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CIÊNCIAS SOCIAIS
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
Professora: Célia Maria Rangel Nogueira
CONTEXTO HISTÓRICO DO 
SURGIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
 Seu ponto de partida é na Grécia. Exemplos
disso encontramos na preocupação com o social
que os historiadores, poetas, filósofos, juristas e
oradores que procuram meios de dar ao homem
possibilidades de conhecer os mecanismos da vida
social, mas num estado ainda amorfo ( sem
forma) de ciência.
 Platão: a República ( projeto de cidade-Estado
organizada para evitar as crises políticas e
sociais, até o número de habitantes).
 Aristóteles: Política ( afirmava que as crises
eram inevitáveis para as cidades).
CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DAS
CIÊNCIAS SOCIAIS
 Durante a Idade Média o pensamento e o 
conhecimento humano é dominado pela Igreja 
católica.
 Santo Agostinho : a cidade de Deus – temas 
sociais e visão cristã. As comunidades deveriam 
ser como o reino de Deus.
 Predomínio da ideia de que cada grupo social 
possui uma função para o bem estar de todos.
CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DAS
CIÊNCIAS SOCIAIS
 Liberto da tutela da Igreja Católica, o homem se sente
livre para pensar e criticar a realidade que vê e
vivencia. Passam a questionar a realidade social;
 Desponta o Renascimento – substitui a visão sacra
pela racional – o homem torna-se agente social e
histórico;
 Nova postura do homem ocidental diante da natureza
e do conhecimento;
 Rousseau: o homem nasce bom, mas a sociedade o
corrompe ( relações sociais).
 Legitimidade do poder político ; soberania pertence
ao povo.
 Novos valores , diferentes daqueles vigentes na Idade
Média, pois adequavam-se ao “espírito do
capitalismo”;
O RENASCIMENTO E O “ESPÍRITO CAPITALISTA”
Todas essas mudanças de valores, avanços tecnológicos, melhores
condições de vida, levou a um surto de ideias conhecido pelo nome
de Ilustração ou Iluminismo.
O pensamento do iluminismo pode ser dividido em dois grupos: os
filósofos e os economistas.
- Os filósofos , tais como Voltaire, Rousseau e Montesquieu,
destacavam-se pela crítica social e política. Defesa da liberdade.
Eliminar as instituições porque são irracionais e injustas, sendo
um atentado à liberdade do homem:
- Os economistas procuravam descobrir leis
que regulassem a economia.
Procuravam uma explicação racional para
todas as coisas.
Abriram caminho para a Revolução
Francesa, pois puseram à mostra erros
e vícios do antigo regime.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução Industrial significou algo
mais do que a introdução de máquinas
e do aperfeiçoamento do processo
produtivo, pois levou a surgimento de
uma nova classe social: o proletariado.
Junto com as máquinas estavam o trabalho assalariado,
também, de mulheres e crianças; um processo de
urbanização crescente; uma maciça migração do campo
para a cidade que resultou no surgimento de grandes
cidades (Manchester passou de 70 mil para 300 mil
habitantes em apenas 5 anos).
AS CONSEQUÊNCIAS FORAM:
 Aumento da prostituição, o alcoolismo, o infanticídio,
criminalidade generalizada, epidemias de cóleras e
tifos.
 Com esse cenário, a sociedade passou a ser vista
como um “problema” que deveria ser investigado e
compreendido.
 Era necessário, pois, identificar e estudar os
fenômenos que eram novos
 para a sociedade saída de
 uma série de revoluções
 do séc. XVIII, de manifestações
 do séc. XIX e as guerras do
 séc. XX.
SURGIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Filósofos e economistas como Voltaire, Rousseau e
Montesquieu tentaram desenvolver uma linha de
pensamento em que fazem um verdadeiro estudo sobre a
realidade social. Em muitos momentos defendendo a
liberdade plena da população e outros momentos ,
atacando a postura do poder absolutista, criticando a
posição da Igreja, e principalmente, levando o homem a
acreditar que era possível , sim, uma vida social mais
digna. O pensamento desses filósofos junto com outros
economistas que acreditavam que era necessário uma
maneira de se explicar o por quê da concentração de
renda e como se poderia fazer para haver uma melhor
regulamentação da economia fizeram com que o
iluminismo acabasse por construir uma grande revolução.
Revolução essa que vai começar a traçar os passos para o
nascimento do que hoje chamamos de Ciência Social:
antropologia, ciência política e sociologia.
