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1 Louyse Jerônimo de Morais Constipação intestinal Referência: aula da prof. Adriana Queiroga + Tratado de Pediatria 5ª edição Definição Com 2 meses de vida, a criança faz constipação fisiológica, porque ela está em leite materno exclusivo, podendo ficar até 10 dias sem evacuar – isso é normal. A consistência das fezes do lactente normalmente é líquida. Portanto, o que caracteriza a constipação é a alteração do ritmo intestinal. A constipação se caracteriza por apresentar evacuações com frequência menor que 3 vezes por semanas, com aumento da consistência. Pode-se, também, evacuar diariamente de forma incompleta, fezes secas, com esforço e dor. Algumas crianças ficam muitos dias sem evacuar e eliminam fezes extremamente volumosas, entupindo o vaso sanitário. Critérios de Roma IV Presença de dois ou mais critérios abaixo, em pelo menos 25% das evacuações: 1. Postura de retenção ou excessivo comportamento de retenção das fezes. 2. Pelo menos 1 episódio de incontinência fecal por semana. 3. Evacuações dolorosas e fezes endurecidas. 4. Presença de grande massa fecal no reto 5. Fezes de grande diâmetro que podem obstruir o vaso 6. Menos de duas evacuações espontâneas completas por semana 7. Após avaliação apropriada, os sintomas não podem ser totalmente explicados por outras condições médicas Classificação • Constipação aguda: febre [porque retém líquido e as fezes ficam mais secas] / mudança de ambiente [criança que só faz cocô em casa]. • Constipação crônica o Causa funcional 95% dos casos o Causa orgânica: 5% Avaliar, principalmente, alimentação e psicológico da criança. Geralmente, na pediatria, a constipação está relacionada com erro alimentar ou questão psicológica – criança no desfralde, criança que evacuou doloroso e fica com medo de evacuar, perda de ente querido etc. Quando vai na primeira consulta, a terapêutica é voltada para como se fosse um diagnóstico funcional. Quando a criança volta sem responder, pensa nos 5% de causa orgânica. Uma característica importante na constipação funcional da criança é o comportamento de retenção resultante de manobras para contração, que pode chegar à exaustão, do esfíncter anal externo e da musculatura glútea [cruzando as pernas] para evitar a evacuação. Chama-se atenção, também, para a incontinência fecal retentiva, que se caracteriza por perda involuntária de conteúdo retal fecalóide ou fezes amolecidas como consequência da presença de fezes impactadas no cólon e/ou reto. Epidemiologia Padrão normal de evacuações = sinal de saúde Se as fezes ficam retidas, o paciente sente dor, mal-estar, excesso de náusea e até refluxo, bem como alteração da microbiota intestinal, que repercute no sistema imunológico e pode causar depressão. • 3% das consultas pediátricas gerais • 25% dos gastroenterologistas pediatras • Criança [0 a 18 anos]: 0,7% a 29,6% [M 8,9%] • Brasil: escolares chegou a 28% • Prevalência de 1,9% a 27,2% - América do Norte Fatores de risco • Prematuridade: musculatura flácida, hipotonia. • Atraso na eliminação de mecônio após 48h • Sexo masculino • Obesidade: abdome bastante flácido e dificuldade de fazer pressão. • Apetite seletivo: erro alimentar. • Comportamento familiar negligente ou autoritário: não forçar a evacuar no vaso antes dos 2 anos de idade. • Treinamento esfincteriano obsessivo • Abuso sexual • História familiar • Medicamentos constipantes Sinais de alarme • Eliminação de mecônio após 48h de vida • História familiar de doença de Hirshsprung 2 Louyse Jerônimo de Morais • Fezes em fita • Fezes contendo sangue sem fissura anal: a fissura anal é uma consequência e uma das causas de constipação. • Vômitos biliosos • Distensão abdominal intensa • Anormalidades