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Distúrbios Circulatórios: Hiperemia, Congestão e Edema Referência Bibliográfica: Bogliolo, Patologia. Cap 9: Alterações da Circulação. Robbins, Bases patológicas das doenças. Cap 4: Distúrbios hemodinâmicos, doença tromboembólica e Choque. Hiperemia Hiperemia (hiper = muito; haimos = sangue) é o aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos em um órgão ou tecido, especialmente na microcirculação. Maior volume de sangue na microcirculação resulta do aumento da velocidade do fluxo sanguíneo (hiperemia ativa), da redução da drenagem venosa por diminuição da velocidade de fluxo (hiperemia passiva ou congestão) ou desses dois fatores, quando há hiperfluxo associado a dificuldade de retorno venoso, como acontece em inflamações (hiperemia mista). Hiperemia ativa ocorre por vasodilatação arteriolar, o que aumenta o fluxo de sangue no local, o qual toma coloração avermelhada. São exemplos fáceis de observar a hiperemia facial (rubor facial) de origem neurogênica, o rubor facial que acompanha o exercício físico e a hiperemia nas fases iniciais de uma inflamação aguda (rubor no tecido inflamado). Hiperemia ativa é causada por estímulos vasodilatadores neurogênicos (rubor facial) ou metabólicos (ADP e adenosina no exercício físico) e por mediadores inflamatórios vasodilatadores (ver Capítulo 4). As consequências dessas formas de hiperemia são discretas: a hiperemia neurogênica e a do exercício físico são transitórias; a hiperemia ativa da inflamação é seguida rapidamente por hiperemia passiva, tornando-se hiperemia mista. No caso da hiperemia neurogênica por desnervação simpática, como acontece em traumatismos raquimedulares, pode haver hipotensão arterial, especialmente postural, por vasodilatação arteriolar. Hiperemia passiva ou congestão ocorre quando a drenagem venosa está dificultada por: (1) retorno venoso reduzido em consequência de bloqueio obstrutivo e localizado, como acontece em trombose venosa, compressão de veias por causas variadas ou condições que favorecem o empilhamento de eritrócitos e o aumento da viscosidade sanguínea (hiperemia passiva ou congestão localizada); (2) por redução do retorno venoso sistêmico ou pulmonar, como acontece na insuficiência cardíaca (hiperemia passiva pulmonar e hiperemia passiva sistêmica). ▶ Hiperemia passiva na insuficiência cardíaca. Insuficiência cardíaca direita causa hiperemia passiva em todo o organismo. Quando a insuficiência é súbita, o fígado apresenta-se tumefeito, mais vermelho e com as veias hepáticas dilatadas; ao exame físico, a hepatomegalia é geralmente dolorosa. A hipóxia que predomina no centro do lóbulo hepático (zona 3 do ácino hepático) pode causar necrose hepatocitária centrolobular, acompanhada de ectasia sinusoidal e edema nos espaços de Disse; nos hepatócitos periportais, predomina degeneração hidrópica. Macroscopicamente, a periferia do lóbulo aparece como área mais pálida e tumefeita, contrastando com o centro do lóbulo mais vermelho. No baço, a pressão aumentada na veia porta induz acúmulo rápido de sangue nos sinusoides, resultando em esplenomegalia discreta. Nos demais órgãos, observa-se aumento discreto de volume e coloração mais arroxeada. Na insuficiência cardíaca esquerda, ocorre hiperemia passiva nos pulmões, que se acompanha de edema (ver adiante, edema pulmonar). Com a redução da velocidade circulatória (estase venosa), os órgãos e/ou os segmentos comprometidos tornam-se mais avermelhados, com tonalidade violácea ou arroxeada. A cianose da hiperemia passiva deve-se a baixa oxigenação do sangue venoso acumulado, rico em carboxi-hemoglobina, de cor vermelho-azulada. Examinados a fresco e seccionados, os órgãos mostram-se tumefeitos, drenam na superfície de corte maior volume de sangue e são mais brilhantes por causa do edema (ver adiante). Microscopicamente, os tecidos apresentam dilatação dos pequenos vasos (vênulas e capilares), que estão cheios de sangue. O interstício fica expandido por edema. É frequente o extravasamento de hemácias, que saem dos vasos por entre as células endoteliais empurradas pelo aumento da pressão hidrostática capilar e venular (hemorragia por diapedese, ver adiante). Na insuficiência cardíaca