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
 A Sociologia não surgiu do nada, mas da preocupação
em torno de uma explicação para as transformações
profundas que a sociedade vinha sofrendo na Europa
após a Revolução Industrial, a Independência dos
Estados Unidos e a Revolução Francesa. Para os
clássicos da Sociologia, a sociedade deveria ser vista
como algo que pudesse, também, ser investigado e
compreendido cientificamente.
 A sociologia surgiu como uma disciplina no séc. XIX,
na forma de uma resposta acadêmica para um
desafio de modernidade: se o mundo está ficando
menor e mais integrado, a experiência de pessoas do
mundo é crescentemente atomizada e dispersada.
DO INDIVIDUAL AO SOCIAL
 Do individualismo observado com a
 expansão do capitalismo, surge a
 posição contrária da sociologia para
 investigar a ação coletiva e social.
 O homem passa a ser visto a partir de sua inserção
na sociedade e nos grupos sociais que a constituem. A
Sociologia estuda, portanto, o conjunto de
relacionamentos que os homens estabelecem entre si
na vida em sociedade: relações de conflito,
cooperação, interdependência, dentre outras.
CONSCIÊNCIA INDIVIDUAL E CONSCIÊNCIA 
COLETIVA
 Ao nascer, o indivíduo já encontra um conjunto de
leis, normas e regras que se impõem, apesar de seu
próprio modo de se comportar e de interpretar a
vida. Émile Durkheim chamou de consciência
individual.
 A consciência coletiva é o conjunto de crenças e
de sentimentos comuns à média dos membros de
uma sociedade, formando um sistema determinado
com vida própria, mas que interfere na formação
da consciência individual, que por sua vez,
interfere nas ações coletivas.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA
 A Sociologia coloca como básico o relacionamento
entre indivíduo e sociedade. Apesar de haver um
conhecimento do senso comum sobre as relações
na sociedade, a grande contribuição da sociologia
é propiciar condições para que esse conhecimento
do senso comum seja substituído pelo
conhecimento científico sobre a realidade social.
Que as teorias e os conceitos sejam construídos a
partir da investigação e não de opiniões
infundadas.
CONTATOS SOCIAIS PRIMÁRIOS E
CONTATOS SOCIAIS SECUNDÁRIOS
 Com o passar do tempo, a Sociologia passou a
denominar os grupamentos de grupos sociais. São
considerados sociáveis aqueles indivíduos
capazes de viver em sociedade , conviver com
outros da mesma espécie e, principalmente,
aqueles que são acessíveis no trato com os
outros. Dessa visão, surgem o conceito de
contatos sociais primários ( afetivos, com base
emocional) e contatos sociais secundários
(formal e impessoal).
DEFINIÇÃO
 Sociologia é uma ciência que estuda as
sociedades humanas e os processos que
interligam os indivíduos em associações,
grupos e instituições.
 Enquanto o indivíduo isolado é estudado pela
Psicologia, a Sociologia estuda os
fenômenos que ocorrem quando vários
indivíduos se encontram em grupos de
tamanhos diversos, e interagem no interior
desses grupos.
 A sociologia se ocupa com as observações do
que é repetitivo nas relações sociais para daí
formular generalizações teóricas.
INTERESSE DA SOCIOLOGIA
 A Sociologia não é matéria de interesse apenas de sociólogos.
 A Sociologia interessa de modo acentuado a administradores,
políticos, empresários, juristas, professores geral, jornalistas,
planejadores, sacerdotes, mas, também, ao homem comum.
 A Sociologia não explica nem pretende explicar tudo que ocorre na
sociedade nem todo o comportamento humano. Muitos
acontecimentos humanos escapam aos seus critérios.
 Ela toca, porém, em todos os domínios da existênciahumana em
sociedade. Por esta razão, a abordagem sociológica, através dos
seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas
um excelente instrumento de compreensão das situações com que
se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações
sociais e, consequentemente, de si mesmas como seres
inevitavelmente sociais.
ESTUDO DA SOCIOLOGIA HOJE
 Hoje, os sociólogos pesquisam macroestruturas
inerentes à organização da sociedade, como a
raça ou etnicidade, classe e gênero, além de
instituições como a família; processos sociais que
representam divergência, ou desarranjos nestas
estruturas, inclusive crime e divórcio. E
pesquisam os micro processos como relações
interpessoais.
