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DESCRIÇÃO Conceitos gerais sobre a teoria da relatividade especial e algumas de suas aplicações. PROPÓSITO Apresentar as definições, os postulados e as ideias gerais que envolvem a teoria da relatividade restrita. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora, ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer os postulados de Einstein e suas implicações nos conceitos de simultaneidade, tempo e espaço MÓDULO 2 Identificar sistemas em movimento relativo e as implicações relativísticas oriundas desse movimento MÓDULO 3 Calcular grandezas importantes como massa, energia, trabalho e momento em suas formas relativísticas INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE ESPECIAL MÓDULO 1 Reconhecer os postulados de Einstein e suas implicações nos conceitos de simultaneidade, tempo e espaço INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE RESTRITA – POSTULADOS E CONCEITOS DE RELATIVIDADE ESPECIAL INTRODUÇÃO Em 1905, um jovem físico de 26 anos chamado Albert Einstein mostrou como medidas de tempo e espaço são afetadas pelo movimento entre o observador e aquilo que está sendo observado. Dizer que a teoria da relatividade de Einstein revolucionou a Ciência não é um exagero. Imagem: spatuletail/Shutterstock.com Físico Albert Einstein A relatividade conecta espaço e tempo, matéria e energia, eletricidade e magnetismo – ligações que são cruciais para o nosso entendimento do universo físico. Da relatividade, deriva uma série de previsões notáveis, todas comprovadas experimentalmente. Com toda a sua profundidade, muitas conclusões da relatividade podem ser alcançadas com a mais simples matemática. Essa é a beleza da teoria. RELATIVIDADE RESTRITA Quando aprendemos sobre as medidas de comprimento, intervalo de tempo e massa na Física Básica, nenhuma consideração restrita é feita sobre como se medir. Se queremos medir o comprimento de um avião quando estamos a bordo, basta utilizar uma fita métrica e estendê-la do nariz à cauda do avião e olhar os números na fita. Mas e se o avião estiver em voo e nós no solo? RESPOSTA Não é difícil utilizarmos conhecimentos trigonométricos, ângulos e medidas em movimento para realizar tal medição. Porém, para a nossa surpresa, essa medida sempre será menor do que a encontrada por alguém que o mediu por dentro, no seu referencial, como os físicos costumam dizer. Para entender o motivo dessa diferença, precisamos analisar o processo de medida de coisas em movimento. SISTEMAS DE REFERÊNCIA Primeiramente, vamos esclarecer o que se entende por movimento. Quando dizemos que algo está em movimento, queremos dizer que sua posição relativa a algo está mudando com o tempo. EXEMPLO Um passageiro se move em relação a um avião, o avião se move em relação à Terra, a Terra se move em relação ao Sol, o Sol se move em relação à galáxia e assim por diante. Em todos os casos, um sistema de referência foi parte da descrição do movimento. Dizer que alguma coisa está em movimento implica num específico sistema de referência. Referencial inercial é um sistema de referência em que corpos livres não têm o seu estado de movimento alterado, a não ser que haja sobre eles uma força externa. De acordo com a Primeira Lei de Newton, uma partícula em repouso (parada) permanecerá em repouso; e uma partícula em movimento com velocidade constante permanecerá em movimento, até que uma força externa atue sobre ela. Portanto, essa lei diz que uma partícula isolada está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Quando estamos enunciando a Lei da Inércia, ou seja, a Primeira Lei de Newton, temos que indicar ao que ou a quem está sendo referido o movimento do corpo livre em movimento. Temos a possibilidade de admitir que o movimento do corpo é relativo a um observador (ele próprio), a outra partícula ou a um sistema livre. Para o sistema livre, o móvel não sofre interação com o restante do universo. Esse observador é um observador inercial, e o sistema de referência que ele utiliza recebe o nome de sistema inercial de referência. Todos os referenciais inerciais são igualmente válidos. Suponha que observemos um corpo mudando sua posição em relação a nós com velocidade constante. Ele está se movendo ou nós é que estamos? Imagine que estejamos numa sala fechada na qual as leis de Newton são válidas: Como poderíamos saber se o laboratório está se movendo ou se está em repouso? ATENÇÃO Essas questões são sem sentido, pois todos os movimentos de velocidade constante são relativos. Não existe um referencial universal que possa ser usado para todos os casos, não existe “movimento absoluto”. SAIBA MAIS A teoria da relatividade trata das consequências da falta de um referencial universal. A relatividade restrita, publicada por Einstein em 1905, trata de problemas que envolvem sistemas de referências inerciais. A relatividade geral, publicada uma década depois também por Einstein, trata de problemas que envolvem sistemas de referência acelerados em relação a outros sistemas de referência. Um observador num laboratório isolado pode detectar acelerações como qualquer um que já tenha experimentado um elevador ou um carrossel. POSTULADOS DA RELATIVIDADE RESTRITA Dois postulados fundamentam a relatividade restrita. O primeiro, o princípio da relatividade, e o segundo, baseado no resultado de muitos experimentos: As leis da Física são as mesmas para todos os referenciais inerciais. Esse postulado deriva da ausência de referenciais universais. A velocidade da luz no espaço livre tem o mesmo valor em todos os sistemas de referência (Inercial ou não inercial) . Esta velocidade é c = 2,998 x 108 m/s com quatro algarismos significativos. Para percebermos quão notáveis são esses postulados, vamos realizar um experimento imaginário. Suponha que eu ligue um holofote no mesmo instante em que você decola num foguete a 2 x 108 m/s. Ambos mediremos a velocidade da luz proveniente do holofote com o mesmo tipo de instrumento. RESPOSTA Do solo, eu vou encontrar a velocidade de 3 x 108 m/s como de costume. O senso comum nos diz que você deveria encontrar uma velocidade de (3 - 2) x 108 m/s, ou seja, 1 x 108 m/s, para a mesma onda de luz. Mas o que os postulados nos dizem é que você deve encontrar os mesmos 3 x 108 m/s, mesmo que para mim você se mova paralelamente às ondas luminosas com 2 x 108 m/s. Só há um jeito desse resultado ser possível sem violar o princípio da relatividade. As medidas de tempo e espaço não devem ser absolutas, mas dependentes do movimento relativo entre o observador e o que está sendo observado. Se eu fosse medir o tique-taque de um relógio e o comprimento de uma régua de medida, perceberíamos que o relógio é mais lento do que quando está em repouso no solo, e que a régua de medida é menor na