Buscar

Direito do Trabalho: Jornada in itinere e afastamento para encargo público

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 Aula 9: Analista Judiciário – Área Judiciária 
TRT - 18ª Região - 2008
Direito do Trabalho: 
Questão 38: A respeito da jornada in itinere, considere: 
I. O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância 
pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido 
por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas in 
itinere. 
II. Se existe transporte público, mas ele é insuficiente, não há direito a 
pagamento de horas in itinere. 
III. A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada 
do empregado e os do transporte público regular não é circunstância 
que gera o direito às horas in itinere. 
IV. Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido 
em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas não se 
limitarão ao trecho não alcançado pelo transporte público. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) III e IV. 
(B) I e II. 
(C) I, II e III. 
(D) II e IV. 
(E) I e III. 
Comentários: Letra B. 
Considera-se jornada in itinere o tempo de deslocamento do 
empregado de sua residência para o trabalho e o seu retorno do seu 
trabalho para a sua residência. 
O art. 58, parágrafo segundo da CLT e as Súmulas 90 e 320 
tratam do tema. 
I- Correta. 
Súmula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou 
não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso 
ou não servido por transporte regular, não afasta o direito á percepção 
das horas in itinere. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 2
II. Correta. 
Súmula 90 do TST III- A mera insuficiência de transporte público não 
enseja o pagamento de “horas in itinere”. 
III. Errada e IV. Errada. 
Súmula 90 TST I- O tempo despendido pelo empregado, em 
condução fornecida pelo empregador até o local de difícil acesso ou 
não servido por transporte público regular e para o seu retorno é 
computável na jornada de trabalho. 
II- A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada 
do empregado e os do transporte público regular é circunstância que 
também gera direito às horas “in itinere”. 
III- A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento 
de “horas in itinere”. 
IV- Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido 
em condução da empresa, as horas “in itinere” remuneradas limitam-
se ao trecho não servido por transporte público. 
V- Considerando que as “horas in itinere” são computadas na jornada 
de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado 
como extraordinário. 
Questão 39: César candidatou-se a vereador da cidade de Goiânia e 
foi eleito. Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do 
Trabalho, seu contrato de trabalho será 
(A) extinto sem justa causa, fazendo jus às verbas trabalhistas 
inerentes a esta modalidade de rescisão contratual. 
(B) interrompido, devendo intimar o empregador dentro de 30 dias do 
término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao cargo 
empregatício original. 
(C) suspenso, devendo intimar o empregador dentro de 30 dias do 
término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao cargo 
empregatício original. 
(D) suspenso, devendo intimar o empregador dentro de 60 dias do 
término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao cargo 
empregatício original. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 3
(E) interrompido, devendo intimar o empregador dentro de 60 dias do 
término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao cargo 
empregatício original. 
Comentários: 
O afastamento do empregado para cumprir um encargo público é 
causa de suspensão do contrato de trabalho. 
De acordo com o art. 472 da CLT para que o empregado tenha 
direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de 
exigências de encargo público, é indispensável que ele notifique o 
empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro 
do prazo máximo de 30 (trinta) dias,contados da data em que se 
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava 
obrigado. 
Portanto, está correta a letra C. 
Art. 472 da CLT - O afastamento do empregado em virtude 
das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, 
não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato 
de trabalho por parte do empregador. 
§ 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a 
exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do 
serviço militar ou de encargo público, é indispensável que 
notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta 
registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, 
contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a 
terminação do encargo a que estava obrigado. 
§ 2º - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de 
afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não 
será computado na contagem do prazo para a respectiva 
terminação. 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 4
Relembrando: 
Hipóteses de interrupção Hipóteses de suspensão 
 
Licença-maternidade. Acidente de trabalho ou doença 
após o 15º dia.
Licença-paternidade. Qualquer espécie de licença não-
remunerada.
Licença remunerada em caso de 
aborto não criminoso. 
Suspensão disciplinar prevista no 
art. 474 da CLT.
Acidente de trabalho ou doença 
nos primeiros 15 dias. 
As faltas injustificadas ao serviço 
Repouso semanal remunerado e 
Feriados. 
Afastamento do empregado para 
participar de curso de qualificação 
profissional (476-A da CLT). 
No período do tempo em que tiver 
de cumprir as exigências do 
serviço militar. 
Durante a prestação do serviço 
militar obrigatório. 
Encargos públicos específicos. O afastamento do empregado 
para o exercício de cargos 
públicos. 
Empregado membro da Comissão 
de conciliação prévia quando 
atuando como conciliador sempre 
que for convocado. 
O empregado eleito diretor de 
S.A. Terá o seu contrato de 
trabalho suspenso, exceto se 
permanecer a subordinação 
jurídica inerente à relação de 
emprego (S.269 TST). 
Até dois dias consecutivos em 
caso de falecimento do cônjuge, 
ascendente, descendente, irmão 
ou pessoa que, declarada em sua 
CTPS, viva sob sua dependência 
econômica. 
