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Adjuvantes no tratamento da doença periodontal

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TRATAMENTO PERIODONTAL 
 
 Impede a progressão do biofilme bacteriano para os tecidos periodontais de suporte, 
evitando perda de inserção periodontal e destruição desses. 
 
PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS 
 
 Convencionais; 
 Complementar antibiótico 
 
CONVENCIONAIS 
 
 Instrução de higiene oral e a eliminação de fatore retentivos de placa 
 Intervenção mecânica 
 Cirurgia periodontal 
 
 A principal conduta é a remoção da causa 
 Os antibióticos serão auxiliares na terapia das infecções 
 Criar condições para o hospedeiro 
 
Obs: estudos tem demostrado que mesmo após cuidados ideais, alguns indivíduos podem não 
responder ao tratamento convencional de maneira adequada e continuar a sofrer a destruição 
periodontal 
BACTÉRIAS – MICROBIOMA 
 
 
 Várias doenças periodontais são causadas por infecções bacterianas. As bactérias começam 
a aderir nas superfícies dentárias tão logo os dentes sejam limpos e iniciam a formação de 
um BIOFILME 
 Ao longo do tempo, este biofilme de placa supragengival torna-se mais complexo, o que 
leva a uma sucessão de bactérias que são mais patogênicas. As bactérias crescem em uma 
direção apical e tornam-se subgengivais. Por fim, conforme o osso é destruído, uma bolsa 
periodontal é formada e, nela, as bactérias formam um biofilme altamente estruturado e 
complexo 
 Como este processo continua, o biofilme bacteriano se estende até o nível subgengival, local 
que o paciente não consegue alcançar durante os esforços de higiene bucal. Além disso, este 
complexo biofilme pode oferecer agora alguma proteção contra os mecanismos imunológicos 
do hospedeiro na bolsa periodontal, bem como a antibióticos utilizados para o tratamento 
 
TERAPIA COMPLEMENTAR ANTIBIÓTICA 
 
 Paciente com periodontite agressiva 
 Infecções periodontais agudar ou severas (abscesso periodontal, gengivite/periodontite 
necrosante aguda) 
 Profilaxia antibiótica em pacientes sistematicamente comprometidos 
 
AÇÃO BIOLÓGICA 
 
 Bactericidas 
 
 Morte dos microrganismos sensíveis 
 Mata em absoluto 
 
 Bacteriostáticos 
 
 Controlar e estabilizar 
 Menor crescimento 
 Menor multiplicação dos microrganismos sensíveis 
 Sem destruí-los 
 
ESPECTRO DE AÇÃO 
 
Baseado na eficácia terapêutica 
 
1. Acão principal contra G+: penicilinas G. penicilina V. eritromicina, claritromicina, azitromicina, 
clindamicina, vancomicina. 
2. Acão principal contra G-: quinolonas (ciprofloxacina, levofloxacina) e aminoglicosideos 
(gentamicina). 
3. Ação similar contra G+ e G: ampicilina, amoxicilina, cefalosporinas, tetraciclinas. 
 
4. Ação contra bactérias anaeróbias: penicilinas, clindamicina, tetraciclinas, metronidazol 
(especialmente contra bacilos G-). 
 
5.Ação contra espiroquetas: penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas 
 
6. Ação sobre fungos, nistatina, anfotericina B, cetoconazol, itraconazol e outros derivados 
triazolicos. 
7. Ação sobre outros microrganismos triquetsias, micoplasmas, micobacterias e clamidias); 
tetraciclinas e cloranfenicol 
 
 Tem que se escolher o antibiótico de acordo com a eficácia dele e para o meio que ele se 
aplica 
 Tem que ter o conhecimento do uso isolado e do uso combinado 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 
 Parede celular 
 Síntese de proteína 
 Síntese de ácidos nucleicos 
 Existe ainda: Membrana citoplástica, como a vancomicina (de uso hospitalar); 
 Metabolismo intermediário, chamado de falsos substratos 
 ↑ Alergenicidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Um agente anti-infeccioso é um agente quimioterápico que atua por meio da redução do 
número de bactérias presentes. Um antibiótico é um tipo de agente infeccioso encontrado 
naturalmente, sintético ou semissintético, que destrói ou inibe o crescimento de microrganismos 
selecionados, geralmente em baixas concentrações. 
 