direita ou esquerda de longa duração, a hiperemia passiva prolongada tem consequências importantes em muitos órgãos. No fígado, encontram-se fenômenos degenerativos nos hepatócitos, inicialmente nos centrolobulares, mas em seguida também nos periportais, que se tornam cada vez mais tumefeitos por degeneração hidrópica e esteatose. Os hepatócitos centrolobulares tendem a hipotrofia por compressão pela dilatação sinusoidal, aumentando o contraste com a periferia do lóbulo, onde os hepatócitos tumefeitos comprimem os sinusoides e reduzem a quantidade de sangue. Em consequência, o centro dos lóbulos fica mais escuro e a periferia mais clara, produzindo o típico aspecto do fígado em noz moscada (Figura 9.7). No centro dos lóbulos, podem ser vistos hemorragia por diapedese e macrófagos contendo hemossiderina. Crises sucessivas de agravamento da insuficiência cardíaca podem acontecer ao longo do tempo e causar necrose hepatocitária e fibrose centrolobular. No baço, insuficiência cardíaca pode causar esplenomegalia congestiva. Nos pulmões, a hiperemia passiva crônica por insuficiência cardíaca esquerda ou por outras causas de hipertensão venosa pulmonar (p. ex., estenose ou insuficiência da valva mitral) favorece edema pulmonar e hemorragia por diapedese, sendo as hemácias extravasadas fagocitadas por macrófagos alveolares, que se tornam carregados de hemossiderina e podem ser encontrados no escarro ou em lavado broncoalveolar; tais macrófagos são conhecidos como células cardíacas. Macroscopicamente, os pulmões adquirem coloração acastanhada e podem ter consistência aumentada em decorrência de fibrose intersticial discreta que surge nos edemas intersticiais crônicos. ▶ Hiperemia passiva do baço. Hipertensão portal leva a hiperemia passiva esplâncnica crônica, com consequências mais evidentes no baço e no trato digestivo. No baço, a retenção prolongada de sangue aumenta o volume do órgão (esplenomegalia), que se acompanha de aumento do número de macrófagos nos cordões esplênicos, os quais aumentam a hemocaterese, contribuindo para citopenia no sangue periférico (plaquetopenia, neutropenia e/ou anemia, o que constitui o hiperesplenismo). A coloração avermelhada do baço acentua-se, e a cápsula torna-se espessada e pode apresentar placas fibrosas esbranquiçadas de vários tamanhos. O espessamento fibroso resulta da distensão da cápsula e seu maior atrito com a parede abdominal, o que gera estímulo mecânico para aumentar a produção de matriz extracelular (fibrose). O parênquima esplênico pode apresentar ainda nódulos fibróticos endurecidos, com poucos milímetros, carregados de hemossiderina, com áreas de calcificação, mal delimitados e de coloração acastanhada, resultantes de hemorragia antiga ou de reabsorção de pequenos infartos esplênicos (nódulos de Gandy-Gamna). No trato digestivo, hiperemia passiva crônica associada a hipertensão portal pode provocar, além de edema da mucosa, desvio do sangue portal para a circulação sistêmica, o que causa dilatação varicosa nos plexos venosos gástrico, esofágico inferior e hemorroidário (varizes gástricas, esofágicas e retais). O bloqueio no retorno venoso pode, ainda, dificultar a perfusão da mucosa intestinal, podendo contribuir para lesões isquêmicas. Figura: Fígado cardíaco. Superfície de corte mostrando veias centrais dilatadas, cheias de sangue e circundadas por parênquima mais claro, onde predomina degeneração hepatocitária (aspecto em “noz moscada”). O retângulo mostra em detalhe as veias centrais dilatadas e cheias de sangue (setas).▶ Hiperemia passiva crônica nos membros inferiores. Acontece tipicamente na insuficiência cardíaca crônica e em outras condições em que surge insuficiência venosa por incapacidade do mecanismo valvular das veias e da bomba venosa das pernas para manter o retorno venoso adequado. A estase sanguínea provoca inicialmente edema, que se acumula durante o dia, enquanto o indivíduo permanece em pé, e é aliviado quando mantém o membro elevado ou está deitado. Ao longo de meses ou anos, surge hemorragia por diapedese que resulta em pigmentação hemossiderótica da pele e provoca seu escurecimento, especialmente na metade inferior da perna e do pé (Figura 9.8). As veias superficiais dilatam-se por