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TECNOLOGIA ASSISTIVA NA EDUCAÇÃO DE SURDOS

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ARTIGO, NOTA TÉCNICA OU RESENHA
SOBRENOME, N. O. M. | Título do artigo em arial 9 itálico, se for muito extenso parar e usar três pontos... 
O Uso de Tecnologias Assistivas na educação de Surdos: Desafios e Possibilidades de Aprendizagem no Ensino da Matemática
The Use of Assistive Technologies in the Education of the Deaf: Challenges and Possibilities of Learning in the Teaching of Mathematics
Gabriela Temístocles Faria
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE | gabriela.tfaria@gmail.com
Josineide Soares de Brito
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE 
Orientador: 
Fernando Augusto Souza
Secretaria de Educação de Pernambuco – SEDUC/PE
RESUMO	
O tema do estudo corresponde a: O Uso de Tecnologias Assistivas na educação de Surdos: Desafios e Possibilidades de Aprendizagem no Ensino da Matemática; o presente tema foi escolhido através da observação da atual necessidade de contribuir com a educação mais significativa de nossos alunos no uso das tecnologias nas salas de aula. Diante desses aspectos surgiu diversas dúvidas, como o educador pode promover o uso da tecnologia na sala de aula? De que forma essa ferramenta pode auxiliar os alunos diante do aprendizado? No entanto o estudo buscou na literatura através da pesquisa bibliográfica, compreender a importância do professor está preparado para atuar diante de todas as plataformas disponíveis. Sendo assim, o presente trabalho considera a importância do uso destas Tecnologia Assistiva no âmbito educacional para aluno surdo ou com deficiência auditiva que, anteriormente apresentavam acesso restrito ao conhecimento, por não terem ingresso a estes meios.
Palavras-chaves: Ensino, Deficiência auditiva, Inclusão, Dificuldade.
ABSTRACT
The theme of the study corresponds to: The Use of Assistive Technologies in the education of the Deaf: Challenges and Possibilities of Learning in the Teaching of Mathematics; this theme was chosen through the observation of the current need to contribute to the most significant education of our students in the use of technologies in the classroom. In view of these aspects, several doubts arose, how can the educator promote the use of technology in the classroom? How can this tool help students in the face of learning? However, the study sought in the literature through bibliographic research, to understand the importance of the teacher is prepared to act in front of all available platforms. Therefore, the present work considers the importance of using these Assistive Technologies in the educational scope for deaf or hearing-impaired students who, previously, had restricted access to knowledge, as they did not have access to these means.
Keywords: Teaching, Hearing impairment, Inclusion, Difficulty
INTRODUÇÃO 
A inclusão se faz no dia a dia a partir do compromisso e das experiências de cada professor. Nesse contexto apesar dos surdos terem participado da história da institucionalização e do processo de normalização da pessoa com deficiência, a história da educação dos surdos nos últimos tempos vem ganhando um novo enfoque a partir da língua de sinais o que não o caracteriza como uma pessoa com deficiência e sim uma comunidade cultural. Diante de todos esses aspectos o estudo de caráter bibliográfico, tem como objetivo compreender como a as tecnologias assistivas podem contribuir na inclusão das pessoas com deficiência auditiva. Para que isso de fato seja possível, pesquisas realizadas sobre o tema foram necessárias para que possamos desempenhar o trabalho na escola diante de alunos com deficiência auditiva.
O artigo justifica-se pela sua importância e relevância, uma vez que o processo de inclusão é um assunto que nós professores licenciados precisamos estar preparados para receber em nossas aulas. A escolha para defender apenas uma deficiência ocorre pelo fato de a deficiência auditiva ser considerada uma das deficiências que incluem o indivíduo no ensino regular, isso significa que é algo que vamos ter que vivenciar em algum momento. Diante disso, como o professor pode trabalhar seus conteúdos com um aluno que não ouve? 
Diante de todas essas questões é importante ressaltar que o presente estudo apresenta como problematização: como o educador pode promover o uso da tecnologia na sala de aula? De que forma essa ferramenta pode auxiliar os alunos diante do aprendizado? Diante disso, o objetivo do estudo é compreender a deficiência auditiva seus conceitos, e investigar como o professor pode trabalhar com esses alunos, de que maneira pode abordar os assuntos, promovendo a inclusão nas suas aulas.
Diante de todos esses aspectos, é importante frisar que, as Tecnologia Assistivas, quando bem usufruídas pelo os professores podem apoiar mutuamente o processo de ensino aprendizagem dos alunos surdos ou com deficiência auditiva, ressignificando assim o processo de inclusão através de ferramentas e recursos tecnológicos que valorizem a sua identidade enquanto sujeitos surdos dotados de uma cultura própria.
O estudo tem como principal metodologia pesquisas que apontam como o professor deve agir diante de situações que envolvem o aprendizado do deficiente auditivo. É importante que o educador saiba o tipo de deficiência que o aluno tem para poder trabalhar com ele, conhecer seu aluno é superimportante para o professor poder desempenhar seu planejamento conhecendo as limitações do mesmo. Nesse contexto houve a necessidade do estudo para que o professor conheça os tipos de deficiências, e as estratégias para trabalhar com os alunos com deficiência auditiva nas suas aulas.
 
