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Carla Marinho PETROBRAS/CENPES Fundamentos e Aplicações da Termografia Curso Termografia INTRODUÇÃO • TÉCNICA DE NÃO-CONTATO, SEM RISCOS À SEGURANÇA DO TRABALHADOR E QUE NÃO ACARRETA IMPACTOS NA PRODUÇÃO; • OBTENÇÃO DE IMAGENS TÉRMICAS – TERMOGRAMAS – DE INTERPRETAÇÃO IMEDIATA; • APLICAÇÃO EM DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO. Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA CONCEITO DE TEMPERATURA – MEDIDA DA ENERGIA CINÉTICA MÉDIA DOS ÁTOMOS, MOLÉCULAS OU ÍONS DENTRO DE UMA SUBSTÂNCIA (ºC, ºF ou K). Sempre que existir um gradiente de temperaturas no sistema considerado, haverá uma transferência de energia, no sentido das temperaturas mais altas para as mais baixas → CALOR, ENERGIA EM TRÂNSITO. Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA •Como medir temperatura? Que tipos de técnicas existem? (1) Invasivas – exemplo: um termopar em uma serpentina de forno. (2) Semi-invasivas - exemplo: revestimentos superficiais cuja cor é alterada com a temperatura. (3) Não invasivas – exemplo: termografia infravermelha. Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA MECANISMOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR CONDUÇÃO – transferência de energia térmica entre átomos e moléculas devido a um gradiente de temperatura (sem movimento de matéria em escala macroscópica); CONVECÇÃO – transferência de calor dentro de um fluído, devido ao movimento do próprio fluído (ocorre em líquidos e gases); RADIAÇÃO – transmissão de calor através de ondas eletromagnéticas. Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA Acima do zero absoluto todos os objetos emitem radiação térmica devido à movimentação de átomos e moléculas. Quanto maior a temperatura, maior a emissão. A radiação térmica pode ser emitida e detectada nas faixas do espectro visível, ultra violeta, infravermelho e microond as. Contudo, para as temperaturas típicas, quase toda a radiação térmica é emitida na faixa do infravermelho. Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA LEIS DE RADIAÇÃO •Lei de Planck – descreve a distribuição espectral da radiação térmica emitida por um radiador ideal: corpo negro Eλ = 2πhc02Eλ = 2πhc02 λ5 . (ehc/ λkT-1)λ5 . (ehc/ λkT-1) h=6,626.10-34 J c0 = 2,998.108 m/s k=1,38.10-23 J/K h=6,626.10-34 J c0 = 2,998.108 m/s k=1,38.10-23 J/K •Lei de Wien – derivação da função de Planck para obter o comprimento de onda máximo. λmáx = 2897,8λmáx = 2897,8 TT E = taxa de energia eletromagnética emitida por uma área em todas as direções; exitância radiante espectral, radiância espectral, emitância espectral [W/m2.µm]. Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA 1. A radiação emitida varia continuamente com o comprimento de onda. 2. Em qualquer comprimento de onda, a intensidade da radiação emitida aumenta com o aumento da temperatura. 3. As curvas exibem picos (intensidades máximas de radiação) em certos comprimentos de onda, sendo que estes picos se deslocam para a esquerda (comprimentos de onda menores) à medida que a temperatura aumenta. 4. A área sob cada curva é a exitância total do corpo negro, que aumenta rapidamente com o aumento da temperatura. 1. A radiação emitida varia continuamente com o comprimento de onda. 2. Em qualquer comprimento de onda, a intensidade da radiação emitida aumenta com o aumento da temperatura. 3. As curvas exibem picos (intensidades máximas de radiação) em certos comprimentos de onda, sendo que estes picos se deslocam para a esquerda (comprimentos de onda menores) à medida que a temperatura aumenta. 4. A área sob cada curva é a exitância total do corpo negro, que aumenta rapidamente com o aumento da temperatura. Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA •Lei de Stefen-Boltzmann – integração da lei de Planck: poder emissivo total do corpo negro Eb = σ. T4 Eb = σ. T4 σ = 5,67.10-8 W/m2.K4σ = 5,67.10-8 W/m2.K4 Curso Termografia •Traduzindo em outras palavras: Quanto maior a temperatura, maiores serão os erros associados se você fizer alguma coisa não muito certa... REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA •"Corpo Negro " um objeto que absorve toda a energia radiante que incide sobre ele. • MAS OS CORPOS REAIS NÃO SÃO CORPOS NEGROS! Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA •"A Emissividade (e) é a relação entre a energia irradiada, em um dado comprimento de onda, por um corpo qualquer e um corpo negro à mesma temperatura". ε = M’ (corpo qualquer) M (corpo negro) ε = M’ (corpo qualquer) M (corpo negro) Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA Balanço de energia em um elemento de superfície α + ρ = 1 ; considerando um objeto opaco (τ=0). α + ρ = 1 ; considerando um objeto opaco (τ=0). Curso Termografia Irradiância (G) – fluxo total radiativo incidente Irradiância (G) – fluxo total radiativo incidente REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA Para um elemento de superfície em equilíbrio termodinâmicoPara um elemento de superfície em equilíbrio termodinâmico ε = α ε = α ε + ρ = 1 ; considerando um objeto opaco ρ = 1- ε ; o conhecimento da emissividade permitirá a estimativa da parcela da radiação refletida pelo objeto ε + ρ = 1 ; considerando um objeto opaco ρ = 1- ε ; o conhecimento da emissividade permitirá a estimativa da parcela da radiação refletida pelo objeto Curso Termografia Existe uma relação entre a capacidade de absorver e emitir radiação: lei de Kirchhoff Existe uma relação entre a capacidade de absorver e emitir radiação: lei de Kirchhoff REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA Emissividade espectral Emissividade espectral Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA O INFRAVERMELHO Sir Wilian Herschel Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA Divisões do espectro infravermelho IV muito próximo: 0,75 - 1,1 µm IV próximo: 1,1 - 3,0 µm IV médio: 3,0 - 6,0 µm IV distante: 6,0 - 15 µm IV muito distante: acima de 15 µm Predominância espectral das câmeras de termografia do mercado (3-5 µm e 7-14 µm) Curso Termografia REVISÃO BIBLIOGRÁFICA •RADIOMETRIA E MEDIÇÃO DE TEMPERATURA JANELAS ATMOSFÉRICAS Curso Termografia A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •E foi assim que tudo começou... Curso Termografia AGA THV 660 AGA THV 660 AGA THV 750 AGA THV 750 A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •E evoluiu... Curso Termografia AGA THV 450 AGA THV 450 A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •COMO A RADIAÇÃO INFRAVERMELHA SE TRANSFORMA EM INFORMAÇÃO ÚTIL PARA NÓS? •EM PRIMEIRO LUGAR, É PRECISO DETECTÁ-LA DE ALGUMA FORMA! •DETECTORES - são dispositivos que convertem radiação infravermelha em um sinal mensurável, geralmente de natureza elétrica. Simplificadamente, para as técnicas de não contato empregadas na indústria, podem ser divididos em detectores térmicos e detectores fotônicos. Curso Termografia A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •COMO A RADIAÇÃO INFRAVERMELHA SE TRANSFORMA EM INFORMAÇÃO ÚTIL PARA NÓS? •Detectores térmicos do tipo FPA (focal plane array) microbolométrico (7- 14µm) Curso Termografia A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •COMO A RADIAÇÃO INFRAVERMELHA SE TRANSFORMA EM INFORMAÇÃO ÚTIL PARA NÓS? •Radiômetros – detectores térmicos (termopilha→ aumento de T gera fem) Curso Termografia A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •COMO A RADIAÇÃO INFRAVERMELHA SE TRANSFORMA EM INFORMAÇÃO ÚTIL PARA NÓS? •Detectores FPA fotônicos (requeremresfriamento criogênico) Curso Termografia •Absorvem fótons que elevam elétrons aestados mais energéticos, causando uma mudança na condutividade, voltagem ou corrente; •Resposta mais rápida; •Detectores QWIP -Quantum Well Infrared Photon – mais sensíveis com resolução de temperatura de 20-40mK; •Preferencial para equipamentos dedicados à pesquisa. Nota: MCT - HgCdTe •COMO DIRECIONAR A RADIAÇÃO INCIDENTE PARA O DETECTOR? •ÓTICA – As câmeras contam com óticas de reflexão, superfícies polidas