direção do movimento do foguete. RELATIVIDADE GALILEANA Entender o movimento dos corpos é uma busca que já aparece antes de Cristo. O homem sempre procurou entender melhor o mundo que o cerca, a natureza. À medida que evoluía o pensamento humano, evoluíam também a busca e as ferramentas para tal. VOCÊ SABIA No que diz respeito à descrição do movimento dos corpos em relação a outros, em movimentos uniformes ou acelerados, a busca teve seu início com o filósofo grego Zenão, de Eléia (500-451 a.C.), estendendo-se até os trabalhos de Albert Einstein, em 1905, com a teoria da relatividade restrita. Zenão considerava que, se dois bastões (A e B) se movessem com velocidades iguais em intensidade, porém em sentidos opostos em relação a um terceiro bastão C, mantido fixo, um observador em A (ou B) mediria a velocidade do bastão em B (ou A) como duas vezes maior do que a medida por C. Zenão concluiu que esse movimento era impossível, passando a chamá-lo de paradoxo dos bastões em movimento. Imagem: WOLFF, J.F.S. & MORS, P.M. / UFRGS Figura 1. Um observador em A perceberá que o bastão C se afasta com uma rapidez v e o bastão B com uma rapidez 2v. O grego Aristóteles, nascidoprovavelmente em 384 a.C., foi outro filósofo a procurar descrever o movimento dos corpos. Suas ideias permaneceram aceitas por mais de 20 séculos. Para Aristóteles, a matéria se compunha basicamente de quatro elementos terrestres: Imagem: Shutterstock.com FOGO Imagem: Shutterstock.com AR Imagem: Shutterstock.com ÁGUA Imagem: Shutterstock.com TERRA Esses elementos tinham posições determinadas no Universo, chamadas lugares naturais. O fogo, por exemplo, tinha seu lugar natural acima do lugar natural do ar, que estava acima do lugar natural da água, por sua vez, acima do lugar natural da terra. Aristóteles formulou também várias outras teorias sobre ciências naturais, que foram aceitas até a Renascença. Dentre elas, podemos destacar o modelo geocêntrico (o Planeta Terra como centro do Universo). As ideias de Aristóteles só vieram a ser contestadas mais veementemente nos séculos XVI e XVII, principalmente no que diz respeito à ideia do geocentrismo. Até os séculos XVI e XVII, a dificuldade em entender o movimento dos corpos permaneceu; somente com Giordano Bruno (1548-1600) e Galileu Galilei (1564-1642) é que alguma luz no sentido de dar uma resposta ao paradoxo dos corpos em movimentos relativos (Zenão) surgiu, utilizando relações matemáticas e não apenas respostas filosóficas como as de Aristóteles. Primeiro grande gênio da Ciência moderna, Galileu Galilei foi o primeiro homem a observar o céu com um telescópio. Percebeu que as ideias do sistema heliocêntrico proposto por Copérnico se mostravam muito evidentes, o que, aliás, custou- lhe muitos contratempos. Imagem: Shutterstock.com Galileu Galilei, Físico e Astrônomo Além da discussão do movimento planetário, Galileu contribuiu muito para o desenvolvimento da mecânica, estabelecendo as leis da queda livre de um corpo e introduzindo o método experimental em Física. A relatividade de Galileu pode ser aplicada em trajetórias parabólicas de projéteis. EXEMPLO Um observador estacionário em relação a uma plataforma que se movimenta em relação ao solo com velocidade constante em um movimento retilíneo uniforme atira uma pedra verticalmente para cima, conforme a Figura 2. A trajetória percebida por esse observador é uma linha reta e vertical. Já um segundo observador, no solo, perceberá que a trajetória não é linear e sim parabólica. Essa constatação é o resultado da composição do movimento da plataforma com a da pedra. Imagem: WOLFF, J.F.S. & MORS, P.M. / UFRGS Figura 2. Um observador que se encontra em movimento sobre uma plataforma verá uma trajetória vertical para o projétil. Imagem: WOLFF, J.F.S. & MORS, P.M. / UFRGS Figura 3. Um observador que se encontra em um referencial no solo verá uma trajetória parabólica para o projétil. Com isso, Galileu conseguiu resolver o paradoxo de Zenão, mostrando que a trajetória e velocidades são dependentes do referencial do qual se observa o movimento. Se quisermos mensurar quantitativamente o movimento dos corpos, é necessário um referencial, que nada mais é do que um corpo ao qual vamos referenciar o movimento, bem como um conjunto de eixos coordenados, como, por exemplo, o canto entre duas paredes e o teto da sala de aula, em que podemos considerar três eixos imaginários que se cruzam ortogonalmente. É preciso também um instrumento que seja capaz de medir o tempo. A relatividade galileana, termo utilizado por Einstein, trata da descrição de movimentos em relação a um referencial inercial, ou seja, um referencial em repouso, ou em movimento retilíneo e uniforme (não acelerado) em relação a outro referencial. SIMULTANEIDADE RELATIVÍSTICA O conceito de simultaneidade para Galileu depende apenas da constatação de que os referenciais analisados são inerciais. Ou seja, para ele, observadores em quaisquer referenciais inerciais poderão sempre contar com eventos simultâneos, pois o tempo é absoluto. Na relatividade de Einstein, esse conceito é diferente. Eventos simultâneos para um observador em dado referencial não necessariamente são simultâneos para outro observador em outro referencial. A simultaneidade é relativa. Imaginemos um trem se movendo com velocidade V relativística (o trem de Einstein). Nesse trem, encontra-se um observador posicionado exatamente no centro, no referencial S’. Na estação, fora do trem, no solo, encontra-se outro observador, no referencial que chamaremos de S. Imagem: WOLFF, J.F.S. & MORS, P.M. / UFRGS Figura 4. Trem de Einstein. Suponha que esses observadores se cruzem exatamente quando dois raios ocorrem (ver Figura 4). Os dois raios atingem a posição anterior e posterior do trem e, do ponto de vista do observador S, o evento foi simultâneo, acontecendo ao mesmo tempo. Porém, para o observador que se encontra dentro do trem, no referencial S’, a frente de onda do raio que atingiu a parte posterior do trem o alcança primeiro, pois é nesse sentido que o trem se move, e só depois a frente de onda proveniente da parte posterior os alcança. Isso se deve ao fato de a velocidade da luz ser a mesma em todos os referenciais. Em outras palavras, para o observador em S’ o evento não foi simultâneo. O que significa que a simultaneidade também é relativa. Mas quem está com a razão, o observador S ou o observador S’? RESPOSTA Ambos estão corretos; embora pareça estranho, não existe uma única resposta para essa questão. A simultaneidade é uma noção relativa e não absoluta. Se a velocidade da luz fosse infinita em qualquer referencial, os dois eventos seriam simultâneos para os dois observadores. Mas, como a rapidez da luz é igual em todas as direções, em qualquer referencial inercial, os dois eventos