Buscar

Antibioticoterapia: Uso de Antimicrobianos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Antibioticoterapia
Antimicrobianos
- Substância química produzida por
microrganismos vivos, ativa contra
outros microrganismos.
- Antibiótico é qualquer substância
produzida a partir de um ser vivo
com a capacidade de combater
uma infecção causada por um
microrganismo (à exceção dos
vírus!) em outro organismo.
- Alexander Fleming estudando
culturas de bactérias, observou
que suas culturas de
Staphylococcus aureus estavam
contaminadas por mofo e que, nos
locais onde havia o fungo, existiam
halos transparentes em torno
deles, indicando que este poderia
conter alguma substância
bactericida.
- Ao estudar as propriedades deste
bolor, identificado como
pertencente ao gênero Penicillium,
Fleming percebeu que ele fornecia
uma substância capaz de eliminar
diversas bactérias, como as
estafilococos: responsáveis pela
manifestação de diversas
doenças,
- A substância recebeu o nome de
“penicilina”.
● Antimicrobianos são substâncias
sintéticas ou semi-sintéticas que
inibem o crescimento ou destroem
outros microrganismos
Bactérias GRAM + e GRAM -
- As bactérias Gram - são envoltas
por uma cápsula protetora, que
ajudam sua defesa contra os
glóbulos brancos e sua membrana
externa é resistente a penicilina
Coloração de GRAM
Gram + (roxo) = sensível a penicilina
Gram - (vermelho) = resistente a
penicilina
Exemplos de Bactérias Gram -
- Escherichia coli
- Salmonella
- Shigella
- Pseudomonas
- Moraxella
- Helicobacter
- Legionella
Exemplos de Bactérias Gram +
- Bacilos
- Estreptococos
- Estafilococos (Staphylococcus
aureus)
- Enterococos
- Actinobacteria
- Listeria
Morfologia das Bactérias
Bactérias Aeróbias e Anaeróbias
• Bactérias aeróbias: Só conseguem
energia através da respiração aeróbia, só
sobrevivendo na presença do O2.
• Bactérias anaeróbias: não toleram a
presença do O2, morrendo quando
exposto a ele.
Concentração Inibitória Mínima X
Concentração Bacteriana Mínima
• Concentração Inibitória Mínima = Menor
concentração de antibiótico necessária
para inibir o crescimento bacteriano após
18-48h de incubação.
• Concentração Bacteriana Mínima =
Concentração mínima necessária para
matar 99,9% das bacterias
Classificação - Tipo de atividade do
antibiótico:
• Bacteriostático:
- Inibe o crescimento microbiano.
- Ação reversível.
• Bactericida:
- Mata microrganismos.
- Ação irreversível.
Princípios da Antibioticoterapia
Conceitos da Antibioticoterapia
• É O TRATAMENTO DE PACIENTES
COM SINAIS E SINTOMAS CLINICOS
DE INFECÇÃO PELA ADMINISTRAÇÃO
DE ANTIMICROBIANOS
•A ANTIBIOTICOTERAPIA TEM POR
FINALIDADE CURAR UMA DOENÇA
INFECCIOSA (CURA CLÍNICA ) OU
COMBATER UM AGENTE INFECCIOSO
SITUADO EM UM DETERMINADO FOCO
INFECCIOSO ( CURA
MICROBIOLÓGICA )
Formas
• PRESUNTIVA = Baseado na anamnese,
nos exames laboratoriais e exame físico.
• TERAPÊUTICA = Diagnóstico preciso a
partir de Culturas e antibiograma.
Escolha do Antimicrobiano (ATM)
• Local da infecção:
- Comunitária
- Hospitalar
• Agente causal e gravidade
- Perfil de sensibilidade dos
microrganismos;
- Possíveis causas da infecção
Isolamento do agente infeccioso é
necessário?
• As possibilidades etiológicas são
múltiplas e os perfis de sensibilidade
aos antimicrobianos são variáveis.
