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UGO SANTANA CCA1127 CONFORTO AMBIENTAL 2 CONCEITOS BÁSICOS DE ILUMINAÇÃO CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA O QUE É ILUMINAÇÃO? A radiação eletromagnética solar é composta por um espectro, ou seja, um conjunto de ondas com comprimentos e frequências diferentes. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA ESPECTRO TÉRMICO LUZ VISÍVEL RAIOS XRAIOS GAMA UV IR FM AMMICROONDAS ONDAS LONGAS DE RÁDIO FREQÜÊNCIA COMPRIMENTO DE ONDA Radiação capaz de produzir estímulo visual ILUMINAÇÃO É RADIAÇÃO VISÍVEL A reflexão também depende do tipo de superfície do objeto. Quando mais lisa e sem irregularidades, mais regular ocorre a reflexão. Este caso chama-se de reflexão especular. Quanto mais irregular a superfície maior é a distribuição da reflexão da radiação. Este caso chama-se de reflexão difusa. O primeiro caso, aproxima-se de um espelho e o segundo dos demais materiais. Vale ressaltar que não existem superfícies perfeitamente lisas, logo a difusão ocorre, mesmo que em pequenas quantidades. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA REFLEXÃO ESPECULAR REFLEXÃO DIFUSA SUPERFÍCIE LISA SUPERFÍCIE RUGOSA RADIAÇÃO RADIAÇÃO CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Museu Guggenheim Bilbao, Espanha – Frank Gehry O objeto chamado transparente é aquele que permite a transmissão de uma parcela da radiação incidente. Logo, além de absorver e refletir radiação, este objeto permite a passagem de uma parcela. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA RADIAÇÃO RADIAÇÃO REFLEXÃO ABSORÇÃO ABSORÇÃO REFLEXÃO TRANSMISSÃO OPACO TRANSPARENTE CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Fundação Louis Vuitton, França – Frank Gehry Quando a transmissão da radiação visível, ocorre de modo difuso, diz-se que o objeto é translúcido. Este permite a passagem da luz, mas dificulta a formação da imagem. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA RADIAÇÃO RADIAÇÃO TRANSMISSÃO DIFUSA TRANSLÚCIDO TRANSPARENTE CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Museu Nelson-Atkins, Estados Unidos – Steven Holl Quando atinge uma determinada superfície opaca, a radiação é absorvida ou refletida. A absorção depende de características superficiais do objeto que pode absorver de modo desigual certos trechos do espectro da luz. O que não é absorvido é refletido, formando o que se conhece como cor. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA ABSORÇÃO DE TRECHOS DA RADIAÇÃO A cor visível do objeto se dá pela reflexão de parte da radiação incidente RADIAÇÃO Será absorvido trechos de radiação incidente REFLEXÃO DE TRECHOS DA RADIAÇÃO COR SUPERFICIAL CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Hotel Unique, São Paulo – Ruy Othake Alguns materiais, permitem a transmissão de apenas determinados trechos do espectro, ou seja, permite a passagem de determinados comprimentos de ondas. Os vidros simples, por exemplo, permitem a passagem de verdes com mais facilidade que as demais cores. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Ocorre a transmissão de trechos da radiação com comprimentos de ondas específicos RADIAÇÃO TRANSMISSÃO SELETIVA CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Saint Chapelle, Paris CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Catedral, Brasília– Oscar Niemeyer CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA O QUE É ILUMINÂNCIA? Iluminância ou nível de iluminação é a luz que incide sobre uma superfície. É uma luz incidente e invisível ao observador. A iluminância é medida em lux. Não deve ser confundida com outra medida chamada luminância. A iluminância independe da superfície que está recebendo a iluminação. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA ILUMINAÇÃO INCIDENTE FONTE DE LUZ ÁREA DE TRABALHO ILUMINÂNICA INVISÍVEL INCIDENTE Lux Acima estão indicados alguns valores de iluminância (lux) definidos pela NBR ISO 8995, indicados para determinados espaços internos das edificações. A norma define valores para os mais variados tipos de edificação e uso. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Iluminância mínima (lux) Entrada de edifícios Circulação e corredores Escadas 100 Fonte: NBR ISO 8995/2013 Banheiros Biblioteca (leitura) Salas de desenho Salas de aulas (adultos) 100 150 200 500 500 750 Se é luz incidente em um determinado ponto, pode receber contribuição de diversas fontes de luz em direções e distâncias diferentes. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA FONTE DE LUZ ÁREA DE TRABALHO DIVERSAS CONTRIBUIÇÕES OUTRAS FONTES DIRETAS REFLETIDAS DIFUSAS Lux A Iluminância decresce com o aumento da distância entre a superfície e a fonte de luz. Isso ocorre porque para um mesmo fluxo luminoso, existe o aumento da área iluminada e uma distribuição dessa iluminação. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA MENOR ILUMINÂNCIA MAIOR ILUMINÂNCIA FONTE DE LUZ AUMENTO DA DISTÂNCIA Lux CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Carrousel du Louvre, França – I. M. Pei CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA O QUE É LUMINÂNCIA? Luminância é a luminosidade vista pelo observador decorrente da reflexão da luz incidente em superfícies. É uma luz refletida e visível ao observador. A sua unidade é candela por metro quadrado (cd/m2). A luminância é influenciada pela superfície. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA LUMINÂNICA VISÍVEL REFLETIDA ILUMINAÇÃO REFLETIDA FONTE DE LUZ SUPERFÍCIE REFLETORA cd/m2 Luminância pode ser considerada também a quantidade de luz emitida ou atravessada por uma determinada superfície, como a esfera celeste, uma janela ou uma tela de computador. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA LUMINÂNICA VISÍVEL EMITIDA ILUMINAÇÃO EMITIDA SUPERFÍCIE EMISSORA cd/m2 O contraste é a relação entre a luminânica (brilho) de um objeto e a luminância do entorno imediato, ou seja, entre pontos muito iluminados e aqueles pouco iluminados em um mesmo espaço. O contraste pode facilitar a visualização, mas pode prejudicar a adaptação do olho às mudanças de iluminação. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA FONTE DE LUZ SUPERFÍCIE REFLETORA NÍVEIS DIFERENTES DE LUMINÂNCIA CONTRASTE cd/m2 O ofuscamento ocorre quando o processo de adaptação não ocorre normalmente devido a uma variação muito grande de iluminação. O ofuscamento pode causar desconforto e perda da visibilidade. Pode ocorrer por alto contraste entre luminânicas e podem ocorrer por saturação, quando o olho recebe luz em excesso. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA ALTO CONTRASTE EXCESSO DE LUZOFUSCAMENTO O olho se adapta à quantidade de luz. Quanto mais claro, a pupila reduz para impedir a entrada de grandes quantidades de radiação. Quanto mais escuro, maior se torna a pupila, possibilitando a entrada de mais iluminação. Vale ressaltar que o olho necessita de um tempo para realizar a adaptação. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA MAIOR ILUMINAÇÃO REDUÇÃO DA PUPILA MENOR ENTRADA DE LUZ MENOR ILUMINAÇÃO AUMENTO DA PUPILA MAIOR ENTRADA DE LUZ CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Igreja da Luz, Japão – Tadao Ando CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA PRINCÍPIOS DA ILUMINAÇÃO NATURAL CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA 21 DE DEZEMBRO 21 DE MARÇO/21 DE SETEMBRO 21 DE JUNHO N S LO N S LO N S LO 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 0 10 20 30 40 50 60 N N S S L LO O N S L O klux 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 0 10 20 30 40 50 60 klux 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 0 10 20 30 40 50 60 klux Acima estão apresentados gráficos da iluminância produzida pelo céu e o Sol em pontos desobstruídos nas superfícies externas de edifícios em Fortaleza. Acima estão indicados alguns valores de iluminância (lux) definidos pela NBR ISO 8995, indicados para determinados espaços internos das edificações. A norma define valores para os mais variados tipos de edificação e uso. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Níveis de iluminância gerais (lux) Céu claro – verão Céu encoberto – verão ou inverno Noite de lua cheia 100.000 Fonte: Osram Iluminação pública de vias 20.000 0,25 20 a 40 CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA Se parte da radiação é absorvida ou difundida pelo ar na atmosfera, a nebulosidade atmosférica influencia no clima e pode variar consideravelmente. Para simplificar são utilizadostrês modelos padrão de céu: o céu claro, o céu parcialmente nublado (comum em Fortaleza) ou céu nublado. CÉU CLARO UMIDADE DO AR RADIAÇÃO SOLAR DIRETA RADIAÇÃO DIFUSA MENOR MAIOR MENOS DISTRIBUÍDA MAIOR MENOR MAIS DISTRIBUÍDA PARCIALMENTE NUBLADO NUBLADO FORTALEZA (LITORAL)INTERIOR DO CEARÁ NUBLADO CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA A distribuição de radiação é afetada pela umidade presente no ar sendo distribuída pela esfera celeste. Quanto mais nublado, mais distribuído. Acima está apresentado um exemplo de Fortaleza. CÉU CLARO PARCIALMENTE NUBLADO Fonte: http://andrewmarsh.com/software/cie-sky-web/ Fortaleza, 21 de Agosto, 9h EXEMPLOS GENÉRICOS DE CÉU A distribuição da iluminação natural depende do tipo de céu e da quantidade de nuvens. Sendo assim, existe variação durante o dia e durante o ano. De uma maneira geral, a maior quantidade de iluminação natural vem de posições no céu próximas ao Sol, mas também próximas ao horizonte. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA A contribuição da iluminação natural (CIN) é a razão entre a iluminância do exterior e a iluminância em um determinado ponto no interior, e é medida em porcentagem. Há alguns anos era conhecida com Daylight Factor (DF). CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA MEDIDA EXTERNA 10.000 Lux MEDIDA INTERNA 500 Lux ILUMINAÇÃO NATURAL NO INTERIOR Segundo a NBR 15215, o componente do céu (CC) é a iluminação produzida em um determinado ponto interno devido à luz proveniente diretamente do céu. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA ESFERA CELESTE RADIAÇÃO DIFUSA Segundo a NBR 15215, o componente refletido externamente (CRE) é a iluminação produzida em um determinado ponto devido à luz natural refletida em superfícies externas. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA ESFERA CELESTE RADIAÇÃO DIFUSA SUPERFÍCIES REFLETORAS EXTERNAS Segundo a NBR 15215, o componente refletido internamente (CRI) é a iluminação em um determinado ponto devido à luz refletida nas superfícies internas do ambiente. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA SUPERFÍCIES REFLETORAS INTERNAS ESFERA CELESTE RADIAÇÃO DIFUSA Uma visão tipo “olho de peixe” permite a identificação das superfícies visíveis a partir de determinado ponto. Essa imagem é capaz de identificar quais os componentes da luz natural nesse ponto. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA RADIAÇÃO DIFUSA SUPERFÍCIE REFLETORA EXTERNA SUPERFÍCIE REFLETORA INTERNA O aumento da distância do ponto estudado em relação à única abertura de entrada de luz, reduz a quantidade de luz vinda do céu e aumenta a quantidade de luz refletida pelas superfícies do interior. Sendo assim, ocorre a redução da iluminância no ponto estudado. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA AUMENTO DA DISTÂNCIA Aumento das superfícies internas Redução das superfícies externas Redução da influência do céu A transmissividade, ou transmissão luminosa é a capacidade do elemento de transmitir a radiação visível para o interior é fundamental para a iluminação natural. O desejo de controle da entrada da radiação no ambiente para reduzir o ganho de calor, pode prejudicar a quantidade de iluminação natural. As indústrias de vidro apresentam as transmissões luminosas e os fatores solares. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA As cores das superfícies internas podem reduzir a reflexão da iluminação. Sendo assim, é importante o uso de superfícies claras para distribuir a reflexão difusa. Cores escuras reduzem a quantidade de iluminação do ambiente, principalmente em partes mais distantes das aberturas. CONFORTO AMBIENTAL 2 UGO SANTANA CORES CLARAS CORES ESCURAS MAIOR REFLEXÃO MENOR REFLEXÃO
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