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Movimento Periódico – Pendulo Simples Samara Beatriz da Silva Vieira Bacharelado em Ciência e Tecnologia – Laboratório de Ondas e Termodinâmica – Turma 01 Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Campus Caraúbas Rio Grande do Norte – Brasil Experimento realizado em 19 de 04 de 2022 Resumo. Nesse presente relatório, descreve a realização do experimento do movimento periódico – pendulo simples, a qual foi realizado em laboratório, a fim de observar quais ou qual variável interfere de forma direta no período oscilatório de um pêndulo simples, para isso foi realizado por tentativas, onde foi alterado a princípio a massa, logo em seguida o ângulo e por fim o comprimento do fio. Foi observado a ação das energias que se encontra nesse procedimento, que nesse caso são as energias potenciais e cinéticas, visto que ambas possuem uma similaridade, e a energia mecânica, já que a mesma é resultado da soma das duas energias citadas acima. Palavras chave: pendulo simples, massa, ângulo, comprimento 1. Introdução A energia que age em um oscilador, são as energias potencias e cinéticas, a qual atuam em tempos opostos, ou seja, quando uma é máxima a outra é nula. Já a energia mecânica ela é resultado do somatório dessas duas energias citadas anteriormente [1]. O movimento harmônico simples, se trata de um movimento oscilatório em torno de uma posição de equilíbrio Fig. 1. Quando o corpo está oscilando deve se considerar que nas extremidades a velocidade é igual a zero, pois é um rápido momento em que ele para e volta novamente para a outra extremidade. Já no exato momento em que o corpo está no meio, digamos assim, a velocidade é máxima [1]. Sabendo disso, podemos fazer algumas associações, no momento em que o corpo sai da extremidade e passa pelo meio ele está realizando um movimento acelerado, diferentemente de quando consideramos ele no ponto de velocidade máxima para o extremo, ele faz um movimento retardado. Observe a figura 1, onde nessa situação a seta azul representa a força peso no eixo x (Px), ela age como uma força restauradora, no que faz lembrar da constante elástica de quando se trata no movimento massa – mola. Figura 1 2. Procedimento Experimental Para a realização do experimento em questão, foi utilizado os seguintes materiais (figura 1): (1) Um fio inextensível (2) 5 discos de 50g (3) Régua e transferidor (4) Cronometro (5) Trena (6) Tripe Figura 2: Matérias utilizados no experimento Fonte: Autoria própria De início, obtemos o comprimento do fio utilizado (figura 2), e logo em seguida, foi adicionado dois discos que equivale uma massa de 100g. feito isso, foi posicionado o fio com 5° em relação a posição inicial, utilizamos como auxiliar o transferidor. Para liberar de forma manual (figura 2) o pêndulo criado, foi configurado o cronometro utilizado para obter o tempo das 5 primeiras oscilações, onde a partir desses tempos, obtemos o período médio (fazendo a média do tempos das cinco oscilações). Figura 3: Medindo o comprimento do fio Fonte: Autoria própria Figura 4: Liberando o sistema de forma manual Fonte: Autoria própria Realizado esse processo, podemos obter a gravidade a partir da equação manipulada dada como sendo: g = (L*4pi2)/T2 Posterior a isso, realizamos o mesmo procedimento, porém