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ÉTICA E PROFISSIONALISMO EM
FISIOTERAPIA
UNIDADE 2 – ÉTICA EM PESQUISA
Autora: Naylla Morais de Souza - Revisão técnica: Paulo Heraldo da Costa
Valle
Introdução
Nesta unidade, você conhecerá a trajetória da ética em pesquisa, as aplicações da bioética no campo da
multidisciplinaridade, as diferentes formas de agir moralmente e com isso gerar conflitos morais, éticos
e jurídicos. E qual a importância de ter esses conhecimentos? Ter ciência da história da ética em
pesquisa, seus avanços e retrocessos é fundamental para valorização dessa área em sua vida e da
bioética nas suas relações profissionais e pessoais.
Essa evolução levará você a reflexões sobre as situações que exigem o uso dos saberes da bioética,
como a teoria dos princípios bioéticos, a busca pelo conhecimento, a compreensão da evolução de
doenças em indivíduos, o uso de animais em testes laboratoriais, o respeito aos direitos fundamentais, a
necessidade de resguardar a autonomia e a dignidade dos indivíduos em pesquisas. São fatos que
culminaram na busca por melhores condições durante as investigações biomédicas, o que levou à
construção de comitês de ética em pesquisa em todas as instituições que atuam com projetos de
pesquisa envolvendo seres humanos.
Você sabe qual a função desses comitês? Eles são órgãos colegiados, com profissionais de diversas
áreas de conhecimento e representantes da comunidade que avaliam a ética e metodologia de projetos
de pesquisa, fornecendo respaldo aos pesquisadores em diversas situações e a população.
Completando a unidade, você conhecerá um pouco mais sobre questões como aborto, eutanásia,
transplante de órgãos, células-tronco e experimentos de clonagem com seres humanos.
Bons estudos!
2.1 História da ética em pesquisa
A ética em pesquisa está atrelada à filosofia em sua essência, desde que o ser humano, com seu lado
pesquisador, uniu as visões filosóficas fazendo perguntas e buscando respostas (KIPPER, 2010).
Nesta trajetória, você perceberá diferentes interpretações culturais, morais e jurídicas que foram
responsáveis pelas atrocidades contra a autonomia das pessoas e influenciaram nos bens que a
humanidade desfruta atualmente. 
O início da bioética remete a 1927, quando o teólogo alemão Fritz Jahr abordou o reconhecimento de
obrigações éticas direcionadas a todos os seres vivos (PESSINI, 2013; GOLDIM, 2006). Após esse início,
em 1971, Van Rensselaer Potter descreveu uma nova ética científica que combinava humildade,
responsabilidade e competência em uma perspectiva interdisciplinar e intercultural (PESSINI, 2013). No
geral, a bioética pressupõe que o comportamento profissional está sob controle. De acordo com Kottow
(2008), quando falamos em pesquisa com seres humanos, a ênfase da bioética se volta aos efeitos que
o projeto desenhado pelo pesquisador terá sobre os participantes.
O início da ciência moderna foi marcado com os experimentos de Galileu Galilei e tratava-se de uma
ciência objetiva, benéfica para a humanidade e eticamente neutra (KIPPER, 2010; KOTTOW, 2008). Mais
à frente, Max Weber defendeu a ideia de que a ciência recebia da sociedade a função de solucionar
determinados problemas, e seus resultados eram regidos por prioridades sociais (KIPPER, 2010).
No decorrer do século XX, a expansão tecnológica e científica cresceu tanto que o método científico não
podia ser aplicado sem se ponderar a relação entre benefícios e riscos (KOTTOW, 2008). Foi André
Vesálio quem quebrou o tabu teológico e moral de estudar a anatomia humana por meio de cadáver, no
entanto, somente anos depois, Clemente VII autorizou a dissecção anatômica do cadáver humano
(KIPPER, 2010).
No século XVII, a reflexão ética tornou-se mais sistemática. Apesar disso, havia muita
autoexperimentação, por exemplo, Sertürner estudou em si mesmo os efeitos da morfina (KOTTOW,
2008).
O auge da pesquisa experimental em animais ocorreu no século XIX com as primeiras sociedades de
proteção aos animais. Em 1901, na Prússia, foram editadas instruções sobre intervenções médicas com
foco no consentimento com informações aos adultos (KIPPER, 2010). 
