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TRATAMENTO PERIODONTAL Impede a progressão do biofilme bacteriano para os tecidos periodontais de suporte, evitando perda de inserção periodontal e destruição desses. PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS Convencionais; Complementar antibiótico CONVENCIONAIS Instrução de higiene oral e a eliminação de fatore retentivos de placa Intervenção mecânica Cirurgia periodontal A principal conduta é a remoção da causa Os antibióticos serão auxiliares na terapia das infecções Criar condições para o hospedeiro Obs: estudos tem demostrado que mesmo após cuidados ideais, alguns indivíduos podem não responder ao tratamento convencional de maneira adequada e continuar a sofrer a destruição periodontal BACTÉRIAS – MICROBIOMA Várias doenças periodontais são causadas por infecções bacterianas. As bactérias começam a aderir nas superfícies dentárias tão logo os dentes sejam limpos e iniciam a formação de um BIOFILME Ao longo do tempo, este biofilme de placa supragengival torna-se mais complexo, o que leva a uma sucessão de bactérias que são mais patogênicas. As bactérias crescem em uma direção apical e tornam-se subgengivais. Por fim, conforme o osso é destruído, uma bolsa periodontal é formada e, nela, as bactérias formam um biofilme altamente estruturado e complexo Como este processo continua, o biofilme bacteriano se estende até o nível subgengival, local que o paciente não consegue alcançar durante os esforços de higiene bucal. Além disso, este complexo biofilme pode oferecer agora alguma proteção contra os mecanismos imunológicos do hospedeiro na bolsa periodontal, bem como a antibióticos utilizados para o tratamento TERAPIA COMPLEMENTAR ANTIBIÓTICA Paciente com periodontite agressiva Infecções periodontais agudar ou severas (abscesso periodontal, gengivite/periodontite necrosante aguda) Profilaxia antibiótica em pacientes sistematicamente comprometidos AÇÃO BIOLÓGICA Bactericidas Morte dos microrganismos sensíveis Mata em absoluto Bacteriostáticos Controlar e estabilizar Menor crescimento Menor multiplicação dos microrganismos sensíveis Sem destruí-los ESPECTRO DE AÇÃO Baseado na eficácia terapêutica 1. Acão principal contra G+: penicilinas G. penicilina V. eritromicina, claritromicina, azitromicina, clindamicina, vancomicina. 2. Acão principal contra G-: quinolonas (ciprofloxacina, levofloxacina) e aminoglicosideos (gentamicina). 3. Ação similar contra G+ e G: ampicilina, amoxicilina, cefalosporinas, tetraciclinas. 4. Ação contra bactérias anaeróbias: penicilinas, clindamicina, tetraciclinas, metronidazol (especialmente contra bacilos G-). 5.Ação contra espiroquetas: penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas 6. Ação sobre fungos, nistatina, anfotericina B, cetoconazol, itraconazol e outros derivados triazolicos. 7. Ação sobre outros microrganismos triquetsias, micoplasmas, micobacterias e clamidias); tetraciclinas e cloranfenicol Tem que se escolher o antibiótico de acordo com a eficácia dele e para o meio que ele se aplica Tem que ter o conhecimento do uso isolado e do uso combinado MECANISMO DE AÇÃO Parede celular Síntese de proteína Síntese de ácidos nucleicos Existe ainda: Membrana citoplástica, como a vancomicina (de uso hospitalar); Metabolismo intermediário, chamado de falsos substratos ↑ Alergenicidade Um agente anti-infeccioso é um agente quimioterápico que atua por meio da redução do número de bactérias presentes. Um antibiótico é um tipo de agente infeccioso encontrado naturalmente, sintético ou semissintético, que destrói ou inibe o crescimento de microrganismos selecionados, geralmente em baixas concentrações. Um antisséptico é um agente antimicrobiano químico que pode ser aplicado tópica ou subgengivalmente em membranas mucosas, feridas ou superfícies dérmicas intactas, a fim de destruir os microrganismos e inibir a sua reprodução ou o seu metabolismo. Em odontologia, os antissépticos são