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A ética em tempos de capitalismo A ética não pode ser entendida apenas como um conhecimento, mas como uma parte da práxis humana em seu conjunto, possui em sua essência a gênese no processo de autoconstrução do ser social. Ser um ser social e aprender lidar com a natureza, delimitar espaços e produzir novas alternativas e extrair respostas sociais á transformação do homem em todos os sentidos. O modo de produção capitalista concebeu um progresso para o desenvolvimento do ser social, no entanto esse sistema permite o alargamento das capacidades e possibilidades humanas, fruto de um mecanismo negativo. O resultado se consome de uma atividade que se aliena devido à alienação presente no sistema e o fetiche das relações sociais. As formas de sociabilidade se despedaçam, e o trabalho decompõe a um instrumento de legítima sobrevivência, e não como emancipado e potencializado das capacidades humanas de tal modo que o ter é melhor do que o ser, onde o dinheiro é midiatizado entre aquilo que não se tem, mas que pode ser comprado. A universalidade, a sociabilidade, a consciência e a liberdade conduzem as capacidades humana-genéricas sem as quais a práxis não se realiza. O homem por sua vez se reproduz e se desenvolve enquanto humano genérico, mas voltado para uma singularidade. Este como um ser natural e humano genérico, constrói mediações articuladas, amplia o seu domínio sobre a natureza e se reconstrói enquanto sujeito histórico e social de forma consciente e livre, o homem cria formas de sociabilidade cada vez mais complexas em que o trabalho adquire uma peça fundante nesse processo. O modo de produção capitalista se acomoda dos meios de produção e das formas pelas quais se objetiva a reprodução da vida, sua ideologia se oculta entre as contradições postas a existência de valores humano-genéricos (normas abstratas) e suas formas de concretização. O cotidiano é o um campo privilegiado para alienação, onde a moral se expressa pelo moralismo e pelo preconceito de forma que a alienação moral implica na negação da moral como forma de objetivação da consciência crítica.
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