• É recomendável o isolamento de rotina
em alguns casos específicos:
- Em todas as infecções
hospitalares
- Nas infecções comunitárias graves
▪ O isolamento pode ser dispensado,
como rotina, para os agentes com
susceptibilidade previsível:
- SÍFILIS
- GRANULOMA VENÉREO
- CISTITE COMUNITÁRIA
- ERISIPELA
- PNEUMONIA COMUNITÁRIA
SEM SEPSE
* A interpretação dos resultados se dá
através da avaliação do quadro clínico e
laboratorial, considerando infecção ou
apenas colonização
Como escolher o antimicrobiano?
• O princípio básico da terapia
anti-infecciosa é a determinação do
agente causal da infecção e de sua
susceptibilidade aos antimicrobianos.
• Como regra, o diagnóstico de infecção
deve ser embasado em resultados
clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.
• Em muitas doenças infecciosas o quadro
clínico e os dados epidemiológicos
permitem a presunção da etiologia com
grande margem de certeza, ex:sarampo,
caxumba, erisipela, pneumonia
pneumocócica.
• Em outras circunstâncias é importante a
identificação do agente etiológico e de
sua sensibilidade aos antimicrobianos por
meio de exames laboratoriais. Ex:
pielonefrite, peritonite, sepse.
• Em caso de urgência, inicia-se o
tratamento o mais rápido possível
porque seu sucesso depende da
precocidade com que o antimicrobiano
adequado é indicado!
ANTES DE PRESCREVER UM
ANTIMICROBIANO, O QUE SE DEVE
CONHECER?
• A escolha dos antimicrobianos deve ser
orientada por informações relativas ao
sítio de infecção, ao agente causal, à
gravidade da infecção, os dados
epidemiológicos, o hospedeiro e o produto
a ser utilizado.
* Também se deve saber informações
sobre:
- Hospedeiro e dados
epidemiológicos
- Idade
- História pregressa de
hipersensibilidade a
antimicrobianos
- Funções hepática e renal
- Possível gravidez
- Estado imunológico
- Coagulopatias
- História de alergias
- Uso recente de antibióticos
- Se está hospitalizado há muito
tempo ou se foi hospitalizado
recentemente
- Perfil de sensibilidade dos
microrganismos aos
antimicrobianos;
- Freqüência dos microrganismos
nos diferentes tipos de infecção;
- Doença de base;
- Possível insuficiência de órgão
* Em relação ao antibiótico a ser utilizado,
deve-se saber:
- Composição química e modo de
ação
- Farmacocinética (absorção,
distribuição, metabolismo e
excreção)
- Espectro de atividade;
- Dose a ser prescrita
- Via, intervalo, forma de administração
e forma de eliminação
- Distribuição (pelos tecidos,
cavidades e líquidos orgânicos)
- Capacidade de interagir com
outros antibióticos (sinergismo ou
antagonismo, potencialização de
efeitos)
- Potencial de induzir cepas
bacterianas resistentes
- Efeitos adversos (toxicidade,
reações de hipersensibilidade e
manifestações colaterais)
- Contra-indicações
- Custo
NO CASO DO TRATAMENTO
EMPÍRICO?
• Opcionalmente, pode-se escolher o
antimicrobiano após diagnóstico
obtido em anamnese detalhada. As
informações fornecidas na
consulta vão:
- Indicar a urgência do início do
tratamento
- Orientar a escolha inicial do
antimicrobiano adequado ao caso
- Justificar a prescrição de
medicamento de forma empírica.
* O tratamento empírico não dispensa,
contudo, a coleta de amostras para
cultura antes do início da
antibioticoterapia empírica.
** A coleta deve ser feita em na maioria
dos casos para posteriormente, confirmar
ou redirecionar o tratamento
antimicrobiano.
*** Outra prática recomendada é a
utilização de exames bacterioscópicos
**** O tratamento empírico é exceção,
não regra.
COMO PROCEDER QUANDO HOUVER
MAIS DE UM ANTIMICROBIANO
ADEQUADO?
• Dentre os possíveis antibióticos efetivos,
deve-se sempre escolher
com base em:
- Menor toxicidade
- Via de administração mais
adequada
- Menor indução de resistência
- Penetração em concentração
eficaz no sítio da infecção
- Posologia mais cômoda
- Menor custo.
Tipos de antibióticos/antimicrobianos
BETA-LACTÂMICOS
• A principal característica do grupo é a
presença do grupamento químico
denominado anel beta-lactâmico
Mecanismo de Ação
• O mecanismo de ação resulta na
inibição da síntese da parede celular
bacteriana, resultando em ação
bactericida.