METODOLOGIA 
O estudo caracteriza-se pelo trabalho de conclusão de curso onde o mesmo foi realizado através da pesquisa bibliográfica; A pesquisa bibliográfica é uma das melhores formas de iniciar um estudo, buscando-se semelhanças e diferenças entre os artigos levantados nos documentos de referência. A compilação de informações em meios eletrônicos é um grande avanço para os pesquisadores, democratizando o acesso e proporcionando atualização frequente. O propósito geral de uma revisão de literatura de pesquisa é reunir conhecimentos sobre um tópico, ajudando nas fundações de um estudo significativo para a educação. Esta tarefa é crucial para os pesquisadores.
Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Google Acadêmico e Scielo. Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores e suas combinações nas línguas portuguesa. Os artigos foram lidos na íntegra de modo atencioso e organizado por semelhanças. Para a análise dos artigos foi realizado um fichamento do conteúdo com o objetivo de distinguir o assunto, base metodológica, objetivo, intervenções e resultados propostos por cada artigo.
A seleção do material analisado e estudado foi realizada no período de abril e maio de 2021, nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), e Google Acadêmico; utilizando-se os seguintes descritores: Deficiência auditiva, tecnologia assistiva e aprendizagem da matemática para surdos; resultando ao todo em 35 estudos, destes 35 foram selecionados de acordo com o tema e após a leitura e aplicação dos critérios de inclusão apenas 26 atenderam aos critérios do objetivo proposto. Os critérios de inclusão estabelecidos foram estudos escritos em português, publicados no período de 2000 a 2020, completos e que atendessem aos objetivos propostos. Ainda foram pesquisadas monografias, dissertações e teses além de protocolos e os manuais públicos preconizados pelas secretarias e Ministério da Educação sobre o tema para complementar os estudos. Para a análise dos artigos foi realizado um fichamento do conteúdo com o objetivo de distinguir o assunto, base metodológica, objetivo, intervenções e resultados propostos por cada artigo.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA E INCLUSÃO
A deficiência auditiva de acordo com Vagula e Vedoato, (2014) é caracterizada pela diminuição da audição do indivíduo e isso pode ocorrer no período de desenvolvimento dalinguagem que pode ser congênita (pré-lingual) que é quando a criança já nasce com a deficiência. Ou adquirida (pós- lingual, caso já tenha acontecido a aquisição da linguagem) que é definida quando a pessoa perde a audição por algum motivo. A perda da audição se divide em três fases: Pré-natal que acontece quando a mãe está grávida e algo acontece com o feto casos como a má formação da orelha, doenças contraídas por ela como: a rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus; quando a mãe é usuária de drogas, e a exposição a radiação como radioterapia. A segunda fase corresponde ao período Perinatal quando algo anormal acontece com o bebê durante o parto. E a terceira fase corresponde ao Pós-natal que é adquirida ao longo do ciclo vital doenças como meningite, caxumba, otite; a idade avançada e a causa de acidentes também estão ligadas a esse período.
De acordo com Pedrosa (2013) o processo de inclusão de surdos nas classes regulares se depara com duas vertentes: Uma delas o fato de que ocorrendo a inclusão nas classes regulares evita-se a discriminação. Por outro lado, observa-se que alguns alunos surdos possuem dificuldade em acompanhar a classe regular justamente por fatores que correspondem a sua socialização e comunicação com a sociedade escolar. Nesse contexto a deficiência auditiva caracteriza-se pela perda total ou parcial da capacidade de conduzir ou perceber sinais sonoros, interfere tanto na recepção quanto na produção da linguagem e por isso pode dificultar um bom ajustamento acadêmico e social. Portanto na escola é cabível que o educador identifique metodologias de ação capazes de permitir o aprendizado de todos os alunos.
A inclusão vista como uma necessidade nas escolas, conta com o apoio nacional e internacional dos governantes um exemplo disso foi a conferência em Salamanca na Espanha em 1994, no qual contou com a presença de 88 países e ficou marcada como a Conferência Mundial de Educação Especial, que promove uma reflexão e mudanças na atualidade que descrimina a pessoa com deficiência, o evento ficou conhecido como “Declaração de Salamanca” (MACIEL, 2000). Meireles-Coelho et al. (2007) ressalta em seu texto que de acordo com a Declaração de Salamanca as crianças e adolescente com necessidades especial tem direito de frequentar a escola no ensino regular, e as escolas devem se adequar e promover meios de receber esses alunos, assim como é dever da escola criar maneiras de combater a discriminação desses alunos porque a educação deve ser acessível a todos. 
Segundo o documento de Salamanca (BRASIL, 1994) o princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em garantir que todos os alunos aprendam juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas de seus estudantes, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todo(a)s através de currículos adequados, de boa organização escolar, de estratégias pedagógicas de utilização de recursos e de cooperação com as respectivas comunidades à educação.
A inclusão dos alunos com deficiência foi defendida pela Declaração de Salamanca que aconteceu em Salamanca na Espanha em 1994, foi um evento que teve o apoio de 88 governos e 25 organizações internacionais no qual foi defendida a Educação para Todos e que promove a inclusão de crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais no ensino regular. O documento garante que o Estado assegure que todos os portadores de deficiência tenham o direito de estudar assim como os demais alunos (BRASIL, 1994).
