenvolvidos de rochas mais ricas, como basalto e tufito 
(Resende et al., 1988). Exemplos são os Latossolos originados de basalto, 
que historicamente conferiram o sucesso da cafeicultura na região de Ribeirão 
Preto e de Franca, no estado de São Paulo, e na região de São Sebastião 
do Paraíso e no Triângulo Mineiro, em Minas Gerais.
Uma característica intrínseca aos solos tropicais muito intemperizados, 
como os Latossolos, é a ação dos óxidos de ferro e de alumínio, associados 
a moléculas orgânicas recalcitrantes (Zinn et al., 2007), como agentes 
cimentantes entre as partículas minerais, alterando o arranjamento dos 
seus constituintes (Ferreira et al.,1999a,b). Assim, quando argilosos, na 
região dos Cerrados, são dotados de elevada estabilidade de agregados 
e tendem a apresentar estrutura granular que condiciona alta friabilidade, 
elevada condutividade hidráulica saturada e porosidade (Vollant-Tuduri et al., 
2005; Kämpf et al., 2012; Skorupa et al., 2016; Oliveira et al., 2017). Além 
disso, possuem elevado volume de poros grandes (> 145 µm), ou estruturais 
(interagregados), e de poros extremamente pequenos (< 2,9 µm), ou texturais, 
por serem formados entre as partículas minerais (intragregados), mas não 
apresentam significativo volume de poros intermediários, o que faz com que 
uma grande quantidade de água seja rapidamente drenada e outra permaneça 
retida no solo com energia muito alta, particularmente nos mais argilosos 
(Giarola et al., 2002; Oliveira et al., 2004; Dexter et al., 2008; Carducci et al., 
2011; Severiano et al., 2011a,b; Carducci et al., 2013; Bayat e Zared, 2018).
Quanto à água residual, retida em poros muito finos (retida com alta 
energia) nos Latossolos oxídicos, apesar de ser considerada indisponível 
às plantas (Klein e Libardi, 2002), ela pode ser relevante em solos mais 
argilosos (Carducci et al., 2011, 2013), e essa condição deveria ser mais bem 
estudada, uma vez que pode ser determinante para a regulação de processos 
bioquímicos e microbianos no solo (Moreira e Siqueira, 2006). Essa água 
ainda pode ter atuação como agente lubrificante entre agregados quando o 
solo é submetido a pressões externas durante as operações mecanizadas 
(Dias Júnior, 2000), e, nesse contexto, Severiano et al. (2013) alertam para 
necessidade de maiores cuidados com o tráfego nesses solos, mesmo 
em períodos do ano de menor intensidade pluvial, por causa da sua baixa 
capacidade de suporte de carga.
9
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Os Latossolos de textura média-leve (classe textural franco-arenosa), 
comuns no norte de Minas Gerais, no Triângulo Mineiro e no Oeste Paulista, 
apresentam elevada permeabilidade e menor disponibilidade de água em 
relação aos Latossolos argilosos com estrutura em blocos, o que os tornam 
sensíveis à degradação sob manejo agrícola inadequado, pois provocam maior 
estresse hídrico às plantas nos períodos de estiagem e maior suscetibilidade 
à erosão nos períodos chuvosos. Os processos erosivos ocorrem com maior 
frequência nos Latossolos em declividades mais elevadas e, sobretudo, com 
o comprimento das rampas muito longo. Entretanto, independentemente 
da textura, que pode variar de franco-arenosa a muito argilosa (Ker, 1998; 
Severiano et al., 2013), os Latossolos apresentam, na maioria das vezes, 
baixa e média disponibilidade de água para as plantas (Carducci et al., 2011).
O estado de São Paulo é um dos mais tradicionais no cultivo de cafeeiros, 
mas, atualmente, concentra o seu cultivo basicamente nas regiões da Média 
e Alta Mogiana e do Centro-Oeste Paulista. Segundo o mapa pedológico do 
estado de São Paulo (Oliveira et al., 1999), essas regiões são recobertas 
predominantemente por Latossolos Vermelhos e Vermelho-Amarelos de textura 
média desenvolvidos de arenitos do grupo Bauru (Brasil, 1960), localizados 
em posições com relevo variando de plano a ondulado (declividades de 0 a 
20 %).
No Cerrado, a cafeicultura se notabilizou em razão da alta tecnologia 
empregada, com a maioria das práticas sendo realizada de forma mecanizada, 
tornando-se preocupante a possibilidade de degradação da estrutura desses 
solos, particularmente pelo fato de nessa região haver um predomínio de 
Latossolos que são muito suscetíveis à compactação (Severiano et al., 2013). 