simultâneos em um referencial não serão necessariamente simultâneos em outro. DILATAÇÃO DO TEMPO Um tempo medido por um relógio em movimento é mais lento do que o medido por um relógio em repouso. O segundo postulado da relatividade tem consequências espantosas. Ele nos diz que a luz tem a mesma velocidade em todos os referenciais. Isso indica que a medida do tempo não é absoluta como acreditavam Galileu e Newton. O tempo também dependerá do referencial analisado. Novamente, vamos considerar o trem de Einstein, um experimento famoso conhecido como experimento de pensamento. Einstein dizia que o melhor laboratório era a mente, então ele gastava horas e horas imaginando situações físicas. Vamos apresentar aqui uma delas. Imagine um trem que se desloca com velocidade constante V em relação ao solo. Um observador fixo no solo estará num referencial que chamaremos de S. Dentro do trem, um observador analisa um experimento, chamaremos este referencial de S’. O experimento do observador em S’ consiste em um dispositivo que emite uma luz na direção vertical para cima. Essa luz é refletida por um espelho colocado no teto do trem a uma altura D. Seja Δt’ o intervalo de tempo necessário para que a luz se desloque até o espelho e retorne, do ponto de vista de S’. Assim, Δt’ = 2.D/c. Veja a Figura 5, que indica esquematicamente a experiência realizada em S’. Imagem: WOLFF, J.F.S. & MORS, P.M. / UFRGS Figura 5. Esquema do experimento hipotético. Para o observador que se encontra no solo, o tempo em que ele medirá o experimento será ligeiramente maior, pois a luz percorre uma distância AB com a mesma velocidade c; então, o tempo para a luz atingir o espelho, medido pelo observador S, será AB/c. O experimento todo (ida e volta da luz) terá uma duração de 2AB/c. Como a distância AB é maior do que D, e a velocidade da luz é a mesma, então a conclusão óbvia é que Δt >Δt’. Analise a Figura 6: Imagem: WOLFF, J.F.S. & MORS, P.M. / UFRGS Figura 6. Raio de luz visto pelo observador no referencial S. Ao passo que o sinal luminoso sobe até o espelho, o trem se desloca a uma distância d que pode ser facilmente determinada por d = V.Δt/2. Podemos também determinar a relação entre Δt’ e Δt pelo teorema de Pitágoras, considerando o triângulo retângulo da Figura 7. Imagem: WOLFF,J.F.S. & MORS, P.M. / UFRGS Figura 7. Análise das distâncias percorridas pela luz. Temos, portanto: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Dividindo tudo por c2, temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Usualmente utilizamos Δt = . Δt’, onde é denominado de fator de Lorentz: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Veja que só V < c permite, para , um valor real. AB2 = d2 + D2 (c. ) 2 = (V . ) 2 + (c. ) 2 Δt 2 Δt 2 Δt' 2 (c.Δt)2 = (V .Δt)2 + (c.Δt')2 (c.Δt)2 − (V .Δt)2 = (c.Δt')2 (c2 − V 2)Δt2 = c2.Δt' 2 Δt2(1 − ) = Δt' 2V 2 c2 Δt = Δt' √(1− )V 2 c2 γ γ = 1 √(1− )V 2 c2 γ Perceba que o fator é sempre maior do que um. Isso nos leva a concluir que Δt > Δt’, como foi mencionado. Dessa forma, quem não está no trem medirá um tempo maior do que quem está no interior. Este fenômeno é conhecido como dilatação temporal. O intervalo de tempo para quem mede no interior do trem é chamado de tempo próprio (Δt’), e o intervalo de tempo para quem está no referencial fora do trem é chamado de tempo dilatado (Δt). O tempo é alterado pelo referencial em que nos encontramos. Se um trem pudesse ir mudando sua velocidade até atingir a velocidade da luz, o que veríamos como resultado é que o tempo para aqueles que viajam no trem ficaria cada vez mais difícil de passar. Ou seja, os segundos se alongariam, o próximo segundo seria cada vez mais demorado para chegar, até que finalmente o tempo pararia quando se atingisse a velocidade da luz. Contudo, essa condição, apesar de surpreendente, é impossível de ser atingida por corpos que possuem massa. Veremos mais adiante que apenas corpos sem massa podem viajar na velocidade da luz. CONTRAÇÃO DO ESPAÇO Medidas de comprimento, bem como os intervalos de tempo, são afetadas pelo movimento relativo. O comprimento L de um objeto em movimento em relação a um observador sempre se mostra menor para este que o comprimento L 0 quando ele está em repouso. Essa contração ocorre apenas da direção do movimento relativo. O comprimento L0 de um objeto no referencial em repouso é chamado de comprimento próprio. A contração do comprimento pode ser deduzida de inúmeras formas. Talvez a mais comum seja baseada na dilatação temporal e no princípio da relatividade. Vamos considerar o que acontece com partículas instáveis chamadas múons, que são criadas em altas altitudes pelos raios cósmicos rápidos oriundos do espaço quando colidem com núcleos atômicos na atmosfera terrestre. VOCÊ SABIA Um múon tem massa igual a 207 vezes a massa do elétron e pode ter carga +e ou -e; ele decai num elétron ou num pósitron depois de um tempo de vida médio de 2,2 μs (2,2 x 10-6s). Múons de raios cósmicos têm velocidade aproximada de 2,994 x 108 m/s (0,998c) e alcançam o nível do mar em profusão – um deles atravessa um centímetro quadrado da superfície da Terra em uma média de mais ou menos um minuto. Mas, em to= 2,2 μs, seu tempo de vida médio, os múons podem viajar antes de decair uma distância de apenas: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Os múons são criados a uma altitude de 6 km ou mais. Para resolver esse paradoxo, devemos perceber que o tempo de vida médio de t0 = 2,2 μs é o que um observador em repouso em relação ao múon vai encontrar. Devido ao múon ser γ v. t0 =(2,994 × 108 )(2,2 × 10−6 s)= 6,6 × 102 m = 0,66 kmms arremessado para nós com uma velocidade considerável de 0,998c, seu tempo de vida é dilatado em nosso sistema de referência. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O múon em movimento tem tempo de vida quase 16 vezes maior do que em repouso. No intervalo de tempo de 34,8 μs, um múon cuja velocidade é 0,998c pode cobrir uma distância de: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Paradoxo resolvido. Porém, também podemos pensar da seguinte forma. Para um observador que viaja com o múon, o tempo de vida da partícula é 2,2 μs; portanto, ela só percorrerá 0,66 km. A única forma de ela conseguir chegar ao solo é se a distância viajada no ponto de vista do observador no referencial em movimento for menor em virtude de seu movimento. O princípio da relatividade nos diz a extensão do encurtamento – ela deve ser pelo mesmo fator de que o tempo de vida do múon é estendido do ponto de vista do observador estacionário. Por isso, podemos concluir que, para uma altitude que nós no solo medimos h0, no referencial do múon deve aparecer como altitude h: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O encurtamento da distância é um exemplo da contração