93b038ee68b74e2199e6

Prévia do material em texto

PALIATIVISMO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS E O IMPACTO DA EUTANÁSIA NA MEDICINA VETERINÁRIA: REVISÃO DE LITERATURA
Rafaela Kelly Do NASCIMENTO¹; Amanda Xavier Da SILVA².
Palavras-chave: Cuidados paliativos; Doente terminal; Unidades de Terapia Intensiva;
Equipe de assistência ao paciente.
O paliativismo é uma abordagem médica e de cuidados de saúde que visa melhorar a qualidade de vida dos animais que possuem doenças graves, crônicas ou terminais, além de confortar os tutores que estão acompanhando. O paliativismo tem suas raízes na década de 1960, com o trabalho pioneiro de Cicely Saunders, uma médica britânica. Em sua origem, o projeto era direcionado aos pacientes em fase terminal, e só depois foi agregado a outras comorbidades. O objetivo desse trabalho é abordar a importância do paliativismo, voltado para qualidade de vida; controle de sintomas; apoio emocional e tomada de decisões. 
Na oncologia, o paliativismo desempenha um papel crucial, oferecendo suporte integral aos pacientes. Em até 75% dos casos de animais com doença em estágio avançado, a presença da dor é evidente, tornando-se um ponto crítico, a dor, além de provocar alterações fisiológicas prejudiciais ao animal, requer um reconhecimento preciso para um tratamento adequado. Escalas de dor são ferramentas importantes para promover o reconhecimento da dor e sua quantificação. A omissão na identificação da dor pode resultar em subtratamento ou na ausência total de intervenções terapêuticas. O médico veterinário paliativista é responsável por tratar justamente essa dor, reunindo diversos especialistas, para debater o caso e escolher o que for melhor para o paciente em questão, garantindo que o tempo restante seja vivido com conforto e significado para aquele animal e a sua família, ou seja, integra-se ao tratamento oncológico para melhorar não apenas a sobrevida, mas a sobrevida com qualidade. Quando não é mais possível amenizar a dor do paciente, significa que a qualidade de vida desse animal está comprometida, logo, a eutanásia deve ser considerada. Segundo as orientações do Conselho Federal de Medicina Veterinária, a eutanásia é indicada quando a condição de um animal compromete irreversivelmente seu bem-estar, proporcionando alívio para a dor que não responde mais aos analgésicos ou a outros tratamentos. Essa é uma decisão difícil e pessoal que deve ser tomada em conjunta com a família, prezando sempre o bem-estar do animal. Em conclusão, o paliativismo representa uma abordagem humanística na prestação de cuidados de saúde, reconhecendo a importância de tratar o paciente como um todo, não apenas a doença. Na oncologia, especialmente, seu impacto é evidente, proporcionando conforto, apoio e dignidade aos pacientes em suas jornadas de enfrentamento do câncer.
Referências Bibliográficas:
DE MENINE, N. Paliativismo em pacientes oncológicos e o impacto da eutanásia na medicina veterinária: Revisão. Pubvet, [S. l.], v. 15, n. 09, 2021. DOI: 10.31533/pubvet.v15n09a923.1-5. Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/218. Acesso em: 29 fev. 2024.
TAFFAREL, M. O.; TOMAZ, D. F.; TOMACHEUSKI, R. M. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DA DOR EM PACIENTES ONCOLÓGICOS – REVISÃO DE LITERATURA. Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública, v. 3, n. 2, p. 117-124, 19 abr. 2017.