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N1 de medieval ocidental

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NOME: Bruna Giulia Zamarrenho Carvalho Correia RA: 3205010
 Camilla Eduarda Carvalho de Oliveira RA: 2991937
O filme “O nome da Rosa” se passa no século XII em um mosteiro na Itália, que continha um grande acervo literário, tanto com livros cristãos e livros gregos, considerados pagãos, no filme o monge William de Baskerville e seu noviço Adson von Melk são enviados a esse mosteiro beneditino para resolver assassinatos que passaram a acontecer no mosteiro, é um filme de suspense e mistério, o objetivo dos protagonistas é desvendar quem é o assassino, ao longo do filme eles percebem que o assassino pode estar motivado por uma visão deturpada das escrituras bíblicas.
O filme retrata diversas facetas da Igreja daquela época, um deles é a função do noviço que é apresentada através do personagem Adson von Melk que entrou recentemente na ordem beneditina, como aprendiz do monge William de Baskerville. Como a passagem do título era de direito do primogênito, este herdava as terras e a posição social de barão, sendo seu dever virar o novo suserano, pois possuía o direito de primogenitura, dessa forma quando o nobre tinha mais de um filho era sua obrigação procurar lugares para que seus filhos pudessem ser enviados, formando alianças e garantindo a prosperidade da família, como por exemplo vínculos de casamento ou com a igreja. 
Adson Von Melk sendo o filho caçula do Barão de Melk, foi enviado ao monastério para formar laços com a igreja e assegurar a manutenção de privilégios e a posição social de sua família. Apesar do debate acerca da pobreza de jesus cristo, a igreja ocidental cobrava dízimos de maneira compulsória, para manter sua infraestrutura operacional e as terras que possuía, da população, inclusive os nobres tinham que pagar tributos para a igreja, sua influência era tão grande que ela poderia estabelecer tribunais de exceção para julgar camponeses ou nobres que tivessem desviado ou cometido crimes contra Deus, que era representado na figura da igreja, ou seja ter a boa vontade da igreja era essencial para se mantivessem seus privilégios naquela época.
Outrossim, o filme retrata uma camponesa sendo subjugada pelo clero em troca de comida, e acaba sendo acusada de bruxaria por seduzir monges, o fato de ser uma mulher tem um grande peso nessa época, pois esse simples fato vem carregado de preconceito em relação a esse gênero, demonstrando a estrutura patriarcal da sociedade, além da mulher, um monge também é julgado sendo acusado injustamente dos assassinatos, é montado um tribunal da igreja para julga-lo sem a intenção de realmente descobrir quem é o verdadeiro assassino, quer-se apenas condena-lo, com a inquisição, considerando monge William culpado de heresia por não acreditar na sentença final, e achar que teria que ter mais provas, trazendo a visão que a igreja era cruel e ignorante, preferindo o caminho mais fácil acusando injustamente um inocente ao invés de realmente ir atrás da verdade. 
 	O filme é gravado em ambientes escuros ou efeitos que deixam mais obscura a paisagem, os ambientes e personagens sempre sujos, nos fazendo entender que a época retratada no filme era realmente a idade das trevas, evocando o imaginário popular de muitas pessoas de que essa época tenha sido um retrocesso para a sociedade europeia, o que na verdade é um achismo infundado e precipitado, pois a idade média foi um período de grande avanço.
	O filme é um suspense criminal, com um plot de um monge assassino que mata pelo medo da verdade e do conhecimento se espalhar pelo monastério, especificamente para esconder parte do livro “A Comédia de Aristóteles”, o que o vilão acreditava que esse conhecimento sobre o riso faria que os monges deixassem de lado a disciplina, porque para ele é preciso ter medo para manter a fé intacta e a comédia afasta o medo com o riso, o filme mostra a igreja como uma grande inibidora do conhecimento e como um símbolo para o não desenvolvimento humano, artístico e tecnológico, sendo que na realidade a igreja contribuiu para o avanço das ciências humanas, como a filosofia, literatura, sociologia, direito e etc, ao contrário da crença popular, a igreja foi uma grande detentora de conhecimento, por preservar diversos livros em seu acervo, além disso possui grande influência nas artes plásticas e arquitetura, o fator limitante era o acesso, pois era restrito a uma elite religiosa.
	O filme em si é um ótimo material de aula, para alunos de ensino básico e médio e superior, pois é mais fácil prender a atenção deles com produções audiovisuais, do que com apenas textos ou aulas tradicionais sem nenhuma variação metodológica, mas é preciso que haja um cuidado maior antes de apresentar esse material, deixando claro o que o filme retrata de maneira errônea e o que mais se aproxima da realidade, ou usando essas diferenças como uma atividade de aprendizado de um conteúdo já abordado, portanto segue abaixo uma tabela comparativa de pontos vantajosos e problemáticos sobre a questão: 
	
	Pontos vantajosos 
	Pontos problemáticos
	É uma forma diversificada e divertida para o ensino, fugindo do cotidiano do professor explicando a matéria.
	Os filmes sempre trazem elementos apelativos e exagerados para garantir a permanência do público até o final
	Abordagem sinestésica no ensino, possibilitando uma maior absorção de um conteúdo já abordado em aula.
	Anacronismos históricos, utilização de elementos que não condizem com o período histórico retratado. 
	Maior visualização com a matéria, por ser possível ver pessoas vivenciando determinado período histórico
	Visão romantizada da época, o que pode levar as pessoas a acreditarem que a história retratada no filme era a realidade.

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