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Intoxicação Aguda e Crônica

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- Intoxicação Aguda e Crônica - 
| Toxicologia Clínica | 
 
Avaliação Inicial 
• Toda intoxicação, seja ela suspeita ou 
confirmada, deve ser tratada como uma 
situação clínica potencialmente grave. 
• A abordagem inicial deve ser feita de forma 
rápida e criteriosa. 
• O primeiro passo no atendimento de um 
paciente intoxicado é a realização do exame 
físico para identificar quais medidas são 
necessárias para estabilização clínica do 
paciente, de modo a evitar a piora do quadro. 
Por isso, nesse momento é crucial checar: sinais 
vitais, nível e estado de consciência, diâmetro e 
reatividade à luz das pupilas, temperatura e 
umidade da pele, saturação de oxigênio, glicemia 
capilar, ECG, manter as vias aéreas abertas e 
preservadas (caso necessário, intubar o 
paciente), obter acesso venoso calibroso, 
administrar tiamina e glicose IV em pacientes 
que apresentam alteração do nível de 
consciência, administrar naloxona em com 
hipótese de intoxicação por opioides, procurar 
sinais de trauma, infecção, marcas de agulha ou 
edema de extremidades. 
 
 
Abordagem Diagnóstica 
• A abordagem diagnóstica de uma suspeita de 
intoxicação envolve a coleta da história da 
exposição, o exame físico e os exames 
complementares e toxicológicos. 
• História da exposição: utilizar a estratégia dos 
“5W” (who, what, when, where, why). O 
médico deve sempre estar atento que as 
informações coletadas podem estar distorcidas 
ou algo pode estar sendo omitido, 
principalmente em situações de tentativa de 
suicídio ou homicídio, abuso de drogas ilícitas, 
abortamento ou maus-tratos. 
 - Paciente: obter o histórico de doenças 
prévias, medicações em uso, tentativas de 
suicídio prévias, ocupação, acesso a 
substâncias, uso de drogas e possibilidade de 
gravidez. 
 - Agente tóxico: procurar saber qual foi 
a substância utilizada e a quantidade. 
 - Tempo: verificar qual foi o horário da 
exposição e por quanto tempo a substância foi 
utilizada. 
 - Local: procurar saber onde ocorreu a 
exposição e se foram encontrados frascos, 
embalagens, seringas ou cartelas de 
comprimidos próximos ao paciente. 
 - Motivo: identificar a circunstância da 
exposição. 
• Exame físico: os sinais e sintomas achados 
durante o exame físico quando agrupados 
podem caracterizar determinada síndrome 
tóxica. 
 - Odores característicos. 
 - Achados cutâneos. 
 - Temperatura. 
 - Alterações de pupila. 
 - Alterações de nível de consciência. 
 - Anormalidades neurológicas. 
 - Alterações cardiovasculares. 
 - Anormalidades respiratórias. 
 - Achados do TGI. 
Intoxicações Agudas 
• As principais intoxicações agudas são: 
síndrome sedativo-hipnótica, opioide, 
colinérgica, anticolinérgica, adrenérgica, 
serotoninérgica e extrapiramidal. 
1. Síndrome sedativo-hipnótica: causada 
pelos barbitúricos, benzodiazepínicos e 
opioides. 
a. Sinais vitais: hipotermia, 
bradicardia, hipotensão, 
bradipneia. 
b. Pupilas: miose. 
c. SNC: depressão. 
d. Outros sintomas: hiporreflexia e 
edema pulmonar. 
2. Síndrome Colinérgica: causada pelos 
organofosforados, carbamatos e 
nicotina. 
a. Sinais vitais: hipotermia, 
bradicardia, hipotensão, 
bradipneia. 
b. Pupilas: miose. 
c. SNC: confusão mental, 
convulsões e coma. 
d. Outros sintomas: sialorreia 
intensa, sudorese, 
lacrimejamento, náusea, vômito, 
dispneia, broncoconstrição e 
fasciculações. 
3. Síndrome Anticolinérgica: causada pelos 
atropínicos, anti-histamínicos e 
antidepressivos tricíclicos. 
a. Sinais vitais: hipertermia, 
taquicardia, hipertensão, 
taquipneia. 
b. Pupilas: midríase. 
c. SNC: agitação, alucinação, delírio 
e convulsões. 
d. Outros sintomas: retenção 
urinária, miocloniais, convulsões e 
mucosas secas. 
4. Síndrome Simpatomimética: causada 
pela cocaína, anfetaminas, teofilina, 
efedrina e cafeína. 
a. Sinais vitais: hipertermia, 
taquicardia, hipertensão, 
hiperpneia. 
b. Pupilas: midríase. 
c. SNC: agitação, alucinação, 
paranoia e convulsões. 
d. Outros sintomas: diaforese, 
tremores e hiperreflexia. 
5. Síndrome Extrapiramidal: causada pelo 
haloperidol, fenotiazínicos, 
metoclopramida e bromoprida. 
a. Sinais vitais: não característicos. 
b. Pupilas: midríase. 
c. SNC: sonolência e crise oculógira. 
d. Outros sintomas: tremores, 
hipertonia muscular, opistótono 
e trismo. 
Exames Complementares 
• Gerais: depende do agente envolvido, mas 
podem ser solicitados exames laboratoriais, 
ECG, exames de imagem ou endoscopia digestiva 
alta. 
• Específico: pode ser dosado o agente tóxico 
no plasma sanguíneo. 
Tratamento 
• O manejo adequado de um paciente com 
suspeita de intoxicação depende do agente 
envolvido e da sua toxicidade, assim como do 
tempo decorrido entre a exposição e o 
atendimento. 
O processo de descontaminação visa remover 
o agente tóxico do organismo para diminuir a 
sua absorção. Os procedimentos indicados são: 
 - Intoxicação cutânea: retirar roupas 
impregnadas com o agente tóxico e lavar a 
superfície exposta com água em abundância. 
 - Intoxicação respiratória: remover a 
vítima do local e administrar oxigênio umidificado. 
 - Intoxicação ocular: instilar gotas de 
colírio anestésico no olho afetado e proceder 
com lavagem com soro fisiológico a 0,9% ou 
água filtrada com as pálpebras abertas. 
 - Intoxicação gastrointestinal: lavagem 
gástrica, carvão ativado ou lavagem intestinal. 
Antídotos 
• São substâncias que agem no organismo, 
atenuando ou neutralizando ações ou efeitos de 
outras substâncias químicas. A administração 
desses medicamentos não é a primeira conduta 
a ser tomada na maioria das situações. A maior 
parte das intoxicações pode ser tratada 
apenas com medidas de suporte e sintomáticos.

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