amplamente utilizados como o ingrediente ativo nos enxaguatórios bucais e dentifrícios antiplaca e antigengivite Os desinfetantes (uma subcategoria dos antissépticos) são agentes antimicrobianos geralmente aplicados em superfícies inanimadas para destruírem microrganismos Quando os agentes anti-infecciosos são administrados oralmente, muitos deles podem ser encontrados no fluido gengival (FG) A finalidade de uma administração sistêmica de antibióticos é reduzir o número de bactérias presentes na bolsa periodontal doente, isso é frequentemente um complemento necessário para o controle da infecção bacteriana, porque as bactérias podem invadir os tecidos periodontais, tornando, assim, a terapia mecânica sozinha algumas vezes ineficaz Um único agente quimioterápico também pode ter um duplo mecanismo de ação. Por exemplo, as tetraciclinas (especialmente a doxiciclina) são agentes quimioterápicos que podem reduzir a destruição óssea e de colágeno por meio da capacidade para inibir a enzima colagenase Como agentes antibióticos, eles também podem reduzir os patógenos periodontais nos tecidos periodontais Um antibiótico ideal para utilização na prevenção e no tratamento de doença periodontal deve ser específico para patógenos periodontais, alogênico e não tóxico; ter substantividade; não ser de uso geral para o tratamento de outras doenças e ser acessível.Todavia, não existe atualmente um antibiótico ideal para o tratamento de doença periodontal. Embora as bactérias orais sejam suscetíveis a muitos antibióticos, nenhum antibiótico único nas concentrações atingidas nos fluidos corporais inibe todos os supostos patógenos periodontais.61 De fato, uma combinação de antibióticos pode ser necessária para eliminar todos os supostos patógenos putativos de algumas bolsas periodontais43 Como sempre, o clínico, em conjunto com o paciente, deve tomar a decisão final sobre qualquer tratamento. Assim, o tratamento de um paciente individualmente deve ser baseado em seu estado clínico, na natureza das bactérias colonizadoras, na capacidade do agente para atingir o sítio da infecção e nos riscos e benefícios associados ao plano de tratamento proposto O clínico é responsável pela escolha do agente antimicrobiano correto. Algumas reações adversas incluem reações alérgicas ou anafiláticas, superinfecções de bactérias oportunistas, desenvolvimento de bactérias resistentes, interações com outros medicamentos, transtorno estomacal, náuseas e vômitos.3 A maioria das reações adversas assume a forma de desconforto gastrointestinal.32 Outras preocupações incluem o custo da medicação e a vontade e a capacidade do paciente de sujeitar-se à terapia proposta. Embora a amoxicilina seja o antibiótico mais prescrito pelos dentistas, a penicilina V ainda é tida como a penicilina mais segura e ainda muito eficaz contra as bactérias causadoras de infecções contra as bactérias causadoras de infecções bucais em fase inicial; TETRACICLINAS As tetraciclinas têm sido amplamente utilizadas para o tratamento de doenças periodontais Elas têm sido frequentemente usadas para tratar periodontite refratária e periodontite agressiva localizada As tetraciclinas têm a capacidade de concentrar-se nos tecidos periodontais e inibir o crescimento de Aggregatibacter actinomycetemcomitans. Além disso, as tetraciclinas exercem um efeito anticolagenase que pode inibir a destruição tecidual e ajudar na regeneração óssea Esses antibióticos são bacteriostáticos e são eficazes contra as bactérias que se multiplicam rapidamente. Eles são geralmente mais eficazes contra as bactérias Gram-positivas do que contra as bactérias Gram-negativas As tetraciclinas são eficazes para o tratamento de doenças periodontais, em parte, porque a suaconcentração no sulco gengival é de 2 a 10 vezes àquela encontrada no soro. Isso permite que uma elevada concentração do medicamento chegue às bolsas periodontais Além disso, vários estudos demonstraram que as tetraciclinas, em uma