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Conceitos gerais 
sobre pontes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Expressar os elementos constituintes das pontes.
 � Diferenciar os viadutos de meia encosta dos demais.
 � Identificar as principais funções dos elementos constituintes das 
pontes.
Introdução
De uma forma geral, pontes são obras executadas com o objetivo de 
transpor obstáculos com presença de água, enquanto viadutos são es-
truturas que têm como finalidade a transposição de vales e outras vias 
que não tenham a presença de água. Outras nomenclaturas podem ser 
identificadas, como os pontilhões, normalmente utilizados para descrever 
pontes de pequenos vãos, com divergência entre os engenheiros para 
a definição dos valores limites desses vãos. Entretanto, tal fato não é 
relevante, uma vez que, como veremos adiante, essas estruturas seguem 
procedimentos de concepção e definição bastante parecidos. 
Assim, a construção de conhecimentos fundamentais sobre as divisões 
das pontes, atentando-se para o seu funcionamento e suas respectivas 
funções, é primordial para o correto entendimento das etapas posteriores 
de projeto e execução dessas estruturas. Neste capítulo você vai estudar 
os conceitos que fundamentam as estruturas de uma ponte, utilizados 
para a adequada concepção dessas obras de arte presentes em nosso 
cotidiano. Você também vai aprender a diferenciar os viadutos de meia 
encosta e a identificar as principais funções de cada elemento das pontes.
U N I D A D E 1
Elementos constituintes das pontes
Segundo Pfeil (1979) e Marchetti (2008), as pontes podem ser divididas em 
três partes principais, segundo a sua função: infraestrutura, mesoestrutura e 
superestrutura. Essa divisão é apresentada na Figura 1.
Figura 1. Elementos de uma ponte: infraestrutura, mesoestrutura e superestrutura.
Fonte: Adaptada de Marchetti (2008).
Aterro
de acesso
Mesoestrutura
Infraestrutura
Rio
Ponte
Aterro
de acesso
Viaduto
de acesso
Superestrutura Viaduto
de acesso
A infraestrutura ou fundação é a parte da ponte constituída por elementos 
que se apoiam no terreno de implantação (rocha ou solo), recebendo as cargas 
ou os esforços da mesoestrutura e transmitindo-os para o terreno. Constituem 
a infraestrutura os blocos, sapatas, estacas, tubulões, etc., bem como outros 
elementos de ligação entre si ou entre estes e a mesoestrutura, como os blocos 
de cabeça de estacas e as vigas de enrijecimento de blocos, conforme Pfeil 
(1979). Em alguns casos, em trechos secos de pontes, quando tem-se solos ou 
maciços rochosos resistentes próximos à superfície do terreno, e em pontes 
com arranjos estruturais com pequenos vãos, pode-se considerar a execução 
de fundações diretas, como as sapatas ou blocos de concreto armado. Caso 
contrário, recorre-se às fundações profundas, como as estacas, tubulões, 
caixões, etc.
O antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem — DNER 
(BRASIL, 1996), atual Departamento Nacional de Infraestrutura de Trans-
porte — DNIT, estabelece que, de acordo com a carga proveniente dos pilares 
da mesoestrutura e com base nos resultados dos ensaios realizados com o 
material do terreno de apoio da estrutura, a escolha do tipo de fundação terá 
como referência o seguinte:
Conceitos gerais sobre pontes14
 � o carregamento proveniente da mesoestrutura deve ser transmitido às 
camadas de solo ou subsolo com capacidade suficiente de suporte com 
segurança, evitando rupturas indevidas;
 � as deformações das camadas da fundação devem ser compatíveis com 
as aceitáveis pela superestrutura, ou seja, são admissíveis recalques 
diferenciais mínimos;
 � a execução das fundações adotadas não deve causar danos às estruturas 
vizinhas ou comprometer a estabilidade de encostas ou maciços.
Você sabe como podem ser feitas as concretagens submersas de estruturas de 
pilares e fundações de pontes? Um método bastante utilizado tem o auxílio de uma 
tubulação conhecida como tremonha. Esse dispositivo tem o formato de pirâmide 
invertida, que leva o concreto até a parte inferior da forma de concretagem, sendo 
esta preenchida de baixo para cima, até o seu transbordamento. Outra função desse 
dispositivo é a concretagem em alturas maiores que 2,0 m, que pode ser efetuada sem 
provocar a segregação do concreto. Para evitar a mistura do solo, da lama ou da água 
com a argamassa do concreto, pode-se utilizar lama bentonítica para o preenchimento 
e a estabilização das paredes das perfurações, com posterior substituição durante a 
concretagem.