VOCÊ QUER VER?
O que você sabe sobre a profissão de cientista? E o que faz um pesquisador?
Assista à entrevista "Profissão cientista: doenças infecciosas" (2014) com José
Augusto Nery, da Fiocruz, e conheça sua trajetória no mundo da ciência. Disponível
no link: https://www.youtube.com/watch?
time_continue=1&v=btXWBZ6eSOc&feature=emb_logo
(https://www.youtube.com/watch?
time_continue=1&v=btXWBZ6eSOc&feature=emb_logo).
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=btXWBZ6eSOc&feature=emb_logo
#PraCegoVer: imagem traz um coelho branco sendo segurado por uma mão humana, que aplica nele
uma seringa contendo um líquido vermelho. Ao lado do animal, há cinco comprimidos na cor laranja e
cinco cápsulas na cor cinza.
O respeito à autonomia da pessoa humana foi citado em 1914, no caso Schloendorff v. Society of New
York Hospitals, quando o juiz Benjamin Cardozo proferiu que “[...] todo o ser humano em idade adulta e
com boa sanidade mental tem o direito de determinar o que será feito em seu próprio corpo [...]”
(KIPPER, 2010, p. 226). Nesse período, o governo alemão tinha um regulamento sobre procedimentos
terapêuticos de experimentação humana para coibir o abuso e desrespeito à dignidade humana nas
pesquisas, o que foi ignorado durante a Segunda Guerra Mundial. Por isso, após a divulgação das
atrocidades envolvendo médicos e pesquisadores alemães, a comunidade os julgou como criminosos
de guerra, no Tribunal de Nuremberg, em 1947. O que originou o primeiro documento internacional sobre
ética em pesquisa, o Código de Nuremberg, instituindo a necessidade de uma fase pré-clínica nas
pesquisas em seres humanos, envolvendo riscos e benefícios e o consentimento voluntário (KIPPER,
2010). Esse código é baseado em dez princípios básicos como você pode acompanhar no quadro a
seguir.
Figura 1 - O uso de animais em pesquisas e experimentos é ponto de debate da bioética
Fonte: ARTFULLY PHOTOGRAPHER, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer: quadro com texto traz dez itens, os princípios do Código de Nuremberg, sobre como os
experimentos com humanos devem ser conduzidos e em que devem ser baseados.
Em 1964, um conjunto de princípios éticos que rege a pesquisa, conhecido como Declaração de
Helsinque, e o documento do Conselho Britânico de Pesquisa Médica foram publicados, enfatizando que
o estudo de novos procedimentos médicos deveria ser comparado com o melhor método em uso, e o
uso de placebo ficaria restrito aos casos de inexistência de terapia efetiva (KIPPER, 2010). A Declaração
de Helsinque é considerada uma referência ética na regulamentação de pesquisas médicas envolvendo
seres humanos, muito respeitada pelos pesquisadores. Clique no quadro e conheça os pontos
abordados por esse documento (GOLDIM, 1997b).
Esse texto-base foi alterado em versões nos anos de 1975, 1983, 1989, 1996 e 2000.
Quadro 1 - Os dez princípios do Código de Nuremberg
Fonte: Adaptado de GOLDIM, 1997a.
Aborda a necessidade de uso do melhor método disponível e restringe o uso de placebo aos
casos de inexistência de terapia efetiva, considerando riscos e benefícios, competência do
pesquisador sobre exigências éticas e legais, assim como consentimento esclarecido escrito
pelo participante.
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Declaração de Helsinque
Em 1966, Henry Beecher publicou um artigo com 22 casos de pesquisas abusivas, divulgadas por
periódicos internacionais e financiadas por instituições públicas. Os participantes eram considerados
cidadãos de “segunda classe”, como soldados, idosos, pacientes psiquiátricos, deficientes mentais e
outros. Nesse período, foi criada a Comissão Nacional para a Proteção de Sujeitos Humanos em
Pesquisas Biomédicas e Comportamentais com o objetivo de definir os princípios éticos norteadores da
condução de pesquisas envolvendo seres humanos (KIPPER, 2010).