 Um antisséptico é um agente antimicrobiano químico que pode ser aplicado tópica ou 
subgengivalmente em membranas mucosas, feridas ou superfícies dérmicas intactas, a fim de 
destruir os microrganismos e inibir a sua reprodução ou o seu metabolismo. Em odontologia, 
os antissépticos são amplamente utilizados como o ingrediente ativo nos enxaguatórios bucais 
e dentifrícios antiplaca e antigengivite 
 
 Os desinfetantes (uma subcategoria dos antissépticos) são agentes antimicrobianos 
geralmente aplicados em superfícies inanimadas para destruírem microrganismos 
 
 Quando os agentes anti-infecciosos são administrados oralmente, muitos deles podem ser 
encontrados no fluido gengival (FG) 
 
 A finalidade de uma administração sistêmica de antibióticos é reduzir o número de bactérias 
presentes na bolsa periodontal doente, isso é frequentemente um complemento necessário 
para o controle da infecção bacteriana, porque as bactérias podem invadir os tecidos 
periodontais, tornando, assim, a terapia mecânica sozinha algumas vezes ineficaz 
 
 Um único agente quimioterápico também pode ter um duplo mecanismo de ação. Por 
exemplo, as tetraciclinas (especialmente a doxiciclina) são agentes quimioterápicos que 
podem reduzir a destruição óssea e de colágeno por meio da capacidade para inibir a 
enzima colagenase 
 
 Como agentes antibióticos, eles também podem reduzir os patógenos periodontais nos 
tecidos periodontais 
 Um antibiótico ideal para utilização na prevenção e no tratamento de doença periodontal 
deve ser específico para patógenos periodontais, alogênico e não tóxico; ter 
substantividade; não ser de uso geral para o tratamento de outras doenças e ser 
acessível.Todavia, não existe atualmente um antibiótico ideal para o tratamento de doença 
periodontal. 
 
 Embora as bactérias orais sejam suscetíveis a muitos antibióticos, nenhum antibiótico único nas 
concentrações atingidas nos fluidos corporais inibe todos os supostos patógenos 
periodontais.61 De fato, uma combinação de antibióticos pode ser necessária para eliminar 
todos os supostos patógenos putativos de algumas bolsas periodontais43 
 
 Como sempre, o clínico, em conjunto com o paciente, deve tomar a decisão final sobre 
qualquer tratamento. Assim, o tratamento de um paciente individualmente deve ser baseado 
em seu estado clínico, na natureza das bactérias colonizadoras, na capacidade do agente 
para atingir o sítio da infecção e nos riscos e benefícios associados ao plano de tratamento 
proposto 
 
 O clínico é responsável pela escolha do agente antimicrobiano correto. Algumas reações 
adversas incluem reações alérgicas ou anafiláticas, superinfecções de bactérias oportunistas, 
desenvolvimento de bactérias resistentes, interações com outros medicamentos, transtorno 
estomacal, náuseas e vômitos.3 A maioria das reações adversas assume a forma de 
desconforto gastrointestinal.32 Outras preocupações incluem o custo da medicação e a 
vontade e a capacidade do paciente de sujeitar-se à terapia proposta. 
 
