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simulado 01 defensoria (2)

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https://bit.ly/359mQRi
 
3 
 
1º Simulado geral para a prova de Defensor 
Público do Estado do Ceará - 2022 
 
Orientações gerais sobre os simulados: 
✅ O formulário (cartão resposta) virtual deverá ser preenchido com os itens 
selecionados até a data estipulada no cronograma; 
✅ Eventuais recursos deverão ser encaminhados à coordenação do curso 
através do e-mail recursos.pertencerei.dpce@gmail.com 
✅ O gabarito definitivo será liberado de acordo com o cronograma do curso; 
 
✅ Desejamos a todos um excelente simulado! 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
01. Normas constitucionais de eficácia 
limitada 
A) não servem como parâmetro de 
inconstitucionalidade. 
B) implicam a não-recepção da 
legislação infraconstitucional anterior com 
elas incompatível. 
C) orientam, mas não condicionam a 
produção do legislador infraconstitucional. 
D) são indiferentes à configuração de 
eventual inconstitucionalidade por omissão. 
E) admitem disciplina em sentido 
diverso do que apontam, por meio de lei 
complementar. 
 
 
02. Ao Poder que possibilita a instauração de 
uma nova ordem jurídica dá-se o nome de 
Poder Constituinte 
A) inicial e autônomo, pois produz uma 
nova Constituição, mas deve respeitar as 
cláusulas pétreas, direitos e garantias 
fundamentais constantes das cartas 
constitucionais anteriores. 
B) originário, pois delibera e produz a 
nova ordem constitucional, sendo, assim, 
autônomo, incondicionado e não estando 
limitado às normas constantes das 
Constituições anteriores. 
C) derivado, tendo em vista que 
constitui a substituição dos ordenamentos 
jurídicos anteriores, embora seja autônomo 
em relação a eles. 
D) derivado, pois se presta a substituir 
a carta constitucional anterior, dela 
derivando e, portanto, devendo respeitar o 
procedimento formal para essa medida, bem 
como as cláusulas pétreas. 
E) originário, pois se consideram 
inexistentes as cartas constitucionais 
anteriores, salvo no que se refere às 
cláusulas pétreas e à forma e sistema de 
governo. 
 
 
03. A modificação constitucional em que não 
há vontade de alterar o texto, mas é reflexo 
da sociedade sobre a qual este incide, é 
conhecida como 
A) reforma constitucional 
B) concordância prática constitucional 
C) revisão constitucional 
D) mutação constitucional 
E) interpretação constitucional 
 
 
04. São características do poder constituinte 
derivado reformador: 
A) Encontrar previsão nos Atos das 
Disposições Constitucionais Transitórias. 
B) Acarretar reforma do texto 
constitucional apenas após cinco anos da 
promulgação. 
C) Acarretar uma verificação do texto 
constitucional. 
 
2 
 
D) Criar, por parte dos entes 
federados, sua própria Constituição. 
E) Ser o responsável pela ampliação ou 
modificação do texto constitucional. 
 
 
05. Sobre as normas constitucionais 
relativas aos princípios fundamentais da 
República Federativa do Brasil, considere: 
 
I. A cidadania e a dignidade da pessoa 
humana são princípios que regem a 
República em suas relações internacionais. 
II. Os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa e o pluralismo político são 
fundamentos da República. 
III. Promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor e 
idade e quaisquer outras formas de 
discriminação, é objetivo fundamental da 
República. 
IV. A defesa da paz e a não intervenção são 
fundamentos da República. 
 
À luz da Constituição Federal, está correto o 
que se afirma APENAS em 
A) III e IV. 
B) I e II. 
C) I, II e IV. 
D) I, III e IV. 
E) II e III. 
 
 
06. A solução pacífica dos conflitos 
constitui 
A) objetivo dos partidos políticos. 
B) fundamento da República e do 
Estado Democrático de Direito. 
C) objetivo fundamental da República. 
D) princípio das relações 
internacionais. 
E) objetivo sindical. 
 
 
07. A garantia constitucional do mandado de 
injunção 
A) foi regulamentada por lei 
infraconstitucional, que admite o 
ajuizamento tanto de ação individual, como 
coletiva, apresentando para esta última rol 
de legitimados que não contempla 
expressamente a Defensoria Pública, mas tal 
legitimidade pode ser sustentada a partir do 
microssistema de tutela coletiva e da 
aplicação de outras disposições legais, por 
analogia. 
B) assegura o seu exercício sempre que 
a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes 
à nacionalidade, à soberania e à cidadania, 
mas o legislador infraconstitucional ainda 
não regulamentou a forma de 
implementação da omissão 
inconstitucional. 
C) é uma medida contra a omissão 
normativa que inviabilize o exercício de 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania, de modo que o seu 
exercício tem caráter de ação 
exclusivamente individual, no que se 
distingue a ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão. 
D) foi regulamentada por lei 
infraconstitucional, que estabelece 
expressamente que, uma vez reconhecido o 
estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para determinar prazo razoável 
para que o impetrado promova a edição da 
norma regulamentadora e estabelecer as 
condições em que se dará o exercício dos 
direitos, das liberdades ou das prerrogativas 
reclamados caso não seja suprida a mora 
legislativa no prazo determinado. 
E) foi regulamentada por lei 
infraconstitucional, que estabelece 
expressamente que, uma vez reconhecido o 
estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para estabelecer as condições em 
que se dará o exercício dos direitos, das 
liberdades e das prerrogativas reclamados, 
independentemente de fixação de prazo 
para que o impetrado promova a edição da 
norma regulamentadora. 
 
 
08. Dentre os direitos do trabalhador, cujo 
texto constitucional vigente admite 
disposição diversa por meio de acordo ou 
convenção coletiva, estão 
 
A) a duração do trabalho normal não 
superior a oito horas diárias e quarenta horas 
semanais e o recolhimento de fundo de 
garantia por tempo de serviço. 
B) a irredutibilidade do salário e a 
jornada de seis horas para o trabalho 
realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento. 
 
3 
 
C) o repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos, e o aviso 
prévio proporcional ao tempo de serviço. 
D) o gozo de férias anuais remuneradas 
com um terço a mais do que o salário normal 
e o décimo terceiro salário com base na 
remuneração integral. 
E) o adicional de insalubridade, 
periculosidade e tempo de serviço, e o 
seguro contra acidentes de trabalho, a cargo 
do empregador. 
 
 
09. Os direitos e garantias fundamentais 
consagrados pela Constituição Federal não 
são ilimitados, encontrando seus limites nos 
demais direitos igualmente consagrados 
pelo texto constitucional. Tal afirmação 
corresponde ao princípio da 
A) proteção social. 
B) comunicação dos direitos 
fundamentais. 
C) razoabilidade dos direitos 
fundamentais. 
D) convivência das liberdades públicas. 
E) restrição constitucional. 
 
 
10. Ao disciplinar a liberdade religiosa como 
direito fundamental e aspectos correlatos, a 
Constituição Federal 
A) autoriza União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios a agirem, na forma da 
lei, em colaboração de interesse público com 
cultos religiosos ou igrejas 
B) proíbe a instituição de impostos 
sobre patrimônio, renda e serviços de 
templos de qualquer culto, ainda que não 
relacionados com suas finalidades 
essenciais. 
C) assegura a prestação de assistência 
religiosa nas entidades de internação 
coletiva, sujeita aos termos da lei, que 
poderá, no entanto, vedá-la nas entidades 
militares, quando necessário aos 
imperativos da segurança nacional. 
D) veda que se estabeleçam formas de 
proteção aos locais de culto e suas liturgias, 
sob pena de ofensa à laicidade do Estado 
brasileiro. 
E) impede que alguém seja privado de 
direitos por motivo decrença religiosa, 
exceto se a invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta, caso em 
que terá direitos políticos suspensos. 
11. Diante do que dispõe a Constituição 
Federal acerca dos direitos e garantias 
fundamentais: 
A) Nenhum brasileiro será extraditado, 
salvo o naturalizado, em caso de crime 
comum, praticado após a naturalização, ou 
de comprovado envolvimento em tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na 
forma da lei. 
B) É livre, exclusivamente aos 
brasileiros natos e naturalizados, a 
locomoção no território nacional em tempo 
de paz, podendo, nos termos da lei, nele 
entrar, permanecer ou dele sair com seus 
bens. 
C) Admite-se a prática de tortura em 
caso de guerra declarada. 
D) A pequena propriedade rural, assim 
definida em lei e trabalhada pela família, 
somente poderá ser objeto de penhora para 
o pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva. 
E) A pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do 
apenado. 
 
 
12. Compete à União legislar privativamente 
sobre 
A) educação e cultura. 
B) proteção à infância e juventude. 
C) assistência jurídica e Defensoria 
Pública. 
D) direito econômico e urbanístico. 
E) trânsito e transporte. 
 
 
13. Após a criação de Município resultante do 
desmembramento de distritos originalmente 
pertencentes a outro Município, agora 
daquele vizinho, verifica-se que o processo 
se deu sem que tenha havido consulta à 
população de um dos distritos afetados. 
Diante disso, tramita perante a Assembleia 
Legislativa de Goiás projeto de lei visando à 
retificação dos limites territoriais dos hoje 
Municípios limítrofes, de modo a excluir da 
área do novo Município a do distrito em 
questão, reintegrando-o ao Município de 
origem. Nessa situação hipotética, à luz da 
Constituição estadual, da Constituição 
Federal e da jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal (STF), a eventual alteração 
 
4 
 
dos limites territoriais dos Municípios 
limítrofes por lei estadual 
A) viola a competência municipal para 
dispor, mediante lei complementar, sobre a 
criação, organização e supressão de 
distritos, sendo a lei estadual passível de 
impugnação mediante ação direta de 
inconstitucionalidade, de competência do 
Tribunal de Justiça do Estado. 
B) depende de consulta prévia, 
mediante plebiscito, restrita à população do 
distrito que anteriormente se deixou de 
consultar, de modo a convalidar o ato de 
desmembramento original, tratando-se de 
lei de efeitos concretos, não passível de 
impugnação pela via do controle 
concentrado de constitucionalidade. 
C) independe de consulta prévia 
plebiscitária às populações dos Municípios 
envolvidos, por não se tratar de hipótese de 
criação, incorporação, fusão ou 
desmembramento de Municípios, tratando-
se de lei de efeitos concretos, não passível 
de impugnação pela via do controle 
concentrado de constitucionalidade. 
D) insere-se dentre as competências da 
Assembleia Legislativa para dispor, com a 
sanção do Governador do Estado, sobre os 
limites do território estadual, prescindindo 
de consulta prévia plebiscitária às 
populações dos Municípios envolvidos, 
sendo o respectivo projeto de lei de iniciativa 
privativa do Governador. 
E) depende de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, sendo a lei estadual 
passível de impugnação mediante ação 
direta de inconstitucionalidade, de 
competência do STF, acaso aprovada sem a 
sua realização. 
 
