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ALEITAMENTO MATERNO

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5
Alisson Carvalho Gomes
ATIVIDADE DISCURSIVA
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA MÃE
BRASILIA - DF
2022
4
Pesquisas mostram que o aleitamento materno oferece muitos benefícios para a saúde de bebês e mães. A amamentação fornece nutrição essencial, estando entre seus benefícios de saúde conhecidos, proteção contra infecções comuns na infância e melhor sobrevivência durante o primeiro ano de um bebê, incluindo um menor risco de Síndrome da Morte Súbita Infantil.
 
LEVY, Leonor; BÉRTOLO, Helena. Manual de aleitamento materno. Lisboa: Comité Português para a UNICEF, 2008. ADAPTADO.
Além dos benefícios ao bebê, o aleitamento materno também é benéfico a mãe. Assim, descreva sobre os benefícios do aleitamento a mãe.
O aleitamento materno está associado à boa saúde física e emotiva da mãe durante o puerpério, o período de lactação. As mães que amamentam, têm menor índice de procura por atendimento médico, menor frequência de doenças respiratórias, cardiocirculatórias, gastrointestinais e menos sintomas emotivos. Levando em conta esses aspectos, é possível destacar os principais benefícios do aleitamento materno para a mãe lactante. São eles:
1. Involução uterina e sangramento reduzido:
A sucção precoce da região areolomamilar pelo bebê é um dos estímulos mais importantes para a produção de ocitocina, que também é responsável pela contração uterina, acelera o retorno do órgão ao seu tamanho normal e reduz a possibilidade de ocorrência de hemorragia pós-parto e anemia. Níveis elevados de ocitocina podem aumentar o limiar de dor, reduz o desconforto materno e contribui para um aumento do sentimento de apego pelo bebê.
2. Amenorreia lactacional:
No período de lactação, tanto a progesterona quanto o estrogênio são suprimidos, com a ocorrência de um período de infertilidade. Quando a mãe mantem a amamentação exclusiva no período de seis meses a proteção pode chegar a 96% de não engravidar, que garante assim um espaçamento entre as gestações. Para tanto, a mãe deve manter o aleitamento materno exclusivo em livre demanda. A amenorreia da amamentação pode ser explicada pela inibição da atividade ovariana que resulta em altos níveis de prolactina que levam à inibição do hormônio gonadotrofina e à interrupção da ovulação.
3. Peso e imagem corporal:
No período da gravidez, o corpo da mulher acumula gordura que será utilizada nos primeiros seis meses de amamentação. Baseado nisso, haverá uma perda de peso mais rápida e o retorno às condições pré- gestacionais, devido a ocitocina que tem efeitos lipolíticos e anorexígenos. Mães que mantem uma amamentação exclusiva no período de seis a dose meses tem um índice menor de massa corporal e são mais magras comparada as que amamentam de forma fracionada ao final de seis meses de vida do bebê. Desse modo, concede uma sensação de maior autoestima e satisfação com o corpo entre as lactantes e diminui a possíveis fatores emotivos desfavoráveis que interferirem na produção de leite e no habito do aleitamento materno.
4. Depressão pós-parto:
Algumas puérperas tendem a desenvolver depressão até dose semanas pôs- parto, pelo fato de os níveis de ocitocina serem baixos. A ocitocina é essencial para a estimulação do vínculo entre mãe e filho, bem como a vocalização com o bebê, olhar em seus olhos, estimular o toque e as carícias. Dessa maneira a mãe se sente mais calma, tem menos estresse, fica menos agressiva, melhora o humor e sente mais a vontade de amamentar nos primeiros dias do pós-parto.
5. Estresse materno:
A tarefa física do cuidar, associado com atividades domésticas, poucas horas de descanso, as alterações no corpo, a redução do relacionamento sexual e a pressão em ser uma boa mãe e cumprir todas as expectativas produzem sobrecarga muitas vezes incompatível com a capacidade e personalidade da mulher para desempenhar o papel de mãe. Nessa situação, o aleitamento materno atua de forma a reduzir os níveis de estresse devido a redução dos níveis de adrenocorticotrófico (ACTH) e cortisol, em consequência reduz os níveis de ansiedade. O fortalecimento do vínculo mãe- filho é um potente estímulo para a manutenção da amamentação por maior tempo possível, fechando um ciclo virtuoso que tende a beneficiar mãe e filho.
6. Tecido Adiposo:
O tecido adiposo visceral ( TAV) ou omental, acumulado durante a gestação é mais ativo metabolicamente do que a gordura encontrada em outras áreas do corpo e estão relacionados a doenças cardiocirculatórias. Esses depósitos são estimulados durante o período de lactação, esse processo continua ocorrendo paralelamente ao aleitamento materno, reduzindo o peso e o risco de diabetes mellitus tipo 2.
7. Câncer de mama:
É o câncer ginecológico mais comum, bastante prevalente após os quarenta anos de vida, podendo também ocorrer antes. A redução dos níveis de estrogênio durante o período de lactação diminui as taxas de proliferação e diferenciação celular. A esfoliação tecidual e a apoptose epitelial ao final da amanentação podem contribuir para a redução da probabilidade de células com mutação surgirem nos tecidos mamários.
8. Câncer de ovário:
O câncer do epitélio ovariano é uma das neoplasias que mais acomete as mulheres e geralmente é diagnosticado tardiamente, com consequente redução do prognóstico de sobrevida. Podem estar relacionadas à proliferação celular e traumas ininterruptos de ovulação. A supressão das gonadotrofinas (principalmente o hormônio luteinizante), a baixa concentração de estrogênios e a consequente anovulação e amenorreia causada pelo aleitamento materno são considerados fatores protetores. 
9. Diabetes:
A precedência do diabetes tipo 2 vem aumentando em todo o mundo paralelamente às mudanças alimentares, sedentarismo e obesidade que acometem grande parte da população. A esse respeito, é oportuno destacar uma importante ação da ocitocina, que é a redução da resistência à insulina.
10. Osteoporose:
A amamentação pode contribuir para a redução do risco de osteoporose na vida futura, as mulheres lactantes possuem uma massa óssea com maior densidade mineral. Embora o organismo da mulher perca cálcio durante o período de amamentação (com a produção de 800 ml/dia de leite a mulher pode transferir até 200 mg de cálcio por dia, que são recuperados após o desmame e com o retorno da menstruação), existem mecanismos compensatórios que aumentam a absorção intestinal e renal de cálcio e sua mobilização dos ossos, restabelecendo a densidade mineral óssea. O efeito protetor desse mecanismo de desmineralização óssea é diretamente proporcional à duração da amamentação. 
11. Pressão arterial:
 Os níveis mais baixos de pressão sistólica e diastólica em nutrizes durante o período da amamentação, com a observação de um efeito dose-resposta de longa duração, embora esse efeito possa não persistir até a velhice.
12. Doenças cardiovasculares:
Alterações vasculares, como placa aterosclerótica, aumento da espessura da parede e redução do lúmen arterial, aumentam o risco das enfermidades cardiovasculares, mulheres que amamentam por longos períodos, de sete a dose meses após o primeiro parto, têm um menor chance de desenvolver doenças vasculares em comparação com as mães que nunca amamentaram. Também estão associados a diminuição de peso e ao trabalho metabólico a que o organismo materno é submetido para a produção diária de leite, que pode persistir mesmo após o desmame, contribuindo para um efeito benéfico. 
 