da tireoide • Posição anormal do ânus: se o ânus for anteriorizado, isto é, muito perto do períneo, dificulta trabalho da musculatura pélvica. • Diminuição do reflexo tônico das extremidades inferiores • Ondulação sacral • Tufo de pelos na coluna • Desvio de fenda glútea • Cicatriz anal Diagnóstico • Anamnese: hábito intestinal, história familiar, história alimentar, aspectos psicológicos. • Sinais e sintomas: fecaloma, hiperemia anal, fissura anal / sangramento, plicoma [prega excedente de pele na região anal, por esforço], dor abdominal recorrente, inapetência / sintomas do trato urinário. As alterações do trato urinário podem ser causa ou consequência. Existe uma relação embriogênica desde a vida intrauterina na formação do trato urinário e gastrointestinal. Pela pressão que forma o bolo fecal, comprime a bexiga, podendo reter. Além disso, quando a criança tem infecção urinária, ao evacuar e urinar, se ela sentir dor, vai reter as fezes. Quando a constipação funcional é incerta, um exame digital do anorectum é recomendado. Na primeira consulta, não precisa fazer toque retal, a não ser em suspeita de estenose ou malformação anal. Isso é traumatizante para a criança. Hoje em dia, não é indicado o toque, somente em casos mais raros. Assim, na presença de sinais de alarme ou sintomas em pacientes com constipação intratável, um exame digital do anoreto é recomendado para excluir condições médicas subjacentes. Exames radiológicos de trânsito Também não há necessidade na primeira consulta, porque o diagnóstico é clínico. • Radiografia abdominal simples: pode ser usado em uma criança em que a impactação fecal é suspeitada, mas o exame físico é não confiável / não é possível. Auxilia para ver fecaloma. • Estudos de trânsito colônico não são recomendados para diagnosticar constipação funcional. Pode ser útil, no entanto, para discriminar entre constipação funcional / incontinência fecal não retentiva funcional e em situações em que o diagnóstico não é claro. • A ultrassonografia retal não é recomendada para diagnosticar constipação funcional. • Enema opaco: é bastante doloroso e complicado, então só solicita na suspeita de megacólon e megarreto, para fazer diagnóstico diferencial. • Manometria anorretal o Doença de Hirschsprung: ausência do reflexo inibitório retoanal [RIRA]; ausente também no megarreto. o Megarreto: pressão basal reduzida no reto. • Biópsia retal: ausência de gânglios neurais mioentéricos e submucoso – doença de Hirschsprung. A doença de Hirschsprung é uma anomalia em que uma parte do intestino não tem gânglios, então a peristalse para, gerando acúmulo de fezes e distensão intestinal progressiva. Quando a criança tem Hirschsprung verdadeiro e congênito, a sintomatologia já é desde o nascimento [vômitos em grande quantidade, distensão abdominal, dificuldade para evacuar, ampola retal vazia etc.]. O que tem que ter cuidado na constipação intestinal intratável é com o Hirschsprung de forma baixa. Nesses casos, a criança passa anos com constipação, é intratável, melhorando parcialmente com a dieta. O diagnóstico é feito pela biópsia anorretal e a cirurgia resolve, mas é um diagnóstico raro. Na fase de lactente, deve-se dar atenção especial para a doença de Hirschsprung [megacólon congênito] e a alergia à proteína do leite de vaca [APLV]. Assim, retardo na eliminação do mecônio, eliminação explosiva de fezes ao toque retal, distensão abdominal e massa fecal abdominal volumosa, bem como eliminação de fezes em fita e ampola retal vazia, são sugestivos de doença de Hirschsprung. A APLV deve ser considerada em crianças com constipação iniciada logo após a introdução do leite de vaca na dieta, com fissura anal persistente, antecedente de perda de sangue nas fezes e falha à terapêutica convencional. 