Fonte: Adaptada de Mapa da obra (2016).
A mesoestrutura é a parte da ponte constituída pelos pilares, que recebem 
as cargas ou os esforços da superestrutura e os transmitem à infraestrutura. 
15Conceitos gerais sobre pontes
No dimensionamento do carregamento transmitido, outras forças solicitantes 
sobre a ponte podem ser consideradas, de acordo com os critérios adotados pelo 
projetista, como pressões de vento e de água dos cursos de água em movimento. 
Ainda com relação à mesoestrutura, pode-se citar os aparelhos de apoio, 
que são elementos inseridos entre os pilares e a superestrutura, com a função 
de transmitir as reações de apoio e também permitir certos movimentos da 
superestrutura (Figura 2).
Figura 2. Exemplo de aparelho de apoio em neoprene.
Fonte: AECweb ([2018]).
Segundo o DNER (BRASIL, 1996), dependendo da sua altura, a mesoes-
trutura pode ser executada de quatro maneiras distintas:
 � com peças pré-moldadas: em passarelas e obras de pequenos vãos;
 � com uso de concreto convencional e formas completas: concretagem 
efetuada de baixo para cima, de forma contínua, com concreto lançado 
ou bombeado e posteriormente vibrado;
 � com concreto convencional e formas deslizantes: formas desmontáveis 
de cerca de 1,0 m de altura, empurradas continuamente para cima, 
acompanhando a concretagem, de forma contínua e com posterior 
vibração; e
 � com concreto convencional e formas trepantes: formas desmontáveis 
de cerca de 3,0 m de altura e concretagem em segmentos, com vibração 
e interrupção.
A superestrutura é a parte da ponte que tem como objetivo vencer o 
obstáculo, sendo considerada a parte útil da ponte, sob o ponto de vista de sua 
Conceitos gerais sobre pontes16
função. Esse elemento suporta imediatamente o estrado, composto de lajes e 
vigas principais e secundárias. Para El Debs e Takeya (2010), a superestrutura 
ainda pode ser dividida em duas partes:
 � estrutura principal (ou sistema estrutural principal): tem a função de 
vencer o vão livre; e
 � estrutura secundária (ou tabuleiro ou estrado): recebe a ação direta 
do carregamento, transmitindo-o para a estrutura principal.
Com relação aos processos construtivos de superestruturas, pode-se rela-
cionar alguns, conforme o DNER (BRASIL, 1996):
 � Execução sobre escoramentos: sistema mais antigo, constituído por 
escoramentos fixos ou pela combinação de escoramentos móveis com 
formas deslizantes. Como são considerados de caráter provisório durante 
uma obra, induzindo a configurações econômicas e pouco seguras, 
seu dimensionamento deve ser criteriosamente efetuado por meio de 
projetos de escoramento.
 � Lançamento por treliças: para os casos de execução de estruturas em 
vigas pré-moldadas de peso elevado, o uso de treliças de lançamento é 
de grande aplicação, pois utiliza um sistema composto por guinchos e 
pares de treliças capazes de içar e posicionar esses elementos (Figura 3).
Figura 3. Fases do lançamento por treliças.
Fonte: Brasil (1996).
Direção do lançamento
Vãos executados
Vãos de
lançamento
17Conceitos gerais sobre pontes
Segundo Pfeil (1979), podendo ser considerados por alguns engenheiros 
tanto como partes da mesoestrutura quanto da infraestrutura, os encontros 
são elementos situados nas extremidades das pontes, na transição destas com 
os aterros das vias. Têm a função de suporte e arrimo do solo, recebendo 
os esforços de empuxo do solo (aterro de acesso, Figura 1), evitando sua 
transmissão para os demaiselementos da ponte. Quando os aterros de acesso 
não apresentam perigo de erosão devido à passagem dos cursos de água, 
os encontros podem ser dispensados em viadutos e pontes, situações nas 
quais os estrados possuirão extremos em balanço, ficando os pilares sujeitos 
aos empuxos dos aterros de acesso. Segundo o DNER (BRASIL, 1996), os 
encontros, dependendo do seu porte, das fundações e do tipo de contenção 
proporcionado, podem ser classificados em dois tipos:
 � encontros leves: quando as solicitações de empuxo dos taludes são 
relativamente pequenas sobre os encontros, buscando-se alternativas 
de redução ou anulação desses esforços sobre essas estruturas;
 � encontros de grande porte: quando as solicitações de empuxo dos 
taludes são grandes e a estabilidade de aterros de acesso não pode ser 
garantida por dificuldades de execução, solapamentos ou erosões; são 
normalmente adotados em pontes longas, que transmitem grandes 
forças horizontais, ou em aterros altos.