 Embora a amoxicilina seja o antibiótico mais prescrito pelos dentistas, a penicilina V ainda é 
tida como a penicilina mais segura e ainda muito eficaz contra as bactérias causadoras de 
infecções contra as bactérias causadoras de infecções bucais em fase inicial; 
 
 
TETRACICLINAS 
 
 
 As tetraciclinas têm sido amplamente utilizadas para o tratamento de doenças periodontais 
 
 Elas têm sido frequentemente usadas para tratar periodontite refratária e periodontite 
agressiva localizada 
 
 As tetraciclinas têm a capacidade de concentrar-se nos tecidos periodontais e inibir o 
crescimento de Aggregatibacter actinomycetemcomitans. Além disso, as tetraciclinas exercem 
um efeito anticolagenase que pode inibir a destruição tecidual e ajudar na regeneração 
óssea 
 
 Esses antibióticos são bacteriostáticos e são eficazes contra as bactérias que se multiplicam 
rapidamente. Eles são geralmente mais eficazes contra as bactérias Gram-positivas do que 
contra as bactérias Gram-negativas 
 
 As tetraciclinas são eficazes para o tratamento de doenças periodontais, em parte, porque a 
suaconcentração no sulco gengival é de 2 a 10 vezes àquela encontrada no soro. Isso 
permite que uma elevada concentração do medicamento chegue às bolsas periodontais 
 
 Além disso, vários estudos demonstraram que as tetraciclinas, em uma baixa concentração no 
FG são bastante eficazes contra muitos patógenos periodontais 
 
 A tetraciclina sistêmica pode eliminar as bactérias dos tecidos e mostrou que pode 
interromper a perda óssea e suprimir os níveis de A. actinomycetemcomitans em conjunto com 
a raspagem e o alisamento radicular. Essa terapia de combinação permite a remoção 
mecânica de depósitos da superfície da raiz e a eliminação de bactérias patogênicas do 
interior dos tecidos 
 
 Como resultado do aumento da resistência às tetraciclinas, demonstrou-se que o metronidazol 
ou a amoxicilina com metronidazol são mais eficazes para o tratamento de periodontite 
agressiva em crianças e jovens adultos 
 
 
 Efetivas contra muitas espécies anaeróbias 
 Uso restrito ao tratamento das periodontites agressivas ou crônicas 
 Alérgicos as penicilinas e efeitos adversos ao metronidazol 
 Doxiciclina é a mais empregada em odontologia 
 ↓ eficácia → espécies resistentes 
 
 
AGENTES ESPECÍFICOS 
 
 A tetraciclina, a minociclina e a doxiciclina são membros semissintéticos do grupo das 
tetraciclinas que têm sido utilizados em terapia periodontal. 
 
TETRACICLINA 
 
 O tratamento com cloridrato de tetraciclina requer a administração de 250 mg quatro vezes 
ao dia. Ela é acessível, mas a complacência pode ser reduzida pela necessidade de tomar a 
medicação com muita frequência 
 Os efeitos colaterais incluem distúrbios gastrointestinais, fotossensibilidade, 
hipersensibilidade, aumento dos níveis de ureia sanguínea, discrasias sanguíneas, tontura e 
dor de cabeça. Além disso, a alteração da coloração dos dentes ocorre quando a medicação 
é administrada em crianças com 12 anos de idade ou menos 
 
METRONIDAZOL 
 
FARMACOLOGIA 
 
 o metronidazol é um composto nitroimidazólico que foi desenvolvido na França para tratar 
infecções por protozoários. ele é um bactericida para os organismos anaeróbios e acredita-
se que interrompa a síntese de DNA bacteriano em condições com um baixo potencial de 
redução 
 O metronidazol não é a medicação de escolha para o tratamento de infecções por a. 
actinomycetemcomitans. no entanto, o metronidazol é eficaz contra a.a quando usado em 
combinação com outros antibióticos o metronidazol também é eficaz contra anaeróbios 
como porphyromonas gingivalis e prevotella intermedia. 
 
