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Bioquímica Clínica Giovanna Rêgo Marcadores Cardíacos Fisiopatologia da aterosclerose Placas que obstruem os vasos e interrompem a irrigação sanguínea. Compostos de lipídios, células inflamatórias, células musculares lisas e tecido conjuntivo. A aterosclerose pode comprometer todas as artérias de médio e grosso calibre, incluindo artérias coronárias, carótidas e cerebrais; aorta e seus ramos; e grandes artérias dos membros. Excesso de lipídios na corrente são colocados para fora pela hiperperfusão por conta da pressão do coração e são fagocitados pelos macrófagos tornando-os foam cells (células esponjosas) que se acumulam nas paredes dos vasos formando placas que levam à isquemia e necrose muscular cardíaca liberando suas organelas e moléculas (marcadores). Fatores de risco: dislipidemia, diabetes, tabagismo, história familiar, sedentarismo, obesidade e hipertensão. Sintomas: surgem com o crescimento ou ruptura da placa reduzindo ou obstruindo o fluxo sanguíneo e os sintomas variam conforme a artéria afetada. Diagnóstico: clínico confirmado por angiografia, US ou outros métodos de imagem. Tratamento: mudança de dieta, MEV e fatores de risco, atividade física, Giovanna Rêgo fármacos antiplaquetários e antiaterogênicos. Aterosclerose + anemia falciforme Por conta da deformidade das hemácias (drepanócitos), a célula fica rígida e tem mais facilidade de obstruir o vaso. Avaliação cardíaca: IAM Infarto agudo do miocárdio é necrose miocárdica resultante de obstrução aguda de uma artéria coronária. Os sintomas incluem desconforto torácico com ou sem dispneia, náuseas e diaforese. No diagnóstico pode aparecer só um ou outro ou os dois: - Principal biomarcador cardíaco: troponina - Pode ter alterações no eletrocardiograma (com ou sem supra ST) Só o exame de imagem mostra a extensão, exames bioquímicos só mostram se teve. O tratamento consiste em fármacos antiplaquetários, anticoagulantes, nitratos, betabloqueadores, estatinas e terapia de reperfusão. Fisiopatologia do IAM O IM compromete predominantemente o ventrículo esquerdo, mas a lesão pode estender-se ao ventrículo direito ou aos átrios. - Infartos transmurais: envolvem toda a espessura do miocárdio, do epicárdio ao endocárdio, e costumam ser caracterizados por ondas Q anormais no ECG. - Infartos não transmurais (como os subendocárdicos): não atravessam a parede ventricular e provocam apenas alterações no eletrocardiograma. Sinais e sintomas Giovanna Rêgo - Dor subesternal - Pressão - Irradiação para o dorso, mandíbula, braço esquerdo ou direito, ombro ou todas essas áreas - Angina - Falta de ar - Sudorese - Náuseas e vômitos Os IAM podem ser silenciosos, não percebidos pelo paciente como doença, sendo muitas vezes os casos dos diabéticos, por conta do neuro comprometimento. Diagnóstico do IAM - ECG periódico - Marcadores cardíacos periódicos (nem sempre os marcadores aparecem na hora do ocorrido) - Angiografia coronária imediata ou tardia Categorias de risco cardiovascular Marcadores de necrose miocárdica: o que ocorre com as células? A lesão cardíaca pode ser definida como a ruptura da membrana celular dos miócitos cardíacos, com consequente liberação para o espaço extracelular de enzimas presentes no citoplasma e proteínas estruturais, como: - Troponina; - Creatinoquinase; - Mioglobina; - Lactato desidrogenase. Conhecidas como biomarcadores. Em geral, existem os marcadores: - DHL: inespecífica - TGO: inespecífica - CPK: inespecífica, pois pode ser alterada com lesão muscular (atividade física intensa) - CKmB: proteína creatina fosfoquinase de fração B específica para o coração, mas demora para aparecer - Troponina: é específica para o coração, pois é a proteína de contração miocárdica, sendo o marcador cardíaco mais específico. - Mioglobina: é a proteína que “guarda” O2 para fornecer para o músculo cardíaco ou esquelético e quando ocorre a ruptura da célula cardíaca fica em alta concentração, porém logo decresce. Giovanna Rêgo A CKmB, a troponina e a mioglobina são os principais marcadores cardíacos! Porém essas enzimas e proteínas surgem em tempos diferentes: A mioglobina se eleva nas primeiras horas, mas cai rapidamente. As outras ainda estão normais. É um marcador de triagem inicial 1 a 2 horas após a dor (se o paciente caiu junto pode estar alterada, mas mesmo assim se deve deixar em observação). A troponina aparece depois da mioglobina, mas varia quando ela vai aparecer precisando de coleta seriada e fica por dias alterada. (1 semana depois já cai) ----------------------------------------------- Giovanna Rêgo
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