Assim, de forma mais detalhada e explicativa, pode-se ter como exemplo 
o arranjo da ponte apresentada na Figura 4.
Figura 4. Exemplo de um arranjo de ponte: infraestrutura (fundação), mesoestrutura (pilares 
e aparelho de apoio), superestrutura e encontro.
Fonte: El Debs e Takeya (2010).
Encontro
Pilar
Fundação
Aparelho de apoio
Superestrutura
Conceitos gerais sobre pontes18
Tipos de viadutos
Viadutos, por definição, são estruturas que transpõem vales ou outras vias sem 
presença de água, enquanto pontes são os elementos utilizados para transpor 
obstáculos formados por cursos de água ou outras superfícies líquidas, como 
os rios, lagos ou braços de mares, por exemplo. Segundo Pfeil (1979), quando 
esses cursos de água estão situados em vales muito abertos, tem-se a necessi-
dade, em alguns projetos, da construção de obras complementares de acesso, 
que podem ser constituídas por aterros ou por viadutos. Nesses casos, esses 
viadutos são denominados viadutos de acesso (Figura 5).
Figura 5. Indicação de viadutos de acesso para uma ponte em vale aberto.
Fonte: El Debs e Takeya (2010).
N.A.
Viaduto de acesso Viaduto de acessoPonte
Em estradas construídas ao longo de taludes com elevadas inclinações 
transversais, é comum adotar-se a solução de construção de muros de arrimo ou 
de viadutos, denominados viadutos de meia encosta. Essa solução é adotada 
devido ao alto volume requerido para a formação dos aterros e à dificuldade de 
manutenção da sua estabilidade local ou global, aliando, ainda, condições de 
economia e segurança. De acordo com a seção transversal da estrada projetada, 
seja ela totalmente em aterro ou em aterro e corte, o viaduto terá estrado 
completo na sua largura ou estrado de largura parcial, respectivamente, 
conforme Pfeil (1979) (Figura 6).
Figura 6. Viaduto de meia encosta com (a) estrado completo na largura e (b) muro de 
arrimo para estrada.
Fonte: Pfeil (1979); El Debs e Takeya (2010).
(a) Alternativa em viaduto (b) Alternativa em aterro
Encosta Encosta Estrada
Muro de
arrimo
Viaduto
Pilar
19Conceitos gerais sobre pontes
Quando são adotados arranjos estruturais com o uso de vigas para a 
construção de viadutos, considerando-se conceitos de estética e proporção 
adequada das peças e sua esbeltez, a viga contínua se torna o elemento preferido 
para a construção dessas estruturas, resultando em alguns tipos, elencados 
pelo DNER (BRASIL, 1996):
 � viadutos em vale profundo, em forma de V, com pilares esbeltos, pouco 
espaçados, ressaltando a altura da obra (Figura 7);
Figura 7. Viaduto com pilares esbeltos e pouco espaçados em vales profundos.
Fonte: Brasil (1996).
 � viadutos em vale profundo, em forma de V, com vãos grandes e pilares 
de espessura variável (Figura 8);
Figura 8. Viaduto com pilares de espessura variável e vãos grandes em vales profundos.
Fonte: Brasil (1996).
 � viadutos em vale não muito pronunciado, com vãos variáveis e apa-
rência harmoniosa (Figura 9);
Conceitos gerais sobre pontes20
Figura 9. Viaduto com vãos variáveis e aparência harmoniosa.
Fonte: Brasil (1996).
 � viadutos em vale não muito pronunciado, com vãos pequenos e iguais, 
sem transmitir impressão de leveza (Figura 10).