 
14. Segundo o que estabelece a Constituição 
Federal, é vedada a acumulação remunerada 
de cargos públicos, exceto nos casos que 
especifica, dentre os quais o de 
A) um cargo de professor com outro 
técnico, independentemente de haver 
compatibilidade de horários. 
B) dois cargos de professor com outro 
de confiança, independentemente de haver 
compatibilidade de horários. 
C) cargos de professor, 
independentemente da quantidade, desde 
que haja compatibilidade de horários. 
D) dois cargos ou empregos privativos 
de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas, quando houver 
compatibilidade de horários. 
E) um cargo de professor com outro 
científico, independentemente de haver 
compatibilidade de horários. 
15. A Carta Africana de Direitos Humanos é o 
documento regional de proteção de direitos 
humanos que equivale, no sistema 
interamericano, à Convenção Americana de 
Direitos Humanos. Um direito 
expressamente protegido na Carta Africana 
que encontra correspondência no Pacto de 
San José é o direito 
A) à saúde física e mental. 
B) ao trabalho. 
C) à livre disposição das suas riquezas. 
D) à proteção à família. 
E) ao meio ambiente equilibrado. 
 
 
16. De acordo com o posicionamento do 
Supremo Tribunal Federal sobre a hierarquia 
dos tratados internacionais de direitos 
humanos, consideram-se como tratados de 
hierarquia constitucional: 
 
I. Regras Mínimas das Nações Unidas para a 
Administração da Justiça da Infância e 
Juventude − Regras de Beijing. 
II. Convenção Internacional sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência e seu 
respectivo Protocolo Facultativo − 
Convenção de Nova Iorque. 
III. Convenção Americana Sobre Direitos 
Humanos − Pacto de San José da Costa 
Rica. 
IV. Tratado de Marraqueche para facilitar o 
acesso a obras publicadas às pessoas cegas, 
com deficiência visual ou com outras 
dificuldades para aceder ao texto impresso 
 
Está correto o que se afirma em 
 
A) I, II, III e IV. 
B) II e III, apenas. 
C) II e IV, apenas. 
D) I e II, apenas. 
E) III e IV, apenas. 
 
 
17. Sobre a intervenção nos entes 
federativos, segundo disposto na 
Constituição Federal, 
 
5 
 
A) pode ser decidida pelo Plenário do 
Supremo Tribunal Federal, desde que haja 
ameaça generalizada à autonomia dos 
Estados praticada pelo Presidente da 
República. 
B) não será permitida a intervenção nos 
Municípios, já que estes não podem causar 
afronta à soberania dos Estados e, portanto, 
nenhum ataque à separação dos Poderes. 
C) em caso de intervenção espontânea 
do Presidente da República nos Estados ou 
no Distrito Federal, este ouvirá o Conselho 
da República e o de Defesa Nacional. 
D) a União pode, em regra, intervir nos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, neste 
último caso somente para manter a 
integridade nacional. 
E) pode ser consubstanciada pelo 
Presidente da República ou pelo Presidente 
do Senado em caso de intervenção no 
Distrito Federal. 
 
 
18. É legitimado a propor a edição, a revisão 
ou o cancelamento de enunciado de súmula 
vinculante, independentemente de curso de 
processo em que seja parte, o 
A) Defensor Público-Geral da União. 
B) Município. 
C) Presidente do Senado Federal. 
D) Procurador-Geral de Justiça. 
E) Presidente de Assembleia 
Legislativa. 
 
 
19. Nos termos da Constituição Federal de 
1988, compete ao Conselho Nacional do 
Ministério Público 
A) elaborar relatório semestral, 
propondo as providências sobre a situação 
do Ministério Público no País e as atividades 
do Conselho, o qual deve integrar a 
mensagem do Chefe do Poder Judiciário ao 
Congresso Nacional. 
B) zelar pela autonomia funcional e 
administrativa do Ministério Público da 
União, podendo apenas recomendar 
providências aos Procuradores-Gerais de 
Justiça. 
C) apreciar, de ofício ou mediante 
provocação, a legalidade dos atos 
administrativos praticados por membros ou 
órgãos do Ministério Público da União e dos 
Estados, com prejuízo da competência dos 
Tribunais de Contas. 
D) receber e conhecer das reclamações 
apenas contra membros ou órgãos do 
Ministério Público da União ou dos Estados, 
ou seus serviços auxiliares, sem prejuízo da 
competência disciplinar e correcional da 
instituição. 
E) rever somente mediante provocação 
os processos disciplinares de membros do 
Ministério Público da União ou dos Estados 
julgados há mais de um ano e dia. 
 
 
20. A Constituição Federal vigente, em 
Seção específica voltada à Defensoria 
Pública, prevê expressamente sobreA) serem princípios institucionais da 
Instituição a unidade, a divisibilidade entre 
Defensorias Estaduais e da União e a 
independência funcional. 
B) a inamovibilidade de seus membros, 
exceto aos membros da classe inicial da 
carreira. 
C) a atuação judicial de forma gratuita, 
não mencionando a atuação extrajudicial da 
Defensoria Pública. 
D) a possibilidade de exercício da 
advocacia fora das atribuições 
constitucionais, desde que não haja fins 
lucrativos. 
E) a aplicação da autonomia funcional, 
administrativa e a iniciativa de proposta 
orçamentária às Defensorias Públicas da 
União e do Distrito Federal. 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
21. Em relação ao direito ao nome e à 
possibilidade de alteração, 
A) de acordo com orientação do 
Supremo Tribunal Federal, a alteração de 
prenome da pessoa transgênero não 
depende de cirurgia de transgenitalização, 
ou da realização de tratamentos hormonais 
ou patologizantes; contudo, pressupõe 
parecer de equipe multidisciplinar. 
B) a negativa de registro de nome 
vexatório pelo Cartório de Registro Civil será 
necessariamente encaminhada para 
apreciação judicial, sem a cobrança de 
emolumentos. 
 
6 
 
C) a inclusão de nome étnico de 
indígena pode ser postulada diretamente no 
Cartório de Registro Civil, não podendo, 
contudo, excluir os nomes e prenomes 
originais, com o objetivo de não prejudicar 
terceiros. 
D) os agentes públicos deverão 
respeitar a identidade de gênero e tratar a 
pessoa pelo nome social por ela indicado; 
porém, nos atos escritos em documentos 
públicos deve ser registrado somente o 
nome constante do registro civil. 
E) a revelia da mulher na ação de 
divórcio não implica necessariamente na 
procedência do pedido de alteração do 
nome promovido pelo marido para o uso do 
nome de solteira, por se tratar de direito da 
personalidade. 
 
 
22. Vilma doou R$ 200.000,00 a José, que 
se apresentava como líder religioso e dizia a 
Vilma que tal doação lhe garantiria melhoras 
na sua vida profissional e pessoal. O 
numerário era fruto de poupança de uma 
vida inteira de Vilma, que é viúva e tem um 
filho, já maior e capaz. Meses depois, Vilma 
procura atendimento na Defensoria Pública 
mostrando arrependimento em relação à 
doação. Nesse caso, 
A) a revogação da doação se justifica 
pela inexecução do encargo estabelecido no 
contrato verbal de doação. 
B) é válida a doação verbal, ainda que 
sobrem bens móveis, independentemente 
do valor, se for seguida da tradição. 
C) é nula a doação dos bens que não 
garantam o mínimo de subsistência ao 
doador, estando sujeita ao prazo 
prescricional geral de dez anos. 
D) a doação realizada por Vilma pode 
ser considerada doação inoficiosa, porque, 
no momento da liberalidade, excedeu o 
limite disponível em relação à legítima. 
E) a doação somente poderá ser 
anulada se alegado vício de consentimento, 
prescrevendo a ação em quatro anos. 
 
 
23. Maria casou-se em regime de comunhão 
parcial de bens com João, com quem teve 3 
filhos e adquiriu um imóvel. João abandonou 
a família quando os filhos contavam com 10, 
8 e 6 anos de idade e Maria permaneceu 
residindo no imóvel adquirido na constância 
da união. Após a separação de fato, João 
não contribuiu com o sustento dos filhos, 
tampouco deu notícias após a saída do lar. 
Após quinze anos, João ajuizou ação de 
divórcio em face de Maria pleiteando a 
dissolução do vínculo conjugal e a partilha 
do bem imóvel adquirido pelo esforço 
comum. Maria comparece à Defensoria 
Pública buscando orientações e assistência 
jurídica gratuita para a realização de sua 
defesa. Diante desse contexto, analise as 
assertivas abaixo: 
 
I. Considerando que houve separação de 
fato, Maria terá direito à aquisição da 
propriedade por usucapião do bem, desde 
que não seja proprietária de outro imóvel 
urbano ou rural, tenha utilizado o imóvel para 
fins residenciais e que o imóvel urbano conte 
com até 250 m2. 
II. O Superior Tribunal de Justiça admite, a 
depender das circunstâncias de fato, a 
reparação de danos morais pelo abandono 
afetivo praticado pelo pai em relação aos 
filhos. 
III. As dívidas contraídas por João, após a 
separação de fato, obrigam o patrimônio em 
comum do casal e devem ser objeto de 
meação. 
IV. São devidos alimentos naturais por João 
a Maria, independentemente de prova da 
necessidade, pelo princípio da solidariedade 
familiar. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
A) III e IV. 
B) I e III. 
C) I e II. 
D) II e IV. 
E) I, II e III. 
 