AUGUSTE COMTE ( 1798-1857)
 “As sociedades estavam em estado de caos
total, era necessário restabelecer a ordem
nas ideias e nos conhecimentos”.
 Comte estabeleceu as bases iniciais do
que seria uma ciência social. Abriu
perspectivas para um novo campo de
pesquisa científica a qual se ocupou dos
fenômenos sociais.
AUGUSTE COMTE
 Desenvolveu o Positivismo corrente
Sociológico, é um dos fundadores da
Sociologia. Comte, como pai da sociologia
positivista adquiriu conhecimento dedicando
ao estudo científico das sociedades, deu
suporte ao homem ao trilhar o caminho para
o encontro da organização social e política.
Caracterizou as sociedades, como constantes
evoluções sociais. Desta ideia deriva a frase
em nossa bandeira “Ordem e Progresso”.
 “O amor por princípio, a ordem por base e o
progresso por fim”.
 “O espírito humano deve contentar-se com o
mundo já dado e se ater do campo da
experiência”.
Comte, ao considerar a sociologia como
ciência positiva, admitiu a existência de
certas constantes regularidades nos fatos
sociais, que permitiam a indução de leis
objetivas e válidas como as da física.
KARL MARX- 1818- 1883
OS INDIVÍDUOS E AS CLASSES SOCIAIS
 Os indivíduos devem ser analisados de acordo com os
contextos de suas condições e situações sociais , já que
produzem sua existência em grupos.
As relações sociais não acontecem apenas entre
indivíduos, mas também entre classes e essas
condições são definidas pelo Estado, por meio de leis,
tribunais ou polícia.
 A relação entre o trabalhador e o empresário, não é
apenas entre indivíduos, mas também entre as classe
sociais: a operária e a burguesia.
O Estado aparece para tentar reduzir o conflito,
criando leis que, segundo Marx, normalmente
são a favor dos capitalistas.
O foco da teoria de Marx, está nas classes
sociais, embora o indivíduo também esteja
presente.Isso fica claro quando Marx afirma que
os seres humanos constroem sua história, mas
não da maneira que querem, pois existem
situações anteriores que condicionam o modo
como ocorre a construção.
 Existem condicionantes estruturais que levam o
indivíduo, os grupos e as classes para determinados
caminhos; mas todos têm a capacidade de reagir a
esses condicionamentos e até mesmo transformá-los.
 A chave para compreender a vida social contemporânea
está na luta de classes, que se desenvolve à medida que
homens e mulheres procuram satisfazer suas
necessidades, “ oriundas do estômago ou da fantasia”.
ÉMILE DURKHEIM (1858- 1917)
AS INSTITUIÇÕES E OS INDIVÍDUOS
 Fundador da Escola francesa de sociologia, para Durkheim a
sociedade sempre prevalece sobre o indivíduo, dispondo de
certas regras,normas costumes e leis que asseguram sua
perpetuação.
 Essas regras e leis independem do indivíduo e pairam acima
de todos, formando uma consciência coletiva ( conjunto de
regras, normas, leis, que regem o agir das pessoas), que dá
sentido de integração entre os membros da sociedade. As
regras são toda crença e todo comportamento instituído pela
coletividade.
 A educação é veículo de transmissão e herança de valores.
VIDA E OBRA
 O pensamento de Durkheim marcou
decisivamente a Sociologia contemporânea.
 Em 1893 publicou seu estudo em que aborda a
interação social entre os indivíduos que integram
uma coletividade maior: a sociedade.
ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES :
 Solidariedade Social
 Educação
 Fatos Sociais
 Instituição Social e Anomia
 Suicídio
 religião
SOLIDARIEDADE SOCIAL
 Segundo Durkheim é oriunda de dois tipos de
consciência:
 A consciência coletiva (ou comum);
 e consciência individual.
 Cada indivíduo possui uma
 consciência individual que sofre da
 consciência coletiva, que nada mais é
 que a combinação das consciências individuais de todos
os homens ao mesmo tempo.
 A consciência coletiva seria responsável pela formação
de nossos valores morais, e exerce uma pressão
externa aos indivíduos no momento de suas escolhas.
 Consciência individual + consciência coletiva=
formação do ser social.
EDUCAÇÃO
 A educação é compreendida como o
conjunto de ações exercidas das gerações
adultas sobre as que ainda não
alcançaram o estatuto de maturidade para
a vida social.
