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Roteiros Eletroterapia Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Eletroterapia Título da Aula: Introdução à eletroterapia AULA 1 ROTEIRO 1 Inicialmente, no roteiro desta disciplina vamos aprender sobre as principais propriedades eletrofísicas das correntes elétricas, pois isso fundamentará toda a compreensão dos efeitos promovidos pela passagem das correntes elétricas pelo corpo humano. Na sequência, passaremos a estudar as principais correntes elétricas utilizadas pela fisioterapia. As primeiras sobre as quais discutiremos são as correntes polarizadas. Elas estão entre as correntes mais antigas utilizadas por profissionais da saúde. Assim, veremos a corrente galvânica e as correntes diadinâmicas de Bernard. Analisaremos suas características físicas, ações principais, mecanismos de ação, indicações terapêuticas e contraindicações. Ainda, teremos a oportunidade de estudar uma técnica específica conhecida por iontoforese. Atividade I 1. Conceitos fundamentais em eletricidade e suas relações com a eletroterapia a. Eletricidade: conceito b. Carga elétrica c. Íons d. Cátodos e ânodos e. Campo elétrico f. Voltagem g. Corrente elétrica h. Condutores e isolantes i. Resistência e condutância Serviço Social Vamos praticar a. Descrever para os alunos os conceitos básicos em eletricidade: I (Cátodo e ânodo) II (Condutores e isolantes) Complemento na descrição dos eletrodos. � Os cabos de conexão e os tipos de conectores; � Do que são feitos os eletrodos, quais são seus agentes acopladores e como eles são fixados à pele; � Quais são as relações do tamanho dos eletrodos com a impedância da pele, a densidade da corrente, a discriminação das respostas excitatórias e a especificidade da estimulação; e � Quais são as técnicas de colocação e os alvos mais comuns de aplicação dos eletrodos. Fonte: Livro-texto. Fonte: Livro-texto. Manual de Estágio Fonte: Livro-texto. Atividade II 2. Classificação das correntes elétricas terapêuticas a. Tipos de correntes eletroterapêuticas i. Contínua ii. Corrente alternada iii. Corrente pulsada b. Características descritivas das correntes alternadas e pulsadas i. Número de fases ii. Simetria iii. Equilíbrio iv. Forma Serviço Social c. Descrição de correntes pulsadas ou alternadas por meio das características qualitativas d. Características descritivas das correntes alternadas e pulsadas i. Características de pulsos únicos Vamos praticar a. Atividade realizada individualmente, na qual o aluno deverá descrever as características de forma qualitativa e quantitativa. Fonte: Livro-texto. Atividade III 3. Corrente galvânica ou corrente direta terapêutica a. Efeitos fisiológicos e terapêuticos da corrente galvânica ou corrente direta i. Estimulação sensorial ii. Hiperemia iii. Eletrotônus Manual de Estágio iv. Analgesia v. Cicatrização vi. Destruição de tecidos b. Iontoforese i. Mecanismo de ação ii. Efeitos colaterais e contraindicação da corrente direta e da iontoforese iii. Procedimentos de aplicação da corrente direta Vamos praticar a. Demonstrar os eletrodos utilizados nas correntes polarizadas (exemplo: corrente galvânica). b. Experimento feito em grupo na demonstração dos efeitos das correntes polarizadas nos tecidos: Material: Batata ou carne Demonstrar o efeito iônico nos tecidos com a endosmose no eletrodo negativo (hidratação) Serviço Social c. Experimento feito em grupo na demonstração dos efeitos das correntes polarizadas nos tecidos: Material: Água e o Backer Demonstrar a liberação dos gases d. Apresentação de um caso clínico sobre efeito de drenagem do edema na região joelho (efeito da endosmose) e analgesia promovida pela corrente galvânica. e. Aplicação da iontoforese em um caso clínico de um paciente com epicondilite lateral do cotovelo (Usando o medicamento Dexametasona). f. Aplicabilidade terapêutica (Exemplo: epicondilite) e a dosimetria (intensidade e o tempo de tratamento). Atividade IV 4. Corrente Diadinâmica de Bernard Em 1945, o dentista Pierre Bernard anunciou o efeito analgésico de um grupo de correntes elétricas, caracterizado por apresentar uma modulação em intensidade