incompetência das válvulas das veias perfurantes. A dilatação venosa e a lentidão do fluxo acabam favorecendo o desenvolvimento de trombos nas veias profundas, que é a fonte mais frequente e importante de tromboembolia pulmonar (ver adiante). Em alguns pacientes, formam-se úlceras cutâneas de difícil tratamento. A origem dessas úlceras é complexa e envolve alterações no fluxo sanguíneo, no trofismo tecidual e na microbiota residente na pele afetada, a qual poderia estimular autoagressão. Hiper- reatividade do sistema imunitário parece justificar o processo inflamatório ulcerativo crônico que se associa frequentemente à insuficiência venosa nos membros inferiores. Figura: Insuficiência venosa de longa duração no membro inferior. Pigmentação castanho-escura da pele e dilatações varicosas das veias no dorso do pé e no tornozelo. Corte histológico da pele mostra macrófagos carregados de hemossiderina na derme profunda. ▶ Outras formas de hiperemia. Hiperemia ex-vácuo secundária à expansão de vasos na microcirculação pode ocorrer por destruição abrupta de células parenquimatosas de órgãos sólidos. No fígado, o fenômeno pode ser visto no centro dos lóbulos (zona 3) de pacientes que permaneceram em choque prolongado com hipoperfusão tecidual. Os hepatócitos centrolobulares, menos privilegiados na oferta de oxigênio, entram em necrose isquêmica; sua eliminação faz expandir o leito vascular sinusoidal. Hiperemia por aumento da viscosidade sanguínea surge quando há sequestro esplênico, como ocorre em anemias com alterações morfológicas em eritrócitos: na drepanocitose, hemácias deformadas acumulam-se na microcirculação, reduzindo a velocidade do fluxo sanguíneo. No priapismo (ereção permanente e geralmente dolorosa do pênis) ocorre fenômeno semelhante; os espaços sanguíneos dos corpos cavernosos ficam repletos de sangue por aumento da viscosidade por estase de células sanguíneas, como acontece na anemia falciforme durante as crises falcêmicas e especialmente de leucócitos, como ocorre em algumas leucemias. Edemas e Efusões Os distúrbios que afetam as funções cardiovascular, renal ou hepática geralmente são marcados pelo acúmulo de líquido nos tecidos (edemas) ou nas cavidades corporais fechadas (efusões). Sob circunstâncias normais, a tendência da pressão hidrostática vascular empurrar água e sais de dentro dos capilares para o espaço intersticial é praticamente balanceada pela tendência de a pressão coloido- osmótica plasmática puxar água e sais de volta para o leito venoso. Ocorre, habitualmente, um pequeno espalhamento de líquido no interstício, mas ele é drenado pelos vasos linfáticos e retorna, no final, para a corrente sanguínea através do ducto torácico, mantendo os tecidos “secos” (Fig. 4-1). A pressão hidrostática elevada ou a pressão coloidoosmótica diminuída rompe esse balanço e resulta no aumento da saída de líquido dos vasos. Se a taxa da saída de líquido exceder a capacidade de drenagem linfática, o líquido se acumulará. Nos tecidos, isso resulta em edema, e, se uma superfície serosa estiver envolvida, o líquido pode se acumular dentro da cavidade serosa do corpo resultando em uma efusão. 1 Líquidos de edema e efusões podem ser inflamatórios ou não inflamatórios (Tabela 4-1). Edemas e efusões relacionados a inflamações (exsudatos) são discutidos com mais detalhes no Capítulo 3. Esses exsudatos, líquidos ricos em proteína, se acumulam devido ao aumento da permeabilidade vascular causada por mediadores inflamatórios. Habitualmente, os edemas associados à inflamação são localizados em um tecido ou em suas vizinhanças, mas em estados de inflamação sistêmica, como na sepse, que produzem lesão e disfunção endotelial generalizada, edema generalizado pode aparecer, geralmente com consequências graves (ver adiante). Em contraste, edemas e efusões não inflamatórios são líquidos pobres em proteínas chamados transudatos. Edemas e efusões não inflamatórios são comuns em muitas doenças, incluindo insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, doenças renais e desnutrição grave (Fig. 4-2). Agora, vamos discutir as várias causas do edema. Tabela 4-1 Categorias Fisiopatológicas do Edema Aumento da Pressão Hidrostática, Retorno Venoso Deficiente, Insuficiência