• Os beta-lactâmicos ligam-se e inativam
alvos específicos localizados na parede
celular bacteriana, as PBP, sigla inglesa
para "penicillin-binding-proteins"
(proteínas de ligação às penicilinas), que
estão na camada de peptideoglicano.
Incluem:
- Penicilinas (naturais e
semi-sintéticas)
- Cefalosporinas (primeira à quarta
geração)
- Monobactâmicos e Carbapenêmicos
- Associações com inibidores da
beta-lactamase ( sulbactam,
tazobactam e ácido clavulânico)
QUINOLONAS
• Bactericida, inibe a síntese de ácidos
nucleicos
• As primeiras quinolonas foram utilizadas no
início dos anos 60, com a introdução do ácido
nalidíxico na prática clínica.
• No início dos anos 80, com o acréscimo de
um átomo de flúor na posição6 do anel
quinolônico, surgiram as fluorquinolonas
(principal representante: ciprofloxacina), com
aumento do espectro, para os bacilos
gram-negativos e boa atividade contra alguns
cocos gram-positivos, porém, pouca ou
nenhuma ação sobre Streptococcus spp.,
Enterococus spp. e anaeróbios.
•Novas quinolonas: levofloxacina,
gatifloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina
Mecanismo de Ação
• Inibem a atividade da DNA girase
bacteriana = topoisomerase II, enzima
essencial à sobrevivência bacteriana.
• A DNA girase torna a molécula de DNA
compacta e biologicamente ativa. Ao inibir
essa enzima, a molécula de DNA passa a
ocupar grande espaço no interior da
bactéria e suas extremidades livres
determinam síntese descontrolada de
RNA mensageiro e de proteínas,
determinando a morte das bactérias.
Efeitos colaterais das Quinolonas
• Os efeitos colaterais mais comuns
envolvem :
- Trato gastrintestinal e ocorrem em
3 a 17% dos casos.
Os mais freqüentes são: anorexia,
náuseas, vômitos e desconforto
abdominal.
Diarréia é pouco freqüente e a
colite associada a antimicrobiano
raramente é relatada.
- Sistema nervoso central (ocorrem
em 0.9 a 11% dos casos).
Mais freqüentemente cefaléia,
tontura, insônia e alterações do
humor.
Alucinações, delírios e convulsões
são raras. Maior atenção com
estes efeitos deve ser dada para
pacientes idosos. As convulsões
estão associadas ao uso
concomitante de quinolonas e
teofilinas ou anti-inflamatórios não
hormonais.
- Alergias e reações cutâneas (em
0.4 a 2.2% dos casos).
Sendo o rash cutâneo o mais
comum. Fototoxicidade pode
ocorrer com exposição à luz
ultravioleta.
Febre relacionada à droga,
urticária, angioedema, reações
anafiláticas e vasculite são
incomuns. Nefrite intersticial é
rara.
Artropatias e erosões de
cartilagem ocorrem em animais
jovens, sobretudo com o uso
prolongado e em altas doses,
limitando o uso destas drogas em
crianças. Entretanto, o uso desta
classe de drogas em situações
especiais em crianças como na
fibrose cística tem aumentado.
Nestes casos, somente artralgia
reversível em 2% dos casos foi
observada.
Leucopenia e eosinofilia ocorrem
em menos de 1% dos casos,
assim como elevação dos níveis
de transaminases que ocorre em 1
a 3% dos pacientes que recebem
quinolonas. Raramente a terapia é
interrompida devido a estas
alterações.
*Quinolona não pode dar pra criança, a
menos que seja estritamente necessário
pois altera a epífise do crescimento.
GLICOPEPTÍDEOS
Os principais representantes deste grupo
são:
• Vancomicina
• Teicoplanina
• Ramoplanina
→ Apresentam um múltiplo mecanismo de
ação, inibindo a síntese do peptideoglicano,
além de alterar a permeabilidade da
membrana citoplasmática e interferir na
síntese de RNA citoplasmático, inibindo a
síntese da parede celular bacteriana.
