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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Universidade Federal do Amazonas Escola de Enfermagem de Manaus Depto. Enfermagem Médico-Cirúrgica Atenção Integral á Saúde do Adulto e do Idoso Jahana Paula de Barros Mendonça Especialista em Urgência e Emergência Professora Auxiliar I Acidente Vascular Encefálico * * * Acidente Vascular Encefálico DEFINIÇÃO: Comprometimento súbito da função cerebral provocado por uma variedade de alterações histopatológicas que envolvem um ou vários vasos sanguíneos intracranianos ou extracranianos. * * * Tipos de AVCs Existem três tipos de AVCs: O AVC isquémico é provocado pelo bloqueio de um vaso sanguíneo ou de uma artéria, o que impede a corrente sanguínea de atingir partes do cérebro. O AVC hemorrágico é provocado pela ruptura de um vaso sanguíneo, que leva ao derrame de sangue para dentro do cérebro ou para a área que o rodeia. O AIT (ataque isquêmico transitório) clinicamente corresponde a uma isquemia passageira que não chega a constituir uma lesão neurológica definitiva e não deixa seqüela. É um episódio súbito de déficit sanguíneo em uma região do cérebro com manifestações neurológicas, que se recuperam em minutos ou em até 24 horas. * * * AVCI * * * AVCI * * * AVCH * * * AVCH * * * Epidemiologia Mundial 3a. causa de morte 1a. causa de incapacidade Brasil 2a. causa de morte 1a. causa de incapacidade * * * Principais fatores de risco Hipertensão arterial; Doença cardíaca; Colesterol; Tabagismo; Consumo excessivo de bebidas alcoólicas; Diabetes; Idade; Sexo; Obesidade; Anticoncepcionais hormonais; Sedentarismo; Estresse. * * * Sinais que Precedem um Derrame São os principais sintomas que precedem o AVC: Cefaleia intensa e súbita sem causa aparente Dormência nos braços e nas pernas Dificuldade de falar e perda de equilíbrio Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna do lado esquerdo ou direito do corpo Alteração súbita da sensibilidade, com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo Perda súbita de visão em um olho ou nos dois Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar palavras ou para compreender a linguagem Instabilidade, vertigem súbita e intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos * * * Como identificar o AVC Pedir em primeiro lugar para que a pessoa sorria. Se ela mover sua face só para um dos lados, pode estar tendo um AVC. Pedir para que que levante os braços. Caso haja dificuldades para levantar um deles ou, após levantar os dois, um deles caia, procurar socorro médico. Dê uma ordem ou peça que a pessoa repita alguma frase. Se ela não responder ao pedido, pode estar sofrendo um derrame cerebral. ? * * * Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * AVC Isquêmico Quadro Clínico * * * * * * Diagnóstico Inclui avaliação clínica Neurológica Neuroimagem: - Tomografia computadorizada. - Disponibilidade - Rapidez - Baixo custo * * * * * * Diagnóstico Diferencial Nem toda perda de consciência súbita é um AVC !!! Pode ser: Baixo débito cerebral Hipotensão ortostática Arritmia paroxística / bradicardia Estenose aórtica /IAM Crise epiléptica Hipoglicemia * * * Tratamento do AVCI Medidas Gerais: ABC da ressuscitação Hipertensão Arterial na Fase Aguda do AVCi: - 50% a 70% dos casos - abrupta da PA pode levar a da PPC. - Droga de ação curta/manejo fácil. - Evitar bloqueadores do canal de Ca 2+ * * * Tratamento da Fase Aguda Cuidado com a PA! AAS apenas após TC; Não usar heparina em dose curativa, apenas profilaxia de TVP se imobilidade; Tratamento trombolítico apenas se menos de 3 horas do ΔΤ. * * * Abordagem Inicial na Emergência O doente deve ser examinado para avaliação em primeiro lugar de complicações potencialmente fatais, com ênfase na manutenção da via aérea e funções respiratória e circulatória; Recomenda-se vigilância para detectar alterações da função respiratória e circulatória e para o reconhecimento de sinais de efeito de massa (estado de