Na literatura, são apresentados casos de danos na estrutura desses solos 
por causa do tráfego intenso das operações da cafeicultura (Gontijo et al., 
2011; Iori et al.,2013).
No bioma Mata Atlântica, na região da Zona da Mata mineira, existem 
Latossolos Amarelos com textura argilosa, profundos e em relevo íngreme. 
Isso se deve à formação desses solos em condições pretéritas aplainadas, 
porém, desde então, vêm sofrendo com a erosão geológica, o que deixa o 
relevo mais íngreme (Ker, 1998). Apesar desse relevo, esses solos são mais 
resistentes à erosão em razão da presença de estrutura intermediária entre 
granular e blocos, permitindo uma adequada infiltração de água (Resende, 
1985). Nesses locais, o relevo passa a ser fator limitante para uma cafeicultura 
mecanizada.
Na região dos Tabuleiros Costeiros, que se estende pela costa brasileira, 
desde o Rio de Janeiro até o Amapá (Ker et al., 2017), são comuns os 
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Geraldo César de Oliveira et al.10
Melhoria físico-hídrica do ambiente radicular do cafeeiro em condições de...
Latossolos Amarelo coesos, muito utilizados na cafeicultura e em outras 
culturas perenes no estado do Espírito Santo. Por causa de sua estrutura em 
blocos e de sua coesão (duros, quando secos, e friáveis, quando úmidos) 
(Ker et al., 2017), possuem profundidade efetiva reduzida (de 0,30 a 0,70 m), 
prejudicando a dinâmica da água no perfil (Souza, 1996), o desenvolvimento 
e o crescimento do sistema radicular, mesmo na condição de solo irrigado 
(Partelli et al., 2014; Covre et al., 2015; Silva, 2018). Essas condições 
demandam um manejo diferenciado desses solos, pois qualquer excesso 
de água pode condicionar redução da aeração, já que possuem um pequeno 
volume de macroporos (Paiva et al., 2000; Silva, 2018). Nesses solos, a 
subsolagem tem sido recomendada para amenizar os efeitos da coesão, 
melhorando a drenagem e criando caminhos preferenciais ao aprofundamento 
das raízes.
Os três perfis de Latossolos apresentados na Figura 4 ilustram os 
contrastes de atributos nessa classe: Latossolo Vermelho, com elevada 
infiltração de água, do Cerrado mineiro, sob cafeicultura com manejo intensivo 
(Figura 4A); Latossolo de textura média, sob cafeicultura no sul de Minas 
Gerais, com adequada distribuição de raízes (Figura 4B); e Latossolo Amarelo 
coeso dos Tabuleiros Costeiros (Figura 4C).
Figura 4. Latossolo Vermelho sob cultivo intensivo de café após a aplicação 
de gesso (A); Latossolo Vermelho de textura média sob cafeicultura sem 
impedimento ao desenvolvimento de raízes (B); Latossolo Amarelo coeso 
dos Tabuleiros Costeiros (C). 
Fotografia de Silva, S.
11
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Argissolos
Os Argissolos também são muito representativos no Brasil, ocupando 
26,78 % do território nacional (Santos et al., 2006), muito utilizados na 
cafeicultura nacional (Figura 3 e Quadro 1), destacando-se como a classe 
de solos mais utilizada pela cafeicultura de montanha, a exemplo do sul 
de Minas Gerais e a região serrana do Espírito Santo. Em Minas Gerais, 
aproximadamente 86 % da área com cafeeiros concentra-se nas classes 
Latossolo e Argissolo (Bernardes et al., 2012).
Esses solos apresentam acúmulo de argila em profundidade, gerando, 
na maioria das vezes, um gradiente textural entre os horizontes superficial e 
subsuperficial, bem como um adensamento provocado pelo acúmulo de argila 
associado à estrutura em blocos, a qual é um reflexo da sua mineralogia 
mais caulinítica. O gradiente textural tende a facilitar a erosão por causa da 
menor infiltração de água e da dificuldade do desenvolvimento do sistema 
radicular a partir do topo do horizonte Bt, que se inicia comumente a partir 
dos 0,30 ou 0,40 m de profundidade. Por outro lado, o acúmulo de argila 
no horizonte Bt e a estrutura em blocos aumentam o volume de microporos 
e, consequentemente, incrementam a retenção de água nesses solos em 
profundidade.