 ↑ Eficácia contra os bacilos anaeróbios G- 
 ↑ Utilidade no tratamento de infecções bacterianas agudas (pericoronarite), abscessos 
periapicais, gengivite ulcerada 
 Associado as penicilinas e cefalosporinas 
 
USO CLÍNICO 
 
 O metronidazol tem sido utilizado com sucesso para tratar gengivite ulcerativa necrosante 
aguda, mas também é usado para tratar a periodontite crônica e a periodontite agressiva. 
 Já foi utilizado como monoterapia e também em combinação com alisamento radicular e 
cirurgia ou associado a outros antibióticos 
 
 Estudos sugeriram que, quando combinado com amoxicilina ou amoxicilina e clavulanato de 
potássio (Clavulin®), o metronidazol pode ser valioso para o tratamento de pacientes com 
PAL ou periodontite refratária 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 
 O metronidazol tem um efeito antabuse* quando o álcool é ingerido. A resposta é 
geralmente proporcional à quantidade ingerida e pode resultar em graves cãibras, náuseas 
e vômitos 
 Os produtos que contêm álcool devem ser evitados durante o tratamento e por pelo menos 1 
dia após o tratamento ser descontinuado 
 
 O metronidazol também inibe o metabolismo da varfarina. Os pacientes submetidos à 
terapia anticoagulante devem evitar o metronidazol, pois ele prolonga o tempo de 
protrombina 
 Ele também deve ser evitado em pacientes que estão tomando lítio. Esta medicação produz 
um gosto metálico na boca, que pode afetar a complacência. 
 
PENINCILINAS 
FARMACOLOGIA 
 Penicilinas são os medicamentos de escolha para o tratamento de muitas infecções graves em 
seres humanos e são os antibióticos mais amplamente utilizados 
 São derivadas naturais e semissintéticas de culturas de caldo do fungo penicillium; inibem a 
produção da parede celular bacteriana e, portanto, são bactericidas. 
 
USO CLÍNICO 
 Outras penicilinas, além da amoxicilina e da amoxicilina com clavulanato de potássio 
(Clavulin®), não mostraram aumentar os níveis de inserção periodontal, e seu uso em terapia 
periodontal não parece ser justificado. 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 As penicilinas podem induzir reações alérgicas e resistência bacteriana 
 
AMOXICILINA 
 A amoxicilina é uma penicilina semissintética com um espectro anti-infeccioso estendido que 
inclui bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Ela demonstra excelente absorção após a 
administração oral 
 A amoxicilina é suscetível à penicilinase, que é uma b-lactamase, produzida por bactérias, 
que rompe a estrutura de anel da penicilina, tornando-a, assim, ineficaz 
 A amoxicilina pode ser útil para o tratamento de pacientes com periodontite agressiva em 
ambas as formas: localizada e generalizada 
 A dose recomendada é de 500 mg três vezes ao dia, durante 8 dias 
 
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE POTÁSSIO 
 A combinação de amoxicilina com clavulanato de potássio torna este agente anti-infeccioso 
resistente às enzimas penicilinases produzidas por algumas bactérias 
 A amoxicilina com clavulanato (Clavulin®) pode ser útil para o tratamento de pacientes com 
PAL ou periodontite refratária Bueno et al.8 relataram que o Clavulin® deteve a perda óssea 
alveolar em pacientes com doença periodontal refratária ao tratamento com outros 
antibióticos, incluindo tetraciclina, metronidazol e clindamicina 
 
CEFALOSPORINAS 
 
FARMACOLOGIA 
 A família de b-lactâmicos, conhecidos como cefalosporinas, é semelhante em ação e estrutura 
às penicilinas. Esses medicamentos são frequentemente utilizados em medicina e são 
resistentes a uma série de b-lactamases normalmente ativas contra a penicilina 
 
 Não são de 1ª escolha, em nível ambulatorial 
 Profilaxia cirúrgica em cirurgias ortognática (em ambiente hospitalar) 
 Profilaxia de endocardite bacteriana para pacientes alérgicos a penicilinas 
 
USO CLÍNICO 
 
 As cefalosporinas não são geralmente utilizadas para tratar infecções relacionadas aos 
dentes. As penicilinas são superiores às cefalosporinas no que diz respeito à sua amplitude 
de ação contra bactérias patogênicas periodontais. 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 
 Os pacientes alérgicos a penicilinas devem ser considerados alérgicos a todos os produtos b-
lactâmicos. Mais especificamente, até 10% dos pacientes que apresentam alergia à 
penicilina também podem apresentar uma reação adversa à cefalosporina 
 Erupções cutâneas, urticárias, febre e indisposição gastrointestinal foram todas associadas às 
cefalosporinas. 
 