2.1.1 Comitês de ética em pesquisa envolvendo seres humanos e animais
De acordo com o ConseloNacional da Saúde (BRASIL, 1996), os comitês de ética em pesquisa
envolvendo seres humanos e animais são órgãos colegiados interdisciplinares e independentes, de
caráter consultivo, deliberativo e educativo, criados para defender os interesses dos indivíduos da
pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir com o desenvolvimento da pesquisa dentro
de padrões éticos. Esses órgãos permitem que a instituição tenha um espaço de reflexão e decisão para
as questões éticas e metodológicas envolvidas nos seus projetos de pesquisa. O compartilhamento
desse tipo de questões e discussões é um grande avanço para toda a sociedade (SANTOS et al., 2011;
GOLDIM, 2005).
VOCÊ O CONHECE?
Bessie Blount Griffin foi uma fisioterapeuta, cientista forense e inventora afro-
americana. Trabalhou em hospitais e foi voluntária durante a Segunda Guerra
Mundial. Com vasta experiência, ela inventou diversas próteses e equipamentos
para amputados, sendo uma pioneira na grafologia médica.
A primeira proposta de criação de um órgão colegiado em que os médicos pudessem trocar opiniões
sobre novos procedimentos foi feita em 1803, por Sir. Thomas Percival, no livro Medical Ethics. Foi a
partir da Declaração de Helsinque, em 1964, que documentos foram produzidos e divulgados para
subsidiar o processo de elaboração, avaliação, conclusão e divulgação de pesquisas (KIPPER, 2010). Em
1978, foi publicado o Relatório Belmont, considerado um marco para a prática da pesquisa. No entanto,
esses documentos não propuseram a criação de comitês (BEAUCHAMP; CHILDRESS, 2002).
A atualização da Declaração de Helsinque, em 1975, reforçou o caráter fundamental do consentimento
livre e esclarecido, instituindo a necessidade de criar comitês de ética em pesquisa.
Em 1988, foi estabelecida a resolução nº 1/88 (GOLDIM, 2003), do Conselho Nacional de Saúde, com as
primeiras normas de pesquisa em saúde no Brasil, tornando obrigatório que as instituições que
realizassem pesquisas com seres humanos fizessem por meio um Comitê de Ética em Pesquisa
registrado junto ao Conselho Nacional de Saúde.
Para isso, em 1993, a diretriz 14 do Conselho das Organizações Internacionais de Ciências Médicas
(CONSELHO DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS DE CIÊNCIAS MÉDICAS, 2018) propôs como
deveria ser um Comitê de Ética em Pesquisa, estabelecendo taxativamente que os projetos somente
poderiam ser iniciados após a sua aprovação. A resolução nº 196/96 (BRASIL, 1996), do Conselho
Nacional da Saúde, facilitou o processo de montagem e credenciamento. Essa legislação estipula:
o protocolo da pesquisa;
quem é o pesquisador responsável;
a instituição de pesquisa;
VOCÊ SABIA?
O site Plataforma Brasil (BRASIL, 2020b) conecta o Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) aos estudantes, profissionais e participantes de pesquisa.
Nesse espaço, você pode consultar pesquisas aprovadas, manuais, conhecer
resoluções e normas. Acesse em: http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf
(http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf). 
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http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf
os riscos e danos associados ou decorrentes;
o sujeito da pesquisa;
o consentimento livre e esclarecido;
a indenização e o ressarcimento;
as situações de vulnerabilidade e incapacidade;
os aspectos éticos;
e outras variáveis.
Ela foi atualizada pela resolução CNS nº 466/2012 (BRASIL, 2012a) e se aplica às investigações de
todas as áreas do conhecimento com seres humanos.
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Vamos entender um pouco sobre o caráter deliberativo do comitê de ética em pesquisa? Afinal, o que
seria o “conceito de deliberação?” Os problemas éticos não são resolvidos com receitas prontas, mas
exigem criatividade, de modo a abrir novas alternativas de soluções, visando à excelência ética da
prática da atenção à saúde. Essas decisões pedem uma construção coletiva com muita prudência,
expressa como a capacidade de valorar tudo o que está envolvido no conflito ético, para então chegar a
decisões razoáveis (NORA; ZOBOLI; VIEIRA, 2015).