A declaração de Salamanca foi necessária para que as pessoas portadoras de deficiências pudessem ter seus direitos garantidos perante a inclusão nas escolas. O que podemos ressaltar é que antigamente as pessoas que apresentavam algumas características diferentes fisicamente eram consideradas “anormais”, em alguns casos sacrificados, exterminados, escondidos, eram considerados como castigos atribuídos a praga, ou ao demônio. De acordo com o tempo os portadores de necessidades especiais foram ganhando seu espaço, foram surgindo estudiosos, médicos que se aprofundaram no assunto esclarecendo os mitos que rodeavam o tema (ANÇÃO, 2008). 
A partir do século XVI surgem os primeiros educadores para surdos o médico Gerolamo Cardano foi um dos primeiros afirmar que o surdo poderia ser instruído, na Espanha um monge beneditino chamado Pedro Ponde e Leon que criou o primeiro alfabeto manual, ensinou quatro surdos filhos da nobreza a falar em outras línguas, e ainda foi o idealizador de uma escola de professores de surdos. No Brasil em 1855 Dom Pedro II, traz ao país o professor surdo francês Hernest Huet para iniciar seu trabalho com duas crianças surdas, a partir disso em 1857 foi fundado o Instituto Nacional de Surdos-Mudos, atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Nesse contexto foram desenvolvidos alguns métodos utilizados na aprendizagem do surdo o Oralismo no qual ensina o surdo à língua oral de seu país, a Comunicação Total educava através de códigos-espaço-visuais. E o Bilinguismo que se refere à língua de sinais e que faz parte da cultura dos surdos (GOLDFELD, 1997).
 A deficiência auditiva é um termo utilizado para definir um problema auditivo de qualquer tipo, mas não impede a compreensão da fala, podendo o indivíduo se comunicar de forma oralizada, ou seja, são pessoas que tem perda leve, ou moderada da audição. A surdez apresenta a audição prejudicada, cujo indivíduo tem a fala prejudicada também por não ouvir. Geralmente essas pessoas são consideradas por muitos como surdo-mudo, porém isso é incorreto e inaceitável, as pessoas surdas não falam pelo fato de não ouvirem e não apresentam nenhum problema. Para Araújo et al. (p. 264, 2002) “a deficiência auditiva podem levar a múltiplos comprometimentos que interfere no desenvolvimento linguístico, educacional e psicossocial da criança”. Assim a avaliação auditiva é importante para identificar se a criança apresenta alguma alteração na audição.
Diante disso é importante ressaltar que para trabalhar com as crianças com deficiência o professor também precisa montar estratégias para promover a inclusão desses alunos. Desse modo o professor deve diagnosticar os diferentes graus de surdez dos alunos com deficiência auditiva, pois eles apresentam a capacidade semelhante aos alunos ouvintes, portanto cabe ao educador planejar um ensino que possa atender as necessidades de cada aluno, valorizando os recursos visuais já que os sonoros estão reduzidos ou ausentes (VAGULA, VEDOATO, 2014).
FIGURA1: Estrutura do ouvido humano
FONTE: (FEIJÃO, 2014)
Portanto o ouvido humano é composto por três estruturas: ouvido externo; ouvido médio; e ouvido interno. A deficiência auditiva pode ser congênita que acontece quando a criança nasce com a deficiência, ou adquirida quando a pessoa perde a audição por algum problema. As causas da perda auditiva podem ser pré-natais quando ocorre no período da gravidez podendo ser causado por fatores genéticos ou hereditários. A segunda causa corresponde ao período perinatal quando ocorre durante o parto. E a perda auditiva pós-natal quando adquirida durante o ciclo vital através de doenças como a caxumba, a meningite o sarampo, dentre outras. O tipo de deficiência pode ser: deficiência auditiva condutiva quando ocorre no ouvido médio e pode ser revertida com tratamento, deficiência neurossensorial quando a lesão está no ouvido interno e é irreversível assim como a deficiência auditiva mista que a lesão está no ouvido externo, no interno e no médio. Perda auditiva central no qual as lesões vão do tronco cerebral até as regiões subcorticais (VAGULA, VEDOATO, 2014).
O surdo se diferencia por não falar, porém isso ocorre pelo fato dele não ouvir, o que significa que ele não é mudo. O médico responsável pelo diagnóstico da surdez é o Otorrinolaringologista, diante da comprovação da surdez o paciente também é acompanhado pelo Fonoaudiólogo.Diante disso os tipos de lesões que podem ocorrer a deficiência auditiva são: condutiva, média, neurossensorial, mista e central. A deficiência condutiva ocorre no ouvido externo ou no médio decorrente de doenças como a otite, e geralmente acontece em crianças resfriadas e pode ser revertida com tratamento (SILVA, 2006). A deficiência neurossensorial é quando a lesão ocorre no ouvido interno, causada por doenças como a meningite e a rubéola, é a mais grave e não pode ser tratada. A deficiência mista é quando a lesão ocorre no ouvido externo, médio e ouvido interno causado por fatores genéticos, e a deficiência auditiva central ocorre quando há lesões desde o tronco cerebral até regiões subcorticais e córtex cerebral.
Nesse contexto, uma ferramenta que auxilia o surdo se comunicar e a língua de sinais que foi formulada para o desenvolvimento do deficiente auditivo, possibilitando habilidades linguísticas essenciais. É importante salientar que as pessoas com deficiência auditiva juntamente com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) lutam por ações como a implantação da LIBRAS como disciplina na educação básica, outro ato é a construção de uma escola para surdos que visa desenvolver e integrar o deficiente auditivo na sociedade de forma integral (SOUSA, et al. 2008).