e recobertas com materiais de alta refletividade ao infravermelho, e óticas de refração, compostas por lentes de materiais semi condutores como Ge, Si, compostos de zinco ou cádmio, além dos materiais conhecidos como IRTRAN ; •Normalmente lentes de Si são usadas em câmeras de onda média, enquanto que lentes de Ge são usadas em câmeras de onda longa. A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO Curso Termografia •COMO DIRECIONAR A RADIAÇÃO INCIDENTE PARA O DETECTOR? A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO FOV – (Field of view ou Campo de visão total) – medido em graus, define a porção angular sensoreada pelo sistema. Tamanho da área imageada: Horizontal = dist.sen (FOVh[rad]), [m] Vertical = dist.sen (FOVv[rad]), [m] Exemplo: câmera com FOV=32ºx23º Cena a 1m→ 0,5x0,4m Curso Termografia •COMO DIRECIONAR A RADIAÇÃO INCIDENTE PARA O DETECTOR? A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO IFOV – (Instanteneous field of view ou Campo de visão instantêneo) –projeção do detector na cena em um dado instante. É a resolução espacial do sistema e depende do conjunto lentes+detector. Cálculo do IFOV: IFOV [mrad] = FOV [graus] x 17,45 / nº de pixels Exemplo: câmera com FOV=32ºx23º, 320x240pixels IFOV=1,7mrad Curso Termografia •CÂMERAS DE TERMOGRAFIA – lentes A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •Lentes grande angulares: para enquadrar todos os elementos de uma cena a curta distância. • Exemplos: 80ºx60º(9mm) e 45°x34°(18mm). •Lentes teleobjetivas: para possibilitar a inspeção de objetos distantes. • Exemplos: 12ºx9º (71mm) e 7°x5,3°(122mm). Relembrando:o IFOV é uma função daresolução do detector + ótica (lentes) Curso Termografia •CÂMERAS DE TERMOGRAFIA – MFOV A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •MFOV – resolução de medida. •No caso de uma câmera de termografia, mais do que superar a dimensão da resolução espacial, o objeto alvo deve ser maior que o valor da resolução de medida, ou MFOV (Measurement Field of View) da câmera. Curso Termografia Em geral: MFOV [mrad] = IFOV [mrad] x 3 Em geral: MFOV [mrad] = IFOV [mrad] x 3 •CÂMERAS DE TERMOGRAFIA – lentes: Exercício A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •Calcular a lente que deve ser usada para que um grampo de 0,05x0,05m possa ter sua temperatura corretamente medida por uma câmera de termografia de 320x240pixles. Curso Termografia 2m (40-1,70) m DistDist [m] =Dist [m] = 310][ ][ −xmradMIFOV mD Onde, D[m] = dimensão do mensurando Onde, D[m] = dimensão do mensurando MFOV=1,3mrad IFOV=0,4mrad •CÂMERAS DE TERMOGRAFIA – lentes: Exercício A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •Calcular a lente que deve ser usada para que um grampo de 0,08x0,08m possa ter sua temperatura corretamente medida por uma câmera de termografia de 320x240pixles. Curso Termografia IFOV [mrad] = FOV [graus] x 17,45 / nº de pixels IFOV [mrad] = FOV [graus] x 17,45 / nº de pixels FOVhorizontal = IFOV x nºpixels hor / 17,45 FOVvertical = IFOV x nºpixels ver / 17,45 FOVhorizontal = IFOV x nºpixels hor / 17,45 FOVvertical = IFOV x nºpixels ver / 17,45 FOV=8ºx6º Lente mais próxima →FOV=7ºx5,3º FOV=8ºx6º Lente mais próxima →FOV=7ºx5,3º •CÂMERAS DE TERMOGRAFIA – exemplos A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO Curso Termografia •COMO DIRECIONAR A RADIAÇÃO INCIDENTE PARA O DETECTOR? A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO Curso Termografia •Radiômetros : campo de visão (razão D:S). 