e/ou a frequência. Manual de Estágio Ele nomeou esse grupo de correntes diadinâmicas. Elas foram introduzidas como recursos terapêuticos por apresentarem efeitos analgésico, trófico e espasmolítico. Muitos estudiosos e clínicos mencionam que essas correntes não deveriam mais ser utilizadas, mas ainda existem profissionais que enxergam muitas utilidades no seu uso. Os autores que se mostram partidários da evitação ao uso das correntes diadinâmicas de Bernard argumentam que no mercado já existem opções de correntes elétricas com características que podem ser mais seguras ou confortáveis, uma vez que se tratam de correntes bifásicas simétricas ou por serem assimétricas compensadas, de forma a não apresentarem os riscos da aplicação de uma corrente monofásica. No entanto, entendemos que eles constituem uma ferramenta analgésica importante que, se empregada de forma correta, poderá complementar o tratamento de fisioterapia, favorecendo a resolução da lesão. Descrição das Correntes diadinâmicas Essas correntes são produzidas a partir da retificação de uma corrente alternada sinusoidal, bifásica, simétrica. Dependendo da retificação empregada, se parcial ou completa, formam-se variantes de correntes diadinâmicas. Estas são conhecidas como monofásica fixa (MF) ou difásica fixa (DF), cujas frequências de emissão são de 50 Hz e 100 Hz, respectivamente. A partir da combinação dessas duas correntes, aparecem três variações e, por consequência, novas correntes. As correntes dinâmicas compreendem um grupo de cinco correntes monofásicas, formadas por pulsos sinusoidais de 10 ms de duração, com ou sem interrupção da emissão, como sem modulação da frequência ou intensidade, apresentando frequências de 50 Hz e 100 Hz. Serviço Social Pelas variações citadas, foi possível criar o conjunto de correntes diadinâmicas: difásica fixa (DF), longos períodos (LP), curtos períodos (CP), ritmo sincopado (RS) e monofásica fixa (MF). As quatro primeiras citadas apresentam um efeito analgésico bastante marcante. Fonte: Livro-texto. Vamos praticar a. Descrever os efeitos fisiológicos e terapêuticos das correntes diadinâmicas, com descrições individuais. b. Discussão de casos clínicos com elaboração dos protocolos de utilização das correntes diadinâmicas. c. Aplicabilidade terapêutica (Exemplo: entorse de tornozelo – conforme a imagem abaixo) e a dosimetria (intensidade e o tempo de tratamento). Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Eletroterapia Título da Aula: Fisiologia da dor/ TENS/Interferencial AULA 2 ROTEIRO 2 Fonte: Livro-texto. Na nossa prática clínica, é muito comum atender pacientes com a queixa clássica de dor, e, dessa forma, é necessário entender todos os aspectos da dor, para que ela seja tratada da forma mais efetiva possível. Contudo existem algumas modalidades de promoção analgésica, na área da eletroterapia as correntes conhecidas como TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) e a Corrente Interferencial são a mais empregas com a tal finalidade. Nessa aula prática serão discutidos tópicos importantes para a melhor abordagem e eficácia no tratamento e na modulação dos pacientes com dores agudas ou persistentes. Atividade I 1. Questões sobre a fisiologia da dor e as implementações clínicas a. Abordar casos clínicos com os alunos na exemplificação dos conceitos de dor crônica e dor aguda. Serviço Social b. Descrever as ferramentas para avaliação da dor. Fonte: Livro-texto. c. Descrever com casos clínicos a presença da sensibilização central e periférica. d. Discutir sobre o modelo biopsicossocial. e. Realizar uma prática com os alunos sobre o modelo de educação em neurociência da dor. Manual de EstágioAtividade II 2. Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) a. Aplicação clínica da TENS b. Teorias sobre analgesia por TENS i. Teoria da comporta ii. Teoria dos opioides endógenos c. Principais indicações da TENS na prática clínica (Ressaltar aplicabilidade em diversas áreas) i. Ortopedia ii. Neurologia iii. Saúde da mulher iv. Ambiente de enfermaria e UTI d. Princípios físicos i. TENS convencional (de alta frequência) ii. TENS acupuntura (de baixa frequência) iii. TENS breve-intensa e. TENS na prática clínica (Abordar em grupos de alunos) i. Casos clínicos (Descrevendo a colocação dos eletrodos nas diversas indicações clínicas) ii. Casos clínicos (Descrevendo e formando raciocínio sobre os parâmetros) Serviço Social f. TENS e dor crônica i. Demonstre um caso clínico e raciocínio clínico g. Contraindicações Atividade III 3. Corrente Interferencial a. Definição (quais são as características físicas da corrente) b. Exemplifique a diferença entre o TENS e Corrente Interferencial c. Demonstre no equipamento os parâmetros ajustáveis da Corrente Interferencial i. Frequência portadora ii. AMF (frequência modulada) iii. Delta F iv. Slope v. Intensidade vi. Tempo de tratamento Manual de Estágio d. Mecanismo de analgesia i. Teoria da comporta ii. Teoria dos opioides endógenos e. Contraindicações f. Casos clínicos sobre as aplicações clínicas da corrente interferencial. (Discutir em grupos de 3-4 alunos). As correntes elétricas podem ser usadas para produzir uma resposta elétrica em músculos e nervos, portanto, para utilizar de forma eficaz a eletroestimulação é importante rever conceitos básicos de ativação neural pelos sinais elétricos e como ocorrem as contrações musculares em resposta a esses sinais. Além disso, a compreensão dos tipos de fibras musculares e ordem de recrutamento das fibras musculares é importante. Mas antes de iniciar a nossa imersão em eletroestimulação, torna-se necessário distinguir conceitos básicos sobre estimulação elétrica, sendo os principais a estimulação elétrica neuromuscular (NMES) e estimulação elétrica funcional (FES). Suas siglas são oriundas dos termos em inglês. A NMES é a forma de estimulação elétrica utilizada com altas intensidades para produzir contração muscular e pode ser aplicada associada ao movimento ou não. A contração do músculo inervado ocorre decorrente de despolarização dos nervos motores locais. Exemplos da utilização da NMES: casos de hipotrofia muscular e/ou inibição muscular artrogênica por desuso, dor ou intervenção cirúrgica. Em contrapartida, a FES é o termo usado quando tem como objetivo favorecer ou produzir movimento funcional, o qual não é conseguido voluntariamente pelo paciente, por exemplo, para favorecer a dorsiflexão durante a Serviço Social marcha em pacientes neurológicos ou para restaurar equilíbrio e marcha em pacientes com paraplegia. A FES é comumente utilizada nos membros superiores para favorecer atividades de vida diária (AVD) ou nos membros inferiores para marcha. A FES pode substituir um movimento completamente perdido, como nos músculos paralisados em indivíduos com lesão medular ou substituir as órteses. A utilização da FES pode exigir circuitos sofisticados, múltiplos canais, mecanismos de acionamento da corrente e pode precisar ser aplicada a longo prazo e durante várias horas para atingir os objetivos. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Eletroterapia Título da Aula: Correntes Excitomotoras (FES/Russa/Aussie) AULA 3 ROTEIRO 3 As correntes elétricas podem ser usadas para produzir uma resposta elétrica em músculos e nervos, portanto, para utilizar de forma eficaz a eletroestimulação é importante rever conceitos básicos de ativação neural pelos sinais elétricos e como ocorrem as contrações musculares em resposta a esses sinais. Além disso, a compreensão dos tipos de fibras musculares e ordem de recrutamento das fibras musculares é importante. Mas antes de iniciar a nossa imersão em eletroestimulação, torna-se necessário distinguir conceitos básicos sobre estimulação elétrica, sendo os principais a estimulação elétrica neuromuscular (NMES) e estimulação elétrica funcional (FES). Suas siglas são oriundas dos termos em inglês. A NMES é a forma de estimulação elétrica utilizada com altas intensidades para produzir contração muscular e pode ser aplicada associada ao movimento ou não. A contração do músculo inervado ocorre decorrente de despolarização dos nervos motores locais. Exemplos da utilização da NMES: casos de hipotrofia muscular e/ou inibição muscular artrogênica por desuso, dor ou intervenção cirúrgica. Em