Notamos dois tipos de deliberação: a clínica e a ética. A primeira é a que o profissional de saúde realiza
em sua prática cotidiana durante o atendimento de clientes; e a segunda, com caráter multidisciplinar,
consiste na análise dos problemas éticos cada vez que o profissional presta atendimento (NORA;
ZOBOLI; VIEIRA, 2015).
VOCÊ QUER LER?
A resolução CNS nº 466/2012 (BRASIL, 2012a) assegura os direitos e deveres dos
participantes da pesquisa, comunidade científica e Estado, através da sua
obrigatoriedade nos projetos de pesquisa. Acesse o documento em:
http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
(http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf).
http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
#PraCegoVer: imagem traz uma mulher, com uniforme azul, estetoscópio no pescoço. Ela está sentada
em uma poltrona e usa um aparelho de medir a pressão arterial em outra mulher, que está ao seu lado,
também branca, de cabelos brancos. As duas sorriem. Ao fundo, dois homens, brancos e de cabelos
brancos, conversam.
Para Beauchamp e Childress (2002), a deliberação é como processo de tomada de decisão no qual
indivíduos ou grupos buscam especificar e ponderar crenças e valores em determinado caso para
chegar a uma conclusão. De acordo com Nora, Zoboli e Vieira (2015), sua essência é identificar os
diferentes valores éticos e, para o processo de equilibrar esses valores em cada caso, uma estratégia
usada é o Principialismo. Então, quando você ouvir sobre processo deliberativo em pesquisa, saiba que
ele apenas requer que os profissionais e a gestão guiem suas ações pelo seu intuito de colaborar nas
tomadas de decisão, com boa vontade e argumentação, para ampliar visões e opiniões.
Figura 2 - O atendimento de clientes é parte das deliberações clínicas do profissional de saúde
Fonte: Steve Debenport, Mediapool, 2020.
2.2 Desafios da bioética em pesquisas em seres humanos
Conhecer alguns dos principais desafios éticos no processo saúde e doença e suas implicações na
pesquisa e atenção à saúde é uma vantagem incrível para você, futuro profissional de fisioterapia. O seu
leque de experiências e conhecimentos aumenta a cada dia e é bom estar ciente do que acontece na
rotina de profissionais de saúde, suas situações cotidianas, seja em ambiente público ou privado,
hospitalar ou domiciliar.
2.2.1 Revelação de diagnóstico de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
A epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS),
é resultado da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), transmitido por relação sexual,
transfusão sanguínea, seringas e instrumentos não esterilizados e compartilhados. Nos anos 1980, com
o surgimento de antirretrovirais, o estigma social da doença e seu percurso até a atualidade gerou
mudanças no processo de regulação para a pesquisa e a liberação de novas drogas (MORAIS et al.,
2013). Um ponto polêmico tem sido a revelação do diagnóstico para terceiros que tenham risco de
contaminação. Quem são esses terceiros? Que aspectos considerar nessa decisão?
Quando terceiros são profissionais de saúde, temos uma justificativa ética adequada baseada no
benefício individual do paciente e da sociedade, pela comunicação compulsória do diagnóstico para as
autoridades sanitárias. Lembre-se que é um dever de confidencialidade do profissional manter a
privacidade do seu paciente (MORAIS et al., 2013; FORTES, 2011).
#PraCegoVer: imagem traz, no lado esquerdo, uma mulher que veste calça e blusa marrom. Ela está
sentada, com as mãos apoiadas nas pernas. Não é mostrado seu rosto. No lado direito, outra mulher, em
pé, de uniforme azul, jaleco branco, estetoscópio no pescoço, segura com a mão direita uma pasta
aberta. Não é mostrado seu rosto. Com a mão esquerda, ela apoia o braço da outra mulher sentada.
E os parceiros sexuais estáveis? O profissional tem o dever de revelar o risco para esse indivíduo, assim,
o dever de confidencialidadeé superado pelo dever de proteger a vida de um terceiro envolvido. A
privacidade do paciente é um direito que não pode ser confrontado com o risco para esses terceiros
envolvidos, considerando que o profissional deve agir no melhor interesse do seu paciente (MORAIS et
al., 2013; FORTES, 2011).