Figura 10. Viaduto com vãos pequenos e iguais, sem impressão de leveza.
Fonte: Brasil (1996).
Com base na sua função principal, os viadutos podem ser utilizados para 
fins rodoviários e ferroviários, ou ainda para pedestres, sendo denominados 
de passarelas.
Para a passagem de águas pluviais ou de águas perenes de pequenos cursos, nor-
malmente são utilizados bueiros sob a área de terraplenagem das estradas, traçados 
geralmente na direção transversal aos seus eixos. As seções de bueiros podem ser 
manilhas de concreto armado, estruturas abobadadas ou quadros rígidos de concreto 
armado. Esses bueiros, quando em grandes dimensões, ainda podem ser utilizados 
para a passagem de pedestres, gado, ferrovias, rodovias e vias urbanas, conforme 
expõe Pfeil (1979).
21Conceitos gerais sobre pontes
Funções dos elementos constituintes de pontes
A função primária e básica de uma ponte é a viária, que tem como objetivo 
dar continuidade à uma estrada durante a transposição de um determinado 
obstáculo. Essa função tem uma ligação mais próxima com o usuário da via 
e pode ser executada com o uso de elementos da ponte, como faixa de rola-
mento (com ou sem acostamento), linha férrea (com ou sem lastro), passeios 
laterais, guarda-corpos, barreiras de proteção, defensas metálicas, entre outros, 
conforme leciona Pfeil (1979).
A faixa de rolamento é o contato direto do veículo com a ponte, pro-
porcionando a sua passagem. Sua largura, de modo geral, é determinada 
adicionando-se à largura do veículo de projeto a largura de uma faixa de 
segurança, que tem como base a sua velocidade e o nível de conforto que se 
deseja proporcionar, que, por sua vez, também se baseia na categoria da via. 
Em geral, para pistas pavimentadas, esses valores situam-se entre 3,00 m e 
3,60 m (Figura 11).
Figura 11. Exemplo de seção transversal de pista de rolamento com duas faixas e acos-
tamentos laterais.
Fonte: Brasil (1996).
Os passeios laterais têm a função de possibilitar a passagem de pedestres 
e ciclistas com segurança pelas pontes, possuindo larguras mínimas recomen-
dáveis de 1,50 m para passeios predominantemente de pedestres e de 3,00 
m para vias compartilhadas (pedestres e ciclistas em conjunto) (Figura 12), 
conforme o DNER (BRASIL, 1996).
Conceitos gerais sobre pontes22
Figura 12. Detalhe da seção transversal de uma via compartilhada (pedestres e ciclistas).
Fonte: Adaptada de Brasil (1996).
Pintura de
separação
CiclistasPedestres
Guarda-corpo
Passarela
300
Obs.:
A separação entre os pedestres
e ciclistas deverá ser efetuada
por pintura no pavimento
Barreira de
proteção
150 150
40
22
8
87
As barreiras de proteção são dispositivos rígidos, em geral de concreto 
armado, com função de proteção lateral para os veículos, devendo ter altura, 
capacidade resistente e perfil interno corretamente dimensionados para im-
pedirem a queda de um eventual veículo desgovernado, absorverem o choque 
lateral e propiciarem sua recondução à faixa de tráfego. No Brasil, o DNER 
adotou e padronizou o tipo New Jersey, testado em outros países, principal-
mente nos Estados Unidos (Figura 13, à esquerda) (BRASIL, 1996).
Os guarda-corpos serviram como sistemas de proteção lateral de antigas 
pontes do DNER, mostrando-se pouco eficazes. Nas pontes mais recentes, os 
guarda-corpos somente existem quando há passeios laterais. Com o objetivo 
de garantir uma proteção adequada a pedestres e ciclistas, os guarda-corpos 
são instalados nos extremos da seção transversal, com os passeios laterais 
localizados entre estes e as barreiras rígidas de concreto. Os guarda-corpos 
devem ser projetados para serem econômicos, proporcionarem leveza à obra 
e desestimularem o seu roubo (Figura 13, à direita) (BRASIL, 1996).
23Conceitos gerais sobre pontes
Figura 13. Exemplos de barreira de proteção em concretoarmado (à esquerda) e de 
guarda-corpo metálico de pontes (centro e à direita).