geral de comprimento na direção do movimento: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Δt = Δt' √(1− )V 2 c2 Δt = = 34,8 × 10−6s = 34,8μs 2,2×10−6 s √(1− )(0,998c) 2 c2 v. t0 =(2,994 × 108 )(34,8 × 10−6 s)= 1,04 × 104 m = 10,4kmms √(1 − )V 2 c2 h = h0√(1 − )V 2 c² L = L0√(1 − )V 2 c² VERIFICANDO O APRENDIZADO 1 - CONSIDEREMOS QUE UMA PESSOA ESTEJA VIAJANDO EM UMA NAVE COM VELOCIDADE CONSTANTE DE 80% DA VELOCIDADE DA LUZ, EM RELAÇÃO À TERRA, E VERIFICA QUE DETERMINADO PROCESSO DENTRO DA NAVE LEVA, PARA SUA OCORRÊNCIA, UM INTERVALO DE TEMPO DE 1 MINUTO. PARA UM OBSERVADOR QUE FICOU EM UM REFERENCIAL INERCIAL EM REPOUSO EM RELAÇÃO À TERRA, QUAL SERÁ O INTERVALO DE TEMPO PARA A OCORRÊNCIA DO MESMO PROCESSO? A) 55 s B) 60 s C) 75 s D) 100 s E) 190 s 2 - UM ASTRONAUTA COM ALTURA NA TERRA DE EXATAMENTE 6 FT ESTÁ PARALELO AO EIXO DE MOVIMENTO DE UMA NAVE QUE VIAJA A 0.90 C EM RELAÇÃO À TERRA. QUAL É A ALTURA MEDIDA POR UM OBSERVADOR NA MESMA NAVE E POR UM OBSERVADOR NA TERRA, RESPECTIVAMENTE? A) 6 ft e 2,6 ft B) 2,6 ft e 6 ft C) 6 ft e 6 ft D) 2,6 ft e 2,6 ft E) 6 ft e 3,4 ft GABARITO 1 - Consideremos que uma pessoa esteja viajando em uma nave com velocidade constante de 80% da velocidade da luz, em relação à Terra, e verifica que determinado processo dentro da nave leva, para sua ocorrência, um intervalo de tempo de 1 minuto. Para um observador que ficou em um referencial inercial em repouso em relação à Terra, qual será o intervalo de tempo para a ocorrência do mesmo processo? A alternativa "D " está correta. As informações do problema são: V = 0,8.c Δt’ = 1 min = 60 s (tempo próprio, medido pelo próprio viajante). Δt=? (Determinar o tempo medido por um observador que permaneceu em um referencial em repouso em relação à Terra.) O fator de Lorentz vale: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2 - Um astronauta com altura na Terra de exatamente 6 ft está paralelo ao eixo de movimento de uma nave que viaja a 0.90 c em relação à Terra. Qual é a altura medida por um observador na mesma nave e por um observador na Terra, respectivamente? A alternativa "B " está correta. Para o observador que está a bordo da nave, o comprimento será o mesmo de 6 ft. Porém, para o observador na Terra, haverá o efeito relativístico e o comprimento contrairá segundo a equação a seguir: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal MÓDULO 2 Identificar sistemas em movimento relativo e as implicações relativísticas oriundas desse movimento γ = 1 √(1− )V 2 c2 γ = 1 √(1− )(0,8c) 2 c2 γ = = = = = 1,661 √(1−0,64 )c2 c2 1 √(1−0,64) 1 √ ( 0,36 ) 1 0,6 Δt = γ.Δt’ = 1, 66. Δt’ => Δt = 1, 66. 60 → Δt = 100s. L = L0√1 − =(6ft)√1 − (0,90)² = 2,6ftV 2 c² AS TRANSFORMAÇÕES DE LORENTZ E A DIFERENÇA ENTRE O EFEITO DOPPLER CLÁSSICO E O EFEITO DOPPLER PARA ONDAS ELETROMAGNÉTICAS INTRODUÇÃO Suponha que estejamos em um referencial inercial S e encontremos as coordenadas de um evento que ocorra num tempo t, como sendo x, y e z. Para um observador localizado num referencial inercialdiferente, S’, que está se movendo em relação a S com velocidade constante v, o mesmo evento ocorre num tempo t’ com coordenadas x’, y’ e z’. Imagem: Marco Rogério Vieira Figura 8. Referenciais S e S’. A fim de simplificar o exemplo, vamos assumir que a velocidade v está apenas na direção +x, conforme a Figura 8. Como estão as medidas x, y, z e t relacionadas com x’, y’, z’ e t’? Essas coordenadas estarão dispostas de acordo com as transformações galileanas. TRANSFORMAÇÕES GALILEANAS Antes da relatividade restrita, transformar medidas de um referencial inercial para outro parecia óbvio. Se os relógios em ambos os sistemas são iniciados quando as origens de S e S’ coincidem, medidas na direção x feitas em S serão maiores do que as feitas em S’ por uma quantia vt, que representa a distância que S’ se moveu na direção x em relação a S. Assim, tem-se: (1) (2) (3) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Na ausência de qualquer evidência em contrário na nossa experiência do dia a dia, assumimos que: x = x’ + v. t; y = y’; z = z’; (4) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O conjunto de equações de (1) a (4) é conhecido como transformações galileanas. Elas podem ser reescritas em termos das variáveis de S’: (5) (6) (7) (8) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para converter as componentes da velocidade medidas no referencial S nas suas equivalentes no referencial S’, de acordo com as transformações galileanas, basta diferenciar x’, y’ e z’ em relação ao tempo: (9) (10) t = t’. x' = x − vt y' = y z' = z t' = t v'x = = vx − v dx' dt v'y = = vy dy' dt (11) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Apesar de as transformações galileanas e as correspondentes transformações de velocidade aparentarem serem simples e diretas, elas violam ambos os postulados da relatividade restrita. Claramente, uma transformação nova é necessária para que os postulados possam ser respeitados. É esperado que tanto a dilatação temporal quanto a contração do comprimento surjam naturalmente nessa nova transformação. TRANSFORMAÇÕES DE LORENTZ Um palpite razoável sobre a natureza da correlação entre x e x’ é: (12) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que k é um fator que não depende de x e t, mas pode ser uma função de v. A escolha da equação (12) é seguida de algumas considerações: É linear em x e x’, tanto que um simples evento em S corresponde a um simples evento em S’, como deve ser. É simples, e uma solução simples para o problema deve ser sempre explorada primeiro. Tem possibilidade de ser reduzida à equação (5), que sabemos estar correta na mecânica clássica. Como as equações da Física devem ter a mesma forma em ambos os referenciais S e S’, podemos trocar apenas o sinal de v, já que, devido ao movimento relativo, o sentido da velocidade muda para escrevermos a equação de x em termos de x’ e t’. (13) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal v'z = = vz dz' dt x' = k(x − vt) x = k(x' + vt ') O fator k deve ser o mesmo em ambos os referenciais, pois a única coisa diferente entre eles é o sentido da velocidade. Assim como nas transformações galileanas, nenhuma alteração será aplicada em y, y’, z e z’, já que são perpendiculares quanto à direção do movimento. (14) (15) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal As coordenadas temporais t e t’ não são iguais. Podemos ver isso substituindo o valor de x’ da equação (12) na equação (13). Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Daí, segue que: (16) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal As equações (12) e (14) a (16) constituem um conjunto de transformações que atendem ao primeiro postulado da relatividade restrita. O segundo postulado da relatividade nos dá um jeito de calcular k. No instante t = 0, pela descrição dos referenciais usados, S e S’, ambos estão na mesma posição e no mesmo instante, portanto t = t’= 0. Suponha que nesse instante desliguemos uma lanterna e ambos os observadores nos diferentes referenciais queiram medir a velocidade da luz. O segundo postulado nos diz que ambos devem medir a mesma velocidade. Portanto: y' = y z' = z x = kx' + kvt' = k[k(x − vt)]+kvt' x = k2(x − vt)+kvt' t' = kt +( )x1−k 2 kv x = ct (17) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal No referencial S. E, no referencial S’: (18) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Substituindo x’ e t’ na equação (18), temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Resolvendo x, Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Porém, da equação (17) temos que x = ct, o que implica que o termo todo entre colchetes deve ser igual a 1. Por isso: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Dessa forma, vemos que k assume: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal x' = ct ' k(x − vt)= ckt +( )cx1−k 2 kv x = = ct[ ]= ct[ ]ckt+vkt k−( ) c1−k 2 kv k+ kvc k−( ) c1−k 2 kv 1+ vc 1−( −1)1 k2 c v = 1 1+ vc 1−( −1)1 k2 c v k = 1 √1− ( ) 2cv A expressão acima é conhecida como fator de Lorentz. Agora, o conjunto de transformações está completo. As medidas de um evento em S corresponderão às medidas de um evento em S’ de acordo com as seguintes transformações, conhecidas como transformações de Lorentz: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal EFEITO DOPPLER Suponha que haja um inseto feliz no centro de uma poça d'água circular. O inseto está sacudindo as pernas periodicamente para produzir perturbações que viajam pela água. Se essas perturbações se originassem em um ponto, viajariam para fora dele em todas as direções. Como cada perturbação está viajando no mesmo meio, viajam em todas as direções com a mesma velocidade. O padrão produzido pelo movimento do inseto seria uma série de círculos concêntricos, conforme mostrado na Figura 9; círculos alcançariam as bordas da poça de água na mesma frequência. Um observador no ponto A (a borda esquerda da poça) observaria as perturbações para atingir a borda na mesma frequência que seria observada por um observador no ponto B (na borda direita da poça). De fato, a frequência com que as perturbações atingem a borda da poça seria a mesma que a frequência com que o inseto produz as perturbações. Se o inseto produz perturbações a uma frequência de 2 por segundo, então cada observador ia observá-las se aproximando a uma frequência de 2 por segundo. x' = x−vt √1− ( ) 2cv y' = y z' = z t' = t− vx c2 √1− ( ) 2cv Imagem: Marco Rogério Vieira Figura 9. Padrões produzidos pelo movimento de um inseto estacionário numa superfície líquida. Agora suponha que nosso inseto está se movendo para a direita através da poça de água e produzindo perturbações na mesma frequência de 2 perturbações por segundo. Como o inseto está se movendo para a direita, cada perturbação consecutiva origina-se de uma posição mais próxima do observador B e mais distante do observador A, conforme a Figura 10. Imagem: Marco Rogério Vieira Figura 10 -padrões produzido por um inseto em movimento numa superfície líquida Sucessivamente, cada perturbação consecutiva tem uma distância menor a percorrer antes de chegar ao observador B e, portanto, leva menos tempo para chegar até ele. O observador B observa que a frequência de chegada das perturbações é maior do que a frequência em quais perturbações são produzidas. Por outro lado, cada perturbação consecutiva tem uma distância adicional a percorrer antes de chegar ao observador A.Por essa razão, o observador A observa uma frequência de chegada menor do que a frequência com que as perturbações são produzidas. O resultado do efeito do movimento do inseto (a fonte das ondas) é que o observador em direção a quem o inseto está se movendo observa uma frequência superior a 2 perturbações/segundo; e o observador distante de onde o inseto está se movendo observa uma frequência inferior a 2 perturbações/segundo. Esse efeito é conhecido como efeito Doppler. ATENÇÃO O efeito Doppler é observado sempre que a fonte das ondas se move em relação a um observador. Pode ser descrito como o efeito produzido por uma fonte móvel de ondas em que há um aparente deslocamento para cima na frequência para observadores em direção aos quais a fonte está se aproximando, e uma aparente mudança para baixo na frequência para os observadores de quem a fonte está recuando. É importante notar que o efeito não ocorre devido a uma mudança real na frequência da fonte. Usando o exemplo acima, o inseto ainda está produzindo perturbações a uma taxa de 2 perturbações por segundo; apenas parece ao observador de quem o inseto está se aproximando que os distúrbios estão sendo produzidos a uma frequência maior do que 2 distúrbios/segundo (Lê-se: distúrbios POR segundo) . O efeito só é observado porque a distância entre o observador B e o inseto está diminuindo, e a distância entre o observador A e o inseto está aumentando. O efeito Doppler pode ser observado para qualquer tipo de onda – água, som, luz etc. Estamos mais familiarizados com o efeito Doppler por causa de nossas experiências com ondas de som. Talvez você se lembre de um caso em que uma ambulância ou veículo de emergência estava viajando em sua direção na rodovia. Conforme o carro se aproximava com a sirene tocando, o tom do som da sirene (uma medida da frequência da sirene) era alto; e então, de repente, depois que o carro passou, o tom do som da sirene estava baixo. Esse foi o efeito Doppler – uma mudança aparente na frequência de uma onda sonora produzida por uma fonte móvel. Imagem: Shutterstock.com Figura 11. Efeito Doppler percebido quando as sirenes de uma ambulância passam pelos observadores. EFEITO DOPPLER PARA ONDAS ELETROMAGNÉTICAS Conforme abordado, percebemos a mudança da frequência do som de uma sirene de ambulância quando nos movimentamos relativamente a ela, ou quando ela se move relativamente a nós. Para calcular essa mudança de frequência, utilizamos a equação do efeito Doppler sonoro: f = f0( ) 1+ vc 1− vc Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: C = velocidade do som; v = velocidade do observador (+ para movimento na direção da fonte e – para movimento se afastando da fonte); V = velocidade da fonte (+ para movimento na direção do observador e – para movimento se afastando do observador). Se o observador estiver estacionário, v = 0, e se a fonte for estacionária V = 0. O efeito Doppler no som varia se a fonte ou o observador, ou ambos, estão se movendo. Podemos analisar o efeito Doppler na luz considerando uma fonte luminosa como um relógio que bate f0 vezes por segundo e emite uma onda luminosa a cada