• Vancomicina
Foi introduzida para uso clínico em 1958,
mas sua utilização em maior escala
iniciou-se nos anos 80, com o surgimento
de infecções por estafilococos resistentes
à oxacilina e redução da toxicidade por
purificação das preparações disponíveis.
• Teicoplanina
É amplamente utilizada na Europa para o
tratamento de infecções por germes
Gram +. Quimicamente similar à
vancomicina, mas apresenta maior
lipossolubilidade que resulta em excelente
penetração tecidual e meia-vida
prolongada, entretanto, tem pouca
penetração na barreira liquórica.
EFEITOS COLATERAIS GLICOPEPTÍDEOS
• Vancomicina
- Os mais comuns são: febre,
calafrios e flebites associados ao
período de infusão.
- A Síndrome do pescoço vermelho
é associada à velocidade de
infusão, devendo-se diluir a droga
e infundir em aproximadamente 1
hora. “Rash” e eritema máculo
papular podem ocorrer em 5% dos
casos.
- Pode ocorrer leucopenia,
reversível após a retirada da droga
e ototoxicidade, especialmente em
pacientes com insuficiência renal.
A nefrotoxicidade é um efeito
potencialmente grave da
vancomicina.
• Teicoplanina
- Os efeitos mais comuns são
reações cutâneas e disfunções
hepáticas transitórias (menos de
5% dos pacientes).
- Pode causar dor no local da
injeção. Não costuma causar
tromboflebite ou alterações
plaquetárias, ou a síndrome do
pescoço vermelho.
- A nefrotoxicidade atribuível à
teicoplanina é rara, mesmo
quando for usada junto com
aminoglicosídeos ou ciclosporina.
- A ototoxicidade também é rara.
OXAZOLIDINONAS
•Exerce sua atividade por inibição da
síntese protéica, porém, em etapa distinta
daquela inibida por outros
antimicrobianos.
•A linezolida representa o único membro
comercializado dessa nova classe de
antimicrobianos sintéticos conhecidos
como oxazolidinonas.
•Possui excelente atividade contra cocos
gram +. Não apresenta atividade contra
bactérias gram -.
EFEITOS COLATERAIS
• A linezolida é um inibidor não-seletivo e
reversível de monoamina-oxidase e tem o
potencial de interagir com agentes
adrenérgicos e serotoninérgicos.
• Os efeitos colaterais principais são:
leucopenia e plaquetopenia em
tratamentos prolongados;
• neurotoxicidade.
AMINOGLICOSÍDEOS
• Ligam-se aos ribossomos inibindo a
síntese protéica ou produzindo proteínas
defeituosas.
• A estreptomicina foi o primeiro
aminoglicosídeo obtido a partir do
fungo Streptomyces griseus em 1944
•As principais drogas utilizadas
atualmente em nosso meio, além da
estreptomicina, são:
- Gentamicina
- Tobramicina
- Amicacina
- Netilmicina
- Paromomicina
- Espectinomicina.
EFEITOS COLATERAIS
MACROLÍDEOS
• São um grupo de antimicrobianos
quimicamente constituídos por um anel
macrocíclico de lactona, ao qual ligam-se
um ou mais açúcares
• Sua ação ocorre através da inibição da
síntese protéica dependente de RNA
• Pertencem a este grupo:
- Azitromicina
- Claritromicina
- Eritromicina
- Espiramicina
- Miocamicina
- Roxitromicina
• O espectro de ação é semelhante,
diferindo apenas na potência contra
alguns microrganismos.
EFEITOS COLATERAIS
• Os efeitos colaterais mais comuns dos
macrolídeos incluem cólicas abdominais,
náuseas, vômitos e diarréia.
• Há relatos de hepatite colestática
acompanhada por febre, dor abdominal,
eosinofilia, hiperbilirrubinemia e elevação
de transaminases com o uso de estolato
de eritromicina (mais comum em adultos,
principalmente gestante), entretanto com
o uso de azitromicina e claritromicina as
alterações são bem mais discretas e em
menor freqüência
• Raramente ocorrem reações alérgicas
graves.