O empregado eleito para o cargo 
de dirigente sindical (Art. 545 § 
2º CLT). Porém caso haja 
instrumento normativo 
estabelecendo que o 
empregador pagará a 
remuneração estaremos diante 
de uma interrupção do contrato 
de trabalho.
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 5
Até três dias consecutivos em 
virtude de casamento. 
Greve (art. 7º da lei 7.783/89). 
Por um dia em cada 12 meses de 
trabalho no caso de doação 
voluntária de sangue 
devidamente comprovada. 
Afastamento do empregado em 
caso de prisão. 
Até dois dias, consecutivos ou 
não, para o fim de se alistar como 
eleitor, nos termos da lei 
respectiva. 
Aposentadoria por invalidez (art. 
475 CLT). 
Nos dias em que estiver 
comprovadamente realizando 
provas de exame vestibular para 
ingresso em estabelecimento de 
ensino superior. 
O empregado estável somente 
poderá ser dispensado caso 
cometa falta grave (art. 492 CLT). 
Pelo tempo que se fizer 
necessário quando tiver que 
comparecer a juízo. 
Questão 40: A rede de lojas de departamento Areia Branca 
terceirizou, regularmente, o serviço de conservação e limpeza de suas 
lojas à empresa LimpeBem, assim como o serviço de vigilância à 
empresa Segura Mais. Neste caso, havendo inadimplência das 
obrigações trabalhistas, a rede de lojas Areia Branca 
(A) não poderá ser responsabilizada solidariamente ou 
subsidiariamente pelos empregados das empresas Limpe Bem e 
Segura Mais. 
(B) poderá ser responsabilizada solidariamente pelos empregados das 
empresas Limpe Bem e Segura Mais. 
(C) poderá ser responsabilizada subsidiariamente pelos empregados 
da empresa Limpe Bem e solidariamente pelos da empresa Segura 
Mais. 
(D) poderá ser responsabilizada solidariamente pelos empregados da 
empresa Limpe Bem e subsidiariamente pelos da empresa Segura 
Mais. 
(E) poderá ser responsabilizada subsidiariamente pelos empregados 
das empresas Limpe Bem e Segura Mais. 
Comentários: Letra E (Súmula 331, IV do TST) 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 6
Súmula 331 do TST I - A contratação de trabalhadores por 
empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com 
o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei 
nº 6.019, de 03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa 
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da 
administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da 
CF/1988). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de 
serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de 
conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados 
ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a 
pessoalidade e a subordinação direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos 
serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos 
da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, 
das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde 
que hajam participado da relação processual e constem também do 
título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993). 
Questão 41: A empresa de propaganda Azul prorrogou duas vezes o 
contrato de trabalho por prazo determinado de seu empregado Tício, 
dentro do período de dois anos. A empresa de propaganda Amarela 
celebrou segundo contrato pelo prazo determinado de um ano com 
Zeus, após oito meses da extinção do contrato celebrado 
anteriormente. Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do 
Trabalho, 
(A) nenhum dos contratos de trabalho será prorrogado por prazo 
indeterminado. 
(B) os contratos de trabalho de Tício e de Zeus serão prorrogados por 
prazo indeterminado. 
(C) somente o contrato de trabalho de Zeus será prorrogado por prazo 
indeterminado. 
(D) somente o contrato de trabalho de Tício será prorrogado por prazo 
indeterminado. 
(E) o contrato de trabalho de Tício será prorrogado por mais dois anos 
e o contrato de Zeus será prorrogado por prazo indeterminado. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 7
Comentários: Letra D. O contrato de prazo determinado ou contrato a 
termo é a exceção ao princípio da continuidade da relação de 
emprego, e somente será permitido nos casos previstos em lei. 
Assim, toda vez que não houver prova da forma como o ajuste 
foi celebrado, presumir-se-á que o contrato foi celebrado por prazo 
indeterminado. 
E, também, quando não forem atendidas as exigências da lei 
para a celebração de um contrato por prazo determinado, a pactuação 
entre as partes será considerada como um contrato de prazo 
indeterminado. 
Exemplificando: O art. 445 da CLT estabelece que o contrato 
de trabalho não pode ser pactuado por mais de 2 anos, e um 
empregado e um empregador celebram um contrato de trabalho por 
prazo determinado, com duração de 3 anos. Neste caso, o contrato 
será considerado um contrato de prazo indeterminado. 
O Contrato de prazo determinado não poderá ser estipulado por 
período superior a 2 anos (art. 445 da CLT). 
Art. 445 da CLT O contrato de trabalho por prazo determinado 
não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, 
observada a regra do art. 451. 
Parágrafo único - O contrato de experiência não pode-
rá exceder de 90 (noventa) dias 
Art. 451 da CLT O contrato de trabalho por prazo 
determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais 
de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. 
Art. 452 da CLT Considera-se por prazo indeterminado to-
do contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro 
contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste 
dependeu da execução de serviços especializados ou da 
realização de certos acontecimentos. 
No caso em tela, somente o contrato de Tício será prorrogado 
por prazo indeterminado, porque a lei permite uma prorrogação e o 
contrato dele foi prorrogado duas vezes. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 8
Ao passo que o contrato de Zeus atendeu os requisitos legais, 
uma vez que a celebração do segundo contrato respeitou o prazo de 6 
meses. 
