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NOME: KELLY KIRSCH DE ALMEIDA WELLINGTON PABLO a) Elabore um texto explicando a correlação entre Responsabilidade Civil e o tema escolhido no seu trabalho oral: Ex: Por que falar em responsabilidade civil e direito de família? Por que esse tema é relevante para a responsabilidade Civil? A responsabilidade que o advogado exerce em sua função é de extrema importância, uma vez que ele representa os interesses de seus clientes perante ao juiz/judiciário. Através do mandato, ele assume realizar da melhor maneira a defesa dos interesses do representado. É tamanha a importância dos poderes concedidos a eles que é necessário que exista limites e sanções em sua atuação, daí a importância de existir e realizar o estudo da responsabilidade civil. A teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que medida está obrigada a repará-lo. Logo, se o advogado atuou de forma inadequada a ponto de gerar danos em seu cliente, este deve responder por seus atos, bem como pelas perdas de seu cliente. b) Natureza jurídica da responsabilidade civil em questão. Ex: A responsabilidade civil dos notários seria objetiva ou subjetiva/ Contratual ou Extracontratual? A responsabilidade do advogado se assemelha à do médico, pois é assumido obrigações de meio, no caso, as decorrentes do exercício da advocacia e não de resultado. Suas obrigações são contratuais e, de modo geral, consistem em defender as partes em juízo e dar- conselhos profissionais. Se as obrigações de meio são executadas de modo qualitativo, não se lhe pode imputar nenhuma responsabilidade pelo insucesso da causa. No entanto, como trazido pelo autor Carlos Roberto Gonçalves existe algumas exceções onde a obrigação assumida pelo advogado pode, em determinados casos, ser considerada de resultado, como nas hipóteses de elaboração de um contrato ou da minuta de uma escritura pública, por exemplo, em que se compromete com o resultado. Somente o exame do caso concreto, todavia, poderá apurar a ocorrência de eventual falha do advogado e a extensão de sua responsabilidade. Mas ressalta-se que a responsabilidade do advogado é subjetiva, uma vez que deve ser comprovado o dolo ou da culpa, nexo de causalidade e o dano. Isso porque aplica-se o teor do art. 14, § 4.º, que estabelece a responsabilidade subjetiva do profissional liberal no caso de danos decorrentes do serviço prestado. No mesmo sentido, consagrando a responsabilidade subjetiva, prevê o art. 32 do Estatuto da Advocacia que “o advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa”. c) Quais os elementos essenciais da responsabilidade civil em questão? (Máximo 10 linhas) Para a responsabilização civil do advogado é necessário que sua conduta de omissão ou ação que violou determinado direito, sendo por culpa ou dolo, resulte em um dano, devendo ter nexo de causalidade com o dano causado. Ressalta que não gera direito à reparação quando do ato não resultar danos ao cliente A reponsabilidade civil do advogado é de cunho subjetivo, devendo-se comprovar que a má atuação do advogado gerou danos. Em razão da sua obrigação ser de meio e não de resultado, deve ter ele a garantia de estar isento de responsabilidade no caso de ter procedido com todo o cuidado, diligência e competência. d) Apresentar no mínimo 2 julgados sobre o tema fazendo um comentário sobre ele. (Máximo 10 linhas). Obs. Colocar apenas a ementa da decisão. Não há necessidade de colocar a íntegra do julgado. PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ 1ª TURMA RECURSAL - DM92 – PROJUDI Rua Mauá, 920 - 28º Andar - Alto da Glória - Curitiba/PR - CEP: 80.030-200 - Fone:3017-2568 Autos nº. 0001114- 45.2016.8.16.0178 Recurso: 0001114-45.2016.8.16.0178 Classe Processual: Recurso Inominado Assunto Principal: Indenização por Dano