No entanto, essa água não será aproveitada se o adensamento do 
horizonte Bt impedir o crescimento radicular. Em plantios de café no sul 
de Minas Gerais (município de Alfenas), os autores constataram cafeeiros 
cultivados em Argissolos Vermelhos com sintomas de déficit hídrico pelo 
fato de as raízes se concentrarem mais à superfície, não conseguindo se 
desenvolver no horizonte subsuperficial mais argiloso e adensado, embora 
estivesse úmido a partir dos 0,60 m de profundidade.
Outra característica dos Argissolos é que podem apresentar cerosidade 
(filmes de argila recobrindo os agregados oriundos da sua translocação 
no perfil), o que também pode dificultar o movimento de água, a difusão 
de nutrientes e o crescimento radicular (Liu et al., 2002). A redução da 
velocidade de infiltração do topo para as camadas inferiores promove um 
encharcamento superficial, favorecendo a ocorrência de erosão em sulcos, 
que se aprofundam até o topo do horizonte Bt.
Em regra, os Argissolos ocorrem em relevo ondulado ou forte ondulado 
em diferentes regiões do país e em relevo plano e suave ondulado na região 
Sul, onde não têm sido observados plantios de café segundo o relatório do 
IBGE (2016), provavelmente por questões climáticas relacionadas ao risco 
de geadas. Nos Tabuleiros Costeiros, também são observados Argissolos em 
Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Geraldo César de Oliveira et al.12
Melhoria físico-hídrica do ambiente radicular do cafeeiro em condições de...
relevo plano, com predomínio de Argissolos Amarelos coesos, algumas vezes 
apresentando mudança textural abrupta do horizonte A ou E para o horizonte 
B, além de considerável redução de velocidade de infiltração de água dos 
horizontes superficiais para os subsuperficiais mais argilosos (Oliveira et al., 
1968). Os Argissolos Amarelos dos Tabuleiros Costeiros são muito semelhantes 
aos Latossolos Amarelos da mesma região, diferenciando-se, basicamente, 
pelo gradiente textural, presente apenas nos Argissolos (Ker et al., 2017).
No bioma Amazônico, os Argissolos são bem expressivos, nos quais, 
em grande parte dos casos, o alto índice pluviométrico tende a reduzir os 
problemas de déficit hídrico nos cafeeiros da região. Em alguns casos, o 
encharcamento passa a ser um fator limitante.
No Espírito Santo, segundo estado em importância na produção de café 
(Conab, 2018), os Latossolos e os Argissolos recobrem 79,22 % do território 
(Achá-Panoso et al., 1976). Embora a área ocupada pela cafeicultura nesses 
solos ainda não tenha sido bem estabelecida, é destacada a ocupação 
de Latossolos Amarelos coesos e Argissolos Amarelos coesos em relevo 
plano e suave ondulado dos platôs litorâneos, bem como de Argissolos não 
coesos associados a Latossolos e Cambissolos localizados em relevo forte 
ondulado e ondulado.
A Figura 5 mostra dois perfis: um Argissolo Vermelho desenvolvido de 
gnaisse, adensado, localizado na região de transição entre os biomas Mata 
Figura 5. Perfis de Argissolo Vermelho adensado, em Minas Gerais (A), e de 
Argissolo Amarelo coeso nos Tabuleiros Costeiros, na Bahia (B). 
Fotografia de Silva, S.
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Tópicos Ci. Solo, 10:1-71, 2019
Atlântica e Cerrado, em Minas Gerais (Figura 5A); e um Argissolo Amarelo 
coeso dos Tabuleiros Costeiros, com textura média no horizonte A e argilosa 
no horizonte B (Figura 5B).
Cambissolos
Os Cambissolos recobrem apenas 5,43 % do território brasileiro 
(Santos et al., 2006). Esses solos são menos intemperizados-lixiviados, 
apresentando, portanto, atributos bem diferentes das classes de solos 
anteriores. Possuem menor profundidade efetiva (são, em geral, rasos ou 
moderadamente profundos), o que torna limitado o volume de solo para 
ser explorado pelas raízes e para o armazenamento de água. Além disso, 
têm estrutura pouco desenvolvida, geralmente em blocos. Apresentam 
maiores teores de silte, o que pode provocar encrostamento superficial 
e, consequentemente, erosão, sobretudo em locais com pouca cobertura 
vegetal e em locais com relevo forte ondulado ou mais íngreme, dificultando 
a mecanização. Esses fatores requerem uma atenção especial às práticas de 
manejo, uma vez que, quando são inadequadas, podem facilmente provocar 
degradação e altas taxas de perdas desolo e água. Em contrapartida, manejos 
apropriados têm comprovado a aptidão desses solos para a cafeicultura, com 
produtividades superiores à média do estado de Minas Gerais e nacional 
(Serafim et al., 2013a).