 
24. Carlos era casado com Márcia e registrou 
o filho, João, em seu nome, acreditando que 
fosse o pai da criança. Anos depois, Márcia 
relatou que, na época, mantinha 
relacionamento concomitante com outro 
homem e que João não é filho de Carlos. 
Considerando o caso concreto, 
A) o reconhecimento da 
multiparentalidade não atribui efeitos 
alimentares e sucessórios em relação ao pai 
biológico. 
B) a ação negatória de paternidade 
ajuizada pelo pai em face do filho é 
 
7 
 
imprescritível, porém a ação para 
conhecimento da origem genética pelo filho 
prescreve em quatro anos, contados do 
momento em que atingida a maioridade. 
C) a declaração da mãe é suficiente 
para excluir a paternidade, de modo que as 
partes podem comparecer ao Cartório de 
Registro Civil para promover 
administrativamente a exclusão de Carlos, 
pai registral, da certidão de nascimento de 
João. 
D) a paternidade socioafetiva 
configura modalidade de parentesco civil e 
impede o reconhecimento do vínculo 
biológico, contudo é admissível a 
multiparentalidade, desde que haja 
consentimento de todos os envolvidos. 
E) ainda que registrado o filho em vício 
de consentimento, a afetividade possui valor 
jurídico e pode prevalecer em relação ao 
biológico, uma vez que construída com base 
na posse do estado de filho. 
 
 
25. Em relação à posse: 
A) Na dissolução do vínculo conjugal, 
não é possível a partilha de direitos 
possessórios sobre imóvel em loteamento 
irregular adquirido pelo casal na constância 
da união. 
B) Não é considerada de boa-fé a 
posse, se o possuidor ignora o vício, ou o 
obstáculo que impede a aquisição da coisa. 
C) Não se configura com a ocupação 
indevida de bem público, pois de acordo 
com entendimento sumulado do Superior 
Tribunal de Justiça, tal situação caracteriza 
mera detenção, insuscetível de retenção ou 
indenização por acessões e benfeitorias. 
D) Com a morte do possuidor, ela se 
transmite aos herdeiros ou legatários do 
possuidor, sanando-se os vícios originários. 
E) Não assiste ao possuidor o direito a 
exigir do dono do prédio vizinho a demolição, 
ou a reparação deste, quando ameace ruína, 
bem como que lhe preste caução pelo dano 
iminente, pois tais direitos são atribuídos 
somente ao proprietário. 
 
 
26. Lúcio, um homem negro, foi abordado 
por seguranças de uma rede de 
Supermercados de Salvador, no interior de 
estabelecimento comercial, e acusado de 
subtrair mercadorias que estavam expostas 
à venda. Lúcio foi conduzido a uma sala 
reservada, onde foi agredido e exigido o 
pagamento de certa quantia em dinheiro 
para ser liberado. Como não teve condições 
de pagar a quantia exigida, os seguranças o 
entregaram para terceiros, que o torturaram 
e mataram. Indignados com a situação, 
populares procuraram a Defensoria Pública 
da Bahia para obter informações e para a 
adoção de providências judiciais cabíveis. 
Nessas circunstâncias, a orientação dada 
pela Defensoria Pública deve sustentar que 
A) a pessoa jurídica tem 
responsabilidade objetiva pelos danos 
causados, mas somente os herdeiros de 
Lúcio é que têm legitimidade para pleitear 
qualquer reparação por danos materiais ou 
morais decorrentes de tal situação. 
B) a pessoa jurídica tem 
responsabilidade objetiva pelos danos 
causados ao indivíduo e seus familiares, sem 
prejuízo do cabimento de ação civil pública 
proposta pela Defensoria Pública para o 
ressarcimento de danos morais coletivos em 
razão de racismo estrutural. 
C) a responsabilidade recairá 
exclusivamente sobre as pessoas 
responsáveis(seguranças e agressores), 
uma vez afastada a responsabilidade civil da 
pessoa jurídica em razão da culpa exclusiva 
de terceiros. 
D) somente se pode pleitear da pessoa 
jurídica a indenização dos danos sofridos 
caso se tenha comprovada a sua culpa, seja 
em razão da adoção de protocolos ilegais de 
operação, seja por dolo ou culpa – como a 
culpa in eligendo, por exemplo. 
E) inexiste qualquer dano a ser 
indenizado caso realmente se constate que 
Lúcio tentou subtrair mercadorias da 
empresa, pois a ilicitude de sua conduta 
afastaria qualquer responsabilidade da 
pessoa jurídica. 
 
 
27. Paula, 17 anos, ficou órfã de pai e mãe e 
reside juntamente com dois irmãos mais 
novos em um barraco construído por sua 
falecida mãe. Paula, apesar de muito jovem, 
assumia a responsabilidade da família, 
guardava os documentos dos irmãos, 
incluindo cartão de vacinação, e se 
apresentava para tratar das demandas de 
todos. Tal situação retrata claramente uma 
hipótese de família 
 
8 
 
A) anaparental. 
B) pluriparental. 
C) monoparental. 
D) unipessoal. 
E) em mosaico. 
 
 
28. Um ônibus da empresa “A”, que realiza 
transporte rodoviário de pessoas, em 
estrada próxima a Aparecida de Goiânia, 
transportando 30 passageiros, sofreu um 
acidente por culpa exclusiva do motorista de 
caminhão que trafegava na via de mão dupla 
em posição contrária ao ônibus. No acidente, 
houve cinco vítimas fatais e diversos feridos. 
Nesse caso, a responsabilidade civil da 
empresa transportadora em relação aos 
passageiros é 
A) subjetiva, pois depende de 
comprovação de dolo ou culpa da 
transportadora. 
B) subjetiva, podendo ser excluída a 
responsabilidade civil apenas em caso de 
força maior. 
C) objetiva, podendo ser excluída por 
culpa exclusiva de terceiro. 
D) objetiva, não podendo ser excluída 
por culpa exclusiva de terceiro, cabendo à 
transportadora apenas pedido de regresso. 
E) objetiva, pois decorre 
exclusivamente de relação de consumo, 
podendo ser excluída por culpa exclusiva de 
terceiro. 
 
 
29. Maria foi casada com João, em regime de 
comunhão parcial de bens, durante 7 (sete) 
anos. Na constância da união, o casal 
adquiriu onerosamente um bem imóvel, que 
serviu como residência do casal até que 
João veio a falecer. Após a morte de João, 
Maria foi surpreendida com a notícia de que 
João tinha um filho, Marcos, de 9 anos, com 
o qual não mantinha contato. João não tinha 
nenhum outro filho e nenhum outro bem. 
Considerando as regras de direito das 
sucessões e a jurisprudência dominante no 
Superior Tribunal de Justiça, Maria terá 
direito 
A) a metade do bem, na condição de 
herdeira necessária, e Marcos terá direito a 
herdar a outra metade do bem. 
B) à totalidade do bem, pois não se 
trata de bem passível de sucessão, já que 
não se tratava de bem particular de João. 
C) à meação do bem e ao direito real de 
habitação, e Marcos herdará metade do 
bem. 
D) a 75% do bem, em razão da meação 
e da herança, além do direito real de 
habitação, cabendo a Marcos 25% do bem 
deixado pelo pai. 
E) a 75% do bem, em razão da meação 
e da herança, sem direito real de habitação, 
cabendo a Marcos 25% do bem deixado pelo 
pai. 
 
 
30. Ana e Flávia são casadas e pretendem ter 
um filho. Não dispondo de condições 
financeiras para arcar com os custos de 
tratamento de fertilização, realizaram 
inseminação caseira com material genético 
doado por um amigo do casal. A 
inseminação caseira teve êxito e Ana ficou 
grávida. Flávia acompanhou o trabalho de 
parto de Ana e ambas se identificaram na 
maternidade como casal, apresentando 
exames pré-natais, que contaram com o 
acompanhamento de Flávia, a demonstrar 
que a gravidez era fruto de projeto parental 
conjunto. Contudo, na declaração de 
nascido vivo do bebê, chamado de Arthur, 
constou apenas o nome de Ana, como “mãe 
solteira”. Diante dessa situação, 
A) Flávia deverá ajuizar ação para 
reconhecimento da maternidade, com 
fundamento na igualdade de tratamento e 
direitos garantidos às famílias heteroafetivas 
pelo valor jurídico conferido à 
socioafetividade. 
B) considerando que o procedimento 
de inseminação se deu fora das clínicas ou 
centros de serviço de reprodução humana 
autorizados, o reconhecimento judicial 
dependerá da realização de contrato de 
doação do material válido realizado entre as 
partes. 
C) Flávia somente poderá ser 
reconhecida como mãe de Arthur por meio 
de ação de adoção, uma vez que o Supremo 
Tribunal Federal já reconhece amplamente a 
possibilidade de adoção por casais 
homoafetivos. 
D) Ana e Flávia poderão realizar 
diretamente o registro da criança em 
cartório, constando o nome das duas como 
mães; contudo o doador do material 
genético deverá ser registrado como pai da 
criança. 
 
9 
 
E) como a inseminação caseira não 
possui respaldo jurídico, a maternidade agiu 
corretamente ao fazer constar na declaração 
de nascido vivo somente Ana, parturiente, 
como “mãe solteira” de Arthur. 
 
 
31. Ao anunciar um veículo à venda, o 
anunciante instalou alguns itens estéticos 
no veículo que davam a impressão de se 
tratar de um modelo mais caro do que o 
modelo real do carro. Durante as 
negociações, na presença do vendedor, um 
terceiro fez menção expressa ao preço em 
relação ao modelo (referindo-se ao modelo 
mais caro), mas o vendedor não corrigiu a 
informação. O comprador, após concretizar 
a compra e pagar o preço, levou o veículo ao 
mecânico, quando descobriu que na 
verdade havia adquirido o carro pensando se 
tratar de um outro modelo. Ele procura o 
vendedor e afirma ter interesse em continuar 
com o veículo, mas deseja um abatimento do 
preço. O vendedor, por sua vez, afirma que 
em nenhum momento disse que o veículo era 
do modelo que o comprador havia 
imaginado. Nesse caso, trata-se de 
A) erro sobre o objeto principal da 
declaração (error in corpore ou error in 
substantia), que torna anulável o negócio, no 
prazo decadencial de 04 (quatro) anos. 
B) dolo acidental, que em regra não 
afeta a validade do negócio, porém impõe o 
dever de indenizar. 
C) vício redibitório, que permite tanto a 
anulação do negócio, como o abatimento do 
preço pago, no prazo decadencial de 30 
(trinta) dias para bens imóveis. 
D) dolo essencial, que torna o negócio 
anulável, cuja decadência ocorre no prazo de 
04 (quatro) anos. 
E) dolo essencial, que torna o negócio 
anulável, cuja prescrição ocorre no prazo de 
04 (quatro) anos. 
 