Damázio (2005) defende a língua de sinais como uma alternativa para a educação e inclusão do aluno surdo na escola, a língua de sinais é pautada na dimensão espacial, com estruturas semântica, sintática e gramatical completas. Desse modo a língua de sinais se torna essencial para o aluno se desenvolver em todas as esferas seja ela educacional, social ou cultural. Segundo os autores a principal dificuldade que o aluno encontra na escola é a ausência de um profissional bilíngue e o convívio com os colegas de classe decorrente não poderem se comunicar. O que podemos concluir que a educação disponibilizada na escola ainda precisa preencher grandes lacunas, como a acessibilidade do portador de deficiência, esse aluno de fato precisa ser assistido para poder se integrar as aulas e assim poder cursar seus estudos aproveitando todo o aprendizado disponível.
A escola precisa oferecer suporte necessário para receber as crianças, promovendo adaptações e um intérprete para facilitar a comunicação entre ambos. Portanto para trabalhar com as crianças com deficiência auditiva nas aulas seria cabível que o professor licenciado aprenda a língua de sinais, no qual é de grande importância não somente para ele mais de toda a escola em geral, entretanto só isso não é suficiente a escola precisa implementar ações que tenha sentido para todos em geral, os alunos com deficiência auditiva precisam de um ambiente estimulador que desafie seus pensamentos e explorem suas capacidades (DAMÁZIO, 2005). 
Diante disso, explicar os procedimentos das atividades sempre olhando para o aluno, utilizar gestos, mimicas, ilustrações, emitir frases completas, escrever no quadro, demostrar como o aluno deve realizar as atividades, promover um diálogo com o restante da turma para que sejam compreensivos e trabalhem juntos sempre ajudando uns aos outros e utilizar as expressões que faça o aluno compreender facilmente, são algumas soluções diante dos alunos com deficiência auditiva (SASSAKI, 2003). 
TECNOLOGIA ASSISTIVA
Lima (2020) aponta que as tecnologias estão inseridas nos mais diversos contextos cotidianos da humanidade, como meio contínuo de solucionar as suas necessidades e assim, sanar problemas, remover barreiras e simplificar ações e atividades. Ao tratarmos de tecnologias digitais e educação adentramos em um ambiente rodeado de grandes tabus. Muitos deles já conhecidos, tais como, o distanciamento da atenção do estudante, a substituição de um professor por uma máquina, a necessidade de aprimoramento docente, entre outras.
Apesar de saber que essa ferramenta atrai o interesse dos alunos, o professor ainda encontra muitas dificuldades em promover esse ensino dentro da sala de aula através da tecnologia. Outra dificuldade que permeia o dia a dia do docente é que nem ele sabe manusear os aparelhos como a grande maioria das crianças. Dessa forma é preciso aprender a utilizar a tecnologia para depois conseguir auxiliar o aluno com dificuldade e até mesmo exigir resultados (SOUSA, et al. 2008).
Para Vieira (2020) a falta de conhecimento nem sempre é o motivo principal, na maior parte das vezes o que ocorre é que o professor está acostumado a organizar suas aulas de modo tradicional, e exigir que esta mesma aula aconteça na frente de um computador faz com que a situação complique. Diante disso se faz necessário uma readequação do plano de aula e o andamento dos processos de aprendizagem sejam diferenciados. Com isso o professor percebe a necessidade de reescrever conteúdos e repensar maneiras de atrair a atenção da turma.
De acordo com Cavalcante (2012), trabalhar com as tecnologias sejam elas novas ou não, de forma participativa nas salas de aula requer: a responsabilidades de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem. Dessa forma quando se trabalha adequadamente com as novas tecnologias, constata-se que a aprendizagem pode se dar com desenvolvimento emocional, racional, da imaginação, do intuitivo, das interações, a partir dos desafios, da exploração de possibilidades, de assumir responsabilidades, do criar e do refletir em conjunto.
Para Vieira (2018) as tecnologias devem ser utilizadas de acordo com os propósitos educacionais e as estratégias mais adequadas para propiciar ao aluno a aprendizagem, não se tratando da informatização do ensino, que reduz as tecnologias a meros instrumentos para instruir o aluno. A área digital pode ser considerada como a democratização das tecnologias, todavia essa prática enfrenta dificuldades para ser implantada, pois se trata de um processo que busca recolocar na rede de ensino todas as pessoas excluídas seja o educando com necessidades educacionais especiais, ou alunos excluídos pela raça, gênero, credo, entre outros motivos.
Segundo Lima (2020) com tais informações acerca da perda auditiva, é notório que a tecnologia assistiva favoreceu o processo de educação dos surdos, pois a partir de então foram elaboradas tecnologias que viessem a sanar esta perca auditiva do indivíduo surdo. Sabemos que, o ser humano necessita da audição para a aquisição do som, mas, diante daqueles que, apresentam dificuldades na assimilação e compreensão destes, as tecnologias assistivas foram emergindo como meios facilitadores na vida educacional e social. Cientes da importância das tecnologias assistivas no contexto geral da humanidade moderna estas atualmente tornam-se a base de tudo em nossas vidas , e a comunidade surda propôs avanços que, garantiu-lhes de forma efetiva a sua plena participação na sociedade ouvinte.  
Para Lima (2020) as tecnologias inseriram o surdo no mundo globalizado, portanto, a partir dessas ferramentas os mesmos podem se comunicar, algo que facilita o trabalho do educador, em seu artigo o autor cita:
· TDD (equipamento de telecomunicação para surdos trata-se de um aparelho que conectado ao telefone, transforma as frases ditas pelo o interlocutor em mensagens escritas);