Fonte: Adaptada de Brasil (1996).
87
25
47
2
2 2
17 17
40
6
15
As defensas metálicas, com função de proteção lateral para as rodovias, 
não são partes integrantes, propriamente ditas, das pontes. Porém, a transição 
entre as defensas metálicas das rodovias, que são flexíveis, e as barreiras 
de concreto das pontes, que são rígidas, deve ser realizada sem superfícies 
salientes (Figura 14) (BRASIL, 1996).
Figura 14. Detalhe de transição entre defensa metálica (rodovia) e barreira (ponte).
Fonte: Brasil (1996).
Outra função dos elementos das pontes, de caráter mais técnico, é a função 
estática, que tem como objetivo conduzir as cargas atuantes sobre a estrutura 
(superestrutura e mesoestrutura) até a fundação (infraestrutura), no contato 
com o solo ou a rocha. Para cumprir essa função, os principais elementos 
estruturais da obra devem ser devidamente dimensionados, como lajes, vigas 
secundárias (longitudinais ou transversais), vigamento principal, pilares, blocos 
de transição e fundações, como expõe Pfeil (1979).
Conceitos gerais sobre pontes24
A laje tem como função receber diretamente as cargas dos veículos que 
transitam no tabuleiro. Em algumas situações, podem ser projetadas e execu-
tadas em conjunto com as vigas “T”, como em pontes de concreto armado e 
protendido, contribuindo para a resistência à flexão das vigas, ainda conforme 
Pfeil (1979).
As vigas secundárias servem de apoio para as lajes, recebendo e dire-
cionando as reações destas para o vigamento principal. Com a utilização 
de modelos computacionais mais avançados e teorias modernas, pode-se 
dimensionar, atualmente, lajes de grandes vãos, reduzindo a necessidade de 
vigas secundárias.
Na sequência, tem-se o vigamento principal, cujo objetivo é vencer os 
obstáculos que determinam o projeto da obra, recebendo os carregamentos 
das vigas secundárias e transferindo-os para os pilares, na região dos apoios 
de contato, conforme Pfeil (1979).
Os pilares são os elementos que recebem as cargas verticais e horizontais 
da superestrutura, transferindo-as para os elementos de fundação (estacas, 
sapatas, etc.) e, posteriormente, para o terreno. De forma a buscar uma melhor 
distribuição das tensões e compatibilizar a geometria dos pilares com a da 
fundação, executam-se blocos de transição entre esses elementos.
Por fim, a ligação da ponte com a estrada é feita pelos elementos de 
extremidade, como encontros, cortinas, muros auxiliares, entre outros (PFEIL, 
1979).
Diferentemente das pontes comumente encontradas, as pontes pênsil, ou pontes 
de suspensão, são aquelas em que o tabuleiro fica pendurado, sustentado por cabos 
de suspensão vertical. Nesse tipo de estrutura, são utilizadas torres verticais com 
a função de conexão da ponte com o solo, que suportam o peso do tabuleiro. O 
peso do tabuleiro, na sequência, é distribuído para as torres por meio dos cabos de 
suspensão. Em geral, esse tipo de solução é utilizada em regiões montanhosas. Os 
primeiros exemplos desse tipo de ponte foram construídos no início do século XIX, 
com seu ápice na construção da ponte Golden Gate, já no século XX.
25Conceitos gerais sobre pontes
1. De acordo com a vista lateral 
da ponte apresentada abaixo, 
assinale a alternativa correta.
a) O ponto (1) é denominado 
de mesoestrutura e o ponto 
(2) de infraestrutura.
b) O ponto (1) é denominado 
de encosto e o ponto (2) 
de mesoestrutura.
c) O ponto (1) é denominado de 
aterro de acesso e o ponto 
(2) de mesoestrutura.
d) O ponto (1) é denominado 
de infraestrutura e o ponto 
(2) de superestrutura.
e) Os pontos (1) e (2) são 
denominados de infraestrutura.