 
32. Carlos e Silvana são adolescentes e 
querem se casar. Segundo a normativa legal 
vigente, 
A) em harmonia com a normativa 
internacional, o casamento entre Carlos e 
Silvana, por serem adolescentes, não é 
admitido, ainda que não haja proibição 
expressa quanto à união estável. 
B) tendo Carlos 14 anos e Silvana 16 
anos, o casamento é admitido desde que 
Silvana esteja grávida de Carlos e o juiz 
autorize que se casem. 
C) se os pais de Silvana e/ou de Carlos 
discordarem, o casamento é possível com 
regime de separação de bens obrigatório e 
desde que ambos tenham pelos menos 16 
anos completos. 
D) tendo Carlos 16 anos e Silvana 15 
anos, o casamento é possível se 
comprovados, por parte de ambos, 
maturidade e discernimento em perícia 
psicológica no curso de ação judicial 
própria. 
E) se Carlos e Silvana já mantiverem 
união estável, com filho em comum, poderão 
ter a união convertida em casamento antes 
de atingirem a idade núbil 
independentemente de alvará judicial. 
 
 
33. A teoria do desvio produtivo 
A) tem sido reiteradamente rechaçada 
pela jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça na seara consumerista. 
B) tem previsão expressa tanto no 
Código Civil como no Código de Defesa do 
Consumidor, para fins de responsabilidade 
civil. 
C) tem sido utilizada para fundamentar 
o pedido de indenização do consumidor em 
razão do dano temporal sofrido. 
D) serve para reconhecer a aplicação 
da legislação consumerista àquele que 
adquire o produto ou serviço, mas não na 
condição de destinatário final. 
E) é o fundamento da indenização pela 
perda de uma chance.DIREITO PENAL 
 
 
34. Sobre a escola positivista da 
criminologia, é correto afirmar: 
A) A escola positivista ainda não chega 
a considerar a concepção da pena como 
meio de defesa social, que é própria de 
escolas mais modernas da criminologia. 
B) Sua recepção no Brasil recebeu 
contornos racistas, notadamente no 
trabalho antropológico de Nina Rodrigues. 
 
10 
 
C) É uma escola criminológica 
ultrapassada e que já influenciou a 
legislação penal brasileira, mas que após a 
Constituição Federal de 1988 não conta mais 
com institutos penais influenciados por esta 
corrente. 
D) Por ter enveredado pela sociologia 
criminal, Enrico Ferri não é considerado um 
autor da escola positivista, que possui viés 
médico e antropológico. 
E) O método positivista negava a 
importância da pesquisa empírica, que 
possivelmente a levaria a resultados diversos 
daqueles encontrados pelos seus autores. 
 
 
35. No crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes, 
A) é cabível a aplicação de causa de 
diminuição de pena pela colaboração 
voluntária na identificação de coautores e na 
recuperação do produto do crime. 
B) a natureza e quantidade da 
substância ou do produto não podem ser 
valoradas negativamente na aplicação da 
pena por configurar bis in idem. 
C) o valor da pena de multa previsto em 
lei é adequado à condição econômica da 
maior parte das pessoas condenadas por 
esse crime no Brasil, de modo a atacar o 
crime organizado de forma eficiente e 
preventiva. 
D) é vedada a substituição da pena 
privativa de liberdade por penas restritivas 
de direitos em razão do princípio da 
proporcionalidade. 
E) a participação daquele que 
meramente custeia a prática do crime é 
circunstância atenuante da pena. 
 
 
36. Sobre a legítima defesa, é correto 
afirmar: 
A) A agressão injusta que autoriza essa 
excludente de ilicitude deve ser dolosa. 
B) A necessidade do meio utilizado 
depende das circunstâncias concretas e dos 
meios disponíveis no momento pelo agente. 
C) A agressão que autoriza essa 
excludente de antijuridicidade deve ser 
iminente, atual ou cessada. 
D) A legítima defesa da honra é vedada 
quando a ação defensiva é uma retorsão 
imediata em crimes contra a honra. 
E) Pode ser exercida por terceiro 
quando um bem jurídico coletivo seja 
atingido, ainda que não implique agressão a 
um bem pessoal. 
 
 
37. O crime de receptação 
A) é impunível se o autor do crime de 
que proveio a coisa é isento de pena, 
conforme jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça. 
B) é punível ainda que o agente tenha 
apenas influído para que terceiro, de boa-fé, 
oculte coisa que sabe ser produto de crime. 
C) de semovente domesticável de 
produção, ainda que abatido ou dividido em 
partes, com finalidade de comercialização, é 
crime contra a fauna e submetido às causas 
de aumento de pena da Lei n° 9.605/1998. 
D) tem a pena aumentada por se tratar 
de circunstância agravante, quando 
envolver bens do patrimônio do Estado ou 
Município. 
E) qualificada demanda atividade 
comercial regular, vedada essa condição em 
atividade exercida de forma residencial em 
razão do princípio da legalidade estrita. 
 
 
38. Quanto aos crimes contra a honra, 
correto afirmar que 
A) não constitui difamação ou calúnia 
punível a ofensa irrogada em juízo, na 
discussão da causa, pela parte ou por seu 
procurador. 
B) cabível a exceção da verdade na 
difamação e na injúria. 
C) há isenção de pena se o querelado, 
antes da sentença, se retrata cabalmente da 
difamação ou da injúria. 
D) a ação penal é pública 
incondicionada na injúria com preconceito. 
E) possível a propositura de ação penal 
privada no caso de servidor público ofendido 
em razão do exercício de suas funções. 
 
 
39. Sobre o iter criminis é correto afirmar que 
A) a consumação do crime formal 
requer o resultado naturalístico, pois dele 
depende a efetiva violação do bem jurídico. 
B) a tentativa só pode se configurar na 
presença do dolo de consumação do delito. 
 
11 
 
C) a cogitação é impunível, salvo em 
casos de milícia privada armada, grupo ou 
esquadrão. 
D) o ato preparatório, por constituir 
uma antecipação da tutela penal, não 
admite tipificação própria no Código Penal. 
E) o exaurimento, por se dar após a 
consumação da pena, não pode interferir na 
aplicação da pena, pois é incapaz de 
modificar o desvalor da ação. 
 
 
40. No crime de roubo, 
A) quando praticado com arma de fogo 
de numeração suprimida, a pena é aplicada 
em dobro por ser equiparada a arma de fogo 
de uso restrito ou proibido. 
B) a arma imprópria e a arma branca, 
ensejam a majoração da pena em dois 
terços. 
C) a hediondez é considerada se 
praticado com restrição da liberdade da 
vítima ou se a subtração for de substâncias 
explosivas. 
D) conforme entendimento dos 
Tribunais Superiores, o roubo impróprio é 
incompatível com o concurso de agentes. 
E) a aplicação da pena em dobro pelo 
emprego de arma de fogo de uso restrito ou 
proibido só incide em relação à figura 
do caput. 
 
 
41. Antônio chama seu "capanga" Marcelo e 
determina que mate seu desafeto Mário. 
Marcelo se arma com uma clava, esconde-se 
atrás de uma árvore, mas, no momento em 
que Mário passa, não tem coragem de 
golpeá-lo e desiste. Diante disso, Antônio 
A) responderá por tentativa de 
homicídio, em coautoria, com pena 
atenuada pela ocorrência de 
arrependimento posterior. 
B) responderá por tentativa de 
homicídio, em coautoria. 
C) responderá por crime de 
favorecimento pessoal. 
D) não responderá por crime algum, 
pois Marcelo não chegou a dar início à 
execução do homicídio. 
E) responderá, em co-autoria, por 
posse ilegal de arma branca. 
 
 
42. Sobre o crime de divulgação de cena de 
estupro ou de cena de estupro de vulnerável, 
de cena de sexo ou de pornografia, é correto 
afirmar que 
A) o especial fim de vingança ou 
humilhação é causa de aumento de pena de 
um terço a dois terços. 
B) se consuma com a invasão de 
dispositivo informático de uso alheio para 
obter foto ou vídeo íntimo com nudez da 
vítima. 
C) sua tipicidade depende de 
divulgação de cena de sexo com violência; 
do contrário, configura o crime de 
difamação. 
D) quando a vítima for mulher, seu 
consentimento é incapaz de excluir a 
ilicitude da conduta, dada a especial 
proteção de gênero prevista pela norma. 
E) a prévia relação íntima de afeto, por 
constituir elementar do tipo, não pode incidir 
como motivação para aumento de pena. 
 
 
43. A suspensão condicional da pena 
A) é facultativamente revogada se o 
beneficiário é condenado por crime doloso 
em sentença condenatória irrecorrível. 
B) é incabível em crimes cometidos 
com violência ou grave ameaça à pessoa. 
C) comporta extensão a todas as 
modalidades de pena, como as penas 
restritivas de direitos e de multa, em razão de 
seus propósitos político-criminais. 
D) garante a ausência de 
estigmatização do condenado por não 
submetê-lo às mazelas prisionais, mas o 
mero comparecimento mensal em juízo. 
E) é aplicável em caso de reincidente 
em crime culposo e nos crimes submetidos à 
Lei Maria da Penha. 
 
 
44. As penas restritivas de direitos 
A) de prestação de serviços à 
comunidade ou a entidades públicas são 
aplicáveis às condenações superiores a 1 
(um) ano de privação de liberdade, desde 
que a pena seja de detenção. 
B) deverão ser obrigatoriamente 
convertidas em pena privativa de liberdade 
se sobrevier nova condenação dessa espécie 
por outro crime. 
 
12 
 
C) são aplicáveis ao reincidente 
específico, desde que a medida seja 
socialmente recomendável. 
D) substituem as penas privativas de 
liberdade quando estas não superam seis 
anos em caso de réu idoso. 
E) prescrevem no mesmo prazo 
previsto para as penas privativas de 
liberdade que substituem. 
 
 
45. O crime impossível 
A) é reconhecido pelo Superior Tribunal 
de Justiça quando o agente já possuidor da 
droga a oferece ao policial, que efetua a 
prisão em flagrante. 
B) pela impossibilidade absoluta do 
meio ocorre quando o objeto não pode sofrer 
a ação típica, comono caso de alguém que 
atira da janela uma pessoa que já estava 
morta. 
C) demanda o potencial lesivo da 
conduta e a ausência de elementos 
subjetivos do tipo para sua configuração. 
D) ocorre quando o agente em situação 
de extrema vulnerabilidade pratica um fato 
típico em razão da falta de apoio do Estado. 
E) pode ocorrer em caso de furto em 
estabelecimento comercial se a vigilância 
concretamente tornar impossível a 
consumação do delito. 
 