baixa concentração no FG são bastante eficazes contra muitos patógenos periodontais A tetraciclina sistêmica pode eliminar as bactérias dos tecidos e mostrou que pode interromper a perda óssea e suprimir os níveis de A. actinomycetemcomitans em conjunto com a raspagem e o alisamento radicular. Essa terapia de combinação permite a remoção mecânica de depósitos da superfície da raiz e a eliminação de bactérias patogênicas do interior dos tecidos Como resultado do aumento da resistência às tetraciclinas, demonstrou-se que o metronidazol ou a amoxicilina com metronidazol são mais eficazes para o tratamento de periodontite agressiva em crianças e jovens adultos Efetivas contra muitas espécies anaeróbias Uso restrito ao tratamento das periodontites agressivas ou crônicas Alérgicos as penicilinas e efeitos adversos ao metronidazol Doxiciclina é a mais empregada em odontologia ↓ eficácia → espécies resistentes AGENTES ESPECÍFICOS A tetraciclina, a minociclina e a doxiciclina são membros semissintéticos do grupo das tetraciclinas que têm sido utilizados em terapia periodontal. TETRACICLINA O tratamento com cloridrato de tetraciclina requer a administração de 250 mg quatro vezes ao dia. Ela é acessível, mas a complacência pode ser reduzida pela necessidade de tomar a medicação com muita frequência Os efeitos colaterais incluem distúrbios gastrointestinais, fotossensibilidade, hipersensibilidade, aumento dos níveis de ureia sanguínea, discrasias sanguíneas, tontura e dor de cabeça. Além disso, a alteração da coloração dos dentes ocorre quando a medicação é administrada em crianças com 12 anos de idade ou menos METRONIDAZOL FARMACOLOGIA o metronidazol é um composto nitroimidazólico que foi desenvolvido na França para tratar infecções por protozoários. ele é um bactericida para os organismos anaeróbios e acredita- se que interrompa a síntese de DNA bacteriano em condições com um baixo potencial de redução O metronidazol não é a medicação de escolha para o tratamento de infecções por a. actinomycetemcomitans. no entanto, o metronidazol é eficaz contra a.a quando usado em combinação com outros antibióticos o metronidazol também é eficaz contra anaeróbios como porphyromonas gingivalis e prevotella intermedia. ↑ Eficácia contra os bacilos anaeróbios G- ↑ Utilidade no tratamento de infecções bacterianas agudas (pericoronarite), abscessos periapicais, gengivite ulcerada Associado as penicilinas e cefalosporinas USO CLÍNICO O metronidazol tem sido utilizado com sucesso para tratar gengivite ulcerativa necrosante aguda, mas também é usado para tratar a periodontite crônica e a periodontite agressiva. Já foi utilizado como monoterapia e também em combinação com alisamento radicular e cirurgia ou associado a outros antibióticos Estudos sugeriram que, quando combinado com amoxicilina ou amoxicilina e clavulanato de potássio (Clavulin®), o metronidazol pode ser valioso para o tratamento de pacientes com PAL ou periodontite refratária EFEITOS COLATERAIS O metronidazol tem um efeito antabuse* quando o álcool é ingerido. A resposta é geralmente proporcional à quantidade ingerida e pode resultar em graves cãibras, náuseas e vômitos Os produtos que contêm álcool devem ser evitados durante o tratamento e por pelo menos 1 dia após o tratamento ser descontinuado O metronidazol também inibe o metabolismo da varfarina. Os pacientes submetidos à terapia anticoagulante devem evitar o metronidazol, pois ele prolonga o tempo de protrombina Ele também deve ser evitado em pacientes que estão tomando lítio. Esta medicação produz um gosto metálico na boca, que pode afetar a complacência. PENINCILINAS FARMACOLOGIA Penicilinas são os medicamentos de escolha para o tratamento de muitas infecções graves em seres humanos e são os antibióticos mais amplamente utilizados São derivadas naturais e semissintéticas de culturas de caldo do fungo penicillium; inibem a produção da parede celular bacteriana e, portanto, são bactericidas. USO