cardíaca congestiva, Pericardite constritiva. Ascite (cirrose hepática), Obstrução venosa ou compressão, Trombose, Pressão externa (p. ex., massa,) Inatividade das extremidades inferiores em posição vertical prolongada, Dilatação Arteriolar, Calor, Desregulação neuro-humoral, Redução da Pressão Osmótica Plasmática (Hipoproteinemia), Glomerulopatias perdedoras de proteína (síndrome nefrótica), Cirrose hepática (ascite), Desnutrição, Gastroenteropatias perdedoras de proteína, Obstrução Linfática, Inflamatória, Neoplásica, Pós-cirúrgica, Pós-irradiação, Retenção de Sódio, Ingestão excessiva de sal na presença de insuficiência renal, Reabsorção tubular aumentada de sódio, Hipoperfusão renal, Aumento da secreção de renina-angiotensina-aldosterona, Inflamação, Inflamação aguda, Inflamação crônica, Angiogênese. Imagem: Fatores que influenciam o movimento de líquidos através das paredes capilares. Normalmente, as forças hidrostática e osmótica estão equilibradas, então há pouco resíduo da saída de líquido dos vasos. Muitos distúrbios patológicos diferentes (Tabela 4-1) estão associados ao aumento da pressão hidrostática capilar ou à diminuição da pressão osmótica plasmática, o que provoca o extravasamento de líquido nos tecidos. Os vasos linfáticos removem uma grande parte desse excesso de líquido, mas se a capacidade da drenagem linfática for excedida, resulta em edema tecidual. Imagem: Mecanismos do edema sistêmico em insuficiência cardíaca, insuficiência renal, desnutrição, insuficiência hepática e síndrome nefrótica. Aumento da Pressão Hidrostática O aumento na pressão hidrostática é causado, principalmente, por disfunções que impedem o retorno venoso. Se a obstrução for localizada (p. ex., trombose venosa profunda [TVP] em uma extremidade inferior), então o edema resultante estará limitado à parte afetada. Já as condições que levam ao aumento sistêmico da pressão venosa (p. ex., insuficiência cardíaca congestiva, Cap. 12) estão compreensivamente associadas com edemas mais generalizados. Redução da Pressão Osmótica Plasmática Sob circunstâncias normais, a albumina é responsável por quase a metade da proteína total de plasma; conclui-se que as condições que levam à síntese inadequada ou ao aumento da perda da albumina da circulação são causas comuns da redução da pressão oncótica do plasma. Aredução na síntese de albumina ocorre principalmente na doença hepática grave (p. ex., cirrose em estágio final; Cap. 18) e na desnutrição proteica (Cap. 9). Uma causa importante da perda de albumina é a síndrome nefrótica (Cap. 20), em que a albumina é perdida na urina através de capilares glomerulares com permeabilidade anormal. Independentemente da causa, a pressão oncótica plasmática reduzida leva, de forma gradativa, a edema, reduçãodo volume intravascular, hipoperfusão renal e hiperaldosteronismo secundário. Asubsequente retenção de sal e água pelos rins não apenas falha na correção do deficit de volume plasmático, como também exacerba o edema por causa da persistência do defeito primário (nível de proteína plasmática baixo). Retenção de Sódio e Água O aumento da retenção de sal, associado obrigatoriamente à retenção de água, provoca tanto o aumento da pressão hidrostática (devido à expansão de volume líquido intravascular) quanto a diminuição da pressão coloido-osmótica vascular (devido à diluição). Aretenção de sal ocorre sempre que a função renal está comprometida, como nos distúrbios primários do rim e nos distúrbios cardiovasculares que diminuem a perfusão renal. Uma das mais importantes causas de hipoperfusão renal é a insuficiência cardíaca congestiva, que (como a hipoproteinemia) resulta na ativação do eixo renina-angiotensina-aldosterona. No início da insuficiência cardíaca, essa resposta é benéfica, uma vez que a retenção de sódio e água e outras adaptações, incluindo o aumento do tônus vascular e níveis elevados de hormônio antidiurético, aumentam o débito cardíaco e restauram a perfusão renal normal. Contudo, conforme a insuficiência cardíaca piora e o débito cardíaco diminui, o líquido retido apenas aumenta a pressão hidrostática, resultando em edemas e efusões. Obstrução Linfática Traumas, fibroses, tumores invasivos e agentes infecciosos podem