 
46. O crime de tortura 
A) é praticado pela autoridade 
competente que decretar a condução 
coercitiva de investigado manifestamente 
descabida ou sem prévia intimação de 
comparecimento ao juízo. 
B) pode ser praticado por omissão 
daquele que tem o dever de apurar a 
conduta de quem submete pessoa presa a 
sofrimento físico ou mental, por intermédio 
da prática de ato não previsto em lei, e não o 
faz. 
C) possui eficácia preventiva escassa, 
por restringir a autoria a agente público, e 
faz com que o Brasil descumpra suas 
obrigações internacionalmente acordadas. 
D) enseja o reconhecimento do 
concurso material de crimes, se cometido 
mediante sequestro. 
E) é inafiançável e insuscetível de 
aplicação de penas restritivas de direitos em 
substituição à pena privativa de liberdade. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
 
47. Fernando é empresário com pessoa 
jurídica regularmente constituída como 
“Fernando Comércio EIRELI”. Todavia, em 
sua atividade como pessoa física, acabou 
por contrair inúmeras dívidas com diversos 
credores. Ciente de que seu patrimônio 
estava em risco, transferiu diversos bens de 
seu patrimônio particular para sua empresa, 
o que viria a inviabilizar eventual execução 
das dívidas. Aos credores, nessas 
circunstâncias, 
A) não assiste o direito de alcançar os 
bens da empresa, em razão do princípio da 
autonomia patrimonial da pessoa jurídica em 
relação à pessoa do sócio. 
B) é possível executar indistintamente 
o patrimônio da empresa ou do empresário, 
uma vez que se trata de Empresa Individual, 
em que não há autonomia entre o patrimônio 
da empresa e do empresário individual. 
C) somente poderão alcançar os bens 
da empresa caso demonstrem que a 
transferência dos bens se deu mediante 
fraude contra credores. 
D) caberá pedir a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
E) caberá pedir a desconsideração 
inversa da personalidade jurídica. 
 
 
48. Alberto Roberto tornou-se réu em uma 
ação de cobrança de nota promissória. Ficou 
sabendo por um escrevente do Cartório, 
procurou um advogado e, antes mesmo de 
ser citado, contestou o feito. Essa 
contestação 
A) será tida por intempestiva, pois o 
que define a tempestividade é o início da 
contagem do prazo, ainda não iniciado. 
B) será considerada tempestiva, sem 
necessidade de reiteração do ato após a 
citação de Alberto Roberto. 
C) será considerada um ato praticado 
condicionalmente, pois dependerá de 
ratificação por Alberto Roberto, 
necessariamente dentro do prazo legal de 
oferecimento da defesa. 
D) é intempestiva, porque praticado o 
ato fora do prazo, o que se dá tanto antes 
 
13 
 
quanto depois de finalizada sua contagem; 
no entanto, se o autor concordar, será a 
contestação tida por tempestiva, 
caracterizando a anuência um negócio 
jurídico-processual. 
E) será tida por inexistente, devendo 
ser praticado o ato novamente no prazo legal 
da contestação. 
 
 
49. A defensora pública, representando os 
direitos da autora, realizou pedido de tutela 
antecipada de urgência em relação a um dos 
pedidos formulados em determinada ação. 
Houve a concessão da tutela de urgência 
pretendida logo após a inicial, de modo que 
os efeitos da tutela vigoraram durante a 
tramitação da ação em favor da parte autora. 
Em sentença, a ação foi julgada 
parcialmente procedente, indeferindo o 
pedido da autora sobre o qual vigorava a 
tutela provisória, revogando-a 
expressamente. Com o objetivo de retomar 
os efeitos da tutela antecipada de urgência 
em fase recursal, 
A) a sentença que confirma, concede 
ou revoga tutela provisória possui efeito 
suspensivo ope legis, de modo que a 
interposição de recurso prolonga seu estado 
de ineficácia e não depende de 
pedido específico ao relator do recurso. 
B) a parte poderá requerer a 
apreciação de pedido de tutela antecipada 
recursal no Tribunal ad quem no período 
compreendido entre a interposição da 
apelação perante o juízo a quo e sua 
distribuição. 
C) caberá apelação interposta no 
juízo a quo, não sendo possível a apreciação 
de pedido de tutela antecipada recursal 
antes da distribuição e remessa ao Tribunal. 
D) capítulo da sentença que confirma, 
concede ou revoga a tutela provisória é 
impugnável por agravo de instrumento. 
E) caberá apelação interposta 
excepcionalmente perante o Tribunal ad 
quem com pedido ao relator para atribuição 
do efeito suspensivo, repristinando-se a 
tutela antecipada concedida em primeiro 
grau. 
 
 
50. O Código de Processo Civil de 2015 
ampliou o tratamento dispensado aos casos 
repetitivos no ordenamento jurídico. De 
acordo com os instrumentos processuais 
previstos para o enfrentamento da 
litigiosidade repetitiva, 
A) o juiz, ao observar a existência de 
demandas individuais repetitivas, deverá 
oficiar ao Ministério Público e à Defensoria 
Pública para oferecimento de ação coletiva 
ou pedido de instauração de incidente de 
demandas repetitivas, uma vez que não 
pode suscitar o incidente de ofício. 
B) é passível de agravo de instrumento 
a decisão de primeira instância que julgar o 
pedido de distinguishing (distinção) feito 
pela parte que teve sua ação sobrestada por 
força de recurso repetitivo. 
C) o recurso especial ou extraordinário 
interposto em face de decisão proferida em 
ação coletiva não poderá ser afetado como 
representativo da controvérsia. 
D) é cabível a instauração de incidente 
de resolução de demandas repetitivas junto 
ao Tribunal de Justiça de matéria de direito 
material ou processual já afetada pelos 
Tribunais Superiores em sede de recurso 
repetitivo, desde que não tenha sido julgada 
definitivamente. 
E) são admitidas as intervenções 
de amici curiae nos incidentes de resolução 
de demandas repetitivas, mas não no 
julgamento de recursos especiais e 
extraordinários repetitivos. 
 
 
51. Gabriela é sublocatária de uma edícula 
em um imóvel alugado por Paula. Todavia, a 
sublocadora está sofrendo uma ação de 
despejo por falta de pagamento das 
obrigações acessórias. Diante desta 
situação, Gabriela procurou a Defensoria 
Pública do Estado de Goiás para a defesa de 
seus interesses, pois deseja permanecer no 
imóvel. Neste caso, 
A) Paula deverá realizar o chamamento 
ao processo para que Gabriela possa intervir 
no processo, em razão de sua condição de 
codevedora. 
B) Gabriela é litisconsorte necessária 
da locatária nesta ação de despejo e, uma 
vez não incluída no polo passivo, o processo 
é nulo. 
C) não se mostra cabível nenhuma 
hipótese de intervenção de terceiros, pois 
Gabriela não tem interesse jurídico na 
 
14 
 
demanda, mas somente interesse moral ou 
econômico. 
D) Gabriela poderá intervir como 
assistente litisconsorcial, uma vez que a 
sentença pode influir na relação entre ela e o 
adversário do assistido. 
E) Gabriela poderá intervir como 
assistente simples, como auxiliar da 
requerida, exercendo os mesmos poderes e 
se sujeitando aos mesmos ônus da parte 
assistida. 
 
 
52. Sobre a ação possessória em que figure 
no polo passivo grande número de pessoas, 
A) a intervenção da Defensoria Pública 
como custos vulnerabilis representa os 
interesses dos ocupantes citados por edital. 
B) a citação pessoal dos ocupantes 
poderá ser realizada na pessoa do 
representante ou líder comunitário local. 
C) de acordo com o Código de 
Processo Civil, deve o oficial de justiça 
realizar a tentativa de citação pessoal dos 
ocupantes por duas vezes, de modo que os 
não encontrados no local serão citados por 
edital. 
D) quando o esbulho afirmado na 
petição inicial houver ocorrido há mais de 
ano e dia, antes da apreciaçãodo pedido 
liminar, o juiz deverá designar audiência de 
mediação para tentativa de solução pacífica 
do conflito. 
E) nas hipóteses em que não for autor 
da demanda, a intervenção do Ministério 
Público é dispensável por envolver direitos 
disponíveis. 
 
 
53. Em relação ao pedido, 
A) são cumuláveis os pedidos de 
procedimentos processuais diversos, desde 
que adotado o procedimento comum, sem 
prejuízo do emprego de técnicas 
processuais diferenciadas previstas nos 
procedimentos especiais que não forem 
incompatíveis com o procedimento comum. 
B) o pedido subsidiário é aquele em 
que é facultado ao juiz que acolha qualquer 
um dos pedidos formulados sem ordem de 
preferência. 
C) é possível a alteração do pedido até 
o saneamento do processo, sem o 
consentimento do réu, desde que 
assegurado o contraditório mediante a 
possibilidade de manifestação no prazo de 
15 dias e produção de prova suplementar. 
D) são cumuláveis os pedidos de 
procedimentos processuais diversos, desde 
que adotado o procedimento comum e que 
o autor abra mão do emprego de técnicas 
processuais diferenciadas previstas nos 
procedimentos especiais. 
E) são cumuláveis os pedidos ainda 
que o juízo não seja competente para um dos 
pedidos, observando-se o princípio da 
efetividade. 
 