Morais et al. (2013) aborda que devem ser levados em consideração aspectos como social, legal, moral
e ético. E o que isso significa? Os sociais envolvem o estigma social associado ao perfil dos primeiros
pacientes, que permanece, apesar desse perfil ter mudado e ter aumentada a condição de tratamento e
sobrevida. Os legais envolvem direito à privacidade do paciente; dever de confidencialidade dos
profissionais que têm acesso a informações privilegiadas e a configuração de crime de contágio a
terceiros, previsto no Código Penal. É dever do profissional informar adequadamente ao paciente sobre
suas repercussões. Os morais estão relacionados ao conjunto de normas que determinam as ações a
partir de um consenso social. E, por fim, os éticos dizem respeito às justificativas das ações envolvendo
a revelação, ou não, do diagnóstico de ser portador do HIV/ AIDS para terceiros.
Figura 3 - A revelação do diagnóstico de HIV/AIDS para terceiros envolve escolhas profissionais éticas
Fonte: S_L, Mediapool, 2020.
2.2.2 Células-tronco
Células-tronco têm potencial incrível de se diferenciar em vários tipos de tecidos, o que significa um
leque de possibilidades importantes para a área da saúde, pois conseguem originar quase todos os
tecidos que formam o corpo humano.
As polêmicas aqui incluem a defesa dos direitos dos animais e questões éticas como a clonagem. É o
caso da ovelha Dolly, clonada a partir de uma célula somática adulta. Ocorrido em 1996, o evento foi
interpretado como afronta à dignidade humana e levantou polêmicas devido ao seu envelhecimento
precoce (WILMUT; CAMPBELL; TUDGE, 2000).
#PraCegoVer: imagem traz uma mão humana com luva azul, que segura com uma pinça metálica um
tubo transparente, de tampa azul e que contém líquido em tom rosado. Esse tubo pode estar sendo
retirado ou colocado dentro de um frasco metálico que contém nitrogênio líquido, formando uma névoa
transparente e fina em seu interior.
As decisões tomadas nas pesquisas que envolvem células-tronco e material biológico englobam uma
equipe interdisciplinar, além de como lidar com questões éticas, agentes infectantes e prevenção contra
a exposição dos manipuladores aos patógenos (PENNA et al., 2010).
O conceito de biossegurança foi estabelecido na década de 1970, após o surgimento da engenharia
genética. A lei nº 11.105/2005, Lei de Biossegurança (BRASIL, 2005), autoriza, com restrições, para fins
de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos
produzidos por fertilização in vitro (SEGRE, 2004). 
Figura 4 - O uso de células-tronco em experimentos e pesquisas envolve polêmicas de questões éticas
Fonte: Elena Pavlovich, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer: imagem traz uma mulher que usa óculos de proteção transparente, luvas azuis, camisa
azul e jaleco branco. Ela observa por um microscópio uma pequena placa de vidro.
Pensar que uma pesquisa é simples por ser laboratorial é um equívoco. Deve-se evitar os riscos, seguir
as normas e legislações vigentes e utilizar as barreiras primárias, como os equipamentos de proteção
inicial necessários para a segurança individual e coletiva.  
2.2.3 Transplantes de órgãos e doação de sangue
O processo de transplante de órgão exige notificação ágil de morte encefálica e o despreparo de uma
equipe pode influenciar na confirmação, impactando a qualidade da oferta desses órgãos (SIQUEIRA,
2016). A entrevista familiar também é importante para autorização, pois, às vezes, pelo
desconhecimento do processo e insatisfação com o atendimento, um doador potencial é descartado. É
importante, como profissional de saúde, conhecer mais sobre esse tema e informar corretamente a
população (SIQUEIRA, 2016). A lei nº 10.211/2001 (BRASIL, 2001) dispõe sobre a manifestação de
vontade do doador. Devemos compreender que ser doador ou não de órgão(s) depende dos valores
morais e culturais de cada indivíduo e população, além do conhecimento do assunto para o exercício
pleno da sua autonomia.
Figura 5 - A pesquisa científica conduzida em laboratório segue normas como a Lei de Biossegurança
Fonte: Likoper, Mediapool, 2020.