3 Louyse Jerônimo de Morais Quando considerar constipação orgânica? • Início dos sintomas no primeiro ano de vida: afastando disquesia e constipação fisiológica, é sinal de alarme. • Retardo da eliminaçãode mecônio: mais de 48h • Ausência de incontinência fecal crônica • Retardo de crescimento ponderoestatural: pode ser doença celíaca [aparece com introdução de glúten na dieta] – pede anticorpo anti-endomísio e anti-transglutaminase tecidual, bem como IgA total, pois a criança pode ter deficiência de IgA. • Ampola retal vazia: pensar em Hirschsprung. • Insucesso ao tratamento convencional • Doença urinária obstrutiva: infecção urinária de repetição, pede exames de imagem, encaminha para nefro e trata ITU. • Aparecimento dos sintomas com a introdução do leite de vaca e do glúten na dieta: pode pedir IgE específica ou retirar leite [pode não ser mediada por IgE]. Proteínas do leite – caseína, alfa lactoalbumina e beta globulina. • História pessoal ou familiar de atopia: hipotireoidismo congênito – retardo no desenvolvimento e atraso na escola. • Sintomas extraintestinais Fora as doenças supracitadas, tem as cirúrgicas, em que o diagnóstico é mais precoce, pois as manifestações são visíveis ao exame clínico. Além disso, também há as doenças genéticas. • Síndrome de Prune-Belly ou abdome em ameixa – ausência de musculatura abdominal. • Crianças neuropatas com malformação da coluna Causas orgânicas 1. Medicamentos constipantes • Antidepressivos / quimioterápicos • Suplementos de cálcio e ferro: o sulfato ferroso costuma causar diarreia, mas também pode levar à constipação. Deve-se, portanto, retirar o ferro, com melhora do quadro. É bem comum. • Anticonvulsivantes / morfina • Anti-histamínicos / anticolinérgicos • Diuréticos / codeína • Antiácidos • Antidiarreicos • AINES 2. Alterações anorretais • Imperfuração anal • Estenose anal • Ânus ectópico • Acalasia anal 3. Defeitos da medula espinhal • Espinha bífida • Meningomielocele • Trauma medular 4. Doenças gastrointestinais • Doença de Hirschsprung: distensão abdominal importante do lactente. Qualquer paciente em sala de parto que, ao passar uma sonda orogástrica, consegue-se retirar mais de 20 ml e esse líquido for bilioso, a probabilidade de o abdome ser cirúrgico é muito alta. • Doença celíaca • APLV • Inércia colônica • Pseudo-obstrução Se tiver vomitando no berçário, passa sonda. 5. Doenças endocrinológicas e metabólicas • Hipotireoidismo • Diabetes mellitus • Hipercalcemia • Hipocalcemia • Hipopotassemia 6. Distúrbios psiquiátricos • Depressão • Psicose • Anorexia nervosa 7. Doenças sistêmicas: paralisia cerebral, distrofia muscular, fibrose cística [usa medicamentos constipantes], neoplasia, botulismo, síndrome de Down [hipotonia muscular generalizada], síndrome de Prune- Belly [abdome em ameixa]. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCNuzhb33ickCFUNNkAodIO8McQ&url=http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA0c4AB/constipacao-intestinal&psig=AFQjCNG4ttHuHfs0NtD6FUKjt1823-K7eA&ust=1447384090816543 4 Louyse Jerônimo de Morais A musculatura pélvica tem que estar funcionando corretamente, porque ela precisa fazer pressão nessa região. Qualquer alteração dessa musculatura – esfíncter interno, esfíncter externo, malformação de coluna etc. -, com malformação anatômica, vai se relacionar com constipação. Caso clínico • EFG, 2 meses de vida, sexo masculino • QP: sem evacuar há 7 dias. • HDA: mãe relata que seu filho está sem evacuar há 7 dias, evacuava normal e sem dor após alimentação. Fezes são pastosas. Nega febre e sangue nas fezes. • Interrogatório sistemático: nega alterações em outros sistemas. • CGPN: nasceu de parto eutócico, apgar de 10/10, mamou