 
54. Em uma apelação cível interposta ao 
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, a 
Terceira Câmara Cível, por decisão unânime, 
negou provimento ao apelo interposto pelo 
autor da demanda, representado pela 
Defensoria Pública da Bahia. Irresignado, o 
autor interpôs recurso especial ao Superior 
Tribunal de Justiça, sustentando a violação 
à lei federal. O Presidente do Tribunal de 
Justiça do Estado da Bahia negou 
seguimento ao recurso especial, por 
entender que a irresignação contraria 
precedente do Superior Tribunal de Justiça 
em regime de recursos repetitivos. Diante 
dessa decisão, o defensor público interpõe 
Agravo Interno, sustentando a distinção 
entre o caso em análise em relação àqueles 
que ensejaram o julgamento em Incidente de 
Recursos Repetitivos, mas o Tribunal local 
negou provimento ao agravo interno, em 
decisão reputada ilegal e teratológica. 
Diante da situação narrada e levando em 
consideração o disposto no Código de 
Processo Civil de 2015 e a jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça, a decisão 
proferida pelo Tribunal local, nessas 
circunstâncias, é 
 
A) irrecorrível, razão pela qual é cabível 
a impetração de mandado de segurança ao 
Superior Tribunal de Justiça. 
B) irrecorrível, razão pela qual é cabível 
a impetração de mandado de segurança ao 
próprio Tribunal local. 
C) irrecorrível, razão pela qual não é 
cabível mais nenhum meio impugnativo 
contra tal decisão judicial, senão a ação 
rescisória, após o trânsito em julgado. 
D) recorrível por meio de agravo de 
decisão denegatória, que deverá ser julgado 
pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
15 
 
E) recorrível por meio de novo agravo 
de decisão denegatória, que deverá ser 
julgado pelo Tribunal local. 
 
 
55. Paulo e Cláudia são casados em regime 
de comunhão parcial de bens. Paulo tem um 
filho de relacionamento anterior e estava em 
dívida com a sua obrigação alimentar há 
anos, situação desconhecida por Cláudia. O 
casal possui um único bem de família, 
adquirido na constância da união. Em 
cumprimento de sentença, foi penhorado o 
imóvel pertencente ao casal, intimando-se 
também Cláudia, por se tratar de 
coproprietária do bem. 
Diante da situação concreta, 
A) tratando-se de bem indivisível, a 
única opção possível é a realização de leilão 
judicial, não podendo o exequente optar 
pela alienação particular do bem. 
B) uma vez levado à hasta pública, a 
meeira terá direito à metade do produto da 
venda do bem, desde que não seja vendido 
por preço vil. 
C) caso expropriado o imóvel, Cláudia 
terá direito a receber o valor correspondente 
à metade da avaliação do bem. 
D) não há previsão legal de direito à 
preferência do cônjuge na arrematação do 
bem, ainda que em igualdade de condições 
com os demais interessados. 
E) a fim de não prejudicar direito de 
terceiro alheio à execução, deve-se realizar a 
venda somente da cota-parte do devedor, 
formando-se, futuramente, um condomínio 
entre o arrematante e Cláudia. 
 
 
56. Levando em consideração as 
características de uma ação de declaratória 
da paternidade proposta por uma criança, 
devidamente representada por sua genitora, 
contra o suposto pai, 
A) deverá ser proposta no foro do 
domicílio da criança, que tem a competência 
territorial relativa para demandas de tal 
natureza. 
B) caso o juiz venha a deferir a 
produção de prova pericial (exame de DNA), 
e o demandado se recusar a fornecer 
amostra de material genético, terá contra si 
a presunção absoluta de paternidade. 
C) em caso de revelia do suposto 
genitor, presumir-se-á a paternidade diante 
da ausência de impugnação do requerido. 
D) em regra, compete à criança, na 
condição de ocupante do polo ativo da 
demanda, o ônus da prova da paternidade. 
E) o laudo de exame de DNA que 
conclua pela incompatibilidade genética 
entre autor e demandado ensejará 
inexoravelmente a improcedência da 
pretensão veiculada pelo autor. 
 
 
57. Lucas, 19 anos, compareceu a um 
hospital estadual em Goiânia com o objetivo 
de doar sangue. O jovem foi impedido de 
realizar o ato por ter declarado ser 
homossexual e ter mantido relações sexuais 
recentes com outro homem. Irresignado, o 
jovem compareceu a uma unidade da 
Defensoria Pública para adoção das 
medidas cabíveis. Sem prejuízo da eventual 
adoção de medidas extrajudiciais e judiciais 
coletivas, no plano individual 
A) não há possibilidade jurídica do 
pedido de obrigação de fazer em relação ao 
hospital, cabendo somente o pedido de 
reparação de danos pela discriminação 
sofrida pelo jovem. 
B) o pedido de reparação de danos 
deve ser necessariamente subsidiário em 
relação ao pedido de obrigação de fazer. 
C) carece de interesse de agir a ação 
judicial proposta sem prévia atuação 
extrajudicial da defensoria pública, ainda 
que o hospital tenha fornecido a negativa 
por escrito, de modo que se faz 
imprescindível ao defensor ou defensora 
pública oficiar o hospital antes de ajuizar 
eventual demanda. 
D) há legitimidade de parte e interesse 
de agir na ação de obrigação de fazer 
ajuizada pelo jovem contra o hospital 
cumulada com pedido de reparação de 
danos. 
E) o jovem não possui legitimidade 
ativa para ajuizar ação contra o hospital com 
o objetivo de obrigá-lo a aceitar a doação de 
sangue, mas somente para veicular a 
pretensão de reparação de danos pela 
discriminação sofrida. 
 
 
58. O juiz, em seu primeiro contato com a 
petição inicial, percebe que a pretensão 
 
16 
 
deduzida se refere à pretensão de um 
beneficiário contra o segurador. Ele observa, 
ainda, que o sinistro ocorreu no dia 06 de 
junho de 2018, enquanto a petição inicial foi 
distribuída no dia 02 de junho de 2021. A 
petição preencheu todos os requisitos 
formais exigidos em lei e não se vislumbra 
nenhuma contrariedade a precedente 
judicial. Entretanto, até a presente data 
ainda não houve o juízo positivo de 
admissibilidade ou a citação do demandado, 
ultrapassado o triênio prescricional previsto 
em lei para a hipótese entre a data do 
sinistro e o presente. Nessa situação, o juiz 
deve 
A) receber a petição inicial e 
determinar a citação do demandado, uma 
vez que o juízo positivo interromperá o prazo 
prescricional e retroagirá à data da 
propositura. 
B) receber a petição inicial, uma vez 
que a prescrição é matéria de exceção, que 
o juiz não pode conhecer de ofício, de modo 
que deve aguardar a provocação do 
interessado – no caso, o demandado deverá 
arguir tal tese defensiva. 
C) indeferir a petição inicial, por falta 
de interesse processual, uma vez que já se 
operou o prazo prescricional que fulminou a 
pretensão deduzida nessa demanda. 
D) julgar liminarmente improcedente o 
pedido, pois a prescrição é uma hipótese 
expressamente contemplada em lei que 
permitea improcedência liminar da 
pretensão, julgando extinto o processo com 
resolução do mérito. 
E) receber a petição inicial, uma vez 
que a propositura da demanda tem o condão 
de interromper o prazo prescricional e, na 
hipótese, verifica-se que a ação foi ajuizada 
tempestivamente, antes do advento do 
prazo prescricional. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
59. A prisão domiciliar prevista no Código de 
Processo Penal 
A) é incompatível com os institutos da 
detração e remição da pena. 
B) pode ser decretada em conjunto 
com a medida cautelar de fiança. 
C) deve ser decretada quando 
ausentes os requisitos da prisão preventiva. 
D) pode ser imposta ao acusado 
homem, desde que seja o único responsável 
pelos cuidados de filho de até 14 anos de 
idade. 
E) deve ser imposta à mulher gestante 
em caso de cometimento de crime com 
violência ou grave ameaça. 
 
 
60. A sentença absolutória no juízo criminal 
impede o ajuizamento da ação civil para a 
reparação do dano quando o fundamento da 
absolvição consistir em 
A) não existir prova suficiente para a 
condenação. 
B) ocorrência de erro de proibição. 
C) não haver prova da existência do 
fato. 
D) que o fato imputado não constitui 
crime. 
E) estar provado que o réu não 
concorreu para a infração penal. 
 
 
61. Sobre as provas no processo penal, é 
correto: 
A) O interrogatório do réu é ato único, 
não podendo ser renovado pelo magistrado 
de ofício ou a pedido das partes. 
B) A confissão informal realizada 
perante os agentes da lei é suficiente a 
ensejar o desfecho condenatório. 
C) A acareação é admitida entre 
acusado e vítima, mas é vedada entre 
corréus, diante da não obrigação destes em 
dizer a verdade. 
D) O juiz negará a realização do exame 
de corpo de delito requerida pela parte 
quando não for necessária ao 
esclarecimento da verdade. 
E) A busca pessoal não dependerá de 
mandado quando a medida for determinada 
no curso de busca e apreensão domiciliar. 
 
 
62. Sobre o procedimento afeto ao Tribunal 
do Júri: 
A) Em condenação pelo Tribunal do 
Júri igual ou superior a 15 anos, o tribunal 
poderá dar efeito suspensivo ao apelo se 
este, de maneira cumulativa, não tiver mero 
propósito protelatório e levantar questão 
 
17 
 
substancial que possa ensejar novo 
julgamento. 
B) O juiz, ao término da primeira fase, 
não se convencendo da materialidade do 
fato delituoso ou da existência de suficientes 
indícios de autoria ou participação do 
acusado, motivadamente, o absolverá desde 
logo. 
C) Se o interesse da segurança pública 
o reclamar ou houver dúvida sobre a 
imparcialidade do juiz togado, o Tribunal, a 
pedido do acusado, poderá determinar o 
desaforamento para a comarca mais 
próxima da região. 
D) Na sessão plenária de julgamento, 
durante os debates, é defeso a qualquer das 
partes, sob pena de nulidade, fazer 
referências aos antecedentes penais do 
acusado como argumento de autoridade. 
E) Da decisão, ao final da primeira fase, 
que desclassifica o crime doloso contra a 
vida, caberá o recurso de apelação, 
enquanto o recurso em sentido estrito é o 
cabível contra decisão que impronuncia o 
acusado. 
 
 
63. Sobre as provas no processo penal: 
A) O ônus da prova acerca da 
ocorrência de alguma excludente de ilicitude 
cabe ao réu, em obediência à repartição da 
responsabilidade probatória. 
B) Inexiste o sistema da íntima 
convicção do julgador na valoração das 
provas, em respeito ao princípio 
constitucional da motivação das decisões. 
C) Vige, no Processo Penal brasileiro, o 
sistema tarifado de provas, prevalecendo a 
confissão do réu em detrimento das demais 
provas colhidas em contraditório. 
D) O juiz poderá fundamentar sentença 
condenatória em elementos de prova ilícitos 
colhidos durante o inquérito policial, desde 
que corroborados por outras provas. 
E) Há prioridade na realização do 
exame de corpo de delito quando o crime 
envolver violência doméstica e familiar 
contra mulher. 
 