com diferenças angulares, onde oscilava de 0° a 15°, para a realização de 5 repetições foi dividido as angulações nessa seguinte sequência: 3°, 6°, 9°, 12° e 15°. E obtemos um período médio dos cinco primeiros tempos para cada repetições. Agora, nesse processo foi variado a massa, em 50g, 100g, 150g, 200g, 250g, considerando o mesmo comprimento do fio de 34cm e um ângulo de 5°. Para cada massa adicionada foi realizado 5 repetições, afim de obter o período médio desses tempos. Visto que, foi oscilado o ângulo, a massa, logo, falta variar o comprimento do fio, onde foi adotado uma variação de 3 em 3cm, a partir do comprimento obtido inicialmente. Portanto, ficou da seguinte forma para cinco comprimentos diferentes: 32cm, 29cm, 26cm, 23cm e 20cm. Obtemos o período médio do tempo das primeiras cinco oscilações para cada comprimento. 3. Resultados e Discussão Com o intuito de obter o período médio de cada intervalos oscilatórios das diferentes situações realizadas durante o experimento, que primeiramente foi considerado ângulo, massa e comprimento do fio constantes. A qual obtemos os seguintes valores de tempo: T1 = 1,1905s T2 = 1,19035s T3 = 1,1903s Tmed= 1,19034s T4 = 1,1903s T5 = 1,19025s A gravidade é obtida a partir da equação (1), onde o valor de L é o comprimento do fio que foi medido 34cm que equivale a 0,34m veja: g = (L*4pi2)/T2 g = (0,34m*4pi2)/1,19034s2 g = 9,75m/s2 Preenchendo a tabela 1.1, com os valores encontrado: Tabela 1.1 𝑳 = 0,35m 𝜽 = 5° # 𝑻 (𝒔) 1 1,1905 2 1,19035 3 1,1903 4 1,1903 5 1,19025 𝑻𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 1,19034s 𝒈 = 9,75m/s2 O segundo processo, manteve – se constante o comprimento de 0,34m e a massa de 100g, onde foi variado apenas o ângulo em: 3°, 6°, 9°, 12° e 15°, e obtemos o tempo médio para cada novo ângulo: ɵ = 3° T1 = 1,18975s T2 = 1,1889s T3 = 1,18975s Tmed= 1,18928s T4 = 1,1888s T5 = 1,1892s ɵ = 6° T1 = 1,1887s T2 = 1,18925s T3 = 1,18905s Tmed= 1,18902s T4 = 1,1890s T5 = 1,18910s ɵ = 9° T1 = 1,18845s T2 = 1,18910s T3 = 1,18910s Tmed= 1,18891s T4 = 1,18895s T5 = 1,1895s ɵ = 12° T1 = 1,19135s T2 = 1,19005s T3 = 1,18990s Tmed= 1,19033s T4 = 1,19015s T5 = 1,19020s ɵ = 15° T1 = 1,19260s T2 = 1,19250s T3 = 1,19260s Tmed= 1,19254s T4 = 1,19265s T5 = 1,19235s Encontrados o período médio de cada situação, preenchemos a tabela 1.2: Tabela 1.2 𝑳 = 0,35m 𝒎 = 100g # 𝑻 (𝒔) 𝜽 (°) 1 1,18928 3 2 1,18902 6 3 1,18891 9 4 1,19033 12 5 1,19254 15 O terceiro processo, foi variado apenas a massa em cada situação, ou seja, mantendo constante o comprimento e o ângulo de 5°: m = 50g T1 = 1,19160s T2 = 1,19195s T3 = 1,19130s Tmed= 1,19164s T4 = 1,19145s T5 = 1,19190s m = 100g T1 = 1,18685s T2 = 1,18685s T3 = 1,18700s Tmed= 1,18695s T4 = 1,18715s T5 = 1,18690s m = 150g T1 = 1,18425s T2 = 1,18420s T3 = 1,18435s Tmed= 1,18412s T4 = 1,18440s T5 = 1,18340s m = 200g T1 = 1,18585s T2 = 1,18305s T3 = 1,18335s Tmed= 1,18328s T4 = 1,18200s T5 = 1,18215s m = 250g T1 = 1,17150s T2 = 1,17570s T3 = 1,17715s Tmed= 1,17596s T4 = 1,17865s T5 = 1,17680s Encontrados o período médio de cada situação, preenchemos a tabela 1.3 Tabela 2.3 𝑳 = 𝜽 = # 𝑻 (𝒔) 𝒎 (𝒌𝒈) 1 1,19164 50 2 1,18695 100 3 1,18412 150 4 1,18328 200 5 1,17596 250 Comparando os valores encontrados e preenchidos as tabelas 1.2 e 1.3, respectivamente, notamos