logo ao nascer.PN: 3200grs e 48 cm. Eliminou mecônio e diurese nas primeiras 24h. Capurro 38 semanas. • APPF: nega doenças anteriores e nunca foi interno. Alimentação só mama no peito, vacinação em dia. • AF: todos com saúde • Exame clínico: normal Diagnóstico: disquesia funcional. A constipação é fisiológica até 2 a 4 meses, desde que não exceda 10 dias. Após esse tempo, tem que voltar a fazer normal para ser considerado fisiológico. Se começar a fazer fezes em fita, com dificuldade ou endurecida, merece investigação. A disquesia ocorre nos primeiros 6 meses de vida e se caracteriza por episódios de esforço, gemidos e choro, vermelhidão na face, por 10 a 20 minutos, antecedendo as várias eliminações diárias de fezes amolecidas. Ocorre em lactentes que ainda não desenvolveram a capacidade de coordenar – imaturidade do trato gastrointestinal. Pode mudar o leite [fórmula], que resolve. Existem composições de fórmulas contendo mais fibras, que melhoram o quadro. Tenta convencer a mãe a pelo menos usar aveia junto. Caso clínico • ALD, masculino, 7 anos, procedente de Guarabira. • QP: diarreia há 2 anos • HDA: mãe relata que seu filho apresenta diarreia há 2 meses. Com fezes líquidas em pequena quantidade, sem muco e sem sangue. Sempre está melando a roupa com fezes fétidas. • Interrogatório sistemático: teve um período de fezes endurecidas. Demais sistemas sem queixas. • CGPN: nasceu de parto cesariano, apgar de 9/10, mamou logo ao nascer.PN: 2500grs e 45 cm. Prematuro de 35 semanas. • APP e FIS: nega doenças IC e alergias. Nunca foi interno. • Alimentação: não mamou no peito, atualmente come poucas frutas e não gosta de saladas • Vacinação em dia. • AF: Pais com saúde, irmão tem constipação intestinal. • Exame clínico: presença de massa palpável em abdome inferior de consistência endurecida. Diagnóstico: fecaloma. O que a criança tinha era um escape fecal, não era diarreia. Quando examinou, viu-se que era um fecaloma. A diarreia é feita em grande quantidade no banheiro – melar roupa não existe. O tratamento do fecaloma é desimpactar. Veremos adiante. Fisiologia da constipação intestinal O normal é que as fezes cheguem na região anal, o que estimula fibras nervosas, manda feedback e vem retorno para relaxamento dos esfíncteres externo e interno e ato evacuatório. Se, por algum motivo, esse mecanismo falhar, as fezes não eliminadas vão ficar endurecidas, pois todo o líquido vai ser absorvido e a massa fecal vai ficar cada vez maior. Quando a criança faz muito esforço para evacuar e sente dor, ela vai prendendo, tem medo, aí a massa fecal vai crescendo e retendo. Assim, cada vez mais, precisa de um bolo maior para poder sensibilizar as fibras nervosas. Essa musculatura da peristalse começa a ter comprometimento, podendo até hipertrofiar, o que retém mais ainda as fezes e forma fecaloma. É necessário, portanto, que a criança tenha uma dieta saudável e rica em fibra para formar bolo fecal, sensibilizar neurônios, peristalse e defecação. Se isso não acontece, a dor ao evacuar vai gerar problema de defecação, por conta de um quadro psicológico associado. Além disso, é importante ressaltar que tanto fibras solúveis quanto insolúveis vão ser importantes, porque elas também influenciam na microbiota intestinal. Fibra alimentar menos fermentativa [insolúveis] → aumento do volume fecal [estiramento] → estímulo dos 5 Louyse Jerônimo de Morais neurônios sensoriais → movimentos propulsivos → aumento da pressão na ampola retal → defecação. Fibra alimentar mais fermentativa [solúveis] → aumenta crescimento da microbiótica colônica e aumenta massa fecal → estímulo mecânico [propulsão] → degradação das fibras → aumenta AGCC → atividade neuromuscular → aumenta água nas fezes → defecação. Em