Quimicamente, os Cambissolos tendem a apresentar maior reserva 
nutricional e maior CTC por causa de sua mineralogia, resultante de menor 
intemperismo, embora a fertilidade natural seja dependente de seu material 
de origem, por exemplo, Cambissolos formados a partir de rochas pelíticas 
na região da Canastra em Minas Gerais tendem a ter fertilidade baixa. 
Algumas vezes, Cambissolos apresentam semelhanças morfológicas em 
relação aos Latossolos, mas se diferenciam pelos maiores teores de silte em 
relação à argila e/ou pela maior quantidade de minerais primários facilmente 
intemperizáveis. Há ainda Cambissolos formados pela remoção de material 
de antigos Latossolos (Resende et al., 1988). Nesses casos particulares, 
nem todos os atributos citados para Cambissolos estão presentes.
Nos municípios produtores de café, entre os biomas brasileiros, os 
Cambissolos aparecem em maior quantidade no Cerrado e, depois, na Mata 
Atlântica (Figura 3). Quanto às regiões brasileiras, são mais comuns nos 
municípios produtores de café da região Sudeste. Em Minas Gerais, eles 
ocupam área aproximada de 10,5 milhões de hectares (Amaral et al., 2004), 
o que equivale a cerca de 18 % da área total. Na cafeicultura, ocorrem muitas 
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Melhoria físico-hídrica do ambiente radicular do cafeeiro em condições de...
vezes associados na paisagem aos Latossolos e Argissolos em diferentes 
regiões do país, fazendo com que os cafeicultores utilizem esses solos 
indistintamente, embora os Cambissolos se diferenciem dos demais por 
se encontrarem em locais com menores comprimentos de rampa e maior 
declividade, além dos outros atributos já discutidos. Aproximadamente 10 % 
da área com cafeeiros em Minas Gerais concentra-se nessa classe de solos 
(Bernardes et al., 2012).
Segundo Amaral et al. (2004), os Cambissolos são os solos de menor 
aptidão para a cultura cafeeira, mas, com manejo adequado, sua potencialidade 
de uso pode ser aumentada enormemente (Serafim et al., 2011). Deve-se 
salientar que esses solos normalmente são os que predominam em glebas 
de terras de menor valor para aquisição, o que contribuiria para a diminuição 
do custo fixo de produção. Em parte do Cerrado mineiro, em locais de 
relevo mais movimentado na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, 
alguns Cambissolos pedregosos, desenvolvidos de rochas pelíticas, com 
baixa fertilidade natural, cauliníticos, rasos e em relevo íngreme (Silva et al., 
2018), têm obtido elevadas produtividades com manejo adequado, amenizando 
as limitações intrínsecas a esse solo. Serafim et al. (2011), avaliando o 
efeito de manejo conservacionista em Cambissolos e Latossolos da região 
do Cerrado do oeste mineiro (municípios de São Roque de Minas, Vargem 
Bonita e Piumhi), com aplicação de altas doses de gesso, braquiária na 
entrelinha, sulco de plantio profundo, entre outros, constataram resultados 
promissores e incremento de produtividade nos Cambissolos, aumentando 
seu potencial produtivo após a adoção de adequadas práticas de manejo.
A Figura 6 representa um Cambissolo pedregoso, desenvolvido de rochas 
pelíticas, na região do Cerrado mineiro (município de Campos Altos), que tem 
apresentado altas produtividades de café com manejo apropriado, reduzindo 
suas limitações naturais (Figura 6A), e um Cambissolo desenvolvido de 
gnaisse em região de transição entre Mata Atlântica e Cerrado (município 
de Lavras) (Figura 6B).
Visão e sugestões de manejo do solo na cafeicultura de 
sequeiro
A necessidade de harmonizar aspectos sociais, ambientais, econômicos e 
de produção na agricultura estimula cada vez mais uma abordagem holística 
nas decisões de manejo do solo. O cenário atual de mudanças climáticas 
e a demanda crescente por alimentos tornaram os recursos naturais mais 
concorridos e onerosos (Lal et al., 2011). Dessa forma, a sustentabilidade dos 
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sistemas agrícolas requer aumento de produtividade e tecnologias inovadoras 
que proporcionem impacto social positivo, aliado a serviços ambientais, tais 
como: o incremento do teor de carbono no solo, a redução da erosão, a 
conservação da qualidade da água nas bacias, o aumento da infiltração de 
água e a perenização das nascentes, entre outros.