consciência, pupilas); O melhor modo de monitorizar o estado neurológico é mediante o uso de escalas neurológicas validadas, tais como Escala de Coma de Glasgow, entre outras. * * * * * * * * * * * * Monitorização Electrocardiográfica dado o risco de arritmias malignas secundárias ou preexistentes, assim como para detectar a fibrilação atrial como fonte de embolismo; A monitorização cardíaca contínua é recomendada nas primeiras 48 horas do AVC, especialmente em doentes com: cardiopatia prévia conhecida história de arritmias pressão arterial instável sintomas/sinais clínicos de insuficiência cardíaca ECG basal alterado * * * Controle da Função Cardíaca Otimizar o débito cardíaco, mantendo uma pressão arterial (PA) no limite superior da normalidade e uma freqüência cardíaca normal. Deve manter-se a pressão venosa central entre aproximadamente 8-10 cm H2O; A necessidade de restituição de um ritmo cardíaco normal através de fármacos ou cardioversão deve ser considerada. * * * Controle da Pressão Arterial Hipertensão (Pico) é freqüente após um AVC isquêmico. A pressão arterial deve manter-se elevada em infartes isquêmicos para otimizar a perfusão de vasos estenosados e colaterais e assim favorecer um fluxo adequado na área crítica da penumbra; Deverá reduzir-se em caso de hemorragia ou se as condições cardiológicas o exigirem; A hipotensão deve ser tratada com fluídos e/ou catecolaminas. * * * SITUAÇÕES QUE REQUEREM TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA FASE AGUDA DO AVCI Após trombólise Manter PA< 180/105 mmHg por 36H Níveis de PA PAM> 130 mmHg e/ou PAS> 220 mmHg muito altos e/ou PAD> 120 mmHg Emergências EAP, ICC, Isq. miocárdica, Dissecção Hipertensivas aórtica, eclâmpsia * * * * * * Função Pulmonar A função da via aérea e pulmonar, ou oxigenação sanguínea, deve ser monitorizada com oximetria, se disponível; Os doentes com AVC do tronco cerebral correm um risco acrescido de insuficiência respiratória por hipoventilação, obstrução da via aérea e aspiração; A oxigenação adequada pode ser importante para preservar o metabolismo; A oxigenação pode ser melhorada administrando-se 2-4 l O2/min por cateter nasal; Recomenda-se a intubação no caso de insuficiência respiratória potencialmente reversível. * * * Metabolismo da Glicose e Temperatura Deve monitorizar-se a glicemia a intervalos regulares; Diabetes mellitus prévia pode descompensar na fase aguda do AVC e a hiperglicemia pode piorar o prognóstico funcional; A hipoglicemia também piora o prognóstico, para além de poder simular um infarto cerebral. A febre influencia negativamente o prognóstico do AVC e, em modelos experimentais, aumenta o tamanho do infarto. * * * Fluidos e Eletrólitos Os fluídos e eletrólitos devem ser monitorizados cuidadosamente e corrigidos para evitar a desidratação, um aumento do hematócrito e a alteração das propriedades do sangue; As soluções hipotônicas (NaCl a 0,45% ou glicose a 5%) estão contra-indicadas, dado que a redução da osmolalidade plasmática aumenta o risco de edema cerebral. * * * Terapêutica de Recanalização A administração precoce de terapêutica trombolítica no AVC isquêmico baseia-se no conceito de que a restituição precoce da circulação no território afectado, mediante a recanalização de uma artéria intracraniana ocluída, preserva o tecido neuronal reversivelmente danificado da zona da penumbra; Por sua vez, a recuperaçãoda função neuronal reduz a incapacidade neurológica avaliada clinicamente. * * * * * * TROMBÓLISE Inclui o uso de drogas trombolíticas (rtPA). Trombolíticos: 30% de chance de boa evolução quando iniciada em até 3h Paciente deve estar em unidade específica Avaliar relação risco/benefício * * * Recomendações na Trombólise Nas primeiras três horas do AVC isquémico recomenda-se a administração intravenosa de rtPA (0,9 mg/kg; máximo de 90 mg), com 10% da dose num bólus inicial, seguido da restante numa perfusão de 60 minutos (Nível de Evidência I); Não se recomenda a administração intravenosa de