As equipes de saúde devem sabem lidar de forma esclarecida com essa situação, uma vez que o tema
envolve questões socioculturais, econômicas, afetivas, técnicas e éticas que merecem discussão e
pesquisa.
2.2.4 Eutanásia
A palavra “eutanásia” significa "boa morte", ou seja, morte sem dor, sem sofrimento. No século XX,
ganhou conotação negativa, quando foi indevidamente usada em políticas nazistas que visavam
eliminar “vidas que não valiam a pena”, como a de ciganos, negros e judeus (CASTRO et al., 2016). Com
o passar dos anos, houve a desmistificação sobre a eutanásia e ela foi permitida em alguns países
como o Uruguai. No Brasil, é permitida apenas a ortotanásia, que visa garantir morte digna ao paciente
terminal, que tem autonomia para recusar tratamentos degradantes. Nesse procedimento, o médico
suspende o tratamento ou só realiza terapêuticas paliativas para evitar mais dores e sofrimentos para o
paciente terminal, desde que essa seja sua vontade ou de seu representante legal (CASTRO et al., 2016).
CASO
Um fisioterapeuta que trabalha em maternidade se depara com um pós-parto
complicado, em que a paciente necessita de transfusão de sangue devido à
hemorragia durante o parto. A equipe multiprofissional foi informada pelo seu
marido que ela é Testemunha de Jeová e não permite esse procedimento.
As Testemunhas de Jeová recusam transfusões de sangue total e de seus quatro
componentes (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e plasma) devido
a crenças religiosas. Elas afirmam que é proibida pela Bíblia em passagens como
as descritas em Genesis 9:4, Levítico 7:26 e Atos 15:20,29 (BEZERRA; CESAR;
LARA, 2015).
Diante dessa situação, qual a postura profissional dentro da equipe
multidisciplinar?
O caso gera conflitos éticos e bioéticos com repercussões jurídicas sobre o
exercício de direitos fundamentais, a liberdade religiosa, os princípios da
autonomia do paciente e o princípio da beneficência e não maleficência aplicado
aos profissionais de saúde
Profissionais de saúde devem se pautar em aspectos legais e jurídicos, como a
Constituição Federal (BRASIL, [2020a]) o código de ética de cada profissão da
saúde e a portaria nº 1.820/09 (BRASIL, 2009), que dispõe sobre os direitos e
deveres dos usuários da saúde, além de observados os princípios bioéticos.
2.2.5 Aborto
No Brasil, o aborto é permitido para mulheres com risco de vida, em casos de estupro e na presença de
anencefalia fetal, em qualquer momento da gravidez e a pedido da gestante (FONSECA et al., 2020;
BRASIL, [2019]; BRASIL, 2012b). Ainda existe o estigma em relação ao aborto e seus efeitos sobre a
saúde das mulheres, o despreparo profissional e posições moralistas implicam assistências
discriminatórias. A necessidade da ampliação do debate sobre os direitos sexuais e reprodutivos das
mulheres e as boas práticas são necessárias para profissionais de saúde.
Conclusão
Concluímos mais uma unidade de nossa disciplina. Você pôde aprender mais sobre a ética em pesquisa
com seres humanos e animais, com os principais avanços dessa área, com destaque para o primeiro
documento internacional sobre ética em pesquisa, o Código de Nuremberg. Além disso, foram
abordadas questões morais e jurídicas da bioética, como uso de células-tronco, eutanásia e aborto.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
conhecer a história da ética em pesquisa e seus avanços;
entender a função dos comitês de ética em pesquisa;
compreender o sentido de deliberação em um comitê de ética em
pesquisa;
refletir sobre alguns desafios da bioética em pesquisas em sereshumanos;
conhecer legislações utilizadas no cotidiano de um profissional de
saúde.
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Bibliografia
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BEAUCHAMP, T. L.; CHILDRESS, J. F. Princípios de ética. São Paulo: Loyola, 2002.
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BEZERRA, A. P. A.; CESAR, M. B.; LARA, S. R. G. Recusa a transfusão de sangue por gestantes e
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Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que
envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de
Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe
sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a
Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei nº
10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República,
2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm
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