Embora existam caminhos diversos para atender a todas essas demandas 
simultaneamente, a observação dos preceitos conservacionistas do solo e 
da água estará sempre presente. Por isso, a adoção de sistemas de manejo 
conservacionistas do solo vem crescendo nas últimas duas décadas ao redor 
do mundo (Derpsch et al., 2010). À medida que avançam as recomendações 
de práticas de manejo conservacionistas do solo com vistas à mitigação do 
déficit hídrico, a irrigação se torna menos necessária, diminuindo, assim, os 
conflitos pelo uso da água no campo.
As bases desse sistema de cultivo do solo estão em harmonia com a 
gestão sustentável do recurso terra, que é um dos pontos estratégicos da 
agenda de compromissos acordada internacionalmente na Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio 
de Janeiro em 1992 (ECO-92) (Aguiar e Monteiro, 2005).
No Brasil, houve um crescimento exponencial das áreas cultivadas 
sob sistemas conservacionistas a partir da década de 1980, capitaneado, 
principalmente, pela adoção do plantio direto em áreas de produção de grãos 
Figura 6. Perfil de Cambissolo pedregoso no Cerrado desenvolvido de rochas 
pelíticas (A) e perfil de Cambissolo da região de transição entre Mata 
Atlântica e Cerrado desenvolvido de gnaisse (B). 
Fotografia de Silva, S.
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Melhoria físico-hídrica do ambiente radicular do cafeeiro em condições de...
(Wingeyer et al., 2015), proporcionando melhorias na qualidade do solo e 
redução da emissão de gases de efeito estufa (Oorts et al., 2007). A adoção 
desse sistema é responsável por uma grande revolução na agricultura, o 
que tem permitido aos produtores expansão das áreas de cultivo utilizando 
menor intensidade de tráfego de máquinas e menor input de energia (Triplett 
Jr e Dick, 2008).
As lavouras perenes, incluindo a cafeicultura, também se beneficiam dos 
preceitos conservacionistas consagrados no sistema de plantio direto. Com 
as devidas adequações, destacam-se os efeitos positivos do cultivo mínimo 
nas entrelinhas do cafeeiro e da cobertura permanente na superfície do solo 
(Tivet et al., 2013), bem como os ganhos de produtividade e de qualidade 
dos produtos advindos das boas práticas. Os sistemas conservacionistas 
de manejo apontam para o início de um novo ciclo, em que, pela primeira 
vez, a agricultura intensiva converge suas ações para harmonizar aspectos 
de produção e meio ambiente com aspectos sociais e econômicos, pois os 
ganhos de produtividade de forma isolada já não atendem às atuais demandas 
globais (Hosono et al., 2016).
A cafeicultura tem se expandido no Brasil em resposta ao aumento da 
demanda do produto no mercado mundial, promovendo crescimento de áreas 
cultiváveis (Conab, 2018). No entanto, essas novas áreas incorporadas ao 
sistema produtivo, em sua maior parte, possuem limitações naturais ao bom 
desenvolvimento da cafeicultura, a exemplo da seca edafológica (Fialho et al., 
2010), determinada pelo clima e intensificada por limitações químicas do 
solo. Isso tem sido frequente no Cerrado (Lopes e Guilherme, 2016) por 
causa da pequena profundidade efetiva, o que reduz o aprofundamento do 
sistema radicular da cultura, aumentando sua suscetibilidade ao déficit hídrico 
(Serafim et al., 2013a,b,c). A ocorrência dessas limitações está associada 
ao avanço da cafeicultura em áreas anteriormente consideradas marginais, 
e estas, para serem incluídas no processoprodutivo, demandam que sejam 
adotadas práticas de manejo adequadas, capazes de promover melhorias 
nesses ambientes.
O potencial produtivo das lavouras cafeeiras é fortemente comprometido 
pelo déficit hídrico, o que é acentuado quando as lavouras são instaladas 
em solos com baixa capacidade de disponibilizar água (Silva et al., 2008). 
Esses fatores interferem na interrupção da disponibilidade hídrica nas fases 
críticas de demanda de água pela cultura (Fialho et al., 2010) e promovem 
redução significativa na produção e nas condições de sustentabilidade da 
cafeicultura desenvolvida em situações de sequeiro (Serafim et al., 2013a,b). 
Tal fato tem levado a uma grande procura por práticas de manejo do solo que 
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