Necessidade de articular a pedagogia à
sociologia, uma vez que a escola teria
como finalidade suscitar e desenvolver na
criança certo número de estados físicos,
intelectuais e morais exigidos pela
sociedade e que seriam aplicados a
mesma.
FATOS SOCIAIS
Consiste em maneiras de agir, de pensar e
de sentir que exercem determinada força
sobre os indivíduos, obrigando-os a se
adaptar às regras da sociedade onde
vivem. No entanto, nem tudo que uma
pessoa faz pode ser considerado um fato
social, pois para ser identificado como tal,
tem de atender as três características:
generalidade, exterioridade e
coercitividade.
CARACTERÍSTICAS FATOS SOCIAIS
 Coercitividade - característica
 relacionada com o poder, ou a força ,
com a qual os padrões culturais de
uma sociedade se impõe aos indivíduos
que a integram, obrigando esses indivíduos a
cumpri-los.
 Exterioridade – quando o indivíduo nasce, a
sociedade já está organizada, com suas leis, seus
padrões, seu sistema financeiro, etc.,cabe ao
indivíduo aprender, por intermédio da educação,
por exemplo.
 Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou
seja, eles não existem para um único indivíduo,
mas para todo um grupo, ou sociedade.
EM SÍNTESE...
 O que é um fato social ?
 O que as pessoas sentem, pensam ou fazem
independente de suas vontades individuais.
É um comportamento estabelecido pela
sociedade. Não é algo que seja imposto
especificamente a alguém , é algo que já
estava lá antes e que continua depois e que
não dá margem a escolhas.
INSTITUIÇÃO SOCIAL E ANOMIA
 Instituição social é um mecanismo de
organização da sociedade, é o conjunto de regras
e procedimentos padronizados socialmente,
reconhecidos, aceitos e sancionados pela
sociedade, cuja importância estratégica é manter
a organização do grupo e satisfazer as
necessidades dos indivíduos que dele participam.
 As instituições são, portanto,
conservadoras por essência, quer seja
família, escola, governo, religião, polícia,
ou qualquer outra, elas agem contra
mudanças, pela manutenção da ordem
vigente.
INSTITUIÇÃO SOCIAL E ANOMIA
 Anomia – uma sociedade sem regras claras, (“em
estado de anomia”), sem valores, sem limites, leva o
ser humano ao desespero.
 Preocupado com esse desespero, Durkheim se
dedicou ao estudo da criminalidade, do suicídio
e da religião.
 Obs; valores no séc. XIX .
 Aos problemas que ele observou, considerou como
patologia social e chamou aquela sociedade
doente de “anomona”.
SOLIDARIEDADE MECÂNICA E SOLIDARIEDADE
ORGÂNICA
Durkheim acentuava que nas sociedades anteriores
ao capitalismo, isto é, nas sociedades tribal e feudal,
a divisão do trabalho era pouco desenvolvida, não
havia grande numero de especializações das
atividades sociais.
 Nas sociedades pré-capitalistas, as pessoas não se
unem porque uma depende do trabalho da outra
(interdependência), e, sim, são unidas por uma
religião, tradição ou sentimento comum a todos.
SOLIDARIEDADE MECÂNICA E SOLIDARIEDADE
ORGÂNICA
 Solidariedade mecânica - união das pessoas a 
partirda religião, tradição, ou sentimento.
 A solidariedade orgânica, ao contrário, aparece 
quando a divisão do trabalho social aumenta, e aí o 
que torna as pessoas unidas não é uma crença 
comum a todos, mas uma interdependência das 
funções sociais.
SOLIDARIEDADE MECÂNICA E
SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
 Durkheim admite que a solidariedade orgânica é
superior a mecânica, pois ao se especializarem as
funções, a individualidade, de certo modo, é
ressaltada, permitindo maior liberdade de ação.
 A partir do momento em que as atividades sociais
são muito divididas, as pessoas passam a
depender uma das outras e ao mesmo tempo,
cada uma, ao especializar-se na atividade que
realiza, passa a desenvolver a sua
individualidade.
DURKHEIM E O SUICÍDIO
 Emile Durkheim publicou sua obra “O Suicídio”em
1897 , onde define o suicídio como um fato social.
 Nas palavras de Durkheim, “suicídio é todo caso de
morte que resulte direta ou indiretamente de um
ato positivo ou negativo praticado pela própria
vítima, ato que a vítima sabia dever produzir este
resultado.”