· Rybená Programa gratuito, instalado em telefone celulares;
· SMS;
· Closed Caption ou legenda oculta é um sistema de transmissão de legendas podem ser reproduzidos para uma TV que possua função para tal;
· Videoconferência:
· ProDeaf;
· Livros digitais;
· Tblets e Smartphones;
· Hand Talk aplicativo de celular;
Para Vieira (2020) acredita-se que as tecnologias assistivas possam ser uma excelente ferramenta de apoio ao processo de ensino-aprendizagem para promover a inclusão dos alunos surdos, desde que seja utilizado corretamente, tanto pelos docentes como pelos discentes. É preciso compreender os fatores que podem afetar a sua utilização de forma eficaz pelos professores para aperfeiçoar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem inclusivo para os alunos surdos.
DESAFIOS E POSSIBILIDADES NO ENSINO DA MATEMÁTICANA APRENDIZAGEM DO ALUNO SURDO 
A disciplina de Matemática, por sua relevância educacional e por estar ligada a diversas atividades rotineiras da vida e da vivência dos sujeitos, torna-se indispensável no meio social e no cotidiano das pessoas. A Matemática está presente em diversas atividades domésticas e profissionais, como nas compras, na culinária, nas artes, na música, no suporte a diversas áreas de estudo, tanto para embasar a construção de sistemas eletrônicos, além de ser fundamental para calcular distâncias e até mesmo para criar e organizar variados tipos de jogos e esportes (PAIVA, et al. 2020). Entretanto, são raras as vezes em que a Matemática é apresentada e explicada para os alunos de maneira prática, de forma que demonstre a sua utilidade. Por isso, muitas vezes, os alunos não conseguem fazer a conexão da Matemática com as atividades comuns do cotidiano e torna-se, assim, difícil entender a sua necessidade e as suas potencialidades para auxiliar no desenvolvimento intelectual das pessoas.
De acordo com os estudos de Grützmann, Lebedeff e Alves (2020) percebe-se um ensino, muitas vezes, descontextualizado da realidade do aluno e da instituição, promovendo uma educação que pouco atrai crianças e jovens. Também se percebe a desmotivação de alunos e professores e a falta de estrutura no ambiente escolar, entre outros fatores. As dificuldades enfrentadas pelos alunos ouvintes são, muitas vezes, as mesmas enfrentadas pelos alunos surdos usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras) agravadas, geralmente, pela falta de uma língua em comum entre estudantes e docentes.
A aprendizagem é um processo de construção do aluno – autor de sua aprendizagem –, mas nesse processo o professor, além de criar ambientes que favoreçam a participação, a comunicação, a interação e o confronto de ideias dos alunos, também tem sua autoria. Cabe ao professor promover o desenvolvimento de atividades que provoquem o envolvimento e a livre participação do aluno, assim como a interação que gera a co-autoria e a articulação entre informações e conhecimentos, com vistas a construir novos conhecimentos que levem à compreensão do mundo e à atuação crítica no contexto (ALMEIDA, 2019, p.72).
O período de pandemia causado pelo Coronavírus (COVID-19) trouxe uma ressignificação para a educação, nunca antes imaginada. A dor causada pela perda de pessoas, o afastamento, o isolamento social, causaram uma desestruturação no sistema regular e presencial de ensino. A crise sanitária está trazendo uma revolução pedagógica para o ensino presencial, a mais forte desde o surgimento da tecnologia contemporânea de informação e de comunicação (CIZOTO, DIÉGUES, PINTO, 2016). Nesse contexto, os professores que não tinham contato e nem intimidade com as tecnologias (apesar das TICs já estarem disponibilizadas pelo MEC) tiveram que se adaptar bruscamente, devido a necessidade do ensino remoto.
Para Vieira (2020) em um cenário de isolamento foi necessário encontrar rapidamente alternativas para dar continuidade ao processo educacional em todos os níveis de ensino buscando assegurar o direito de todos à educação. Em pleno século XIX, nada mais natural do se valer das tecnologias para isso. E foi nesse contexto de crise que o ensino mediado pela tecnologia se tornou uma realidade para todos os brasileiros. Nesse contexto, compreende-se que é fundamental que o professor valorize os aspectos da visualidade (incorporando, por exemplo, legendas, imagens e sempre que possível o suporte para as línguas de sinais) para que o aluno surdo possa participar efetivamente das atividades propostas, desenvolvendo com qualidade o processo de ensino-aprendizagem no ambiente virtual. 
Observa-se que qualidade, inclusão e educação são conceitos que precisam estar em sinergia no ambiente escolar. Embora a legislação defina e garanta o acesso de todos os alunos a uma educação de qualidade, percebe-se que na prática essa realidade ainda não foi amplamente desenvolvida. A educação inclusiva proporciona benefícios para todos os alunos, não somente para os alunos com algum tipo de deficiência, pois o processo de aprendizagem deverá valorizar a liberdade e a capacidade individual de cada aluno na construção do conhecimento.
Grützmann, Lebedeff e Alves (2020) ressaltam em seu artigo que existem uma estratégia de ensino, o MathLibras, assim, o objetivo principal do MathLibras é produzir vídeos com Matemática básica, utilizando a Libras como língua de instrução e utilizar recursos e estratégias visuais para explicar conceitos, algoritmos, entre outros, os quais poderão auxiliar os alunos surdos no processo de aprendizagem e compreensão dos conteúdos matemáticos. Os vídeos possuem animações simples e buscam uma identificação visual com as crianças através da interação dos atores/apresentadores com dois personagens infantis: a Sara e o Levi. A videoaula no MathLibras foi concebida a partir da inserção da tecnologia no processo de aprendizagem, de forma a considerá-la como um recurso de ensino para os surdos, visando melhorar sua aprendizagem, autonomia e inserção social.