Moral Recorrente(s):ANDRÉA ARRUDA VAZ (CPF/CNPJ: 005.986.529- 65) Recorrido(s):MOACIR CARLOS DA SILVEIRA (CPF/CNPJ: 201.584.169-53) RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. RESPONSABILIDADE CIVIL DE ADVOGADO. EMPREGO DE EXPRESSÕES INADEQUADAS E INJURIOSAS, POR ADVOGADO, EM PEÇA PROCESSUAL. EXCESSO NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO.IMUNIDADE CONFERIDA PELOS ARTIGOS 133 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 7º, §2º EOAB, QUE NÃO TEM CARÁTER ABSOLUTO. RESPONSABILIDADE PESSOAL DO PROFISSIONAL PELA CONFECÇÃO DE PEÇA DOTADA DE XINGAMENTOS DIRIGIDOS À PARTE CONTRÁRIA QUE ULTRAPASSAM A MATÉRIA EM DEBATE. DANO MORAL PRESENTE. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. SOBRE O CASO: No caso acima citado, a recorrente era advogada em favor de terceiro contra a parte recorrida. Entretanto, ao elaborar a peça, a advogada proferiu diversos xingamentos e ofensas contra o recorrido, o qual, vendo sua ajuizou uma ação indenizatória em face da advogada pelas injurias. Em primeira instancia foi dado procedência ao ajuizamento, condenando a ré ao pagamento do valor, qual seja, R$ 5.000,00. Inconformada, a parte entrou com recurso da decisão alegando imunidade no exercício da função, conforme disposto no artigo 133 da Constituição Federal e no artigo 7º, §2º do EOAB. O recurso não foi provido, uma vez que sua atuação deve abranger apenas o objeto da ação, conforme explicitado pelo relator: “Com efeito, já assente na jurisprudência que a imunidade do profissional de advocacia para o exercício de sua profissão não constitui salvo conduto absoluto para agir como bem entender, dirigindo ofensas a quem bem entender em manifesto excesso desinfluente ao debate da causa. Vale dizer, tal liberdade de atuação é limitada pela própria matéria objeto de discussão.” RESPONSABILIDADE CIVIL. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS. AÇÃO DE COBRANÇA C. C. REPARAÇÃO DE DANOS. Retenção indevida de verba indenizatória, recebida por advogado no exercício do mandato. Quebra da confiança da relação advogado/cliente configurada. Utilização de conta corrente de titularidade da filha e gerente do escritório de advocacia para o depósito dos créditos pertencentes à autora. Alegação da corré de que não gerenciava a conta corrente não demonstrada. Ônus do artigo 373, II, do Código de Processo Civil, do qual não se desincumbiu. Responsabilidade solidária configurada. Recurso provido. (TJSP; Apelação Cível 1037906-13.2014.8.26.0100; Relator (a): Dimas Rubens Fonseca; Órgão Julgador: 28ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 17ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/12/2018; Data de Registro: 05/12/2018) SOBRE O CASO: a Danuza Ferreira Locate Molina, ora apelante, ajuizou uma ação de cobrança requerendo o valor retido pelo Pedro Luiz Lessi Rabello em uma ação de dissolução de união estável, o qual prestou serviços advocatícios para ela. No entanto, o crédito que derivou de tal ação, ao ser passado para o escritório responsável, foi direto para uma conta particular, da Camila Rolim Lessi Rabello, filha do advogado responsável e que também geria e administrava o escritório. Porém, o valor nunca foi repassado a beneficiaria do valor, a qual ajuizou tal ação. Além disso, posteriormente, a autora da ação teve a ciência que após a sentença transitada em julgado que determinava o ex companheiro de Danuza a pagar o importe de R$ 20.000,00, o sr. Pedro fez um acordo sem a anuência de sua cliente, reduzindo o valor já determinado em sentença. Em primeiro grau, não foi configurada a responsabilidade solidaria de camila, que fez a apelante entrar com o recurso da decisão, o qual foi provido seu pedido, reformulando em parte a decisão da origem.
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