batida. Vamos analisar as três situações da Figura 12: Imagem: Marco Rogério Vieira Figura 12. A frequência da luz vista por um observador depende da direção e da velocidade relativa do observador em relação à fonte. O OBSERVADOR SE MOVENDO PERPENDICULARMENTE À FONTE OBSERVADOR SE AFASTANDO DA FONTE LUMINOSA OBSERVADOR SE APROXIMANDO DA FONTE LUMINOSA. O OBSERVADOR SE MOVENDO PERPENDICULARMENTE À FONTE O tempo próprio entre as batidas é t0=1/f0, então entre uma batida e a seguinte o tempo decorrido é no referencial do observador. A frequência encontrada adequadamente é: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Efeito Doppler transversal: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal t = t0 /√1 − v2 / c2 f ( transversal ) = = 1 t √1−v2/c2 t0 f = f0√1 − v 2/c2 A frequência f observada é sempre menor do que a frequência da fonte f0. OBSERVADOR SE AFASTANDO DA FONTE LUMINOSA Agora o observador viaja uma distância vt se afastando da fonte entre as batidas, o que significa que a onda luminosa de uma batida leva vt/c mais tempo para alcançar a próxima frente de onda. Então, o tempo total entre duas ondas sucessivas será de: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A frequência observada é: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal OBSERVADOR SE APROXIMANDO DA FONTE LUMINOSA. Este caso é similar ao anterior. A diferença é que as ondas do tempo entre duas batidas agora se torna menor por um fator vt/c. Nesse caso, , e o resultado será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO T = t + = t0 = = t0(√ )vtc 1+v/c √1−v2/c2 (√1+v/c) (√1+v/c) (√1+v/c)√1−v/c 1+v/c 1−v/c f ( afastamento ) = = √ = f0√1T 1 t0 1−v∕c 1+v∕c 1−v∕c 1+v∕c T = t − vtc f (aproximação ) = = √ = f0√ 1 T 1 t0 1+v∕c 1−v∕c 1+v∕c 1−v∕c 1- SUPONHA QUE A TRIPULAÇÃO DE UMA NAVE ESPACIAL FIQUE EM MISSÃO DURANTE SETE ANOS, MEDIDOS NO RELÓGIO DA NAVE. QUANDO ELA REGRESSA À TERRA, VERIFICA QUE AQUI SE PASSARAM 50 ANOS. QUAL A VELOCIDADE DA NAVE? A) 1,222 c B) 0,899 c C) 0,990 c D) 0,993 c E) 0,992 c 2 - UMA GALÁXIA NA CONSTELAÇÃO DA URSA MAIOR ESTÁ SE AFASTANDO DA TERRA A 15.000 KM/S. SE O COMPRIMENTO DE ONDA CARACTERÍSTICO EMITIDO PELA GALÁXIA É DE 550 NM, QUAL O COMPRIMENTO DE ONDA CORRESPONDENTE MEDIDO POR ASTRÔNOMOS AQUI NA TERRA? A) 548 nm B) 578 nm C) 599 nm D) 539 nm E) 555 nm GABARITO 1- Suponha que a tripulação de uma nave espacial fique em missão durante sete anos, medidos no relógio da nave. Quando ela regressa à Terra, verifica que aqui se passaram 50 anos. Qual a velocidade da nave? A alternativa "C " está correta. Neste caso, temos que o intervalo de tempo próprio (Δt’) é igual a sete anos, e o intervalo de tempo dilatado (Δt) é igual a 50 anos. Então, podemos determinar o fator de Lorentz: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como já determinamos o valor do fator de Lorentz, utilizamos ele para determinar com que rapidez a nave deve viajar para que ocorra a dilatação temporal. Δt = γ . Δt’ => γ = = ≅7,14Δt Δt' 50 7 γ = 1 √(1− )V2 c2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2 - Uma galáxia na constelação da Ursa Maior está se afastando da Terra a 15.000 km/s. Se o comprimento de onda característico emitido pela galáxia é de 550 nm, qual o comprimento de onda correspondente medido por astrônomos aqui na Terra? A alternativa "B " está correta. Note que: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Da equação do Doppler relativístico, temos: γ2 = 1 (1− )V 2 c2 (1 − ) =V2 c2 1 γ2 ( ) 2 = 1 −Vc 1 γ2 ( ) 2 = 1 − = 0,9964Vc 1 7,142 ( )= √0,9803 = 0,9901Vc V = 0,9901. c = − = −0,050vc 1,5×107m/s 3,0×108m/s λ = = = λ0√cv c v0 v0 v 1− vc 1+ vc Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal MÓDULO 3 Calcular grandezas importantes como massa, energia, trabalho e momento em suas formas relativísticas MOMENTO LINEAR RELATIVÍSTICO, TRABALHO E ENERGIA NA RELATIVIDADE λ = λ0√ =(550 nm)√ = 578 nm 1− vc 1+ vc 1+0,050 1−0,050 RELATIVIDADE DA MASSA Massa em repouso é menor. Quando uma força é aplicada a um corpo livre para se mover, ela trabalha nesse corpo e, como resultado, a sua energia cinética aumenta. O corpo se desloca cada vez mais rápido. Como a velocidade da luz é uma velocidade limite no Universo, a velocidade de um corpo não pode aumentar indefinidamente em proporção ao trabalho realizado sobre ele. Contudo, a conservaçãoda energia é válida no mundo da relatividade. ATENÇÃO À medida que a velocidade do corpo aumenta, sua massa deve aumentar também; o trabalho realizado continua a se transformar em energia cinética, contudo v nunca excede c. Para investigar o que acontece com a massa de um corpo quando sua velocidade aumenta, vamos considerar a colisão elástica (aquela que ocorre com conservação da energia cinética) entre duas partículas A e B, vistas por observadores nos referenciais S e S’, em movimento relativo uniforme. As propriedades de A e B são idênticas quando medidas num referencial em repouso, ou seja, as partículas são idênticas. Os referenciais S e S’ são orientados conforme a Figura 13, com S’ se movendo na direção +x em relação a S com velocidade v. Imagem: Marco Rogério Vieira Figura 13. Sistemas de coordenadas S e S’. Antes da colisão, a partícula A estava em repouso no referencial S e B no referencial S’. Então, no mesmo instante, A é arremessada na direção +y com uma velocidade VA, enquanto B foi arremessado na direção -y com velocidade VB, em que: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VA = V ' B O comportamento de A visto em S é exatamente o comportamento de B visto em S’. Quando as duas partículas colidem, A recua na direção -y com velocidade VA, enquanto B recua na direção +y com velocidade VB’. Se as partículas estiverem separadas por uma distância Y, um observador em S constatará que a colisão se deu na posição y=½Y, e um observador em S’ constatará que a colisão se deu em y’ = y = ½Y, conforme a Figura 14. Imagem: Marco Rogério Vieira Imagem: Marco Rogério Vieira Imagem: Marco Rogério Vieira Figura 14. Colisão elástica em dois referências diferentes S e S’. O tempo total do evento para A medido no referencial S é: (19) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E no referencial S’ é: (20) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Se o momento linear é conservado no referencial S, deve ser verdade que: (21) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que mA e mB são as massas de A e B, e VA e VB são suas velocidades medidas no referencial S. Em S, a velocidade VB é: T0 = y VA T0 = y VB mAVA = mBVB (22) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que T é o tempo total do evento requerido por B e medido no referencial S. Em S’, entretanto, a viagem de B requer um tempo T0, lembrando que: (23) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Apesar