CLÍNICO Outras penicilinas, além da amoxicilina e da amoxicilina com clavulanato de potássio (Clavulin®), não mostraram aumentar os níveis de inserção periodontal, e seu uso em terapia periodontal não parece ser justificado. EFEITOS COLATERAIS As penicilinas podem induzir reações alérgicas e resistência bacteriana AMOXICILINA A amoxicilina é uma penicilina semissintética com um espectro anti-infeccioso estendido que inclui bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Ela demonstra excelente absorção após a administração oral A amoxicilina é suscetível à penicilinase, que é uma b-lactamase, produzida por bactérias, que rompe a estrutura de anel da penicilina, tornando-a, assim, ineficaz A amoxicilina pode ser útil para o tratamento de pacientes com periodontite agressiva em ambas as formas: localizada e generalizada A dose recomendada é de 500 mg três vezes ao dia, durante 8 dias AMOXICILINA E CLAVULANATO DE POTÁSSIO A combinação de amoxicilina com clavulanato de potássio torna este agente anti-infeccioso resistente às enzimas penicilinases produzidas por algumas bactérias A amoxicilina com clavulanato (Clavulin®) pode ser útil para o tratamento de pacientes com PAL ou periodontite refratária Bueno et al.8 relataram que o Clavulin® deteve a perda óssea alveolar em pacientes com doença periodontal refratária ao tratamento com outros antibióticos, incluindo tetraciclina, metronidazol e clindamicina CEFALOSPORINAS FARMACOLOGIA A família de b-lactâmicos, conhecidos como cefalosporinas, é semelhante em ação e estrutura às penicilinas. Esses medicamentos são frequentemente utilizados em medicina e são resistentes a uma série de b-lactamases normalmente ativas contra a penicilina Não são de 1ª escolha, em nível ambulatorial Profilaxia cirúrgica em cirurgias ortognática (em ambiente hospitalar) Profilaxia de endocardite bacteriana para pacientes alérgicos a penicilinas USO CLÍNICO As cefalosporinas não são geralmente utilizadas para tratar infecções relacionadas aos dentes. As penicilinas são superiores às cefalosporinas no que diz respeito à sua amplitude de ação contra bactérias patogênicas periodontais. EFEITOS COLATERAIS Os pacientes alérgicos a penicilinas devem ser considerados alérgicos a todos os produtos b- lactâmicos. Mais especificamente, até 10% dos pacientes que apresentam alergia à penicilina também podem apresentar uma reação adversa à cefalosporina Erupções cutâneas, urticárias, febre e indisposição gastrointestinal foram todas associadas às cefalosporinas. CLINDAMICINA FARMACOLOGIA A clindamicina é eficaz contra as bactérias anaeróbias e apresenta forte afinidade pelo tecido ósseo Ela é eficaz em situações em que o paciente é alérgico à penicilina. Tratamento de infecções mais avançadas Emprego deve ser criterioso Uso indiscriminado só irá contribuir para a seleção de bactérias resistentes USO CLÍNICO A clindamicina demonstrou eficácia em pacientes com periodontite refratária à terapia com tetraciclina EFEITOS COLATERAIS A clindamicina tem sido associada à colite pseudomembranosa, mas a incidência é maior com cefalosporinas e ampicilina Todavia, quando necessário, a clindamicina pode ser usada com cautela, embora não seja indicada para pacientes com uma história de colite A diarreia ou as cólicas que se desenvolvem durante a terapia com clindamicina podem ser indicativas da colite e ela deve ser interrompida. Se os sintomas persistirem, o paciente deve consultar um médico CIPROFLOXACINO FARMACOLOGIA Ociprofloxacino é uma quinolona ativa contra bastonetes Gram-negativos, incluindo todos os facultativos e alguns dos supostos patógenos periodontais anaeróbios USO CLÍNICO Como ele demonstra um efeito mínimo sobre as espécies de Streptococcus que estão associados à saúde periodontal, a terapia com ciprofloxacino pode facilitar o estabelecimento de uma microbiota que está associada à saúde periodontal No momento, é o único antibiótico na terapia periodontal ao qual