romper vasos linfáticos e bloquear a eliminação de líquido intersticial, resultando em linfedema na parte afetada do corpo. Um exemplo importante pode ser visto na filariose parasitária, em que o organismo induz a fibrose obstrutiva dos canais linfáticos e linfonodos. Isso pode resultar em edema da genitália externa e dos membros inferiores, que ficam tão espessos que recebem o nome de elefantíase. O edema grave das extremidades superiores também pode complicar a remoção cirúrgica e/ou a irradiação da mama e dos linfonodos axilares associados em pacientes com câncer de mama. Caso Clínico 1 - Mulher 68 anos procura pronto-atendimento relatando incomodo e inchaço nas pernas ao final do dia. A paciente trabalha como auxiliar de cozinha em um restaurante. - Ao exame clínico foi observado escurecimento, especialmente na metade inferior da perna e do pé e dilatação das veias superficiais nos pés. Há também presença de uma ulceração no membro direito - Foi deslizado um ultrassom com doppler que evidenciou insuficiência valvular venosa em ambos os membros. Qual a causa da dilatação das veias superficiais nos pés? Insuficiência valvular venosa, essa paciente está fazendo uma congestão passiva, por causa da estase, causando a dilatação das veias. →Varizes. Por que há escurecimento da perna e do pé da paciente? Qual processo patológico está associado a este sinal? Pigmentação patológica endógena, hemossiderina. Dentro dessa congesta, essa pressão hidrostática intravascular promove a passagem de hemácias para o meio extravascular, o macrófago fagocita e deposita a hemossiderina (degradação da hemoglobina porção ferrosa) Há relação da lesão ulcerosa com a doença da paciente? Alteração circulatória, falha na drenagem venosa, Inflamação no local, dificuldade de reparo tecidual em decorrência do problema de perfusão. Quais processos patológicos podem ser observados no caso apresentado? Aumento da pressão hidrostática, redução da pressão osmótica plasmática, retenção de sódio e água e obstrução linfática. Varizes: Dilatação vasculares, venulares, provocadas por uma estase de sangue. Caso Clínico 2 Criança, 2 anos, chega ao hospital apresentando lesão eritematosa com inchaço e dor no membro superior direito. Os pais relatam que a criança brincava no jardim de sua casa quando foi picada por uma abelha. 1.Quais os processos fisiopatológicos, geral e específicos, encontramos neste caso? Inflamação aguda, hiperemia, rubor, edema. 2.Qual a etiopatogênese do edema neste caso? Aumento da pressão osmótica intersticial Aumento da permeabilidade celular Extravasamento de fluido + migração de PMN Formação de edema Caso Clínico 1 continuação... Mulher 68 anos procura pronto-atendimento relatando incomodo e inchaço nas pernas ao final do dia. A paciente trabalha como auxiliar de cozinha em um restaurante. Ao exame clínico foi observado escurecimento, especialmente na metade inferior da perna e do pé e dilatação das veias superficiais nos pés. Há também presença de uma ulceração no membro direito Foi deslizado um ultrassom com doppler que evidenciou insuficiência valvular venosa em ambos os membros. Qual a etiopatogênese do edema neste caso? Aumento da pressão hidrostática Evento obstrutivo do retorno venoso, congestão passiva, aumento da pressão hidrostática intravascular, sai mais liquido desse vaso, transudato, edema. →Sinal de cacifo ou Sinal de Godet de volume dos tecidos que cedem facilmente a pressão localizada, dando origem a depressão que lentamente desaparece Caso Clínico 3 Hipertensão não tratada. Aumento da pressão arterial sistêmica, coração vai encontrar uma resistência periférica aumentada e vai fazer um mecanismo adaptativo, mais força para bombear. Ventrículo esquerdo vai fazer mais força. Vai sofrer uma hipertrofia Infartou, infarto agudo do miocárdio ICCE: Insuficiência cardíaca congestiva esquerda Está fazendo um edema pulmonar Alteração do retorno venoso: edema de membro , estase jugular, ascite. Acúmulo de sangue, congestão Em todos os órgãos, inclusive o fígado, por isso está aumentado. Evento congestivo sistêmico: Insuficiência cardíaca, ventrículo direito. Anasarca. Edema em vários lugares: membros, ascite
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