Para Paiva et al. (2020) a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação, por exemplo, como apoio ao ensino de Matemática, por ser um recurso interessante e atual, promove interesse na aprendizagem, pois ela faz parte da vida do aluno e de todas as pessoas de maneira geral, sendo capaz de aguçar a curiosidade em aprender. As Tecnologias Assistivas - ferramentas importantes na construção do conhecimento possibilitam melhor comunicação e são alternativas para mudar o modelo ainda prevalente nos sistemas educacionais brasileiros, baseado na repetição e na cópia e que, pelas últimas pesquisas realizadas, não tem garantido a obtenção de sucesso escolar.
RESULTADOS 
O que podemos ressaltar em nossa literatura é que antes as pessoas com deficiência eram consideradas aberrações. Na Grécia antiga era predominante o culto a beleza do corpo perfeito, portanto pessoas que nasciam com alguma deficiência eram sacrificadas, ou escondidas. Na antiguidade, na idade média os deficientes eram considerados como pragas e castigos atribuídos ao demônio, entretanto eram eliminados, menosprezados e destruídos. Porém o fato de isso acontecer se dava pelo desconhecimento, nessa época as pessoas não conheciam as doenças e faziam suas conclusões sobre os acontecimentos. Somente no século XVII com o avanço da medicina constatou-se que os tipos de deficiências eram naturais, porém até os dias de hoje ainda há muitos preconceitos e discriminações contra os portadores de deficiência, que além de enfrentar as suas dificuldades ainda tem que enfrentar coisas desse tipo (ANÇÃO, 2008).
A história das pessoas que apresentavam alguma deficiência é marcada pela exclusão, marginalização, segregação, abandono, torturas, e extermínio, que não tinham o direito de viver simplesmente por não estarem dentro dos padrões adequados “normais”. Por muito tempo essas pessoas eram consideradas anormais, alguns por não entenderem o que havia acontecido julgava a criança como uma maldição, pragas, e muitos deles eram mortos, sacrificadas, ou jogadas no rio ou em cestos à margem dele. Porém o tempo foi passando e a partir do Cristianismo, essas pessoas começaram a serem aceitas. 
Na visão da igreja os deficientes eram considerados filhos de Deus e careciam de piedade eram, portanto, considerados doentes ou incapazes. Em 1994 houve uma conferência na Espanha em Salamanca, que ficou conhecida como a Declaração de Salamanca, o acontecimento reuniu 92 países que tratou da inclusão das pessoas com necessidades especiais no ensino regular. Diante disso o assunto passa a fazer parte da legislação na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (VAGULA, VEDOATO, 2014).
Os surdos foram marginalizados por muitos anos, sendo considerados pessoas que não tinham direito à vida por serem amaldiçoados, mas essa ideia é revertida no século XVI quando um médico italiano Girolamo Cardamo por ter um filho surdo, declara que essas pessoas poderiam e deveriamter instruções para a leitura e a escrita. O monge Pedro Ponce de León começou a educar os surdos da nobreza e teve destaque por ensinar através o alfabeto manual, da escrita e da oralização. Em 1856 Ernest Huert fundou o primeiro instituto para surdos, com isso as pessoas foram conseguindo seu espaço diante da sociedade. Depois houve uma grande polemica em relação como deveria ser a aprendizagem do surdo, o congresso de Milão em 1880 que determinou a oralização como língua principal da comunidade surda. Porém anos depois o Decreto nº 5.626/05 regulamentou oficialmente a Língua Brasileira de Sinais (QUADROS, 2008).
Segundo Bisol e Valentini (2011) existe uma diferença entre os surdos e os deficientes auditivos os surdos são pessoas que não se consideram deficientes, utilizam uma língua de sinais, valorizam sua história, arte e literatura e propõem uma pedagogia própria para a educação das crianças surdas. Os deficientes auditivos seriam as pessoas que não se identificam com a cultura e a comunidade surda. Nesse contexto um surdo não passa despercebido em uma sala de aula ou em um local de trabalho, pois utiliza as mãos para se expressar em uma língua gestual-visual e poderá se utilizar da mediação de um intérprete de língua de sinais. A situação do deficiente auditivo é outra: ele será percebido pelos demais quando se nota a presença de uma prótese auditiva ou se percebe alguma dificuldade na sua fala.
Mas para o professor trabalhar na escola com deficientes auditivos é necessário compreender como acontece a deficiência auditiva. De acordo com a deficiência do aluno o educador deve planejar suas aulas, a deficiência é medida pelo audiômetro no qual caracteriza a intensidade sonora em decibel (). De acordo com o grau que o aluno apresenta o educador deverá então promover o processo ensino aprendizagem da matemática identificando as necessidades de cada um. 
Segundo Fiorini & Manzini (2018) os professores precisam integrar os alunos utilizando estratégias como realizar adaptações modificando as atividades as regras, acrescentando informações visuais para facilitar a compreensão do aluno; o professor deve também instruir a atividade demostrando ao aluno como ele deve fazer; deve se comunicar com o aluno com deficiência auditiva ficando sempre na sua frente e olhando para ele usando expressões para que o aluno possa fazer a leitura labial, criando sinais para que o aluno possa entender; e utilizar um colega da mesma turma que pode servir de colaborador que possa orientar o colega, e ajudá-lo. 