todas as cepas de a. actinomycetemcomitans são suscetíveis Ele também tem sido utilizado em combinação com o metronidazol EFEITOS COLATERAIS Náusea, dor de cabeça, gosto metálico na boca e desconforto abdominal foram associados ao ciprofloxacino As quinolonas inibem o metabolismo da teofilina e da cafeína e a administração concomitante pode produzir toxicidade Também foi relatado que as quinolonas aumentam os efeitos da varfarina e de outros anticoagulantes MACROLÍDEOS FARMACOLOGIA Os antibióticos macrolídeos contêm um anel de lactona de muitos membros ao qual um ou mais açúcares desoxi estão ligados Eles inibem a síntese de proteínas pela ligação às subunidades ribossomais 50S de microrganismos sensíveis Os macrolídeos podem ser bacteriostáticos ou bactericidas, dependendo da concentração da medicação e da natureza do microrganismo Os antibióticos macrolídeos usados para o tratamento periodontal incluem eritromicina, espiramicina e azitromicina. USO CLÍNICO A ERITROMICINA não se concentra no FG e não é eficaz contra a maioria dos supostos patógenos periodontais. Por estas razões, a eritromicina não é recomendada como adjuvante da terapia periodontal. Bacteriostático Alérgicos as penicilinas Nunca como a 1ª escolha Efeitos adversos gastrointestinais A ESPIRAMICINA é ativa contra organismos Gram-positivos; ela é excretada em concentrações elevadas na saliva. É usada como um adjuvante no tratamento periodontal no Canadá e na Europa, mas não está disponível nos Estados Unidos. A espiramicina tem um efeito mínimo sobre o nível de inserção. A AZITROMICINA é um membro da classe dos macrolídeos azalídeos. Ela é eficaz contra os bacilos Gram-negativos e os anaeróbios. Após uma dose oral de 500 mg quatro vezes por dia, durante 3 dias, níveis significativos de azitromicina puderam ser detectados na maioria dos tecidos por 7 a 10 dias Tratamento dos abscessos periapicais agudos Alérgico as penicilinas ↑ concentrações teciduais duradouras, ↑ intervalos de tomada Menos efeitos adversos; A concentração de azitromicina nos tecidos de amostras de lesões periodontais é significativamente mais elevada do que aquela da gengiva normal. Os dados sugeriram que a azitromicina pode ser uma terapia adjuvante eficaz para aumentar os níveis de inserção em pacientes com periodontite agressiva,27 bem como para reduzir o grau de crescimento gengival. Esses dados têm de ser cuidadosamente considerados, uma vez que foram obtidos a partir de pequenas populações de indivíduos. Atualmente, a literatura apresenta relatos conflitantes sobre a eficácia deste antibiótico como adjuvante na terapia periodontal Um estudo concluiu que a azitromicina adjuvante não proporciona nenhum benefício adicional em relação ao tratamento periodontal não cirúrgico para os parâmetros investigados em pacientes com periodontite crônica generalizada grave Além disso, um estudo adicional relatou que houve aumento no número de mortes por motivos cardiovasculares entre os pacientes que tomavam azitromicina; este aumento foi mais pronunciado entre os pacientes com um elevado risco de base de doença cardiovascular COMO SABER PRESCREVER 1- Dose X resposta orgânica Mesmo quando a dose dos antibióticos é elevada, pode não ser suficiente para garantir eficácia Resistência bacteriana: Bactéria sobrevive a concentrações superiores (ou muito piores) aquelas atingidas nos tecidos ou no sangue 2- Duração de terapia antimicrobiana ↑ duração do tratamento, ↓ resistência bacteriana, ↑ da eficácia do antibiótico (?) 