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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO Laboratório de Mecânica dos Solos e Pavimentação - Bloco 703 - 1.º Andar - Centro de Tecnologia CEP 60440-900- Fone: +55 (85) 3366-9629 LMSP DEHA UFC RELATÓRIO DE ENSAIOS DE LABORATÓRIO 2022.1 ASSUNTO: Limites de Consistência Aluno: Letícia Sales Medeiros Matrícula: 516348 Turma: 02B Página | 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO SUMÁRIO SUMÁRIO ......................................................................................................................................................................... 2 1 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................. 3 2 NORMAS ADOTADAS .......................................................................................................................................... 3 3 MATERIAIS ............................................................................................................................................................ 3 4 MÉTODOS EXPERIMENTAIS............................................................................................................................. 3 5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................................................................. 4 6 RESULTADOS ........................................................................................................................................................ 4 7 DISCUSSÃO SOBRE OS RESULTADOS ............................................................................................................ 6 8 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................................... 6 Página | 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO 1 OBJETIVOS A prática vigente tem por finalidade fixar o modo pelo qual é determinada a correlação entre teor de umidade de um solo e sua massa específica aparente seca no momento em que a fração do solo que passa na peneira n° 4 (4,8 mm) é compactada. 2 NORMAS ADOTADAS • NBR 7182 – ABNT – “Solo – Ensaio de Compactação”. • NBR 6457 – ABNT - “Amostras de Solo – Preparação para Ensaios de Compactação e Ensaios de Caracterização”. • NBR 6458 – ABNT – Grãos de pedregulho retidos na peneira de 4,8 mm – • Determinação da massa específica, da massa específica aparente e da absorção de água. • NBR 6508 – ABNT – Grãos de solo que passam na peneira de 4,8 mm - Determinação da massa específica. 3 MATERIAIS • Balanças que permitam pesar de 100 g a 10 kg e que seja sensível à 0,1 e 1,0 g; • Estufa (T = 105° C a 110° C); • Peneira no 4 (4,8 mm); • Molde cilíndrico metálico – cilindro complementar • Soquete cilíndrico; • Bandeja circular com 50 cm de diâmetro; • Colher quadrada; • Régua de aço biselada; • Cápsulas metálicas com tampas para determinação da umidade; • Extrator de amostras; 4 MÉTODOS EXPERIMENTAIS Inicialmente, cabe ressaltar que a compactação de um solo consiste em uma densificação através de um equipamento mecânico, por exemplo o rolo compactador ou em pequenas valetas, por exemplo os soquetes manuais. Nessa perspectiva, essa técnica aludiu que ao aplicar uma dada energia de compactação, em outras palavras, um determinado número de passadas de um certo equipamento no campo ou determinado número de golpes de um soquete sobre o solo presente em um molde, a Página | 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO massa específica que resultará disso, configura-se como função da umidade em que aquele solo estiver. (MASSAD, 2016). Ademais, nos ensaios de compactação do solo pode ser observado o seguinte fato: Quando um solo é compactado e este possui um baixo teor de umidade, obtém-se uma determinada densidade, à medida que essa quantidade de água é aumentada no solo em análise, sendo esse compactado em seguida, a densidade também irá se modificar, nesse caso, irá aumentar por consequência. Contudo, em um dado momento, mesmo que essa umidade se essa quantidade de água seja elevada, será observado que a densidade passará a diminuir, será inversamente proporcional. Dito isso, a umidade que seria correspondente ao valor máximo de densidade é denominada de umidade ótima (Wótima). Nesse sentido, o solo quando se está com um baixo teor de umidade, os seus grãos são sólidos e existe uma grande porcentagem de vazios configurando como uma estrutura mais floculada. Todavia, no momento em que se adiciona água, ela funcionará como um lubrificante, ocasionando a aproximação dos grãos sólidos, por consequência, enchendo esses vazios que antes estavam ocupados pelo ar. Nesse viés, o que antes era uma grande porcentagem de vazios e uma baixa umidade, será, posteriormente, maior quantidade de água e menos grãos sólidos, além de poucos vazios, ou seja, uma estrutura mais dispersa. Por fim, essa compactação no laboratório busca reproduzir o que é realizado em campo, para isso, consiste em três métodos de compactação, são eles: Ensaio de Proctor Normal, Intermediário e Modificado, sendo o primeiro e o último mais usual, diferindo nesses tipos de ensaios, a energia de compactação. 