que a variação é minúscula, a qual pode ter causado devido ao realizar os experimentos, não obter algo extado, já que estamos trabalhando com um sistema oscilatório, levando em consideração tudo isso, podemos dizer teoricamente que a massa e o ângulo, não interfere na mudança de tempo oscilatório. Portanto dando continuidade, nesse último processo, resolvemos oscilar o comprimento do fio, visto que, a massa e o ângulo não interfere em seu movimento. Foi variado o comprimento em 3 em 3cm, considerando o comprimento inicial de 35cm e a massa de 100g e o ângulo de 5°, veja: L = 33cm T1 = 1,14405s T2 = 1,14415s T3 = 1,14495s Tmed= 1,14455s T4 = 1,14450s T5 = 1,14510s L = 29cm T1 = 1,08820 T2 = 1,08850s T3 = 1,08915s Tmed= 1,08849sT4 = 1,08855s T5 = 1,08810s L = 26cm T1 = 1,01870s T2 = 1,01825s T3 = 1,01850s Tmed= 1,0184s T4 = 1,01860s T5 = 1,01795s L = 23cm T1 = 0,96495s T2 = 0,96615s T3 = 0,96630s Tmed= 0,96593s T4 = 0,96605s T5 = 0,96620s L = 20cm T1 = 0,90245s T2 = 0,90330s T3 = 0,90415s Tmed= 0,90357s T4 = 0,90360s T5 = 0,90435s Encontrados o período médio de cada situação, preenchemos a tabela 1.4 Tabela 2.4 𝜽 = 𝒎 = # 𝑻 (𝒔) 𝑳 (𝒎) 1 1,14455 0,32 2 1,08849 0,29 3 1,0184 0,26 4 0,96593 0,23 5 0,90357 0,20 Com esses valores encontrados, quando o comprimento é modificado, é notório como varia o período a cada repetição quando o comprimento é modificado, mesmo levando em considerações os erros, a variação é muito notável, ou seja, concluímos que o tamanho do fio pode interferir diretamente no período oscilatório de tal pêndulo. 1. Faça o gráfico de 𝑇 versus 𝐿1/2 da Tabela 2.4. Através do método da regressão linear calcule os parâmetros 𝑎 e 𝑏 da reta 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏. Sabendo que 𝑔 = (2𝜋/𝑎)2 calcule a aceleração da gravidade. 1-𝐿1/2 = (0,32)1/2 = 0,5657 2-𝐿1/2 = (0,29)1/2 = 0,5385 3-𝐿1/2 = (0,26)1/2 = 0,5099 4-𝐿1/2 = (0,23)1/2 = 0,4796 5-𝐿1/2 = (0,20)1/2 = 0,4472 Feito isso, temos esses valores tabelados: Tabela 2: 𝑇 versus 𝐿1/2 T (s) L1/2 1,14455 0,5657 1,08849 0,5385 1,0184 0,5099 0,96593 0,4796 0,90357 0,4472 Somatório para montar as equações ∑ Xi = 0,5657 + 0,5385 + 0,5099 + 0,4796 + 0,4472 = 2,5409 ∑ Yi = 1,14455 + 1,08849 + 1,0184 + 0,96593 + 0,90357 = 5,12094 ∑ XiYi = 0,64747 + 0,58615 + 0,51928 + 0,46326 + 0,40407 = 2,62023 ∑ X^2 = 0,3200 + 0,28998 + 0,25999 + 0,2300 + 0,19998 = 1,29995 A partir desses valores podemos encontrar os valores de a e b para aplicar na equação da reta que é dada como sendo y = ax + b. Encontrando o valor de a: 𝑎 = 2,62023 − 1 5 ∗ 2,5409 ∗ 5,12094 1,29995 − 1 5 ∗ (2,5409)2 = 𝟐, 𝟎𝟓𝟎𝟒𝟔𝟔 Encontrando o valor de b: 𝑏 = 5,12094 − 2,050466 ∗ 2,5409 5 = −𝟎, 𝟎𝟏𝟕𝟖 Utilizando os valores da tabela 2.4, obtemos um gráfico como mostra na figura do gráfico 1, e a regressão linear como foi obtido através dos cálculos dos parâmetros a e b. Gráfico 1 2. Uma massa de 230 𝑔 é concentrada na ponta de um fio inextensível de comprimento 150 𝑐𝑚, calcule o período de oscilação e a frequência angular deste pêndulo para pequenos ângulos sabendo que 𝑔 = 9,8 𝑚/ 𝑠2. Considerando que: 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 Temos: 𝑇 = 2𝜋√ 1,5 9,8 T = 2,46s Portanto, 𝜔 = 2𝜋 𝑇 Temos: 𝜔 = 2𝜋 2,46 𝜔 = 2,55rad/s y = 2,05046x - 0,0174 0 0,5 1 1,5 0 0,2 0,4 0,6 𝑇 versus 𝐿^(1/2) 3. Um pêndulo simples, de comprimento 𝐿 e massa 𝑚, oscila com amplitude angular 𝜃. Quais são os pontos onde as energias cinéticas e potenciais são mínimas e máximas? A energia mecânica nada mais é que a soma da energia cinética e potencial. Sendo que a energia potencial é máxima no ponto mais alto e nula no ponto mais baixo, diferentemente da energia cinética que é nula no ponto mais alto e máxima no ponto mais baixo. 