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Nycole Santana, 2ºP CONGESTÃO E EDEMA -Distúrbios locais da circulação: hiperemia, edema, embolia, trombose, isquemia e infarto. HIPEREMIA ATIVA A maior exigência de um tecido pode aumentar momentaneamente o �uxo sanguíneo para tal região, devido à vasodilatação arteriolar. ● A hiperemia consiste no aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos de um órgão ou território orgânico, decorrente da vasodilatação. Pode ser ativa ou passiva. (é importante destacar que a hiperemia é no interior, a hemorragia que é o sangue exteriorizado) -> A hiperemia ativa é a vasodilatação arteriolar com aumento do a�uxo de sangue ao leito capilar, é geralmente aguda e a vasodilatação ocorre devido a estimulação simpática ou ação de substâncias vasoativas. Ela pode ser �siológica ou patológica. ● A hiperemia ativa �siológica é quando há maior exigência circulatória funcional em determinado órgão, aumentando o suprimento de oxigênio e de nutrientes. Como exemplo, temos a musculatura esquelética durante um exercício; glândulas durante a digestão e o encéfalo no trabalho mental. ● A hiperemia ativa patológica decorre de in�amações agudas, hipersensibilidade do tipo ana�lático, injúria térmica, agressão por irradiação, traumatismos e descompressão de troncos arteriais. -> Macroscopicamente, a região com hiperemia ativa é avermelhada, mas de tonalidade clara, porque o sangue �uindo com velocidade maior perde pouco oxigênio. O sangue está oxigenado. Ademais, a temperatura na região se eleva, podendo haver aumento de volume também. -> Microscopicamente, os capilares encontram-se dilatados e cheios de sangue. HIPEREMIA PASSIVA OU CONGESTÃO ● Decorre da diminuição da drenagem venosa, por obstrução parcial. O retorno venoso é prejudicado. -Pode ser localizada ou generalizada; aguda ou crônica. O sangue é pouco oxigenado, tendo aspecto arroxeado. ● Na localizada, a causa são fatores que di�cultam o retorno venoso, como a trombose (obstrução no vaso sanguíneo), neoplasias, hematomas, torção de pedículo vascular (ex, por tumores no ovário), ação da gravidade sobre o sangue por insu�ciência das válvulas venosas ou pela posição ortostática prolongada (varizes). Nycole Santana, 2ºP -> Macroscopicamente, nas fases iniciais, o órgão atingido mostra-se cianótico (falta de oxigenação, aspecto azulado) e aumentado de volume. -> Microscopicamente, os capilares, vênulas e veias �cam dilatados e cheios de sangue, com estrias entre as hemácias (vaso congesto). Porém, há um lúmen na periferia, por isso não é um trombo, se fosse um trombo haveria aderência total do vaso. -> Microscopicamente, na congestão pulmonar, as paredes alveolares �cam bem espessas e, dentro dos alvéolos, cheios de sangue. Macroscopicamente, o fígado congesto apresenta um aspecto em noz moscada (petéquias relativamente esverdeadas) -> CONSEQUÊNCIAS da hiperemia passiva ou congestão ● Edema, hemorragia, degenerações e necroses. A trombose venosa é uma consequência importante da hiperemia passiva. (na trombose há compactação da massa, obstrução total do vaso) EDEMA ● É o acúmulo excessivo de líquido no interstício. Lembrando que, na degeneração hidrópica, o acúmulo de líquido é intracelular. ● A exceção é o edema cerebral, pois há acúmulo intersticial e intracelular. Muitos edemas não causam sintomatologia, mas chamam atenção para doenças subjacentes como nefropatias e cardiopatias. ● Alguns edemas alteram a função do órgão. O edema cerebral e o edema agudo de pulmão podem levar à morte do paciente. -> O edema generalizado é chamado de anasarca. Nycole Santana, 2ºP -> Edema localizado Observamos áreas depressíveis: sinal de cacifo (pressão digital na área edemaciada). ● duro - após compressão digital, demora um tempo para voltar ao normal; rico em teor proteico (pode indicar uma nefropatia) ● mole - não demora para voltar ao normal - rico em água o edema pode se instalar em cavidades pré formadas (derrames) -hidrocefalia; hidropericárdio; hidroperitôneo ou ascite; hidrotórax GÊNESE DO EDEMA 1) * Aumento da pressão hidrostática do sangue na microcirculação - aumento do líquido favorecendo o escape para o interstício. Relaciona-se à hiperemia ativa ou passiva (causas como calor, trauma, in�amação, varizes, oclusões venosas). Esse aumento associa-se à redução da pressão oncótica (o líquido não tem força para voltar). 2) * Redução da pressão oncótica das proteínas plasmáticas -> opõe-se à �ltração capilar, exercendo em condições normais +- 25 mmHg. Abaixo disso, consideramos uma redução na pressão oncótica que, associada ao aumento da pressão hidrostática, pode ser su�ciente para que o edema se instale. Possíveis causas da redução oncótica: hipoproteinemia, glomerulopatias, síndromes da má absorção, ferimentos extensos onde há perda de material proteico. 3) Permeabilidade vascular aumentada- observada em reação alérgica, in�amação, hipóxia, angiogênese. Ação de histamina e cininas. (a vasodilatação é o primeiro sinal in�amatório) 4) Drenagem linfática alterada- o sistema linfático desempenha um papel antiedema. Quando há obstáculo à drenagem linfática forma-se edema com acúmulo de proteínas no interstício (linfedema). Cirurgias com retirada de linfonodo, neoplasias e elefantíase ou �lariose podem alterar a drenagem linfática. Nycole Santana, 2ºP 5) Alterações no interstício- pressão oncótica reduzida, hidro�lia da substância intercelular, complacência tecidual. No edema da fome, o paciente está desnutrido, tem hipotro�a, aumento da distensão tecidual; há então redução da pressão oncótica intersticial. 6) Retenção renal de sódio e água- A retenção hidrossalina impede a queda da pressão hidrostática e o aumento da pressão oncótica na microcirculação (resultado= edema). Ingestão excessiva de sal e insu�ciência renal; aumento da reabsorção tubular de Na; MORFOLOGIA DO EDEMA Órgão edemaciado -> mais volumoso, mais mole, mais úmido e mais brilhante. Tais aspectos morfológicos decorrem do maior conteúdo de água. -> A pele �ca distendida, porém pode �car com uma depressão após compressão digital (sinal de cacifo). O edema é mais encontrado nas pálpebras, nos lábios e nos genitais externos (o tecido é mais frouxo, propiciando ao edema). Geralmente, o edema é o principal sintoma de uma reação alérgica, e o edema de glote é o grau avançado da alergia. -> Microscopicamente, no TC frouxo edemaciado há afastamento entre as células, marcado por espaços claros (devido à água). Ademais, o edema é notado pelo alargamento entre os espaços perivasculares (ao redor dos vasos
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