3- Taxa de resistência Ex: estreptococos orais é sensível as penicilinas Cepas resistentes dessas bactérias Pressão seletiva: A mudança das condições do ambiente As mais adaptadas sobrevivem, gerando descendentes mais adaptados Quando a bactéria é resistente a um antibiótico, ela não será afetada no primeiro dia, nem no decido dia do tratamento, simplesmente ela não será afetada, pois é resistente O uso indiscriminado (ou errôneo) de antibióticos é apontado como um dos maiores agentes de pressão seletiva sobre microrganismos RESISTÊNCIA NATURAL Características naturais, fenotípicas Herança genética; Mais comum ↑ determinante de resistência intrínseca -> presença ou ausência do alvo para a ação da substância Não apresenta risco a terapêutica Agente etiológico de infecção X mecanismo de ação dos fármacos ADQUIRIDA ↑ resistência bacteriana antes sensível a um AB Alterações estruturais e/ou bioquímicas → alterações genéticas ou extracromossomicas (plasmídeos) Uma simples alteração genética pode levar ao aparecimento de um exemplar muito resistente, que normalmente não perde a viabilidade e a patogenicidade O uso indiscriminado, irresponsável e ignorante de antibióticos, terapêutica ou profilaticamente, humano ou veterinário, passando ainda pelo uso no crescimento animal e para propósitos agrícolas, tem favorecido essa pressão seletiva, levando a seleção e predominância de espécies cada vez mais resistente É importante frisar que os antibióticos NÃO SÃO AGENTES MUTAGENICOS, portanto, não causam mutação em microrganismos, ou seja, não fazem aparecer qualquer nova característica na bactéria Porém, como já descrito, os antibióticos exercem a chamada pressão seletiva. Com o uso frequente, essa seleção leva ao predomínio das cepas que de alguma forma sobrevivem, multiplicaram-se, e agora são maioria DOENÇAS PERIODONTAIS AGUDAS Academia americana de periodontia (AAP): Abscessos do periodonto Periodontite associada com lesão endodôntica Doenças periodontais necrosantes ABSCESSOS Gengivais Periodontais Pericoronarios (periocoronarites) Tratamento básico é praticamente o mesmo Descontaminação local por meio de incisão cirúrgica com bisturi e a drenagem do abscesso Instrumentação periodontal, com ou em acesso cirúrgico Controle do biofilme dentário PERIODONTITE ASSOCIADA A LESÃO ENDODÔNTICA O tratamento endodôntico convencional + TPB O uso de antibiótico não traz grande contribuição Caso o processo infeccioso apresente sinais de disseminação local, mesmo A escolha pela associação da amoxilina ou ampicilina a um inibidor de betactamases (clavunanato de potássio) NÃO DEVE SER UMA PRATICA COMUM em odontologia, devendo reservar seu uso para aquelas infecções que não respondem clinicamente ao tratamento com as penicilinas (isoladamente ou associadas ao metronizadol) ou quando se identificar a presença de bactérias produtoras de beta-lactamases (penicilinases), por meio de culturas microbiológicas; tratamento dos abscessos periodontais DOENÇA PERIODONTAL NECROSANTE Etiologia é complexa Espiroquetas, os bacilos fusiformes e espécies como a prevotella intermedia e o fusobacterium nucleatum FATORES PREDISPONENTES: Estresse Tabagismo Consumo de bebida alcoólica ↓ quimiotaxia de neutrófilos Higiene oral deficiente Má nutrição GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE (GUN) Necrose papilar e ulceração nas pontas das papilas interdentais Formação de pseudomembrana de cor amarelo – acinzentada Sangramento gengival espontâneo ou ao mínimo toque; dor gengival intensa Mal- estar Febre (pouco comum) Linfadenite Hálito fétidoPERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE (PUN) 2,6 % dos pacientes HIV + Destruição rápida e generalizada do periodonto de inserção e do osso alveolar Exposição da crista alveolar ou septo interdentario Formação de sequestros ósseos Dor severa Sangramento gengival espontâneo Necrose de tecido mole Rápida destruição do ligamento periodontal Metronizadol: Melhora dos sintomas, promove reparo tecidual mais rápido, a dose é de 250 mg a cada 8 h ou 400 mg a cada 12h , 3 – 5 dias INFECÇÕES AGUDAS A natureza aguda do processo infeccioso requer níveis sanguíneos adequados antes do período de 12 horas Dose inicial de 1-2 g amoxicilina, seguida de doses de manutenção de 500 mg, em adultos pode ser apropriada As doses e os intervalos entre as doses dependem da gravidade da infecção e das condições gerais do hospedeiro