 
64. A Polícia Civil de determinado estado 
abriu investigação acerca do tráfico de 
drogas em uma comunidade, inclusive com 
a utilização de fuzis e outras armas de 
grande potencial lesivo. Diante da 
dificuldade em obter a individualização dos 
supostos traficantes, bem como o local da 
guarda dos entorpecentes e armas, haja 
vista a utilização da residência de diversos 
moradores para tal função, a autoridade 
policial requereu ao juiz a expedição de um 
mandado de busca e apreensão coletivo, a 
permitir o ingresso em qualquer residência 
da comunidade, bem como a apreensão de 
objetos ligados ao tráfico de drogas, tais 
como celulares e planilhas. A essa 
modalidade ilícita e ilegal de obtenção de 
provas, dá-se o nome de 
A) serendipidade de segundo grau. 
B) fishing expedition. 
C) serendipidade de primeiro grau. 
D) vigilância policial motivada. 
E) ação controlada. 
 
 
65. O acordo de não persecução penal 
A) poderá ser oferecido em casos de 
crimes contra a Administração pública. 
B) deve ser proposto no prazo do 
oferecimento da denúncia sob pena de 
preclusão. 
C) reforça a obrigatoriedade da ação 
penal pública incondicionada. 
D) é incabível para investigados 
reincidentes ou se houver elementos que 
indiquem sua reiteração criminosa. 
E) precede à análise do Ministério 
Público acerca do arquivamento do inquérito 
policial. 
 
 
66. obre recursos, habeas corpus e revisão 
criminal, de acordo com a jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça, 
A) caberá apelação da decisão judicial 
que recusar homologação à proposta de 
acordo de não persecução penal. 
B) em atenção à paridade de armas, o 
Ministério Público também possui prazo em 
dobro para recorrer em âmbito penal. 
C) os Embargos Infringentes, 
interpostos por acusação ou defesa, 
possuem efeito devolutivo amplo. 
D) a superveniência da sentença 
condenatória prejudica o pedido de 
trancamento da ação penal por falta de justa 
causa feito em habeas corpus. 
E) a soberania dos vereditos impede o 
juízo rescisório em revisão criminal 
 
18 
 
interposta contra decisão do Tribunal do 
Júri. 
 
 
67. A Sexta Turma do Superior Tribunal de 
Justiça julgou dois habeas 
corpus impetrados por Defensorias Públicas 
estaduais: um sobre o reconhecimento de 
pessoas e coisas (HC n° 598886/SC, j. em 
27/10/2020) e o outro sobre o ingresso em 
domicílio no caso de tráfico de drogas (HC 
n°598051/SP, j. em 02/03/2021). 
De acordo com referidos julgados: 
A) A violação às regras e condições 
legais e constitucionais para o ingresso no 
domicílio alheio resulta, caso o réu não 
confesse a autoria delitiva, na ilicitude das 
provas obtidas. 
B) O reconhecimento de pessoas e 
coisas deve observar, se possível, o 
procedimento previsto no artigo 226 do 
Código de Processo Penal. 
C) O reconhecimento fotográfico de 
pessoas, ainda que obedecidas as 
formalidades do artigo 226 do Código de 
Processo Penal, não pode servir como prova 
em ação penal. 
D) O tráfico ilícito de entorpecentes, 
por ser classificado como crime de natureza 
permanente, autoriza, por si só, a entrada 
sem mandado no domicílio onde 
supostamente se encontra a droga. 
E) A prova da legalidade e da 
voluntariedade do consentimento para o 
ingresso na residência do suspeito incumbe, 
em caso de dúvida, ao réu, em obediência à 
repartição do ônus de prova no processo 
penal. 
 
 
68. Sobre a confissão, é correto afirmar: 
A) Ainda que parcial, atenua a pena, se 
utilizada para dar suporte à condenação. 
B) Constitui causa de diminuição de 
pena em caso de crimes ambientais. 
C) Retira a hediondez quando se tratar 
de crime punido com até 4 anos de 
detenção. 
D) Atenua a pena no crime de tráfico de 
drogas com a mera admissão da posse para 
uso próprio. 
E) Incide na aplicação da pena se 
comprovado igualmente o arrependimento 
da prática do crime. 
 
 
69. Endossa o sistema inquisitivo a seguinte 
disposição vigente no Código de Processo 
Penal: 
A) Em qualquer fase da investigação 
policial ou do processo penal, caberá a 
prisão preventiva decretada pelo juiz, de 
ofício,se no curso da ação penal, ou a 
requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou por 
representação da autoridade policial. 
B) As perguntas serão formuladas 
pelas partes diretamente à testemunha, não 
admitindo o juiz aquelas que puderem 
induzir a resposta, não tiverem relação com 
a causa ou importarem na repetição de outra 
já respondida. 
C) O juiz, quando julgar necessário, 
poderá ouvir outras testemunhas, além das 
indicadas pelas partes. 
D) Ninguém poderá ser preso senão em 
flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judiciária 
competente, em decorrência de prisão 
cautelar ou em virtude de condenação 
criminal transitada em julgado. 
E) O réu não poderá apelar sem 
recolher-se à prisão, ou prestar fiança, salvo 
se for primário e de bons antecedentes, 
assim reconhecido na sentença 
condenatória, ou condenado por crime que 
se livre solto. 
 
 
70. Roberto foi preso em flagrante dia 13 de 
maio de 2021, por supostamente ter 
cometido o crime de roubo simples (art. 
157, caput). Levado à audiência de custódia 
ainda no mesmo dia, o juiz responsável 
proferiu a seguinte decisão: “tendo em vista 
a primariedade do acusado, concedo 
liberdade provisória mediante o 
comparecimento mensal em juízo e o 
arbitramento de fiança no valor de meio 
salário mínimo, podendo ser recolhida em 
até 24 horas após sua soltura. Ainda, tendo 
em vista o poder geral de cautela, fixo a 
proibição do acusado acessar a internet das 
20h às 06h, haja vista o intenso conteúdo 
violento presente nos sites, a despertar seu 
desejo em praticar novos delitos”. Ao assim 
decidir, o juiz agiu 
A) corretamente ao conceder a 
liberdade provisória ao réu, mas equivocou-
se ao fixar a fiança, vez que o crime narrado 
 
19 
 
passou a ser hediondo após a Lei n° 
13.964/2019. 
B) corretamente, haja vista a primazia 
da liberdade de qualquer cidadão frente ao 
poder punitivo estatal e a utilização do poder 
geral de cautela em benefício do réu. 
C) equivocadamente, pois o roubo é 
crime grave que assola toda a sociedade, 
devendo, portanto, o Ministério Público 
interpor o recurso cabível. 
D) equivocadamente, pois é defeso, em 
caso de liberdade provisória, acumular mais 
de uma medida cautelar alternativa à prisão. 
E) corretamente ao conceder a 
liberdade provisória ao réu, mas se 
equivocou em relação ao poder geral de 
cautela, inexistente nas medidas cautelares 
pessoais no processo penal. 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
71. Em relação ao instituto jurídico da 
prescrição no Direito do Trabalho, conforme 
normas contidas na Consolidação das Leis 
do Trabalho, 
A) as pretensões quanto a créditos 
resultantes das relações de trabalho 
prescrevem em cinco anos para os 
trabalhadores urbanos e em dois anos para 
os rurais. 
B) o limite a ser considerado para 
aplicação da prescrição ao trabalhador 
urbano é de três anos após a extinção do 
contrato de trabalho. 
C) o prazo prescricional de dois anos 
após a extinção do contrato de trabalho se 
aplica para as ações que tenham por objeto 
anotações para fins de prova junto à 
Previdência Social. 
D) não há aplicação da prescrição 
intercorrente na execução de processos que 
envolvam verbas oriundas de contratos de 
trabalho. 
E) a interrupção da prescrição somente 
ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação 
trabalhista, mesmo que em juízo 
incompetente, ainda que venha a ser extinta 
sem resolução do mérito, produzindo efeitos 
apenas em relação aos pedidos idênticos. 
 
 
72. Zeus é empregado celetista da Prefeitura 
de Manaus. Durante o trajeto da sua casa 
para a sede da Prefeitura, em seu veículo 
próprio, retornando para o local de trabalho, 
ainda em horário de intervalo para refeição e 
descanso, Zeus colide com outro veículo. Em 
virtude do acidente, o referido empregado 
teve redução da capacidade laborativa, pelo 
período de três meses. Nesse caso, à luz da 
legislação vigente, 
A) trata-se de hipótese de acidente do 
trabalho, posto que ocorrido no percurso 
casa-trabalho, ainda que no intervalo para 
refeição, porque para efeitos desse 
enquadramento o horário de intervalo, 
mesmo usufruído fora das dependências do 
empregador, é considerado em exercício do 
trabalho. 
B) para que possa caracterizar 
acidente do trabalho a incapacidade do 
empregado, em termos percentuais, deve 
ser superior a cinquenta por cento, por 
expressa previsão legal, após perícia médica 
a cargo do Instituto de Seguridade Social. 
C) não se pode falar em acidente do 
trabalho, visto que o empregado, ainda que 
no trajeto casa-trabalho, dirigia seu veículo 
próprio, além do que a incapacidade para o 
trabalho foi inferior a seis meses. 
D) resta descaracterizado o acidente 
do trabalho porque apenas o período de 
intervalo para refeição e descanso usufruído 
nas dependências do empregador se 
enquadra legalmente em exercício do 
trabalho. 
E) poderá ser caracterizado como 
acidente de trabalho somente se, após a 
análise de prova pericial, o ocorrido não tiver 
sido causado por Zeus, hipótese que afasta 
o enquadramento, conforme legislação 
previdenciária vigente. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
73. Os princípios da indisponibilidade dos 
bens públicos e da supremacia do interesse 
público fundamentam algumas 
prerrogativas legalmente previstas para a 
Administração pública e também podem 
constituir ferramentas de controle das 
atividades do Executivo, a exemplo 
 
20 
 
A) da necessidade de demonstrar o 
fundamento e finalidade de interesse 
público para desapropriar bens de 
propriedade privada ou pública, 
independentemente da esfera federativa e 
de autorização legislativa. 
B) da anulação dos atos 
administrativos que não tenham observado 
procedimento legal para sua edição, 
faculdade conferida exclusivamente à 
Administração pública, não se admitindo 
que seja objeto de decisão judicial. 
C) da impenhorabilidade dos bens 
públicos, para garantir que o patrimônio 
público continue se prestando a todos os 
administrados, direta ou indiretamente, não 
podendo ser dilapidado por má gestão 
administrativa. 
D) do exercício do poder de polícia, que 
permite a edição de atos legislativos e 
adoção de medidas materiais pela 
Administração pública independentemente 
da existência de lei autorizadora. 
E) da afetação e desafetação dos bens 
públicos, que somente podem se dar por 
meio da edição de lei, garantindo que a 
restrição ao uso do patrimônio não se dará 
para qualquer finalidade, bem como que não 
haverá disposição de bens que atendam o 
interesse público. 
 