Análogos ao Folato
• Trimetoprima
- Inibe seletivamente a enzima
Diidrofolato redutase
- Bacteriostático
- Associados (sulfametozaxol +
Trimetoprima= Bactericida)
- Reações adversas:
Síndrome de Stevens – Johnson
Leucopenia
Anemia megaloblástica
Rash Cutâneo
Prurido
Inibição do Metabolismo do Ácido Fólico:
A ASSOCIAÇÃO DE
ANTIMICROBIANOS É INDICADA EM
QUE CASOS?
• Nas infecções graves (tratamento
empírico)
• Na prevenção à resistência de
microrganismos
• Por infecção mista (abdome e pelve)
• Por sinergismo em outras situações
(infecção por enterococo ou
pseudomonas, tuberculose, hanseníase)
• Eventualmente em outros germes
multirresistentes
• Na seleção de cepas resistentes no
hospital.
COMO AVALIAR A
ANTIBIOTICOTERAPIA?
• Resposta clínica e laboratorial em 48-72
horas:
- Curva Febril
- Leucograma
- Sinais específicos para cada tipo
de infecção
- Pelos resultados das culturas
- Segundo os critérios de:
toxicidade, penetração no sítio de
infecção, necessidade de
associação, disfunção de órgãos,
idade, gravidez, entre outros
criterios … mesmo que haja
melhora clinica.
Antibióticos Previnem Infecções
•A profilaxia clínica é indicada para
prevenir o desenvolvimento de infecção
sintomática ou a propagação da doença
•A prevenção é feita pela administração
de um antimicrobiano antes, durante ou
imediatamente após a exposição a um
agente infeccioso
QUANDO A PROFILAXIA
ANTIMICROBIANA DE INFECÇÕES
NÃO CIRÚRGICAS É INDICADA?
• Na prevenção de doença meningocócica
indicação:
- Para os contactantes domiciliares
e outros contatos íntimos e
prolongados, definidos como
aqueles que tenham contato maior
ou igual a quatro horas durante 5 a
7 dias antes do início da doença.
- droga: Rifampicina (adultos:
600mg duasvezes ao dia;
crianças de um mês a 12 anos:
10mg/kg duas vezes ao dia. A
droga não pode ser administrada
logo após as refeições.
- início: preferencialmente nas
primeiras 24 horas desde que o
diagnóstico tenha sido feito no
caso primário, sendo o prazo
máximo até 10 dias após o início
do sintoma.
- duração: 2 dias
• Na prevenção primária de crises
recorrentes de febre reumática indicação:
- Pacientes com história clínica bem
documentada de surto agudo de
febre reumática.
- droga (por ordem de escolha):
Benzilpenicilina benzatina,
intramuscular, dose de 1,2 milhões
de unidades a cada três semanas
ou Fenoximetilpenicilina, oral,
250mg, 2 vezes ao dia ou
Sulfadiazina, oral - (pacientes
>30kg: 1g, uma vez/ dia e
pacientes < 30kg: 500mg, uma
vez/dia) ou Eritromicina adultos -
250 mg 2 vezes ao dia e crianças
125mg 2 vezes ao dia; em casos
de alergia à penicilina utilizar
eritromicina (na primária) e
sulfadiazina (na recorrente)
- início: tão logo tenha sido
estabelecido o diagnóstico.
- duração: ⇒ cardite reumática tem
alto risco de recorrência. A
profilaxia é de longo prazo, até a
idade adulta ou por toda a vida,
mesmo após cirurgia valvular,
incluindo troca valvular. ⇒ não
apresentando cardite nos ataques
prévios, o risco de envolvimento
cardíaco em caso de recorrência é
menor. Interrompe-se a profilaxia
após alguns anos (até o paciente
completar vinte anos, desde que
não haja recorrência nos últimos
cinco anos).
• Na prevenção de infecções bacterianas
recorrentes do trato urinário indicação:
- Mulheres jovens e de meia idade,
não gestantes, com dois ou mais
episódios recorrentes de novas
infecções em seis meses, ou três
ou mais episódios por ano.
- droga (por ordem de escolha):
Sulfametoxasol (400mg) +
Trimetoprim (80mg), via oral, uma
vez ao dia, à noite; Nitrofurantoína,
(50mg), via oral, uma vez por dia,
à noite; Norfloxacino (200mg), via
oral, uma vez por dia, à noite;
Cefalexina (125-250mg), via oral,
uma vez por dia, à noite.