Nas infecções mais severas os intervalos entre as primeiras doses de manutenção podem ser reduzidos Para a amoxicilina ou clindamicina, a redução é feita de 8 para 6 horas; DOENÇAS PERIODONTAIS CRÔNICAS Tratamento: Modificar a microbiota subgengival presente nos sítios comprometidos pela doença A instrumentação mecânica (raspagem e alisamento radicular) RECOMENDAÇÕES DE AAP: 1- Debridamento mecânico radicular, seguido por cirurgia de acesso se necessário 2- Avaliar necessidade do hospedeiro para uso de antibióticos 3- Reavaliação 1-3 meses após o termino da terapia medicamentosa 4- Rastreamento biológico 5- Terapia periodontal de suporte PERIODONTITES AGRESSIVAS Localizada (< 30% de sítios afetados) Generalizada ( >30% de sítios afetados) Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa) O tratamento das periodontites agressivas é geralmente beneficiado pelo uso sistêmico de antibióticos, particularmente em adolescentes Associação de amoxicilina e metronidazol, como complemente da terapia mecânica convencional Amoxicilina 375 mg ou 500 mg + metronidazol 250 mg, a cada 8 horas por 7 dias Alérgicos as penicilinas ou intolerância ao metronidazol: O Doxiciclina 100 mg, em dose única diária, pelo período de 14 a 21 dias, tempo mínimo necessário para sejam obtidos níveis ideais do antibiótico no fluido gengival TERAPIA FOTODINÂMICA O lazer diodo de gaIAS associado ao verde de malaquita 0,01% Produção de efeitos citotóxicos Luz, oxigênio e um fotossensibilizador Irrigação subgengival da droga fotossensibilizadora, seguida da irradiação da bolsa periodontal A terapia fotodinâmica (TFD) além de não introduzir resistência bacteriana, surge como um método de redução microbiana, com mínimos efeitos colaterais e sistêmicos Os autores defendem que o procedimento aumente o conforto do paciente por ser benéfico nos locais de difícil acesso, reduzindo a necessidade de retalhos, o tempo de tratamento e o risco de bacteremias A TFD caracteriza-se essencialmente pela associação de uma fonte de luz e um agente fotossensibilizante, e tem o objetivo de provocar necrose celular e morte microbiana O efeito microbiano é atingido quando uma luz de baixa potência (lazer ou LED) promove o surgimento de substancias que podem danificar e matar a célula alvo ao desencadear a excitação da droga fotossensibilizadora O fotossensibilizador é administrado ao paciente e, por si só, não causa danos algum aos tecidos sadios ou doentes Todavia, quando uma luz (laser ou LED) é aplicado nos tecidos que contem a droga, esta é ativada e as células alvo são rapidamente destruídas, precisamente nos locais para onde a irradiação foi direcionada Assim, uma aplicação cuidadosa do feixe de luz pode garantir que a terapia atinja seletivamente os tecidos doentes UM AGENTE FOTOSSENSIBILIZADOR IDEAL DEVE SER: Biologicamente estável Seletivo Fotoquimicamente eficiente Minimamente toxico aos tecidos normais A penetração do fotossensibilizador através do epitélio e do tecido conjuntivo pode ser importante uma vez que periodontopatogenos também podem se infiltrar através da barreira epitelial para dentro dos tecidos periodontais; essa observação seria possível explicação para a efetividade da TFD VANTAGENS Não apresenta efeitos colaterais Efeito bactericida Ação analgésica, biomoduladora e anti- infamatória sobre os tecidos duros e moles Restauração do equilíbrio biológico celular e das condições de vitalidade tecidual; DESVANTAGENS Custo A superfície radicular danificada pode se tornar incompatível para inserção das células e cicatrização O uso improprio do laser pode levar a destruição do aparato de inserção sadio do fundo das bolsas periodontais e a excessiva cauterização da superfície radicular e das paredes gengivais Alterações na raiz como sulcos e crateras podem ser causadas pelo laser diodo empregado com altos níveis de energia na presença de sangue e elevadas temperaturas
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