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Resenha Critica E C T em Saúde Mental

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Universidade Estácio de Sá – UNESA 
Graduação em Enfermagem 
 
 
Lucas Figueredo Bitencourt 
 
 
 
Marcos Normativos da Reforma 
Psiquiátrica no Brasil 
Resenha Critica 
 
 
 
 
 
 
2022 
Santa Cruz 
 
 
 
 
O projeto de reforma psiquiátrica foi apresentado em 1989. Após 12 anos, o 
texto foi aprovado e sancionado como Lei nº 10.216/2001, ficando conhecida como 
Lei da Reforma Psiquiátrica, Lei Antimanicomial e Lei Paulo Delgado. 
 Podemos dizer que a parti de então, temos a reforma psiquiátrica. Temos 
agora dois períodos, pré e pós reforma psiquiatra, onde a fase pré-reforma 
psiquiátrica é marcada pelos manicômios e seus tratamentos brutais e descasos 
com o ser humano. A fase pós reforma onde é marcada pelas mudanças de um 
passado tenebroso para um futuro de mudanças com uma ampla rede de cuidado 
em saúde mental e estratégias humanizadas. 
 Os manicômios eram tidos como locais de isolamento de todos aqueles que 
fugiam do padrão da “normalidade”, fosse o esquizofrênico, o mendigo ou o 
homossexual. Os pacientes não eram encaminhados para lá a fim de receberem um 
tratamento, mas sim para serem afastados da sociedade no qual eles não se 
encaixavam. Era uma sentença de reclusão e abandono, em que a única certeza 
era a da morte, que chegaria ali mesmo. Os doentes mentais eram tratados como 
animais, vivendo em condições desumanas, dormindo sobre capim sujo de fezes e 
urina. Se as medidas farmacológicas não fossem suficientes, a terapia de choque e 
a lobotomia eram feitas, sem qualquer aprovação das famílias, daqueles que ainda 
as tinham. 
 Em 2001, é sancionada a Lei nº 10.216 que afirma os direitos das pessoas 
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde 
mental. Sem acepção de pessoas, quando o direito é assegurar os direitos de 
pessoas acometidas de transtorno mental. 
 Seus direitos pela lei agora são: ter acesso ao melhor tratamento do sistema 
de saúde, ser tratada com humanidade e respeito, ser protegida contra qualquer 
forma de abuso e exploração, garantia de sigilo, direito à presença médica, ter livre 
acesso aos meios de comunicação disponíveis, receber o maior número de 
informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; tratamento e ser tratada 
em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; ser tratada, 
preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental, não ao isolamento e 
integração total e não apenas abordagem dos sintomas e combate à crise. 
 
 
 
 
 Em 2002 a Portaria N.º 336/GM. Constituiu a principal estratégia do processo 
da reforma psiquiatra, que foi estabelecer os Centros de Atenção Psicossocial 
(CAPS) que são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados aos 
atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo 
aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras 
substâncias, que se encontram em situações de crise ou emergencial; poderão 
constituir-se nas seguintes modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III, 
definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional. 
 Em 2003 a Lei Nº. 10.708, institui o auxílio-reabilitação psicossocial, é um 
programa de reintegração social de pessoas acometidas de transtornos mentais, 
egressas de longas internações, segundo critérios definidos na Lei nº 10.708, que 
tem como parte integrante o pagamento do auxílio-reabilitação; agora chamado de 
programa “De Volta para Casa”. 
 Em 2010 a Portaria 4279 Estabelece diretrizes para a organização da Rede 
de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 E em 2011 a Portaria 3.088 que Institui a Rede de Atenção Psicossocial 
(RAPS) para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de 
saúde (SUS). E seus componentes da atenção básica à alta complexidade, tais 
como: Unidades Básicas de Saúde (UBS); Núcleo de Apoio a Saúde da Família 
(NASF); Consultório na Rua; Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); os Serviços 
Residenciais Terapêuticos (SRT); Unidades de Acolhimento (UAs); SAMU 192; 
Unidades hospitalares de atenção à urgência, dentre outros. 
 Agora podemos ver, que depois do pé inicial em 2001 com a Lei nº 
10.216/2001 e as sucessivas portarias, e decretos. Como transformou-se o nosso 
sistema de saúde, em sua forma de acolher os pacientes de saúde mental, sua 
forma de tratá-los, assim como as diretrizes e abordagens aos usuários de saúde 
mental, respectivamente, para a forma que eles eram tratados antes da reforma 
psiquiátrica. 
 
 
 
 
 
 
 
Referencias bibliográfica: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html 
Acessado em: 11/03/2022 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.708.htm 
Acessando em: 11/03/2022 
https://www.saude.sc.gov.br/index.php/resultado-busca/redes-de-atencao-a-saude-
cidadao/10244-rede-de-atencao-psicossocial-raps 
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