SUICÍDIO
 Em sua tese, preocupou-se com o
enfraquecimento da moralidade social do mundo
moderno, porque os indivíduos poderiam sentir-
se desorientados em relação aos vínculos morais,
podendo desencadear uma situação patológica ou
anômica.
 Embora o suicídio seja um ato individual, trata-
se de um fato social, por ser comum, externo e
coercitivo aos indivíduos.
SUICÍDIO
Os tipos de suicídios estão relacionados ao grau de 
integração dos sentimentos coletivos ou da coerção 
externa sobre os indivíduos.
Os quatro tipos de suicídios caracterizados por 
Durkheim , são:
 Suicídio Egoísta
 Suicídio Altruista
 Suicídio Anômico
 Suicídio Fatalista
SUICÍDIO
Suicídio egoísta: Individualismo excessivo, perda 
total do indivíduo com o meio social. 
Por exemplo a depressão, a melancolia e a sensação 
de desamparo moral ocasionados pela 
desintegração social, pelo egoísmo ou pela baixa 
coesão ou integração social.
SUICÍDIO
 Suicídio altruísta: indivíduo extremamente
ligado à sociedade, sem vida própria. Morre
porque acredita que sua morte pode ser benéfica
para a sociedade.
 Ex; homens bombas.
SUICÍDIO
 Suicídio anômico: ocorre em contextos em que
as normas sociais estão ausentes. Provém do fato
de a atividade dos homens estar desregrada e de
estes sofrerem com isso .
 As normas sociais estão ausentes por conta de
transformações ocorridas na sociedade, como
grandes crises econômicas.
SUICÍDIO
 Suicídio fatalista: esse tipo de suicídio é
meramente uma nota de rodapé escrita por
Durkheim, mas vale a pena ser citado, porque o
pensador caracterizou sua ocorrência quando
existe uma regulação excessiva.
 Os indivíduos que praticam esse tipo de suicídio
são aqueles com futuro determinado e que
sofrem com as paixões comprimidas por uma
disciplina opressora.
AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA
RELIGIOSA
 Durkheim elaborou a obra “As formas
elementares da vida religiosa” ( 1912)com o
objetivo de desenvolver uma teoria geral da
religião, a partir da análise das instituições
religiosas consideradas simples e/ou primitivas.
AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA
RELIGIOSA
 Nas sociedades primitivas, a religião oferece uma
lição exemplar de coesão social.
 Durkheim entende que os ritos são tradutores
dos aspectos da vida, individuais e sociais.
 Para o pensador , o fenômeno religioso é formador
da consciência coletiva.
AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA
RELIGIOSA
 Para Durkheim, a religião é eminentemente
social, porque as representações religiosas são
representações coletivas, sendo um produto do
pensamento coletivo, como as ideias de tempo, de
espaço, do sobrenatural, da divindade, das
crenças e dos ritos, do sagrado e do profano.
 “Cada sociedade é um conjunto de
individualidade sociocultural formada de
componentes historicamente agrupados”.
 Max Weber
OBJETO DE ESTUDO
 Weber entendia que o objeto de estudo é apenas
um fragmento finito da realidade. Assim,
concorda com a impossibilidade de entender os
fenômenos sociais em sua totalidade. Então,
Weber desenvolveu uma ferramenta de
investigação chamada TIPO IDEAL.
 TIPO IDEAL – escolha, por parte do cientista,
de elementos considerados mais relevantes.
(Estatística e História tem grande valor).
 Relação Social – “ probabilidade que uma
determinada conduta tenha seu sentido
compartilhado por diversos agentes.
 Critica a proposta de “coisificação” (externa,
coercitiva, generalizada) da sociedade.
 A sociedade é resultado de uma enorme e inesgotável
interação entre os indivíduos.
o pensamento alemão surge 
em contraste ao 
positivismo:
Idealismo:possui um caráter 
observativo de cada 
formação social.
PONTO CENTRAL DA TEORIA DE WEBER
 Ação social: todo comportamento cuja origem
depende da reação ou expectativa de outras
partes envolvidas. È o indivíduo que , por meio
dos valores sociais e sua motivação, produz o
sentido da ação social.
TIPOLOGIA DAS AÇÕES SOCIAIS
 Ação racional com relação
 valores: esta associada 
 à fidelidade aos valores
 individuais (ético/religioso),
 aos princípios do indivíduo.