contrapartida, a FES é o termo usado quando tem como objetivo favorecer ou produzir movimento funcional, o qual não é conseguido voluntariamente pelo paciente, por exemplo, para favorecer a dorsiflexão durante a marcha em pacientes neurológicos ou para restaurar equilíbrio e marcha em pacientes com paraplegia. A FE é comumente utilizada nos membros superiores para favorecer atividades de vida diária (AVD) ou nos membros inferiores para marcha. A FES pode substituir um movimento completamente perdido, como nos músculos paralisados em indivíduos com lesão medular ou substituir as órteses. A utilização da FES pode exigir circuitos sofisticados, múltiplos canais, mecanismos de acionamento da corrente e pode precisar ser aplicada a longo prazo e durante várias horas para atingir os objetivos. Serviço Social 1. Estimulação Elétrica Funcional (FES) a. Descrição da Corrente e os parâmetros Fonte: Livro-texto. b. Técnica de aplicação dos eletrodos i. Técnica mioenergética ii. Técnica ponto motor (localização de ponto) c. Prática segura da eletroestimulação d. Indicações, precauções, contraindicações e prática segura do uso da eletroestimulação e. Eletroestimulação em condições neurológicas. (Colocação de eletrodos e demonstração dos parâmetros) i. Subluxação do ombro após acidente vascular cerebral ii. Funcionalidade do membro superior iii. Funcionalidade dos membros inferiores Manual de Estágio iv. Controle da espasticidade v. Tratamento da escoliose f. Eletroestimulação em condições musculoesqueléticas i. Tratamento conservador e pós-operatório de reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho ii. Síndrome da dor femoropatelar iii. Artrite degenerativa ou osteoartrose de joelho iv. Substituição total da articulação Na década de 1970, a corrente interrompida de média frequência investigada pela primeira vez pelo Dr. Kots na literatura russa começou a ganhar grande repercussão, pois o time olímpico russo, muito bem-sucedido, estava utilizando a corrente em complemento aos métodos de treinamento usuais e sugeriu que sua utilização produzia ganhos em torno de 30-40% na força muscular. A corrente original usada pelos pesquisadores, descrita como uma corrente alternada, simétrica, com pulsos sinusoidais ou retangulares, de 2.500 Hz de frequência (média frequência), era modulada por burst a cada 10 ms, fornecendo 50 bursts por segundo. A figura a seguir demonstra a característica da corrente. Fonte: Livro-texto. Serviço Social 2. Corrente Russa a. Descrição de Parâmetros e as características específicas da corrente Fonte: Livro-texto. b. Corrente russa em condições ortopédicas c. Corrente russa em condições cardiorrespiratórias A corrente aussie ou corrente australiana foi desenvolvida por um pesquisador da Universidade de LaTrobe, em Melbourne, Austrália, professor Alex Ward. Foi baseada na corrente russa, ou seja, uma corrente de média frequência que é modulada em baixa frequência. A diferença entre elas está no valor da média frequência e o tempo de duração do burst. Ward, Robertson e Ioannou (2004) avaliaram o efeito da frequência da corrente alternada no torque induzido eletricamente em indivíduos saudáveis com o objetivo de estabelecer uma frequência ideal para aestimulação motora. A partir desse estudo, concluem que o maior torque é produzido com a menor média frequência, ou seja, 1.000 Hz ou 1 kHz. Manual de Estágio Em seguida, os mesmos autores compararam a utilização de corrente de média frequência com duração de bursts de 10 ms e 2 ms e demonstraram que bursts com duração de 2 ms produziam maior torque muscular. Portanto a corrente aussie, produzida pelo pesquisador, é uma corrente alternada que utiliza uma frequência de 1 kHz com bursts de 2 ms. Ward, Robertson e Ioannou (2004) também demonstraram que a corrente com frequência portadora de 4 kHz e bursts com duração de 4 ms produzia menor desconforto, e com isso sugeriu a utilização desses parâmetros para analgesia. 3. Corrente Aussie a. Descrição de Parâmetros e as características específicas da corrente Fonte: Livro-texto. 4. Discussão de casos clínicos
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