2. Ainda com base na figura do 
exercício anterior, assinale a 
alternativa correta, referente 
às regiões indicadas abaixo.
a) A região (a) deve ser isenta 
de variação do nível do 
rio e na região (b) há a 
atuação de empuxos na 
interface com a estrutura.
b) A região (a) pode apresentar 
variações do nível do rio e a 
região (b) pode apresentar 
esforços cisalhantes 
sobre a estrutura.
c) Ambas as regiões, (a) e 
(b), podem apresentar 
variações do nível do rio 
sem comprometimento da 
estabilidade da estrutura.
d) Nas regiões (a) e (b) ocorrem 
esforços de empuxo 
iniciados na fundação.
e) Apenas na região (b) pode-se 
ter variações do nível do rio 
e empuxos na interface da 
estrutura simultaneamente.
3. Com função estática em uma ponte, 
o elemento da superestrutura 
responsável por receber diretamente 
os carregamentos provenientes das 
lajes é denominado: 
a) encontro.
b) laje secundária.
c) laje primária.
d) vigamento secundário.
e) vigamento principal.
4. Pontes rodoviárias localizadas em 
regiões urbanas, que possuem 
passeios laterais, devem apresentar 
dispositivos que proporcionem 
a proteção física para o trânsito 
de pedestres. Assinale a 
alternativa que apresenta esse 
elemento de proteção. 
a) Defensas metálicas, instaladas 
nos extremos da seção 
transversal da ponte.
b) Guarda-corpos, instalados 
nos extremos da seção 
transversal da ponte.
c) Guarda-corpos, instalados 
somente entre o passeio 
e a faixa de rolamento.
Conceitos gerais sobre pontes26
AEC Web. Aparelho de apoio de neoprene fretado para pontes. [2018]. Disponível em: 
<https://www.aecweb.com.br/prod/e/aparelho-de-apoio-de-neoprene-fretado-
-para-pontes_32449_34134>. Acesso em: 27 jun. 2018. 
BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DAER). Diretoria de De-
senvolvimento Tecnológico. Divisão de Capacitação Tecnológica. Manual de projeto 
de obras de arte especiais. Rio de Janeiro: DAER, 1996. 
EL DEBS, M. K.; TAKEYA, T. Introdução às pontes de concreto: texto provisório de apoio 
à disciplina de pontes SET 412. São Carlos, 2010. (Apostila). 
MAPA DA OBRA. Concretagem submersa exige soluções adequadas. 2016. Disponível 
em: <http://www.mapadaobra.com.br/negocios/concretagem-submersa-exige-
-solucoes-adequadas/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
MARCHETTI, O. Pontes de concreto armado. São Paulo: Blucher, 2008.
PFEIL, W. Pontes em concreto armado: elementos de projetos, solicitações, dimensio-
namento. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979.
Leituras recomendadas
CHIMUAGA, L. P. B. Estudo do comportamento estrutural dos aparelhos de apoio da ponte 
Rio-Niterói. 2015. 115 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Pós-
-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2015.
LEONHARDT, F. Construção de concreto: princípios básicos da construção de pontes 
de concreto. Rio de Janeiro: Interciência, 1979. v. 6. 
RODRIGUES, G. J. O.; VICENTE, J. A. O. Estudo comparativo entre aço e concreto protendido 
no dimensionamento da superestrutura de uma ponte ferroviária. São Paulo: ABCEM, 2012.
d) Barreiras de proteção, instaladas 
somente entre o passeio 
e a faixa de rolamento.
e) Defensas metálicas, instaladas 
em ambos os lados do passeio.
5. As vias para o tráfego de veículos, 
como as pontes e os viadutos, são 
dimensionadas para situações 
padronizadas de utilização e 
com condições mínimas de 
segurança. O elemento que pode 
proporcionar proteção lateral 
para evitar a queda de eventuais 
veículos desgovernados durante 
o tráfego sobre essas estruturas 
é denominado de: 
a) guarda-corpo.
b) encontro de grande porte.
c) encontro leve.
d) tabuleiro.
e) barreira de proteção.
27Conceitos gerais sobre pontes
https://www.aecweb.com.br/prod/e/aparelho-de-apoio-de-neoprene-fretado-para-pontes_32449_34134
https://www.aecweb.com.br/prod/e/aparelho-de-apoio-de-neoprene-fretado-para-pontes_32449_34134
http://www.mapadaobra.com.br/negocios/concretagem-submersa-exige-solucoes-adequadas/
http://www.mapadaobra.com.br/negocios/concretagem-submersa-exige-solucoes-adequadas/

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