4. Dê um exemplo de pêndulo simples visto em nosso cotidiano. O funcionamento de um relógio de ponteiros é um grande exemplo. 5. Quantas voltas completas o pêndulo da Tabela 1.1 daria em 5,5 𝑠? Se uma volta dura em média 1,19034s, podemos relacionar essas informações pela regra de três e obter o total de voltas que daria em 5,5s, veja: Considerando que: T = 1/(Xvoltas/tmédio). T = 1/(Xvoltas/1,19034) Xvoltas = 5,5/1,19034 Xvoltas = 4,62 Ou seja, aproximadamente 5 voltas o pêndulo daria em 5,5s. 6. Qual deve ser o comprimento de um pêndulo simples que dê meia volta em 1,0 𝑠? A principio deve-se obter o período para que a partir dele podemos encontrar o comprimento do fio. Para isso, podemos dizer que o período é: T = 1s/0,5 = 2s A partir desse valor encontrado, podemos achar o comprimento do viu relacionando com a seguinte expressão: 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 Isolando L que corresponde a variável do comprimento, temos que: 𝐿 = 𝑇² ∗ 𝑔 4𝜋² Substituindo os valores, temos que: 𝐿 = 2² ∗ 9,81 4𝜋² = 0,994𝑚 7. – Esboce a curva de período 𝑻 versus o comprimento 𝑳. Para esboçar o gráfico em que é solicitamos, consideramos os seguintes valores para T e L. Tabela 2.4 𝑻 (𝒔) 𝑳 (𝒎) 1,14455 0,32 1,08849 0,29 1,0184 0,26 0,96593 0,23 0,90357 0,20 Dados os valores, temos que: Gráfico 2 4. Conclusão Perante os resultados obtidos durante a realização dos experimentos podemos concluir que para interferir no período oscilatório de um pêndulo, o comprimento do fio é aparentemente a única variável que interfere no tempo de oscilação, pois foi analisado alterando a massa e o ângulo e observamos que os valores pouco se alteravam, visto que, como é um procedimento experimental ainda existia essas alterações, no processo de execução, mas teoricamente essas variáveis não interferem no tempo oscilatório de um pêndulo. 5. Referências [1] HALLIDAY, David; RESNICK, Roberto; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física - Vol. 2 - Gravitação, Ondas e Termodinâmica, 10ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. 9788521632078. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books /9788521632078/. [2] I.Responsável e A.Berração, “Influência dos mésons- na organização de um formigueiro” J. Pesq.Inuteis 46 (1997) 171-172. [3] A. Nonimo, D. Sconhecido “I can’t write the abstract: What a hell” Proc. 156th Int. Conf. on Environmental consequences of writing abstracts, pp. 10- 16, Seatown, Waterland, 1-4 April 1989. Publisher. Crédito - Este texto foi adaptado do modelo de relatório usado em http://fisica.ufpr.br/LE/ y = 2,0151x + 0,5003 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 0 0,1 0,2 0,3 0,4 𝑇 versus 𝐿 https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books /9788521632078/ https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books /9788521632078/ http://fisica.ufpr.br/LE/
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