- início: logo após constatação de
recorrência.
- duração: de 6 meses a um ano,
geralmente. Se houver recorrência
de infecção dentro de três meses a
profilaxia deve ser reiniciada por
dois anos. A profilaxia diminui a
recorrência em 75%, em geral.
A PROFILAXIA ANTIMICROBIANA É
FEITA EM CIRURGIA?
•A profilaxia é utilizada para reduzir os
riscos de infecção no sítio da cirurgia mas
não tem como finalidade reduzir o risco de
infecção em outros sítios - como o
aparelho respiratório ou o urinário.
• Não há evidência de que a manutenção
da profilaxia antimicrobiana em pacientes
que permanecem com tubos, sondas ou
catéteres por um período igual ou maior
que 72 horas reduza as taxas de infecção
da ferida ou de outros sítios.
•O espectro deve ser relacionado com a
microbiota (flora bacteriana) a ser
encontrada no sítio cirúrgico e compatível
com o perfil de sensibilidade determinado
pelo hospital.
• O uso prolongado de antibiótico no
pós-operatório não reduz o risco de
infecção e aumenta o custo, a resistência
bacteriana e os efeitos colaterais
indesejáveis.
ANTIBIOTERAPIA PROFILÁTICA
CIRÚRGICA
Profilaxia Antimicrobiana Cirúrgica
• início da profilaxia:
- A profilaxia antimicrobiana em
cirurgia tem início na indução
anestésica.
- O antimicrobiano é ineficaz
quando a 1a dose é administrada
três horas após iniciada a cirurgia.
• duração do tratamento:
- dose única que cubra o tempo da
intervenção, podendo ser
prolongada caso o tempo da
cirurgia exceda o dobro da meia
vida da droga utilizada
- pode ser prolongada até no
máximo 24 horas após a cirurgia
- geralmente não são necessárias
doses pós operatórias de drogas
profiláticas
- não é recomendado estender a
profilaxia além do tempo
transcorrido da cirurgia.
- A profilaxia antimicrobiana não
funciona como substituto para a
anti-sepsia adequada, a técnica
cirúrgica correta e a avaliação
precisa do paciente
INDICAÇÕES DE ANTIBIOTICOTERAPIA
PROFILÁTICA
• Cirurgias potencialmente contaminadas
• Cirurgias limpas que envolvam a
instalação de prótese ou cuja eventual
infecção tenha consequências
desastrosas, como as cirurgias cardíacas;
• Quando o risco de infecção é baixo,
porém o paciente tem grande propensão
ao desenvolvimento de infecção (Ex: DM
descompensada, desnutrição, obesidade
mórbida, uso de corticosteróides);
• No caso de cirurgias infectadas o
antibiótico é terapêutico e não profilático.
(CIRURGIAS DE ACORDO COM O
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO =
CDC-GUIDELINE FOR PREVENTION OF
SURGICAL SITE INFECTION,
1999)
Drogas Utilizadas na profilaxia
Cirúrgica
• Cefalosporinas de 1a geração são as
drogas de escolha para a maioria
das especialidades cirúrgicas, via
endovenosa, de preferência.
• Nas cirurgias neurológicas limpas e
potencialmente contaminadas também
pode ser usada a amoxicilina/clavulanato
• Nas cirurgias urológicas também poderá
ser utilizada as quinolonas injetáveis.
* Se houver necessidade de associação
de uma droga anaerobicida recomenda-se
o Metronidazol.
Restrições para a Profilaxia
Antimicrobiana Cirúrgica
• As cefalosporinas de 3a e 4a gerações
devem ser utilizadas apenas nos
casos de infecção grave
• Os aminoglicosídeos não devem ser
utilizados para profilaxia
• O cloranfenicol não deve ser utilizado
para profilaxia porque sua mais grave
complicação (aplasia medular) não é
dose-dependente e o seu custo é similar
ao de outras drogas de menor toxicidade
(ex: metronidazol)
• A droga selecionada para profilaxia não
deve ser recomendada para o tratamento
de infecções estabelecidas.
