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SIFILIS

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REFERENCIAL TEÓRICO – SÍFILIS
1. O que é
 	A sífilis é uma enfermidade sistêmica causada pelo Treponema pallidum exclusiva do ser humano, conhecida desde o século XV, seu estudo ocupa algumas especialidades médicas como dermatologia, urologia, ginecologia e infectologia (BRASIL,2010, Pg-9). Tem como principais vias de transmissão o contato sexual seguido pela transmissão via cordão umbilical durante o período de gestação e via transfusão sanguínea. 
É uma infecção sexualmente transmissível (IST) com fases assintomáticas, tendo em vista que o quanto antes seu tratamento, menor será o tempo de recuperação. Em seus diferentes estágios clínicos (sífilis primária, secundária, latente e terciaria) há uma diferenciação de sua transmissibilidade sendo os estágios primário e secundário com maior nível de propagação, já a fase terciária é a mais rara nos dias atuais, mas pode surgir após vários anos depois do início da infecção, na ausência de tratamento (MINISTÉRIO DA SAÚDE-2021).
2. Sinais e Sintomas
2.1. Sífilis primária
 Ocorre com o surgimento de uma lesão particular (cancro duro) no local da entrada da bactéria podendo ser pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele. Tal infecção costuma-se ser indolor, praticamente sem manifestações inflamatórias para o agente patogênico, porém, há o aparecimento de ínguas (caroços) na virilha (AVELLEIRA-2006, Pg-113).
2.1.1. Diagnóstico laboratorial 
	 Pode ser executado pela pesquisa direta no Treponema pallidum por microscopia de campo escuro, com a identificação através da coloração de Fontana-Tribondeau, que utiliza sais de prata, e pela imunofluorescência direta (método utilizado para identificar muitos antígenos virais). Os anticorpos analisados surgem na corrente sanguínea entre 7 a 10 dias após o surgimento do cancro duro (BRASIL,2010, Pg-20). 
Os primeiros testes são feitos em torno dos 10 dias após o agravamento do cancro duro, seguido dos outros testes treponêmicos e não treponêmicos. Quanto mais precocemente a sífilis primária for tratada maior será a possibilidade de os exames sorológicos tornarem não-reagentes. Porém, mesmo após a cura, os testes treponêmicos podem permanecer reagentes por toda a vida.
2.2. Sífilis secundária
Após o período de latência (Sem manifestação da bactéria no organismo) que pode durar de seis a oito semanas, a infecção se manifestará novamente. O acometimento afetará a pele e os órgãos internos correspondendo à distribuição da bactéria (T. pallidum) por todo o corpo. Vale ressaltar que a ausência de cuidados na fase primaria tem como consequência a sífilis secundaria, onde, o Treponema já invadiu todos os órgãos e fluídos corpóreos (AVELLEIRA,2006, Pg-114).
2.2.1. Diagnóstico laboratorial
De acordo com BRASIL-2010, na sífilis secundária todos os testes feitos de forma sorológicas são reagentes e os testes quantitativos tendem a apresentar títulos altos nos resultados. Após o tratamento nessa fase, os testes treponêmicos (que detectam anticorpos contra antígenos do Treponema pallidum) permanecem reagentes por toda a vida do usuário, enquanto os testes não treponêmicos podem ter comportamento variável. 
2.3. Sífilis Latente 
Caso não haja o devido tratamento na fase primária e secundaria, mesmo após o desaparecimento dos sinais e sintomas, a infecção entrará no período latente que cronologicamente pode ser considerada recente na fase primária, porém, pode ser tardía, pós primeiro ano da infecção. A sífilis latente não manifesta quaisquer sinais ou sintomas perceptíveis (BRASIL,2010, Pg-22).
2.3.1. Diagnóstico laboratorial 
Tal fase, todos os testes feitos da forma sorológica apresentam reagentes com a diminuição dos títulos nos testes quantitativos. Para que ocorra uma diferenciação desta fase para a primária, deve ser feito uma pesquisa mais especifica buscando a presença ou ausência de anticorpos no líquor, para tal identificação é utilizado VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), onde, a presença da sífilis latente é manifestada quando existe a reação no líquor junto de baixos títulos no soro (BRASIL,2010, Pg-22).
2.4. Sífilis terciária 
Pode ser descrita como a fase da infecção mais rara, podendo levar de dez a quarenta anos a sua manifestação (MS-2021) desenvolve inflamações, destruição de tecidos e ossos, uma de suas principais características são lesões cutâneas, onde pode surgir em qualquer parte do corpo. Suas manifestações com maior agrave são as: sífilis cardiovascular e a neurossífilis (BRASIL,2010, Pg-22).
2.4.1. Diagnóstico laboratorial
Assim como o diagnostico da sífilis latente os testes feitos de forma sorológica indicam a presença de reagentes, da mesma forma, o índice nos testes dos títulos tendem a ser baixos. Em usuários que apresentam sintomas neurais, o exame do líquor – LCR é indicado, porém nenhum teste isoladamente é seguro para o diagnóstico da neurossífilis. Recomendase que o diagnóstico seja feito pela combinação da positividade do teste sorológico, aumento das células e de proteínas no LCR (BRASIL,2010, Pg-23).
2.5. Sífilis congênita
Trata-se da infecção do feto em decorrência da passagem da bactéria do Treponema através da placenta (transmissão vertical), sua gravidade é maior na fase inicial da infecção materna (MS-2021). 
 É necessário que seja feito testes para a detectação do Treponema em gestantes durante o período do pré-natal, caso o resultado seja positivo (reagente), fazer os devidos tratamentos da gestante, junto ao seu parceiro sexual, afim de evitar sua proliferação (BRASIL,2010, Pg-23).
Recomenda-se que a gestante faça testes durante três períodos da gestação sendo eles:
· Primeiro trimestre de gestação;
· Terceiro trimestre de gestação;
· Momento do parto ou em casos de aborto.
Com o nascimento da criança com sífilis congênita é visto a presença de lesões cutâneas nas palmas das mãos, pés, boca e ânus. Caso não haja manifestação dessas características a infecção pode permanecer latente, vindo a se expressar na adolescência ou na vida adulta (BRASIL,2010, Pg-23).
REFERENCIAS
AVELLEIRA, João Carlos Regazzi; BOTTINO, Giuliana. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. Disponível em:<http://www.scielo.br/j/abd/a/tSqK6nzB8v5zJjSQCfWSkPL/?format=pdf>. Acesso em: 02 Março de 2022.
BRASIL, Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. SÍFILIS: Estratégias para Diagnóstico no Brasil. Disponível em:<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sifilis_estrategia _diagnostico_brasil.pdf>. Acesso em: 02 março de 2022.
MINISTERIO DA SAÚDE (MS). Doenças de condições crônicas e infecções sexualmente transmissíveis. Disponível em:<http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-sexualmente-transmissiveis/sifilis>. Acesso em: 02 Março de 2022.

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