 CONCLUSÃO
Os benefícios do aleitamento para crianças são conhecidos e relatados há muito tempo, embora a prevalência dessa prática e a divulgação de seus benefícios para a nutriz não sejam satisfatórias em várias partes do mundo. Apesar desse grande conhecimento, houve relativamente pouco avanço na melhora dos resultados da amamentação, como início precoce e aleitamento materno exclusivo.
Devido à sua importância coletiva e individual, a lactação desempenha um importante papel na recuperação dagestante e determinam vários aspectos da saúde maternal. Contudo, orientar a importância da lactação para as gestantes na saúde materna fortaleceria suas intenções de amamentar. No entanto, é preciso respeitar os direitos e desejos da mãe, que tem autonomia para determinar como será a alimentação do bebê. Em consulta com os demais membros da família, a mãe, é quem deve decidir como a criança será alimentada e, que por sua vez, deverá ser auxiliada e apoiada pela família, pela sociedade e por profissionais de saúde. Os profissionais de saúde têm o dever da identificação do conhecimento, a experiência anterior e a condição familiar e social da mulher desde o pré-natal, para promover ações educativas direcionadas à introdução e manutenção do aleitamento materno quando assim o decidir.
REFERÊNCIAS
Mezacappa , Guetlhein W, Katkn S. Aleitamento materno e saúde materna em mães Ann Beahv Md 2002;
Bosch OJ. A nutrição materna depende de sua ansiedade inata: os papéis comportamentais da ocitocina cerebral e da vasopressina. Horm Behav 2011; 
Turk , Vidalhet , Boquuet , et ai; Comitê de Nutrição da Sociedade Francesa de Pediatria. Amamentação: benefícios para a saúde da criança e da mãe. Arch Pediatr 2013; 
Vn der Wjden , Manio . Método de amenorréia lactacional para planejamento familiar. Sistema de banco de dados Cochrane Rev 2015;
Lovelady C. Equilibrando o exercício e a ingestão de alimentos com a lactação para promover a diminuição de peso pós-parto. Pro Nut Sc 2011;
Skrund , Bouten , Nasst , Hellhamer D, Meinlshmidt . A concentração de ocitocina plasmática durante a gestação está associada ao desenvolvimento de depressão pós-parto. Neuropsicofarmacologia 2011;

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