CLINDAMICINA 
FARMACOLOGIA 
 A clindamicina é eficaz contra as bactérias anaeróbias e apresenta forte afinidade pelo 
tecido ósseo 
 Ela é eficaz em situações em que o paciente é alérgico à penicilina. 
 
Tratamento de infecções mais avançadas 
 Emprego deve ser criterioso 
 Uso indiscriminado só irá contribuir para a seleção de bactérias resistentes 
 
USO CLÍNICO 
 
 A clindamicina demonstrou eficácia em pacientes com periodontite refratária à terapia com 
tetraciclina 
 
 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 
 A clindamicina tem sido associada à colite pseudomembranosa, mas a incidência é maior com 
cefalosporinas e ampicilina 
 Todavia, quando necessário, a clindamicina pode ser usada com cautela, embora não seja 
indicada para pacientes com uma história de colite 
 A diarreia ou as cólicas que se desenvolvem durante a terapia com clindamicina podem ser 
indicativas da colite e ela deve ser interrompida. Se os sintomas persistirem, o paciente deve 
consultar um médico 
 
CIPROFLOXACINO 
 
FARMACOLOGIA 
 
 Ociprofloxacino é uma quinolona ativa contra bastonetes Gram-negativos, incluindo todos os 
facultativos e alguns dos supostos patógenos periodontais anaeróbios 
 
USO CLÍNICO 
 
 Como ele demonstra um efeito mínimo sobre as espécies de Streptococcus que estão 
associados à saúde periodontal, a terapia com ciprofloxacino pode facilitar o 
estabelecimento de uma microbiota que está associada à saúde periodontal 
 No momento, é o único antibiótico na terapia periodontal ao qual todas as cepas de a. 
actinomycetemcomitans são suscetíveis 
 Ele também tem sido utilizado em combinação com o metronidazol 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 
 Náusea, dor de cabeça, gosto metálico na boca e desconforto abdominal foram associados 
ao ciprofloxacino 
 As quinolonas inibem o metabolismo da teofilina e da cafeína e a administração concomitante 
pode produzir toxicidade 
 Também foi relatado que as quinolonas aumentam os efeitos da varfarina e de outros 
anticoagulantes 
 
MACROLÍDEOS 
 
FARMACOLOGIA 
 
 Os antibióticos macrolídeos contêm um anel de lactona de muitos membros ao qual um ou 
mais açúcares desoxi estão ligados 
 Eles inibem a síntese de proteínas pela ligação às subunidades ribossomais 50S de 
microrganismos sensíveis 
 Os macrolídeos podem ser bacteriostáticos ou bactericidas, dependendo da concentração da 
medicação e da natureza do microrganismo 
 Os antibióticos macrolídeos usados para o tratamento periodontal incluem eritromicina, 
espiramicina e azitromicina. 
 
USO CLÍNICO 
 
 A ERITROMICINA não se concentra no FG e não é eficaz contra a maioria dos supostos 
patógenos periodontais. Por estas razões, a eritromicina não é recomendada como adjuvante 
da terapia periodontal. 
 
 Bacteriostático 
 Alérgicos as penicilinas 
 Nunca como a 1ª escolha 
 Efeitos adversos gastrointestinais 
 
 A ESPIRAMICINA é ativa contra organismos Gram-positivos; ela é excretada em 
concentrações elevadas na saliva. É usada como um adjuvante no tratamento periodontal no 
Canadá e na Europa, mas não está disponível nos Estados Unidos. A espiramicina tem um 
efeito mínimo sobre o nível de inserção. 
 