de os observadores em ambos os referenciais presenciarem o mesmo evento, eles discordam em relação à duração do tempo em que ele ocorreu. Substituindo T na equação (22), temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Da equação (19), segue que: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Na equação (21), se inserirmos VA e VB, chegamos à seguinte conclusão: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VB = y T T = T0 √1−v 2/C2 VB = y√1− v2 c2 T0 VA = y T0 mAVA = mBVB mA. = mB. y T0 y√1− v2 c2 T0 (24) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como A e B são partículas de mesma massa quando estão em repouso em relação ao mesmo observador, a diferença encontrada entre mA e mB na equação (24) significa que a medida da massa, assim como o espaço e o tempo, também depende da velocidade relativa entre o observador e aquilo que ele está observando. No exemplo que utilizamos, ambas as partículas A e B estão se movendo em S. A fim de obter a equação que correlaciona a massa m de um corpo em movimento com a massa m0 do corpo em repouso, precisamos considerar um exemplo similar no qual Va e VB’ sejam muito pequenos quando comparados a v. Nesse caso, um observador em S veria B se aproximar de A com uma velocidade v, fazer uma colisão de relance e continuar em S. Assim: mA = m0 e mB = m. (25) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Essa é a equação da massa relativística. SAIBA MAIS O que essa equação nos diz é que, quanto maior a velocidade de um corpo, maior a massa que ele vai adquirir. É claro que, para velocidades cotidianas, o efeito do acréscimo massa é pouco expressivo. Contudo, à medida que aumentamos a velocidade da partícula a valores que se aproximam da velocidade da luz, o efeito começa a ser mais pronunciado. Partículas atômicas e subatômicas como prótons, mésons e elétrons atingem velocidades altas o suficiente para perceber efeitos relativísticos. ⇒ mA = mB√1 − v 2 c2 ⇒ m = m0 √1− v2 c2 Imagem: Marco Rogério Vieira Figura 15. Gráfico do comportamento relativístico da massa em dependência da velocidade. O gráfico da Figura 15 nos mostra claramente que, quando a velocidade se aproxima de c, a massa tende ao infinito. É importante notar que essa constatação matemática está alinhada com o termo , já que se v se aproxima de c, o termo tende a zero e, pela equação (25), percebemos que m tende ao infinito. Dessa forma, podemos concluir que v nunca poderá ser igual a c. Nenhum corpo massivo pode atingir a velocidade da luz. MOMENTO RELATIVÍSTICO O momento linear p é definido como: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A conservação do momento é válida na relatividade restrita assim como na mecânica clássica. Portanto, a Segunda Lei de Newton é correta apenas na forma: (26) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Isso não é equivalente a dizer que: √1 − v2 c2 p = mv = m0v √1− v2/c2 F = (mv)= ( )d dt d dt m0v √1−v 2/c2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Mesmo com m dado pela equação (25), porque: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E dm/dt não some se a velocidade do corpo varia com o tempo. A força resultante de um corpo é sempre igual à taxa de variação do momento com o tempo. MASSA, TRABALHO E ENERGIA A mais famosa relação obtida por Einstein do postulado da relatividade restrita diz respeito à massa e à energia. SAIBA MAIS A variação da energia cinética é igual ao trabalho da força resultante num corpo. Essa relação é conhecida como Teorema da Energia Cinética (T.E.C). O cálculo do trabalho W para uma força de módulo constante é dado por W = F.s, em que s é a distância percorrida pelo corpo na direção da força F. De uma forma geral, para qualquer tipo de força, constante ou não, o trabalho é fruto de uma integral da força pelo deslocamento; portanto, a energia cinética (EC) também é: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Na Física não relativística, a energia cinética de um corpo de massa de repouso m0 e velocidade v é dada por . Para encontrar a expressão correta da energia cinética relativística, partiremos da segunda lei na forma relativística, equação (26), que nos dá: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal F = ma = m dv dt (mv)= m + vd dt dv dt dm dt Ec = ∫ S 0 Fds Ec = m0v2 1 2 Ec = ∫ S 0 ds = ∫ S 0 vd(mv)= ∫ v 0 vd( ) d (mv ) dt m0v √1−v 2/c2 Integral por partes ( ) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal (27) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Esse resultado mostra que a energia cinética de um objeto é igual ao incremento de sua massa devido ao movimento relativo multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado. A energia total é então: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Se interpretarmos mc2 como a energia total E do objeto, veremos que, quando ele está em repouso e EC = 0, ainda assim possuienergia, m0c2. A quantidade m0c2 é adequadamente chamada de energia de repouso E0 de algo que tem massa de repouso m0. Por isso, temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que a energia de repouso é: ∫ xdy = xy − ∫ ydx Ec = − m0 ∫ v 0 m0v 2 √1− v2/c2 vdv √1− v2/c2 Ec = + [m0c2(√1 − v 2/c2)] v 0 m0v 2 √1− v2/c2 Ec = − m0c2 m0c 2 √1− v2 c2 Ec = mc 2 − m0c 2 mc2 = m0c 2 + Ec E = E0 + Ec Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Se um objeto está se movendo, então sua energia total será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal EXEMPLO Um corpo estacionário explode em dois pedaços cuja massa de repouso de cada um é de 1,0kg, e se movem com 0,6c, afastando-se do corpo inicial. Qual a massa de repouso do corpo inicial? Resolução: A energia total do corpo deve ser igual à soma das energias de cada fragmento. Então: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como massa e energia não são entidades independentes, seus princípios de conservação separados na verdade são apenas um. Massa pode ser criada ou destruída, mas quando isso acontece, uma quantidade equivalente de energia simultaneamente some ou aparece. Massa e energia são diferentes aspectos da mesma coisa. ENERGIA CINÉTICA A BAIXAS VELOCIDADES Quando a velocidade relativa v é baixa comparada a c, a equação da energia cinética se aproxima da equação da mecânica clássica ½m0v2. E0 = m0c2 E = mc2 = m0c 2 √1− v2 c2 m0c 2 = + m01c 2 √1− v2 c2 m02c 2 √1− ν2 c2 m0 = = 2,5kg ( 2 ) ( 1,0kg ) 2√1− ( 0,60 ) 2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como , podemos usar uma aproximação binomial , válida para , assim: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Que resulta em: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal PARTÍCULAS NÃO MASSIVAS Uma partícula sem massa pode existir? Para ser mais preciso, uma partícula pode existir sem massa de repouso e