• PADRONIZAÇÃO E CONTROLE DE
ANTIMICROBIANOS:
- Todo hospital deve ter uma
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) e uma
Comissão de Farmácia e
Terapêutica
- Estas duas comissões são as
responsáveis por: padronizar os
antimicrobianos de uso na
instituição (de acordo com critérios
pré-estabelecidos); estabelecer o
controle permanente da prescrição
de antimicrobianos no hospital,
principalmente para as
cefalosporinas de 3a e 4a
gerações, aminoglicosídeos,
quinolonas, novos betalactâmicos.
COMO PADRONIZAR OS
ANTIMICROBIANOS?
• A padronização deve ser diferenciada de
acordo com as características da
instituição:
- Hospitais de pacientes crônicos;
hospitais de atendimento primário;
hospitais com UTI
• Anualmente deve ser feita a revisão para
as drogas padronizadas de 1a e
2a escolha por tipo de antimicrobiano
modificando, se necessário:
- O perfil de resistência dos germes a
estas drogas
- O quadro epidemiológico das
patologias mais freqüentes do hospital
- A facilidade de aquisição
- Custo
MEDIDAS COMPLEMENTARES QUE
CONTRIBUEM PARA O USO RACIONAL
DE ANTIMICROBIANOS
• Educar, de forma continuada, a equipe
médica para a prescrição de
antimicrobianos
• Monitorar regularmente o perfil de
resistência/ sensibilidade dos germes aos
antimicrobianos padronizados no hospital,
incluido a análise evolutiva de cada germe
na instituição, além de sugestões para a
antibioticoterapia empírica nas situações
mais comuns
• Incentivar o conhecimento sobre o
volume e o custo X benefício de
antimicrobianos
• Implantar e manter a farmácia hospitalar
bem estruturada
• Implantar e manter laboratório de
microbiologia com estrutura e
funcionamento mínimos para identificação
e estudo de sensibilidade dos germes aos
antimicrobianos
• Implantar rotinas de antibioticoprofilaxia
clínica e cirúrgica
• Implantar rotinas de tratamento de
patologias infecciosas mais comuns
• Padronizar antimicrobianos usados no
hospital.
Diretrizes Sobre Antibióticos de Curta
Duração Apropriados em Infecções
Comuns
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e
Bronquite Aguda Não Complicada
• Se os pacientes com DPOC e bronquite
aguda não complicada apresentarem
sinais de infecção bacteriana como:
aumento da purulência do escarro,
aumento da dispneia e/ou volume do
escarro, o tratamento com antibióticos
deve ser limitado a 5 dias de duração
• A escolha do antibiótico é baseada nas
etiologias bacterianas mais comuns, que
incluem Haemophilus influenzae,
Streptococcus pneumoniae e Moraxella
catarrhalis.
• Os agentes terapêuticos recomendados
incluem aminopenicilinas(= penicilinas
semi-sintéticas: Ampicilina e Amoxacilina)
com ácido clavulânico, macrolídeos e
tetraciclinas.
Pneumonia Adquirida na Comunidade
• A duração mínima da antibioticoterapia
para pneumonia adquirida na comunidade
é de 5 dias.
• Qualquer extensão da antibioticoterapia
além de 5 dias deve ser baseada em
medidas de estabilidade clínica; essas
medidas incluem:
1) Resolução de instabilidades dos
sinais vitais
2) Capacidade de se alimentar
3) Normalização do nível de
consciência e cognição
• A escolha do antibiótico é baseada nas
etiologias bacterianas mais comuns que
incluem Streptococcus pneumoniae, H
influenzae, Mycoplasma pneumoniae e
Staphylococcus aureus, juntamente com
patógenos atípicos (por exemplo,
espécies de Legionella).
•Os agentes terapêuticos recomendados
incluem amoxicilina, doxiciclina ou um
macrolídeo em adultos saudáveis
• Em pacientes com comorbidades, um
beta-lactâmico com um macrolídeo ou
uma fluoroquinolona respiratória.
Infecções do Trato Urinário
• Em homens ou mulheres com
pielonefrite não complicada, a
recomendação é de o tratamento de curta
duração de antibioticoterapia com
fluoroquinolonas (5-7 dias) ou
trimetoprim-sulfametoxazol (14 dias), com
base na sensibilidade aos antibióticos.