 
 A AZITROMICINA é um membro da classe dos macrolídeos azalídeos. Ela é eficaz contra 
os bacilos Gram-negativos e os anaeróbios. Após uma dose oral de 500 mg quatro vezes 
por dia, durante 3 dias, níveis significativos de azitromicina puderam ser detectados na 
maioria dos tecidos por 7 a 10 dias 
 
 Tratamento dos abscessos periapicais agudos 
 Alérgico as penicilinas 
 ↑ concentrações teciduais duradouras, ↑ intervalos de tomada 
 Menos efeitos adversos; 
 
 
 A concentração de azitromicina nos tecidos de amostras de lesões periodontais é 
significativamente mais elevada do que aquela da gengiva normal. 
 
 Os dados sugeriram que a azitromicina pode ser uma terapia adjuvante eficaz para 
aumentar os níveis de inserção em pacientes com periodontite agressiva,27 bem como para 
reduzir o grau de crescimento gengival. 
 
 Esses dados têm de ser cuidadosamente considerados, uma vez que foram obtidos a partir 
de pequenas populações de indivíduos. Atualmente, a literatura apresenta relatos 
conflitantes sobre a eficácia deste antibiótico como adjuvante na terapia periodontal 
 
 Um estudo concluiu que a azitromicina adjuvante não proporciona nenhum benefício 
adicional em relação ao tratamento periodontal não cirúrgico para os parâmetros 
investigados em pacientes com periodontite crônica generalizada grave 
 
 Além disso, um estudo adicional relatou que houve aumento no número de mortes por motivos 
cardiovasculares entre os pacientes que tomavam azitromicina; este aumento foi mais 
pronunciado entre os pacientes com um elevado risco de base de doença cardiovascular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMO SABER PRESCREVER 
 
 
1- Dose X resposta orgânica 
 
 Mesmo quando a dose dos antibióticos é elevada, pode não ser suficiente para garantir 
eficácia 
 Resistência bacteriana: Bactéria sobrevive a concentrações superiores (ou muito piores) 
aquelas atingidas nos tecidos ou no sangue 
 
2- Duração de terapia antimicrobiana 
 
 ↑ duração do tratamento, ↓ resistência bacteriana, ↑ da eficácia do antibiótico (?) 
 
3- Taxa de resistência 
 
 Ex: estreptococos orais é sensível as penicilinas 
 Cepas resistentes dessas bactérias 
 Pressão seletiva: A mudança das condições do ambiente 
 As mais adaptadas sobrevivem, gerando descendentes mais adaptados 
 Quando a bactéria é resistente a um antibiótico, ela não será afetada no primeiro dia, nem 
no decido dia do tratamento, simplesmente ela não será afetada, pois é resistente 
 O uso indiscriminado (ou errôneo) de antibióticos é apontado como um dos maiores agentes 
de pressão seletiva sobre microrganismos 
 
RESISTÊNCIA 
 
 
NATURAL 
 
 Características naturais, fenotípicas 
 Herança genética;  Mais comum 
 ↑ determinante de resistência intrínseca -> presença ou ausência do alvo para a ação da 
substância 
 Não apresenta risco a terapêutica 
 Agente etiológico de infecção X mecanismo de ação dos fármacos 
 
ADQUIRIDA 
 
 ↑ resistência bacteriana antes sensível a um AB 
 Alterações estruturais e/ou bioquímicas → alterações genéticas ou extracromossomicas 
(plasmídeos) 
 Uma simples alteração genética pode levar ao aparecimento de um exemplar muito 
resistente, que normalmente não perde a viabilidade e a patogenicidade 
 
 
 O uso indiscriminado, irresponsável e ignorante de antibióticos, terapêutica ou 
profilaticamente, humano ou veterinário, passando ainda pelo uso no crescimento animal e 
para propósitos agrícolas, tem favorecido essa pressão seletiva, levando a seleção e 
predominância de espécies cada vez mais resistente 
 É importante frisar que os antibióticos NÃO SÃO AGENTES MUTAGENICOS, portanto, não 
causam mutação em microrganismos, ou seja, não fazem aparecer qualquer nova 
característica na bactéria 
 Porém, como já descrito, os antibióticos exercem a chamada pressão seletiva. Com o uso 
frequente, essa seleção leva ao predomínio das cepas que de alguma forma sobrevivem, 
multiplicaram-se, e agora são maioria 
 