De acordo com Vagula e Vedoato (2014) para adequar as metodologias de aprendizagem é plausível que o professor obtenha quatro percepções de princípios: o princípio da consciência onde o aluno deve estar consciente e entender o porquê está usando a atividade e de que forma o conhecimento apresentado pode contribuir para seu desenvolvimento, é importante que o professor apresente o objetivo da atividade levando o aluno a refletir sobre como utilizará os princípios da técnica e da tática. O segundo princípio corresponde ao princípio da demonstração no qual indica que a demonstração durante o processo de ensino é importante para facilitar a compreensão do aluno como explicar as atividades através do canal verbal escrito e através de desenhos, demostrar os fundamentos de forma completa ou por partes e possibilitar a repetição do movimento apresentado de uma outra forma para que o aluno compreenda de fato. O terceiro princípio corresponde ao princípio da regularidade onde o professor deve se atentar que durante a atividade deve priorizar a segurança, integridade, ao ritmo e a individualidade biológica do aluno. O quarto consiste em o princípio constante dos fundamentos onde o professor requer do aluno resultados e para isso estipula o sistema de repetição é, portanto, a motivação intrínseca e extrínseca.
De acordo com Quadros (2008) é necessária uma formação adequada aos profissionais, tendo em vista o aspecto da inclusão do aluno surdo para formar professores bilíngues e que garantam o acesso e a permanência destes alunos na escola. É preciso que o educador se interesse em aprender a língua de sinais para se comunicar diretamente com o aluno, entretanto é importante ressaltar que o educador deve buscar conhecimento e formação continuada sempre, pois precisa desempenhar seu trabalho com eficiência. Quando falamos de pessoa surda, o desenvolvimento motor, cognitivo, físico e social se torna ainda mais complexo, principalmente quando relacionado ao desenvolvimento global. Observamos, nessas pessoas, alguns fatores que prejudicam o desempenho das capacidades e habilidades no decorrer de suas vidas, assim como nas tarefas diárias do cotidiano e na sua vida escolar, diante disso é necessário promover estratégias para que os alunos possam interagir durante as aulas de forma que eles possam desenvolver esses aspectos.
A utilização das Tecnologia Assistiva no âmbito escolar, a partir das análises dos autores estudados, contribuíram significativamente para o processo de ensino aprendizagem do indivíduo surdo, dando-lhes autonomia, e garantindo-lhes de fato uma inclusão significativa. Sendo assim, a escola deve estar atenta a estas tecnologias para então facilitar e garantir esta aquisição de conhecimento, que poderá ser melhor explorada quando os profissionais da educação tiverem embasamentos acerca da classificação de perda auditiva, facilitando assim, a aquisição de meios que favorecerão a assimilação contínua da aprendizagem (LIMA, 2020).
Portanto, os resultados apontam que para o educador trabalhar e repassar os conteúdos para os alunos que apresentam deficiência auditiva é necessário compreender o grau de surdez do aluno, pois o professor sabendo se o aluno é surdo de nascença ou se sofre alguma anormalidade, dependendo das condições dos alunos é que será possível promover a oportunidade de participação de todos, o educador deve se programar e trabalhar por meio de planejamento, intervenções e adaptações de atividades, o que sugere um profissional capacitado, mas, sobretudo, disponível e aberto para as discussões necessárias no processo de inclusão. 
Lima (2020) frisa que o processo de ensino aprendizagem ao longo do tempo, vem dispondo por meio das tecnologias assistivas, aos profissionais da educação métodos eficazes que podem favorecer a aprendizagem do surdo, levando-os a desenvolverem suas práticas de leitura (sinalizada) e escrita (português).  Portanto as tecnologias assistivas emergem como meio potencializador da aprendizagem, como um processo educacional inovador que, oportunizam um mundo visual para os surdos, proporcionando-lhes inúmeras mudanças em seu processo de aquisição da Língua.
#matlibras
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O que podemos concluir é que a inclusão em todo o sistema educativo é necessária e indispensável. É algo que precisa ser assumido por todos. A escola precisa corresponder aos interesses das crianças com um ambiente aconchegante e harmonioso no qual o professor possa desempenhar a sua prática visando o desenvolvimento do ritmo biológico de cada um. As pessoas com deficiência auditiva não apresentam nenhuma impossibilidade das aulas no ensino regular, portanto eles têm capacidades de desenvolver as habilidades de aprendizagem como qualquer aluno na fase escolar, portanto cabe ao educador desenvolver estratégias para inclui-lo nas atividades.
O professor como mediador deve promover a socialização assim como combater preconceitos e discriminações, a escola poderia propor projetos que visa facilitar o convívio com os alunos surdos, promovendo o domínio da língua brasileira de sinais para que todos possam interagir juntamente com o aluno, seria uma das alternativas a ser desempenhada. Porém o educador na sua prática deve facilitar o entendimento do aluno dando o máximo de atenção, falando de forma clara, demostrando através da escrita ou de desenhos como deseja que o aluno se comporte e realize as atividades. O que podemos concluir é que existem diversas maneiras do professor socializar os alunos,isso implica dedicação, esforço, e educação continuada. 
REFERÊNCIAS
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CIENTEC – Revista de Ciência, Tecnologia e Humanidades do IFPE | Vol. 9, no 1, 10-23, 2017
4
CIENTEC – Revista de Ciência, Tecnologia e Humanidades do IFPE | Vol. 9, no 1, 10-23, 2017
A
RTIGO, NOTA TÉCNICA OU RESENHA
 