 
74. O ato administrativo divide-se em duas 
categorias, quais sejam, quanto ao conteúdo 
e quanto à forma de que se revestem. Em 
relação ao conteúdo, a aprovação é ato 
A) unilateral e discricionário, pelo qual 
se exerce o controle do ato administrativo. 
B) unilateral e vinculado, pelo qual a 
Administração reconhece a legalidade de um 
ato jurídico. 
C) pelo qual os órgãos consultivos da 
Administração emitem opinião sobre 
assuntos de sua competência. 
D) unilateral e discricionário, precário, 
gratuito ou oneroso, pelo qual a 
Administração aprova a utilização privativa 
de bem público a um particular. 
E) pelo qual a Administração 
reconhece ao particular o direito a prestar 
um serviço público. 
 
 
75. Conforme leciona a doutrina 
administrativista sobre os atos 
administrativos, 
A) ainda que possua aspectos 
discricionários, todo ato administrativo é, 
em certa medida, vinculado, visto que 
deverá atender à sua finalidade legal. 
B) a prática de um ato administrativo 
por sujeito civilmente incapaz leva 
obrigatoriamente à nulidade do ato. 
C) a incompetência é um vício 
insanável, pois a atuação administrativa 
destituída de poderes legais macula de 
forma absoluta o ato administrativo. 
D) a autoexecutoriedade é um atributo 
indissociável do ato administrativo, visto que 
é expressão do poder extroverso da 
Administração. 
E) o desvio de finalidade sempre 
carrega consigo o vício de motivo, visto que 
são elementos mutuamentedependentes. 
 
 
76. Ao exigir uma planta para licenciamento 
de construção pelo particular, o poder de 
Polícia da Administração Pública demonstra 
ser uma atividade 
A) de obrigação de fazer. 
B) material. 
C) negativa. 
D) positiva. 
E) mista. 
 
 
77. Segundo o princípio da pluralidade de 
instâncias, relativo ao processo 
administrativo, 
A) a Administração Pública pode rever 
os próprios atos quando ilegais, 
inconvenientes ou inoportunos, havendo 
tantas instâncias quantas forem as 
autoridades com atribuições superpostas na 
estrutura hierárquica, salvo quando a lei 
limitar a quantidade de instâncias. 
B) o aproveitamento dos atos 
administrativos permite o saneamento do 
processo, nos casos de atos sanáveis, desde 
que não prejudique Administração e 
administrado, em quaisquer das esferas de 
revisão, seja administrativa ou judicial. 
C) a Administração Pública pode rever 
os próprios atos quando ilegais, 
inconvenientes ou inoportunos, bem como o 
Poder Judiciário, quando ilegais, com a 
 
21 
 
utilização de todas as instâncias de 
julgamento previstas em sua organização. 
D) o interessado pode requerer a 
revisão do ato administrativo a autoridades 
administrativas e a autoridades judiciárias 
sempre que o pedido estiver relacionado aos 
elementos forma, competência e conteúdo. 
E) o interessado pode requerer a 
revisão do ato administrativo a autoridades 
administrativas e a autoridades judiciárias 
sempre que o pedido estiver relacionado aos 
elementos competência, objeto e motivo. 
 
 
78. No tocante aos chamados “tipos de 
licitação”, dispõe a Lei Federal n° 8.666/1993 
que 
A) quando a concorrência for do tipo 
"melhor técnica" ou "técnica e preço", o 
prazo mínimo para recebimento das 
propostas será de 45 dias. 
B) é vedada a adoção dos tipos "melhor 
técnica" ou "técnica e preço" para licitações 
na modalidade convite. 
C) quando a tomada de preço for do 
tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço", o 
prazo mínimo para recebimento das 
propostas será de 20 dias. 
D) a adoção dos tipos "melhor técnica" 
ou "técnica e preço" para licitações na 
modalidade pregão é possível, porém 
limitada à fase de julgamento e classificação 
das propostas, não se aplicando à fase de 
lances. 
E) para contratação de bens e serviços 
de informática, a Administração Pública 
adotará obrigatoriamente o tipo de licitação 
"melhor técnica", permitido o emprego de 
outro tipo de licitação nos casos indicados 
em decreto do Poder Executivo. 
 
 
79. A passagem da doutrina da 
responsabilidade subjetiva para a da 
responsabilidade objetiva do Estado, na 
Administração Pública, foi marcada pela 
teoria da responsabilidade 
A) por culpa do patrão. 
B) pela falta do serviço. 
C) em razão do império. 
D) por fato de terceiro. 
E) por nexo de causalidade. 
 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
 
80. A Constituição determinou que lei 
instituiria sistema especial de inclusão 
previdenciária, com alíquotas diferenciadas, 
para atender aos trabalhadores de baixa 
renda, inclusive os que se encontram em 
situação de informalidade, e aqueles sem 
renda própria que se dediquem 
exclusivamente ao trabalho doméstico no 
âmbito de sua residência, desde que 
pertencentes a famílias de baixa renda. A 
aposentadoria concedida ao segurado, 
nesses casos, terá valor de 1 (um) salário 
mínimo. O que foi feito pela Lei nº 
8.212/1991, com redação dada pela Lei nº 
12.470/2011. Pode-se afirmar que esse 
quadro legal trata de concretização 
prevalentemente do seguinte princípio da 
previdência social: 
A) Vedação do retrocesso em direitos 
previdenciários. 
B) Indisponibilidade dos benefícios 
previdenciários. 
C) Universalidade de participação nos 
planos previdenciários. 
D) In dubio pro misero. 
E) Uniformidade e equivalência dos 
benefícios. 
 
 
81. Sobre o Sistema de Seguridade Social no 
Brasil, é correto afirmar: 
A) É um sistema de gestão bipartite 
entre governo e sociedade nas políticas de 
Previdência, Assistência e Saúde. 
B) São princípios para os benefícios da 
Seguridade Social: a universalidade da 
cobertura de atendimento, a uniformidade e 
equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais; a seletividade e 
distributividade na prestação dos benefícios 
e serviços e a irredutibilidade do valor dos 
benefícios. 
C) A Saúde é um sistema não 
contributivo, mas a Previdência e a 
Assistência Social são contributivas por 
ocasião dos benefícios previdenciários e do 
amparo assistencial ao idoso e ao deficiente. 
D) Há diversidade na base de 
financiamento da Previdência Social e seu 
custeio é realizado pelas contribuições do 
empregador, da empresa e da entidade a ela 
 
22 
 
equiparada na forma da lei, do trabalhador e 
dos demais segurados da previdência social, 
não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo 
Regime Geral da Previdência Social (RGPS), 
bem como do importador de bens ou 
serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. 
E) O benefício ou serviço da 
seguridade social pode ser criado, majorado 
ou estendido sem a correspondente fonte de 
custeio 
 
 
82. No tocante ao Regime Próprio de 
Previdência Social (RPPS) de servidores 
públicos: 
A) O Estado-membro pode incluir em 
seu Regime Próprio de Previdência Social os 
serventuários de cartórios extrajudiciais, 
uma vez que estes possuem regime 
funcional idêntico ao dos servidores 
públicos. 
B) Em nome da eficiência 
administrativa, é legítima a existência de 
mais de um regime próprio de previdência 
social e de mais de um órgão ou entidade 
gestora deste regime em cada ente 
federativo. 
C) Na hipótese de o servidor público − 
ocupante de cargo efetivo em unidade 
federada com Regime Próprio de Previdência 
Social – exercer atividade remunerada 
paralelamente na iniciativa privada, deverá 
ele fazer opção entre o RPPS e o Regime 
Geral de Previdência Social (RGPS). 
D) O servidor que acumular, em acordo 
com a lei, dois cargos públicos de 
provimento efetivo, em quadro funcional de 
distintas entidades federadas, tem filiação 
previdenciária obrigatória por cada uma das 
atividades profissionais desempenhadas. 
E) Aplica-se ao agente público 
estadual ocupante, exclusivamente, de 
cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração, de outro cargo 
temporário, inclusive mandato eletivo, ou de 
emprego público, o Regime Próprio de 
Previdência Social do ente federado. 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
 
 
83. Em relação aos contratos empresariais 
seguintes, 
A) no contrato de alienação fiduciária 
em garantia, o credor fiduciário tem o 
domínio resolúvel e a posse indireta da coisa 
alienada, ficando o devedor fiduciante como 
depositário e possuidor direto do bem, que 
nada impede já pertencesse ao devedor por 
ocasião da celebração do contrato. 
B) verificada a mora no contrato de 
alienação fiduciária em garantia de bens 
móveis, haverá a pronta exigibilidade das 
prestações vincendas, cabendo ao credor 
fiduciário requerer em juízo a reintegração 
da posse do bem objeto do contrato. 
C) a exploração da atividade de 
faturização de créditos é exclusiva das 
instituições financeiras, pois necessita de 
autorização do Banco Central. 
D) os contratos de leasing são restritos 
a bens móveis, por se tratar de um híbrido de 
locação e compra e venda pelo valor 
residual. 
E) o desconto bancário implica a 
transferência de crédito do descontário ao 
banco e este lhe paga o valor 
correspondente, deduzidos os juros e 
encargos, sem possibilidade de endosso em 
nenhuma hipótese, pelo caráter 
personalíssimo da operação. 
 
 
84. De acordo com o regime jurídico do 
direito falimentar em vigência: 
A) A decretação da falência ou o 
deferimento do processamento da 
recuperação judicial implica a suspensão 
das execuções ajuizadas contra o devedor, 
inclusive daquelas dos credores particulares 
do sócio solidário, relativas a créditos ou 
obrigações sujeitos à recuperação judicial ou 
à falência. 
B) Estão sujeitos à recuperação judicial 
todos os créditos existentes

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