DOENÇAS PERIODONTAIS AGUDAS 
 
 Academia americana de periodontia (AAP): 
 Abscessos do periodonto 
 Periodontite associada com lesão endodôntica 
 Doenças periodontais necrosantes 
 
ABSCESSOS 
 
 Gengivais 
 Periodontais 
 Pericoronarios (periocoronarites) 
 Tratamento básico é praticamente o mesmo 
 Descontaminação local por meio de incisão cirúrgica com bisturi e a drenagem do abscesso 
 Instrumentação periodontal, com ou em acesso cirúrgico 
 Controle do biofilme dentário 
 
PERIODONTITE ASSOCIADA A LESÃO ENDODÔNTICA 
 
 O tratamento endodôntico convencional + TPB 
 O uso de antibiótico não traz grande contribuição 
 Caso o processo infeccioso apresente sinais de disseminação local, mesmo A escolha pela 
associação da amoxilina ou ampicilina a um inibidor de betactamases (clavunanato de 
potássio) 
 NÃO DEVE SER UMA PRATICA COMUM em odontologia, devendo reservar seu uso para 
aquelas infecções que não respondem clinicamente ao tratamento com as penicilinas 
(isoladamente ou associadas ao metronizadol) ou quando se identificar a presença de 
bactérias produtoras de beta-lactamases (penicilinases), por meio de culturas 
microbiológicas; tratamento dos abscessos periodontais 
 
 DOENÇA PERIODONTAL NECROSANTE 
 
 Etiologia é complexa 
 Espiroquetas, os bacilos fusiformes e espécies como a prevotella intermedia e o fusobacterium 
nucleatum 
 
FATORES PREDISPONENTES: 
 
 Estresse 
 Tabagismo 
 Consumo de bebida alcoólica 
 ↓ quimiotaxia de neutrófilos 
 Higiene oral deficiente 
 Má nutrição 
 
GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE (GUN) 
 
 Necrose papilar e ulceração nas pontas das papilas interdentais 
 Formação de pseudomembrana de cor amarelo – acinzentada 
 Sangramento gengival espontâneo ou ao mínimo toque; dor gengival intensa 
 Mal- estar 
 Febre (pouco comum) 
 Linfadenite 
 Hálito fétidoPERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE (PUN) 
 
 2,6 % dos pacientes HIV + 
 Destruição rápida e generalizada do periodonto de inserção e do osso alveolar 
 Exposição da crista alveolar ou septo interdentario 
 Formação de sequestros ósseos 
 Dor severa 
 Sangramento gengival espontâneo 
 Necrose de tecido mole 
 Rápida destruição do ligamento periodontal 
 Metronizadol: Melhora dos sintomas, promove reparo tecidual mais rápido, a dose é de 250 
mg a cada 8 h ou 400 mg a cada 12h , 3 – 5 dias 
 
INFECÇÕES AGUDAS 
 
 A natureza aguda do processo infeccioso requer níveis sanguíneos adequados antes do 
período de 12 horas 
 Dose inicial de 1-2 g amoxicilina, seguida de doses de manutenção de 500 mg, em adultos 
pode ser apropriada 
 As doses e os intervalos entre as doses dependem da gravidade da infecção e das 
condições gerais do hospedeiro 
 Nas infecções mais severas os intervalos entre as primeiras doses de manutenção podem ser 
reduzidos 
 Para a amoxicilina ou clindamicina, a redução é feita de 8 para 6 horas; DOENÇAS 
 
PERIODONTAIS CRÔNICAS 
 
 Tratamento: Modificar a microbiota subgengival presente nos sítios comprometidos pela 
doença 
 A instrumentação mecânica (raspagem e alisamento radicular) 
 
 RECOMENDAÇÕES DE AAP: 
 