com propriedades de partícula massiva como energia e momento linear? RESPOSTA Na mecânica clássica, uma partícula deve ter massa de repouso para apresentar energia e momento linear, mas na mecânica relativística isso não é necessário. Energia total: Momento relativístico: Quando m0 = 0 e v < c, fica claro que E = p = 0. Uma partícula sem massa viajando em velocidade menor do que a da luz não tem energia nem momento linear. Porém, quando m0 = 0 e v = c, E = 0/0 e p = 0/0, isso representa uma indeterminação. E e p podem assumir então qualquer valor. A equação da energia total e do momento relativístico são consistentes com a existência de uma partícula não massiva que possui energia e momento. Da equação da energia total, vem: Ec = − m0c 2m0c 2 √1− v2 c2 ≪ 1v 2 c2 (1 + x)n ≈ 1 + nx |x| ≪ 1 ≈ 1 +⊥ 1− v 2 c2 1 2 v2 c2 Ec ≈(1 + )m0c2 − m0c2 ≈ m0v212 v2 c2 1 2 E = m0c 2 √1− v 2 c2 p = m0v √1− v 2 c2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Da equação do momento relativístico, vem: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Subtraindo p2c2 de E2: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Energia total para todas as partículas: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal De acordo com essa expressão, se uma partícula existe com m0 = 0, a relação entre sua energia e momento é dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E2 = m20c 4 1− v 2 c2 p2 = m20v 2 1− v 2 c2 p2c2 = m20v 2c2 1− v 2 c2 E2 − p2c2 = = = m20c 4m 2 0c 4−m20v 2c2 1− v 2 c2 m20c 4 ( 1−v2/c2 ) 1−v 2/c2 E2 = m20c 4 + p2c2 E = √m20c4 + p2c2 = √E20 + p2c2 E = pc VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A ENERGIA SOLAR ATINGE A TERRA A UMA TAXA DE 1,4KW POR METRO QUADRADO DE SUPERFÍCIE PERPENDICULAR À DIREÇÃO DO SOL. QUANTO DE MASSA O SOL PERDE POR SEGUNDO DEVIDO A ESSA PERDA DE ENERGIA? DADO: O RAIO MÉDIO DA ÓRBITA DA TERRA EM RELAÇÃO AO SOL É 1,5.1011 M. A) 2,0. 109 kg. B) 4,4. 109 kg. C) 5,2. 109 kg. D) 6,3. 109 kg. E) 7,2. 109 kg 2. UM ELÉTRON (M0 = 0,511 MEV/C2) E UM FÓTON (M0 = 0) TÊM MOMENTOS LINEARES IGUAIS A 2.000 MEV/C. QUAL A ENERGIA TOTAL, RESPECTIVAMENTE, DO ELÉTRON E DO FÓTON? A) 2.005 MeV e 2.000 MeV; B) 1.502 MeV e 2.064 MeV; C) 1.003 MeV e 3.567 MeV; D) 2.064 MeV e 2.000 MeV; E) 3.110 MeV e 2.000 MeV. GABARITO 1. A energia solar atinge a Terra a uma taxa de 1,4kW por metro quadrado de superfície perpendicular à direção do Sol. Quanto de massa o Sol perde por segundo devido a essa perda de energia? Dado: O raio médio da órbita da Terra em relação ao Sol é 1,5.1011 m. A alternativa "B " está correta. Sendo a área de uma esfera de raio r, A = 4.π.r2, a potência total irradiada pelo Sol, que é igual à potência recebida por uma esfera de raio igual ao da órbita da Terra, será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal PT = AT = ⋅(4πr2)=(1,4.103W/m2)(4π)(1, 5.1011m) 2 = 4,0 ⋅ 1026WP A P A Assim, o Sol perde E0= 4,0.1026 J/s de energia. O que significa que a massa de repouso dele é de: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Um elétron (m0 = 0,511 MeV/c2) e um fóton (m0 = 0) têm momentos lineares iguais a 2.000 MeV/c. Qual a energia total, respectivamente, do elétron e do fóton? A alternativa "D " está correta. Vejamos a aplicação direta das equações de energia para partículas não massivas e massivas. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para o elétron: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para o fóton: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Aprendemos inicialmente sobre os conceitos básicos da teoria da relatividade restrita, bem como sobre os postulados de Einstein que deram origem à teoria e que ainda regem o campo da relatividade. Percebemos as implicações dos postulados m0 = = = 4,4 ⋅ 10 9kg E0 c2 4,0 . 1026J ( 3,0 . 108 m/s ) 2 E = √m20c4 + p2c2 = √E20 + p2c2 E = √m20c4 + p2c2 = √(0,511 MeV /c2) 2 + (2.000 ) 2 c2 = 2.064 MeVMeVc E = pc = 2.000 . c = 2.000 MeVMeV c e como podemos medir sua validade. No segundo módulo, vimos a diferença entre a mecânica clássica e a relatividade por meio das comparações entre as transformações galileanas e as transformações de Lorentz. Percebemos que espaço e tempo são grandezas relativas e que a velocidade da luz é a única grandeza invariante em todos os referenciais físicos. Por fim, apresentamos as formas relativísticas de energia, massa e trabalho. Percebemos que a massa de um corpo depende também de seu movimento relativo. Quanto mais veloz o corpo segue, mais massa ele adquire. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ARRUDA, S.M. Sobre as origens da relatividade restrita: relação entre quanta e a relatividade restrita em 1905. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física. Florianópolis, v. 13, n. 1: p. 32-47, abr. 1996. BARNETT, K. O universo e o Dr. Einstein. 3.ed. São Paulo: Melhoramentos. 98 p. GASPAR, A. Física: Eletromagnetismo e física moderna, v. 3. São Paulo: Ática, 2002. GREENE, B. O Universo Elegante. Companhia das Letras, 2001. HELLMAN, H. Grandes debates da ciência: dez das maiores contendas de todos os tempos. São Paulo: UNESP, 1998. 277p. HUBBLE, E. A relation between distance and radial velocity among extra-galactic nebulae. Proceedings of the National Academy of Science, vol. 15, pp. 168-173 (1929). MARTINS, R.A. Contribuição do conhecimento histórico ao ensino do Eletromagnetismo. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física. Florianópolis, v. 5, p. 49-57, jun. 1988. n. restrita. OLIVEIRA, I.S. Física moderna para iniciados, interessadose aficionados, v. 1. Livraria da Física, 2005. OSTERMANN, F.; RICCI, T.F. Relatividade restrita no ensino médio: os conceitos de massa relativística e de equivalência massa-energia em livros didáticos de Física. In: Caderno Brasileiro de Ensino de Física. Florianópolis, v. 21, n. 1: p. 83-102, abr. 2004. PIETROCOLA, M. Ensino de Física – Conteúdo, Metodologia e Epistemologia numa Concepção Integradora. Ed. da UFSC, 2001. 236p. RICCI, T.F. Teoria da relatividade especial: física para secundaristas. Porto Alegre, Instituto de Física –UFRGS, 2000. 36 p. TERRAZZAN, E.A.. A inserção da Física Moderna e contemporânea no ensino de Física na escola de 2o Grau. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis v. 9, n. 3: p. 209-214, dezembro de 1992. TORRES, C.M.A. et al. Física: ciência e tecnologia. São Paulo: Moderna, 2001. 665 p. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados, assista aos vídeos relacionados nos canais Veritasium, VSause, Física todo dia. O especialista Marco Rogério Vieira produz vídeos curiosos abordando as implicações da teoria e muitos outros temas legais de Física. CONTEUDISTA Marco Rogério Vieira CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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