resumo, a retenção fecal crônica leva à dilatação do reto. Assim, a musculatura hipotônica prejudica a percepção sensorial do reto, necessitando de volumes maiores para desencadear o reflexo de relaxamento. Com o tempo, ocorre hipertonia muscular e retenção das fezes. O medo de defecar e a dor aumenta a absorção de água, o que deixa as fezes ressecadas. Tudo isso só aumenta a dor e contribui para aretenção fecal crônica. Tratamento • Manejo comportamental: não pendurar os pés, não ter estímulo visual, ajudar no reflexo gastrocólico, ver causas que influenciam parte psicológica. • Manejo nutricional: alimentação rica em fibra, melhorar ingesta de água. • Atividade física: melhora musculatura abdominal. Desimpactação fecal • Enema glicerinado • Solução de sorbitol • Solução fosfatada – 2,5 mg/kg/dia [não usar em < 2 anos] • Polietilenoglicol [PEG] – 1,0 a 1,5 g/kg/dia Na maior parte dos casos, para se obter plena desimpactação, são necessários 3 a 5 dias. Pode ser realizada por via oral ou por meio de enemas. A desimpactação por via oral é realizada com polietineloglicol [PEG, macrogol] 3350 ou 4000. No Brasil, o PEG 4000 sem eletrólitos pode ser preparado em farmácias de manipulação. Outra opção é o enema fosfatado, que não deve ser usado em lactentes. Nestes, podem ser utilizados minienemas com sorbitol e laurilsulfato de sódio. Terapia de manutenção Tem o objetivo primordial de prevenção da recorrência de fecaloma e de permitir o reestabelecimento da função motora colônica de forma perene. Atualmente, o PEG 3350 ou 4000 é considerado a melhor opção para o tratamento de constipação intestinal. O efeito osmótico define o mecanismo de ação. Quando o PEG não está disponível, a segunda opção é a lactulose. Outra opção com menor custo é o leite de magnésia. O laxante prescrito deve proporcionar evacuação amolecida, sem dor ou dificuldade, uma vez ao dia. 1. Laxantes osmóticos [> 6 meses] • Lactulose – 1 a 3 ml / kg/ dia 1 a 2 vezes por dia o Bastante usado. • Leite de magnésio 1 a 3 ml/kg/dia uma a duas vezes por dia o Pode dar excesso de magnésio no organismo. Alimentos ricos em fibra: cereais integrais, farelo de trigo, grãos e frutas (preferencialmente as ingeridas com casca), milho cozido, pipoca, azeitonas, trigo para quibe, sementes (linhaça, girassol, gergelim), goiabada cascão, doce de abóbora, arroz doce com uva-passa e chocolate com coco. Em pacientes com constipação secundária a anormalidades orgânicas, a administração excessiva de fibra alimentar pode se associar à piora do quadro clínico. 6 Louyse Jerônimo de Morais • PEG é o mais usado – 0,2 a 0,8 g/kg/dia. Trata por, no mínimo, 5 meses, porque se está retirando o mecanismo da dor. Não adianta fazer pouco tempo, porque a criança tem que esquecer a dor. Começa com PEG e vai reduzindo a dose. Não suspender de vez, porque o risco é alto da constipação voltar. Não fazer medicação que dê cólica na criança. A lactulose dá um pouco, por isso o PEG é mais usado. Além disso, o PEG não é fermentado, razão pela qual não ocasiona produção de gases, flatulência e distensão abdominal. O óleo mineral carrega vitaminas lipossolúveis e tem o risco de broncoaspirar e fazer pneumonia aspirativa grave, principalmente em neuropata. Não é usado de rotina na pediatria. 2. Probióticos / prebióticos: não se identificou um probiótico que contribua no tratamento da constipação intestinal em crianças e adolescentes, mesmo como coadjuvante. 3. Biofeedback - Fisioterapia 4. Estimulação transcutânea 5. Prevenção: dieta saudável. Recomendações terapêuticas atuais • Recomenda-se ingestão normal de fibras e líquidos, atividade física normal, uso rotineiro de prebióticos não é recomendado.
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