0,67cm @0,60m 0,67cm @0,60m •Campo de visão no exemplo: 60/0,67=89,55 200/2,22=90,09 → 90:1 500/5,55 =90,09 •COMO PERMITIR QUE O DETECTOR POSSA ‘ENXERGAR’ TODA UMA CENA? •VARREDURA – deslocamento do IFOV do sistema. Pode ser linear, bidimensional (ambos empregando sistemas de varredura externos) ou do tipo FPA (focal plane array). Neste último caso, o detector é na verdade um mosaico de elementos sensores e a tarefa de varredura é realizada eletronicamente no próprio detector. •As modernas câmeras de termografia utilizadas na indústria se utilizam da tecnologia FPA . •Radiômetros não fazem varreduras; você o desloca. A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO Curso Termografia •COMO A RADIAÇÃO INFRAVERMELHA SE TRANSFORMA EM INFORMAÇÃO ÚTIL PARA NÓS? •DEPENDE DA FINALIDADE PELA QUAL SE QUER ESTA INFORMAÇÃO!! A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO Curso Termografia •RADIÔMETROS A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •OS RESULTADOS SÃO EXPRESSOS EM TERMOS DE MEDIÇÃO DE TEMPERATURA. Curso Termografia •SISTEMAS DE VARREDURA LINEAR A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •GERALMENTE UTILIZADOS EM CONTROLE DE PROCESSOS. Curso Termografia •VISORES TÉRMICOS A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •RECONHECIMENTO DO ALVO ATRAVÉS DA TEMPERATURA. Curso Termografia •CÂMERAS DE TERMOGRAFIA A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •EMPREGADOS NA INSPEÇÃO COM TERMOGRAFIA; GERAÇÃO DE IMAGENS E INFORMAÇÃO SOBRE TEMPERATURA. Curso Termografia •CÂMERAS DE TERMOGRAFIA – entendendo as especificações A INFORMAÇÃO DO ESPECTRO INFRAVERMELHO •Parâmetros importantes e pouco discutidos : • FOV (field of view) - campo de visão. “Tamanho” da cena (em graus); • IFOV (instantaneous field of view) – campo de visão instantâneo. Resolução espacial (em mrad ou mm): menor detalhe na imagem; • Resolução de medição (MFOV ou IFOVmeas): MFOV ≈ 3xIFOV [mrad]; • NETD (noise equivalent temperature difference) – resolução em temperatura; • Frequência (Hz) – importante no caso de inspeções de sistemas dinâmicos e regimes transientes. Curso Termografia INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA •TERMOGRAFIA - Técnica não destrutiva e não intrusiva, onde a distribuição de temperaturas de uma dada superfície é apresentada sob a forma de uma imagem térmica (termograma), através de uma câmera termográfica. O ensaio, comumente, tem sido utilizado para observação remota do perfil de temperaturas das superfícies dos corpos sob exame, sem inserção deliberada de calor nos mesmos, sendo o contraste visual da imagem gerado pelo gradiente térmico espontaneamente existente. Esta metodologia poderia ser caracterizada como termografia passiva. Curso Termografia INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA –Vantagens: técnica de monitoração em serviço, método não intrusivo e não destrutivo, facilidade de operação, alta velocidade de medição, fornece informação numérica e visual, facilidade na interpretação dos resultados, não acarreta riscos aos inspetores e inspeciona objetos em movimento. –Limitações: necessidade de acesso visual direto à superfície examinada, os resultados sofrem interferência de fatores ambientais (carregamento solar, velocidade do vento, umidade do ar) e de reflexos, dificuldade na determinação da emissividade real das superfícies e na estimativa do erro de medição. Curso Termografia INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA •COMO A CÂMERA DE TERMOGRAFIA TRABALHA? CALIBRAÇÃO (FABRICANTE) – modelo de medição: S = εob .τatm. Sob (Tob) + [1-εob] .τatm. So (Tba) + [1-τatm] . So (Tatm) So [V] Tbb [K] So (Tbb) Curso Termografia F T B R S ba o − = exp F=área[m2], B=cte, R=coeficiente de reflectância F=área[m2], B=cte, R=coeficiente de reflectância INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA •COMO A CÂMERA DE TERMOGRAFIA TRABALHA? MEDIÇÃO (usuário) – imagenamento da cena [Sr] -Gera-se um sinal de saída no detector; -correção do sinal de saída: através do modelo matemático assumido para o canal de medição; -o inspetor insere os valores de emissividade, temperaturarefletiva e transmitância atmosférica (através da temperatura ambiente, distância câmera-alvo e umidade relativa do ar). Curso Termografia INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA •COMOA CÂMERA DE TERMOGRAFIA TRABALHA? Fontes de erros erros do método erros de calibração erros de eletrônica Curso Termografia ε, Tba, Tatm, umidade e d radiação ambiente direta e / ou