 
 
 
CIENTEC 
–
 
Revista de Ciência, Tecnologia e Humanidades do 
IFPE
 
| 
Vol. 9, n
o
 
1, 10
-
23, 2017
 
 
1
 
O 
Uso
 
de Tecnologias Assistivas na educação de Surdos: Desafios e 
Possibilidades de Aprendizagem no Ensino da Matemática
 
The Use of Assistive Technologies in the Education of the Deaf: Challenges and 
Possibilities of Learning in the Teaching of 
Mathematics
 
 
 
Gabriela Temístocles Faria
 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco 
-
 
IFPE | 
gabriela.tfaria@gmail.com
 
Josineide Soares de Brito
 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco 
-
 
I
FPE 
 
Orientador: 
 
Fernando Augusto Souza
 
Secretaria de Educação de Pernambuco 
–
 
SEDUC/PE
 
 
 
RESUMO
 
 
O tema do estudo corresponde a: 
O 
Uso de Tecnologias Assistivas na educação de 
Surdos: Desafios e Possibilidades de Aprendizagem no Ensino da Matemática;
 
o 
presente tema foi escolhido através da observação da atual necessidade de contribuir 
com a educação mais significativa de nossos alunos no uso das tecnologias nas salas 
de aula. D
iante desses aspectos surgiu diversas dúvidas, como o educador pode 
promover o uso da tecnologia na sala de aula? De que forma essa ferramenta pode 
auxiliar os alunos diante do aprendizado? No entanto o estudo buscou na literatura 
através da pesquisa bibli
ográfica, compreender a importância do professor está 
preparado para atuar diante de todas as plataformas disponíveis. 
Sendo assim, o 
presente trabalho considera a importância do uso destas Tecnologia Assistiva no 
âmbito educacional para aluno surdo ou com
 
deficiência auditiva que, anteriormente 
apresentavam acesso restrito ao conhecimento, por não terem ingresso a estes 
meios.
 
 
Palavras
-
chaves: 
Ensino,
 
Deficiência auditiva, Inclusão, Dificuldade.
 
 
ABSTRACT
 
The theme of the study corresponds to: The Use of Assistive Technologies in the 
education of the Deaf: Challengesand Possibilities of Learning in the Teaching of 
Mathematics; this theme was chosen through the observation of the current need to 
ARTIGO, NOTA TÉCNICA OU RESENHA 
 
 
 
CIENTEC – Revista de Ciência, Tecnologia e Humanidades do IFPE | Vol. 9, n
o
 1, 10-23, 2017 
 
1 
O Uso de Tecnologias Assistivas na educação de Surdos: Desafios e 
Possibilidades de Aprendizagem no Ensino da Matemática 
The Use of Assistive Technologies in the Education of the Deaf: Challenges and 
Possibilities of Learning in the Teaching of Mathematics 
 
 
Gabriela Temístocles Faria 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE | 
gabriela.tfaria@gmail.com 
Josineide Soares de Brito 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE 
Orientador: 
Fernando Augusto Souza 
Secretaria de Educação de Pernambuco – SEDUC/PE 
 
 
RESUMO 
O tema do estudo corresponde a: O Uso de Tecnologias Assistivas na educação de 
Surdos: Desafios e Possibilidades de Aprendizagem no Ensino da Matemática; o 
presente tema foi escolhido através da observação da atual necessidade de contribuir 
com a educação mais significativa de nossos alunos no uso das tecnologias nas salas 
de aula. Diante desses aspectos surgiu diversas dúvidas, como o educador pode 
promover o uso da tecnologia na sala de aula? De que forma essa ferramenta pode 
auxiliar os alunos diante do aprendizado? No entanto o estudo buscou na literatura 
através da pesquisa bibliográfica, compreender a importância do professor está 
preparado para atuar diante de todas as plataformas disponíveis. Sendo assim, o 
presente trabalho considera a importância do uso destas Tecnologia Assistiva no 
âmbito educacional para aluno surdo ou com deficiência auditiva que, anteriormente 
apresentavam acesso restrito ao conhecimento, por não terem ingresso a estes 
meios. 
 
Palavras-chaves: Ensino, Deficiência auditiva, Inclusão, Dificuldade. 
 
ABSTRACT 
The theme of the study corresponds to: The Use of Assistive Technologies in the 
education of the Deaf: Challenges and Possibilities of Learning in the Teaching of 
Mathematics; this theme was chosen through the observation of the current need to

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