rtPA quando a hora de início do AVC não pode ser precisada de forma confiável; isto inclui pessoas cujos AVCs são detectados ao acordar (Nível de Evidência IV); Não existe informação disponível sobre a eficácia e a segurança de outros fármacos trombolíticos administrados intravenosamente de forma a permitir uma recomendação. * * * * * * Contraindicações da trombólise PAS > 185 ou PAD > 110mmHg Sangramento interno nos últimos 21 dias Neurocirurgia ou coluna nos ultimos 3 meses Suspeita de AIT Idade < 18 e > 85 Tempo de instalação desconhecido * * * COMPLICAÇÕES A morte na 1° semana geralmente é decorrente de edema cerebral 10% desenvolvem edema clinicamente importante Transformação hemorrágica é freqüente após o AVCI e tem letalidade de 50% * * * Tratamento Pós-Fase Aguda Controle dos fatores de risco; Reabilitação mais precocemente possível: Motora Da fala Da deglutição Da visão Da heminegligência Avaliar o humor; Adaptação do domicílio do paciente. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * AVC Hemorrágico * * * AVCH - Tipos Hemorragia intracraniana com elevação aguda da PIC decorrente de ruptura arterial HEMORRAGIA DIFUSA – SUBARACNOIDEA (HSA): Ruptura de artérias superficiais – aneurismas, MAV’s, TCE HEMORRAGIA FOCAL – INTRAPARENQUIMATOSA: Ruptura de artérias localizadas na substância cerebral – Hemorragia hipertensiva, TCE * * * QUADRO CLÍNICO Cefaléia Súbita – 100% Perda Transitória da Consciência – 50% Coma – 10% Déficit Neurológico – 60% Náuseas e Vômitos – 60% Sinais de Irritação Meníngea – 75% Convulsões – 25% Hipertensão Arterial Hipertermia Dor Cervical Fono e Fotofobia Oftalmoparesia, ptose, dilatação pupilar e perda do reflexo das pupilas à luz CEFALÉIA OU SANGRAMENTO SENTINELA Ocorre em 25% a 30% dos pacientes com HSA aneurismática QUADRO CLÍNICO Cefaléia súbita e intensa Náuseas e vômitos Rigidez de nuca Sinais de déficits focais DURAÇÃO Várias horas a dias * * * Tratamento TRATAMENTO CLÍNICO Evitar ressangramento Evitar vasoespasmo TRATAMENTO DEFINITIVO Abordagem cirúrgica para evitar ressangramento MOMENTO IDEAL O mais precoce possível na ausência de vasoespasmo Até 3º dia ou do 10º ao 14º dia HSA Internação em Unidade Intensiva ou Semi-Intensiva Dieta (laxativa e hidratação oral) ou Jejum Absoluto Anticonvulsivante – Fenitoína Ansiolíticos – Benzodiazepínicos Analgésicos – Codeína ou morfina Prevenção de úlcera gástrica Repouso absoluto no leito Decúbito elevado a 30° Monitorização hemodinâmica invasiva s/n * * * COMPLICAÇÕES HIDROCEFALIA Ocorre em 20% a 27% dos casos Instala-se na 1ª ou 2ª semana após a ocorrência da HSA PATOGENIA Obstrução das vias de efluxo do LCR - 4° ventrículo TRATAMENTO Derivação ventricular externa (Hidrocefalia aguda) Derivação ventrículo-peritoneal (Hidrocefalia crônica) Monitorização da PIC * * * COMPLICAÇÕES VASOESPASMO Estreitamento anormal das artérias do cérebro, diagnosticado por angiografia cerebral ou por doppler transcraniano. OCORRÊNCIA 75% dos pacientes com HSA Sintomático em 30% INÍCIO 3° – 21° dia, porém mais comum entre o 5° e o 10° dia QUADRO CLÍNICO Aumento da cefaléia, sinais de irritação meníngea, febre, hipertensão arterial, taquicardia, rebaixamento do nível de consciência 50% EVOLUEM PARA INFARTO CEREBRAL * * * Controle e tratamento da HIC Sedação Decúbito elevado Alinhamento da cabeça Derivação ventricular externa - DVE Craniotomia descompressiva Medicamentos – Manitol, barbitúricos Hiperventilação ?? * * * Prognóstico do AVC Até 25% dos pacientes podem piorar nas primeiras 48 horas após o acidente; A mortalidade no 1º mês é de 20 a 30 %; Os AVCs representam a primeira causa de incapacidade em idosos; Em estudo recente, apenas 39 % dos pacientes puderam retornar à domicílio, 26% foram institucionalizados... * * * Prognóstico do AVC O prognóstico depende: Do tipo de AVC; Da área acometida ; Da idade do paciente; Do adequado controle dos fatores de risco; Do nível de suporte social. 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