• Em mulheres com cistite bacteriana não
complicada, a recomendação é um curso
curto de antibióticos com nitrofurantoína
(5 dias), sulfametoxazol-trimetoprim (3
dias) ou fosfomicina (dose única).
Celulite
• Para celulite não purulenta,
recomenda-se um curso de 5 a 6 dias de
antibioticoterapia ativa contra espécies
estreptocócicas (por exemplo,
cefalosporina, penicilina, clindamicina);
isso é particularmente apropriado para
pacientes que são capazes de se
auto-monitorar e para aqueles que têm
acompanhamento de cuidados primários.
• Essas recomendações não se aplicam a
pacientes com celulite purulenta (por
exemplo, abscessos, furúnculos,
carbúnculos) ou suspeita de infecção por
S. aureus resistente
• Pacientes com celulite grave requerem
terapia parenteral
• Cefalosporinas ou oxacilina para
suposta infecção estafilocócica ou
estreptocócica
• Clindamicina ou vancomicina para
pacientes alérgicos à penicilina
• Ampla cobertura antimicrobiana
(gram-positiva, gram-negativa e
anaeróbica) para casos associados a
úlceras diabéticas.
Resumo-Bisu
Grandes sítios de infecção do organismo:
•Infecção de vias aéreas superiores:
Rinosinusites, amidalites, otites
- Pensar em bactérias Gram + e -
•Infecção de vias aéreas inferiores:
Pneumonia
- Pensar em Gram +, Gram – e
atípicas
•Infecções abdominais: Gastroenterites,
apendicite, úlceras perfuradas
(Principalmente TGI)
- Pensar em Gram - e anaeróbios
•Infecção urinária: Cistites, ITU,
Pielonefrites
- Pensar em Gram -
•Infecções cutâneas e de mucosas:
Erisipela,celulites
- Pensar em Gram +, se tiver pus
anaeróbios
•Gram + =Estrepto, Estafilo
•Gram - = Hemófilos, Moraxella,
enterobactérias
•Atípicos= Micoplasma, Clamídia,
Legionella
•Aneróbios= Clostridium, Bacteroides
IVAS: Gram + e -
• Beta lactâmicos( inibição da parede
celular): Penicilinas, cefalosporinas,
carbapenêmicos, monobactâmicos
(Hospital)
• Penicilinas Naturais: PG Benzatina (IM)
e PG Cristalina (EV)
• Resistência bacteriana às penicilinas:
- Bactérias produtoras de
Beta-lactamases
- Associar anti-Beta lactâmicos: Ác
Clavulânico, Tazo e Sulbactam
(Hospital)
IVAÍ (Gram + e -, atípicos)
• Pneumonia
- Beta lactâmicos: Cefalosporinas
de segunda (Cefuroxima, Cefaclor)
e terceira geração (Ceftriaxona):
gram + e -
- Macrolídeos: gram + e -, atípicos:
Inibem a síntese
proteica,eritromicina
Azitromicina/Claritromicina
Infecções abdominais (Gram -,
anaeróbios)
- Quinolonas (Gram + e –): Inibe a
síntese de DNA: Ácido
nalidíxico,Norfloxacino,
Ciprofloxacino
- Aminoglicosídeos ( Gram -):
Gentamicina e Amicacina ( nefro e
ototóxico)
- Nitroimidazólicos ( anaeróbios):
Metronidazol
Infecções do trato urinário (Gram - )
- Nitrofuranos: Nitrofurantoína (E.
Coli)
- Cistites não complicadas:
Fosfomicina
- Sulfonamidas: Gram + e - ,
sulfametoxazol Trimetropina
- ITU grave/ complicadas:
Quinolonas ou Cefalosporinas de
terceira geração
Infecções cutâneas (Gram + e
anaeróbios)
- Penicilinas/ Cefalosporinas
- Glicopeptídeos ( Gram +
Hospitalares): Inibem a parede
celular, Vancomicina
(nefrotoxicidade)
- Lincosamidas: (Gram+ e
anaeróbios), Clindamicina
Não prescrever para gestantes:
Quinolonas, aminoglicosídeos,
glicopeptídeos e Sulfonamidas ( primeiro
e terceiro trimestre).

Continue navegando