5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL A princípio, na prática foi separado 3000g de um solo já passado na peneira n°4 com umidade higroscópica. Ele foi distribuído em uma bandeja metálica, depois foi acrescentado água aos poucos no solo com o intuito de que ele ganhe umidade para o primeiro ponto de compactação, antes disso, ele foi misturado de forma que tenha uma distribuição homogênea, ou seja, para que ele apresentasse coesão para formar um torrão. Em seguida, após o solo apresentar essa coesão suficiente, foi iniciada a compactação do solo, o qual foi colocado em um cilindro de compactação e com auxílio de um soquete pequeno foi aplicado 26 golpes, uniformemente distribuídos, na primeira camada (Energia proctor normal). Esse procedimento foi feito para três camadas iguais no cilindro com altura de queda de aproximadamente 30 cm. Finalizada essa etapa, o cilindro foi levado à bancada, foi desacoplado o colarinho do molde, com uma régua, foi rasado o solo na altura exata do molde, nivelando o solo. Página | 5 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO O cilindro apresentou um volume de 997 cm3. Após isso, ele foi levado para balança e foi feita a pesagem do cilindro + solo úmido compactado, sabe-se o peso do cilindro então definiu-se do solo separadamente. Depois foi retirado uma amostra desse material para determinar a umidade em estufa. Em seguida, o solo do molde foi desmanchado e juntou-se com o que havia na bandeja, acrescentou- se uma quantidade de água a 2%, ou seja, 60g do peso inicial da amostra, misturou e realizou novamente a compactação. Nesse sentido, repetiu-se esses passos para os teores crescentes de umidade com a finalidade de determinar a curva de compactação por cinco vezes, duas no ramo seco, uma mais próxima da umidade ótima (Wótima) e duas no ramo úmido. 6 RESULTADOS Partindo dos ensaios de compactação foram obtidos os dados de massa úmida do solo utilizadocompactado, massa do cilindro mais solo úmido, o peso do cilindro já era conhecido e o volume era padronizado, dessa forma foi possível calcular a massa especifica úmida do solo. Nesse sentido, o ensaio de umidade foi determinado os dados referentes ao peso da capsula metálica, massa do solo úmido e massa do solo seco e a partir dessas determinações foi possível encontrar a umidade do solo, no momento da compactação. Por meio da massa especifica úmida e umidade do solo, foi possível calcular a massa específica seca do solo, dados inseridos na Tabela 6.1. Tabela 6.1: Dados do ensaio de compactação. Fonte: Autor (2022). Página | 6 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO Gráfico 6.1: Curva de Compactação - Proctor Logo, a partir dos dados de umidade e massa específica seca, foi feito o Gráfico 6.1 com uma regressão polinomial do 2° grau. Assim, com a equação do gráfico foi observado que a umidade ótima, localiza-se muito próxima a amostra 3. Calculando pela fórmula, fica, mais ou menos, na marca de 1,788 g/cm³. Foi calculada a derivada da regressão e igualada a 0, para encontrar o ponto crítico da função, sendo esse igual umidade ótima do solo que foi a de, aproximadamente, 15,9% e a massa específica aparente seca máxima do solo foi de 1,788 g/cm³, isso para uma energia de compactação de 6 kg/m². 7 DISCUSSÃO SOBRE OS RESULTADOS Portanto, a partir dos resultados encontrados no ensaio de compactação, foi possível identificar o teor de umidade ótimo e a densidade aparente seca máxima do mesmo, são eles, respectivamente, 15,9% e 1,788 g/cm³. Nesse sentido, representam os parâmetros ideais para a compactação do solo, em outras palavras, se fosse executado com esses valores, seria o consumo de energia mais eficiente, todavia sabe-se que é “utópico” executar nessas condições máximas. Logo, utiliza-se uma faixa de umidade ótima (ramo ótimo). Por meio do Gráfico 6.1 acima foi possível identificar que a regressão apresentou valores diferentes dos obtidos nos ensaios, como foi o caso do ponto 3, (14,4; 1,82), em que os nos ensaios os valores foram diferentes do que a curva interpolada. 8 BIBLIOGRAFIA • MASSAD, FAIÇAL., Mecânica dos Solos Experimental. Oficina de Textos. 2016. • SOUSA PINTO, Carlos de. Curso Básico de Mecânica dos Solos. Oficina de Textos.2006. • DAS, B. M. Fundamentos de engenharia geotécnica. CENGAGE Learning. 2014. Página | 7 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO • ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6457 – Amostra de solo – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. Rio de Janeiro: 2016. • __________________________________________. NBR 6458 - Grãos de pedregulho retidos na peneira de abertura 4,8 mm - Determinação da massa específica, da massa específica aparente e da absorção de água. Rio de Janeiro: 2016. • __________________________________________. NBR 6508 - Grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm - Determinação da massa específica. Rio de Janeiro: 1984. • __________________________________________. NBR 7182 - Solo — Ensaio de compactação. Rio de Janeiro: 2016. Fortaleza (CE), 24 de maio de 2022. _________________________________ Letícia Sales Medeiros Laboratório de Mecânica dos Solos/UFC LMSP Laboratório de Mecânica dos Solos e Pavimentação UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FUNDAÇÃO ASTEF DEHA
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