refletida do objeto ε, Tba, Tatm, umidade e d radiação ambiente direta e / ou refletida do objeto efeito da ótica condições inadequadas de calibração poucos pontos de calibração efeito da ótica condições inadequadas de calibração poucos pontos de calibração ruído do detector Refrigeração ganho do pré-amplificador, largura de banda limitada, resolução limitada e não-linearidade dos conversores A / D... ruído do detector Refrigeração ganho do pré-amplificador, largura de banda limitada, resolução limitada e não-linearidade dos conversores A / D... INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA •COMO A CÂMERA DE TERMOGRAFIA TRABALHA? Observações: •Erros de eletrônica - abaixo de 1% para uma faixa de temperatura ambiente de -15 a 40°C; •Erros de calibração – desprezíveis; •Maior fonte de erro – emissividade!!!! •A influência dos efeitos da Tba crescem com a redução da emissividade. Curso Termografia Problemas na determinação da emissividade – maior fonte de erro nas medições termométricas. -Tabelas de emissividade – não especificam o tipo de emissividade mensurada, e muitas vezes não informam a temperatura e o comprimento de onda nos quais a medição foi feita. -Dificuldades na medição da emissividade real do componente no campo. Curso Termografia Problemas na determinação da emissividade – maior fonte de erro nas medições termométricas. Curso Termografia -Fatores que afetam a emissividade: material e de sua textura (podendo variar com T e com λ); presença de camadas de óxidos, poeira e pintura alteram os valores de emissividade das superfícies; Ângulo de visualização: -Fatores que afetam a emissividade: material e de sua textura (podendo variar com T e com λ); presença de camadas de óxidos, poeira e pintura alteram os valores de emissividade das superfícies; Ângulo de visualização: E o que seria esta temperatura refletida? Trefl: É a temperatura de qualquer objeto nas vizinhanças do objeto alvo, que interfere na medição, por contribuir com uma parcela de energia no total de radiação que incide no detector da câmera. A temperatura refletida pode, em vários casos, ser igual à temperatura ambiente (temperatura nas vizinhanças do alvo) ou à temperatura atmosférica. Também chamada de temperatura de fundo ou de background. Curso Termografia E quanto a transmitância atmosférica? -Janelas atmosféricas – tipo de câmera que eu uso; -Distância inspetor/objeto alvo – quanto menor, melhor (dentro do possível, é claro); -A câmera toma conhecimento dela quando você informa distância, temperatura atmosférica e umidade relativa do a r. Curso Termografia •NO SEGMENTO ELÉTRICO •LINHAS DE TRANSMISSÃO, TRANSFORMADORES, BARRAMENTOS, PAINÉIS ELÉTRICOS, BANCOS DE CAPACITORES, MOTORES ELÉTRICOS E GERADORES, BATERIAS, CABOS ISOLADOS, PÁRA RAIOS... INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA – onde se aplica? Curso Termografia •NO SEGMENTO PETRÓLEO E GÁS - REFINARIAS •FORNOS, PERMUTADORES DE CALOR, CONVERSORES, VASOS DE PRESSÃO, REATORES, CALDEIRAS, DUTOS, CHAMINÉS, TUBULAÇÕES, MÁQUINAS TÉRMICAS... INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA – onde se aplica? Curso Termografia •OUTRAS APLICAÇÕES : Curso Termografia CONFIABILIDADE METROLÓGICA Curso Termografia •Nenhum método para a determinação da incerteza das medições através de termografia, tem sido publicado pela literatura disponível; •Certificados ou folhas de dados dos equipamentos : “exatidão” (accuracy) = ±2% da temperatura (Tout), mas não menos que ±2ºC ; – exatidão, de acordo com o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM) : conceito qualitativo; –o parâmetro que nos interessa é a incerteza de medição; •Precisamos conhecer dois tipos de incertezas: a incerteza intrínseca da câmera e a incerteza do resultado da medida ou incerteza total de medição. CONFIABILIDADE METROLÓGICA Curso Termografia •A determinação das incertezas não é trivial; •Os efeitos das incertezas combinadas no processo de medição por termografia não podem ser desprezados! CONFIABILIDADE