O CAPITAL
 A jornada de trabalho, relatada no cap. 8 de O 
Capital, revela a exploração absurda a que os 
trabalhadores estavam submetidos:
 Crianças trabalhando em minas de carvão;
 Moças morrendo depois de trabalharem três dias 
e três noites consecutivas em confecções;
 Ambiente de trabalho insalubre, mutilações, 
problemas psicológicos.
 Dezesseis horas de trabalho. O corpo por um fio;
 Famílias desestruturadas, casas apinhadas de 
gente.
 Faltam higiene, saneamento e perspectiva de 
prosperidade.
ORGANIZAÇÕES
 Nesse contexto surgem as organizações sindicais.
 As primeiras lutas foram pelo estabelecimento de 
uma jornada de trabalho de dez horas e a 
proibição da contratação de crianças com menos 
de dez anos pelas fábricas. 
 O que estava na balança era a luta pela 
sobrevivência. Ainda não existia a preocupação 
com a qualidade do trabalho e com a saúde.
 O importante era manter, minimamente, o corpo 
em funcionamento.
O TAYLORISMO
O conceito de taylorismo é uma concepção de 
produção, baseada em um método científico de 
organização do trabalho.
 Foi elaborado pelo engenheiro norte-americano 
Frederick W. Taylor ( 1856-1915) e exposto, em 
1911, na publicação da obra Os princípios da 
administração. A partir dessa concepção, a 
atividade industrial foi fragmentada, pois cada 
trabalhador passou a exercer uma função 
específica no sistema industrial. A organização foi 
hierarquizada e sistematizada e o tempo de 
produção passou a ser cronometrado.
TAYLORISMO
 Consequências do taylorismo com sua organização 
científica do trabalho:
 Sua rigidez de funções individualizou os 
trabalhadores na linha de produção;
 Produção fragmentada, as funções cronometradas.
 Separação do trabalho intelectual e do manual.
 Perda completa da autonomia e controle do próprio 
trabalho.
 O trabalhador se transforma em uma máquina 
programada para execução de uma só tarefa.
 O trabalho maçante, acompanhado pela depreciação 
do tempo, e a preocupação constante de não ficar 
doente.
 Obs; o tempo da doença não era um direito nessa 
época.
IDEOLOGIA DEFENSIVA
 Ideologia defensiva, termo utilizado por 
Christopher Dejours, é um mecanismo que anda 
de mãos dadas ao sentimento coletivo da 
vergonha. Em meio a miséria operária, estar 
doente não pega bem. 
 Sinônimo de vagabundagem, corpo mole, esconde-
se o sofrimento e a doença ate o limite possível. 
 O autor salienta que a repetição das tarefas era 
tão grande que mesmo quando fora da fábrica, os 
trabalhadores cronometravam todos os seus atos. 
a rotina fabril dominava a rotina caseira.
MUDANÇAS - MOVIMENTO EM DEFESA DA SAÚDE
DO TRABALHADOR
 Com a primeira guerra mundial, as fabricas 
veem-se contingenciadasno tocante a mão de 
obra por força do recrutamento para o campo de 
batalha.
 Torna-se necessário pensar no bem estar dos 
trabalhadores, afinal não era fácil sua reposição.
 O Estado passa a ter um papel ativo na 
regulamentação do trabalho com a criação de leis 
trabalhistas e a implantação da medicina do 
trabalho. A qualidade do trabalho desponta no 
horizonte das discussões acerca da organização 
do trabalho na fábrica.
FÁBRICAS – ALTERAÇÕES FÍSICAS
 Para atender as novas exigências, as fábricas passam 
por alterações físicas.
 Dejours ( 1992,p.25) fala que : 
 “Por condição de trabalho é preciso entender, antes de 
tudo, ambiente físico ( temperatura, pressão, barulho, 
vibração, irradiação, altitude, etc). Ambiente químico ( 
produtos manipulados, vapores e gases 
tóxicos,poeiras, fumaça, etc. o ambiente biológico ( 
vírus, bactérias, parasitas, fungos), as condições de 
higiene, de segurança, e as caracteristicas
antropométricas do posto de trabalho.
 outro ponto é o trabalho trazendo sofrimento quando 
o pendulo insatisfacao/ desejo pende para o primeiro.
 é duro lidar com o prazer sempre adiado. uma das 
causas da depressão.

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