1- Debridamento mecânico radicular, seguido por cirurgia de acesso se necessário 
2- Avaliar necessidade do hospedeiro para uso de antibióticos 
3- Reavaliação 1-3 meses após o termino da terapia medicamentosa 
4- Rastreamento biológico 
5- Terapia periodontal de suporte 
 
PERIODONTITES AGRESSIVAS 
 
 Localizada (< 30% de sítios afetados) 
 Generalizada ( >30% de sítios afetados) 
 Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa) 
 O tratamento das periodontites agressivas é geralmente beneficiado pelo uso sistêmico de 
antibióticos, particularmente em adolescentes 
 Associação de amoxicilina e metronidazol, como complemente da terapia mecânica 
convencional 
 Amoxicilina 375 mg ou 500 mg + metronidazol 250 mg, a cada 8 horas por 7 dias 
 Alérgicos as penicilinas ou intolerância ao metronidazol: O Doxiciclina 100 mg, em dose única 
diária, pelo período de 14 a 21 dias, tempo mínimo necessário para sejam obtidos níveis 
ideais do antibiótico no fluido gengival 
 
TERAPIA FOTODINÂMICA 
 
 O lazer diodo de gaIAS associado ao verde de malaquita 0,01% 
 Produção de efeitos citotóxicos 
 Luz, oxigênio e um fotossensibilizador 
 Irrigação subgengival da droga fotossensibilizadora, seguida da irradiação da bolsa 
periodontal 
 A terapia fotodinâmica (TFD) além de não introduzir resistência bacteriana, surge como um 
método de redução microbiana, com mínimos efeitos colaterais e sistêmicos 
 Os autores defendem que o procedimento aumente o conforto do paciente por ser benéfico 
nos locais de difícil acesso, reduzindo a necessidade de retalhos, o tempo de tratamento e o 
risco de bacteremias 
 A TFD caracteriza-se essencialmente pela associação de uma fonte de luz e um agente 
fotossensibilizante, e tem o objetivo de provocar necrose celular e morte microbiana 
 O efeito microbiano é atingido quando uma luz de baixa potência (lazer ou LED) promove o 
surgimento de substancias que podem danificar e matar a célula alvo ao desencadear a 
excitação da droga fotossensibilizadora 
 O fotossensibilizador é administrado ao paciente e, por si só, não causa danos algum aos 
tecidos sadios ou doentes 
 Todavia, quando uma luz (laser ou LED) é aplicado nos tecidos que contem a droga, esta é 
ativada e as células alvo são rapidamente destruídas, precisamente nos locais para onde a 
irradiação foi direcionada 
 Assim, uma aplicação cuidadosa do feixe de luz pode garantir que a terapia atinja 
seletivamente os tecidos doentes 
 
UM AGENTE FOTOSSENSIBILIZADOR IDEAL DEVE SER: 
 
 Biologicamente estável 
 Seletivo 
 Fotoquimicamente eficiente 
 Minimamente toxico aos tecidos normais 
 A penetração do fotossensibilizador através do epitélio e do tecido conjuntivo pode ser 
importante uma vez que periodontopatogenos também podem se infiltrar através da 
barreira epitelial para dentro dos tecidos periodontais; essa observação seria possível 
explicação para a efetividade da TFD 
 
VANTAGENS 
 
 Não apresenta efeitos colaterais 
 Efeito bactericida 
 Ação analgésica, biomoduladora e anti- infamatória sobre os tecidos duros e moles 
 Restauração do equilíbrio biológico celular e das condições de vitalidade tecidual; 
 
DESVANTAGENS 
 
 Custo 
 A superfície radicular danificada pode se tornar incompatível para inserção das células e 
cicatrização 
 O uso improprio do laser pode levar a destruição do aparato de inserção sadio do fundo 
das bolsas periodontais e a excessiva cauterização da superfície radicular e das paredes 
gengivais 
 Alterações na raiz como sulcos e crateras podem ser causadas pelo laser diodo empregado 
com altos níveis de energia na presença de sangue e elevadas temperaturas

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