METROLÓGICA Curso Termografia •A câmera de termografia : -uso cuidadoso do equipamento; -trabalhar com câmeras calibradas (o mesmo para higrômetros, anemômetros, termômetros…); -verificar a câmera periodicamente (OIML R141) – redução de custos com calibração, aumento da disponibilidade. CONFIABILIDADE METROLÓGICA Curso Termografia •A câmera de termografia : -atenção para a resolução da câmera (IFOV) e para a resolução da medida (MFOV)! -há situações em que você precisará de lentes teleobjetivas! CONFIABILIDADE METROLÓGICA Curso Termografia •A câmera de termografia : -Como fazer uma verificação periódica da câmera? Consulte a norma OIML R141(2008)Consulte a norma OIML R141(2008) CONFIABILIDADE METROLÓGICA Curso Termografia •O/A termografista : O que se espera deste/a profissional? -profissional capacitado/a física e tecnicamente; -consciente de que o aprendizado é constante; -deve-se proporcionar condições de trabalho adequadas e seguras. CONFIABILIDADE METROLÓGICA Curso Termografia •O mensurando : -emissividade: o que fazer para minimizar os erros na sua determinação???? -erros na determinação de temperatura refletida?? -e a transmitância atmosférica??? Como (tentar) resolver o problema da emissividade? -estimar a emissividade através de testes de componentes similares, se possível; -aumentar a emissividade da superfície (pintura); -criar pontos para medição comparativa (método da fita isolante preta); -procurar cavidades, áreas oxidadas ou sujas; -observar o mensurando o mais perpendicularmente possível. Curso Termografia E quanto aos problemas relativos a temperatura refl etida e transmitância atmosférica? -buscar vários ângulos de visão para identificar os reflexos eventualmente existentes; -tentar evitar a incidência de radiação das vizinhanças; -utilizar termo-higro-anemômetros como instrumentos auxiliares. Curso Termografia CONFIABILIDADE METROLÓGICA Curso Termografia •Condições ambientais e procedimento de medição : -sistematizar a inspeção: evitar inspeções diurnas ou sob ventos superiores a 20km/h, não realizar termografia sob chuva, garoa ou neblina, aguardar a estabilidade térmica dos equipamentos, buscar uma rotina de execução reprodutível; -gerar um histórico confiável das inspeções; -elaborar matrizes de risco adequadas às instalações industriais – tomada de decisão que considera também o impacto e a severidade de uma falha de um dado componente. NORMALIZAÇÃO DA TÉCNICA e CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL •NORMALIZAÇÃO –Sistematização recente no país e no mundo. –NBR15424 (terminologia), NBR15572 (inspeção de equips. elétricos e mecânicos), NBR 15718(verificação de câmeras), NBR 15763 (periodicidade de inspeção) e NBR15866 (avaliação de máxima temperatura de trabalho). Na PETROBRAS, consulte a N-2472! •CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL –Ainda não há um Sistema Nacional de Qualificação (SNQC) específico para termografia. A certificação na técnica também ainda não existe nos demais países signatários da ISO . Curso Termografia NOVAS PERSPECTIVAS •TERMOGRAFIA ATIVA - POSSIBILIDADES –Detecção, localização e mensuração de defeitos ao longo do volume dos materiais; –Detecção e acompanhamento do crescimento de trincas em materiais metálicos; –Acompanhamento do aporte térmico em processos de soldagem ; –Incremento quantitativo nas aplicações já tradicionais para a técnica. Curso Termografia CONCLUSÕES Curso Termografia •A TERMOGRAFIA É UMA TÉCNICA DE NÃO CONTATO, INTRINSECAMENTE SEGURA, CAPAZ DE SER APLICADA EM DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO, SEM QUAISQUER IMPACTOS; •A SELEÇÃO DO EQUIPAMENTO DE TERMOGRAFIA DEPENDE DA APLICAÇÃO AO QUAL SE DESTINARÁ ; •DIVERSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PODEM SER INSPECIONADOS PELA TÉCNICA, MAS É NECESSÁRIO QUE SE TOME ALGUNS CUIDADOS DURANTE A REALIZAÇÃO DA INSPEÇÃO; •O MÉTODO AINDA PODE SEREXPLORADO PARA DIVERSAS OUTRAS APLICAÇÕES.
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