Questão 42: No que tange à estabilidade provisória de dirigente 
sindical, analise: 
I. O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só 
goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à 
categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
II. Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base 
territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. 
III. O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente 
sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, lhe 
assegura a estabilidade. 
IV. É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do 
registro de sua candidatura a cargo de direção até seis meses após o 
final de seu mandato. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I, II e III. 
(B) II e IV. 
(C) I e IV. 
(D) II e III. 
(E) I e II. 
Comentários: Letra E (Súmula 369 do TST). 
I. Correta. 
Súmula 369 do TST III- O empregado de categoria diferenciada eleito 
dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa 
atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi 
eleito dirigente. 
II. Correta. 
Súmula 369 do TST IV - Havendo extinção da atividade empresarial 
no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a 
estabilidade. 
III. Errada. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 9
Súmula 369 do TST V - O registro da candidatura do empregado a 
cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda 
que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável 
a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
IV. Errada. O prazo da estabilidade é de 1 ano e não 6 meses. (Art. 
543 da CLT) 
Súmula 369 do TST I - É indispensável a comunicação, pela entidade 
sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. 
II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigen-
tes sindicais, foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. 
III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente 
sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade 
pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito 
dirigente. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito 
da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabili-
dade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente 
sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não 
lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do 
art. 543 daConsolidação das Leis do Trabalho. 
Questão 43: Com relação ao contrato de aprendizagem, é certo que 
(A) é modalidade de contrato especial, ajustado por escrito ou 
de forma verbal, por prazo determinado ou indeterminado. 
(B) o contrato de aprendizagem não pode ser estipulado por mais 
de dois anos. 
(C) não estará descaracterizado o contrato, em razão da informalidade 
existente, se o aprendiz que não concluiu o ensino fundamental não 
freqüentar a escola. 
(D) o aprendiz poderá trabalhar a partir dos dezesseis anos até os 
vinte e quatro anos de idade. 
(E) o aprendiz menor de dezoito anos não pode trabalhar com 
atividades insalubres, mas poderá laborar no período noturno, sem 
prejuízo dos estudos escolares. 
Comentários: Letra B. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 10
O contrato de aprendizagem é um Contrato de Trabalho 
especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, objetivando 
assegurar, ao maior de 14 anos e a menor de 24 anos, a formação 
técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento 
físico, moral e psicológico, bastando que os mesmos estejam inscritos 
em um programa de aprendizagem e comprometam-se a executar, 
com zelo e diligência as tarefas necessárias à sua formação. 
O contrato de aprendizagem não poderá ultrapassar 2 anos de 
duração, sendo obrigatória a sua anotação na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social do empregado, conforme estabelece o art. 428 da 
CLT. 
Art. 428 da CLT Contrato de aprendizagem é o contrato de 
trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, 
em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 
14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em 
programa de aprendizagem formação técnico-profissional 
metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral 
e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as 
tarefas necessárias a essa formação. 
§ 1º. A validade do contrato de aprendizagem pressupõe 
anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, 
matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja 
concluído o ensino médio, e inscrição em programa de 
aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade 
qualificada em formação técnico-profissional metódica. 
§ 2º - Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será 
garantido o salário mínimo hora. 
§ 3º. O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado 
por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz 
portador de deficiência. 
§ 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput 
deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, 
metodicamente organizadas em tarefas de complexidade 
progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 11
§ 5º A idade máxima prevista no caput deste artigo não 
se aplica a aprendizes portadores de deficiência. 
§ 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação 
da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental 
deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências 
relacionadas com a profissionalização. (NR 
§ 7º. Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio 
para o cumprimento do disposto no § 1º deste artigo, a 
contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à 
escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. 
Questão 44: Quanto à rescisão do contrato de trabalho por culpa do 
empregado e seus efeitos, analise: 
I. A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no 
decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do 
empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza 
indenizatória. 
II. Não há distinção entre os atos de incontinência de conduta e mau 
procedimento, tratando-se de sinônimos tipificados pela Consolidação 
das Leis do Trabalho. 
III. Configura ato de insubordinação o descumprimento de ordem 
constante em circulares internas da empresa. 
IV. Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar 
ao serviço no prazo de trinta dias após a cessação do benefício 
previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) III e IV. 
(B) I, II e III. 
(C) I e IV. 
(D) I, III e IV. 
(E) II e IV. 
Comentários: Letra C. I. Certa (Súmula 73 do TST). 
 
Súmula 73 do TST A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono 
de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo 
empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas 
rescisórias de natureza indenizatória. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 12
II. Errada. Há distinção entre incontinência de conduta e mau 
procedimento, conforme vocês poderão observar no resumo, abaixo: 
III. Errada. Indisciplina é o descumprimento de ordens gerais. 
IV. Certa (Súmula 32 do TST). 
Súmula 32 do TST Presume-se o abandono de emprego se o 
trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a 
cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o 
fazer. 
Relembrando: Justa causa é a prática de um ato pelo 
empregado que quebrará a fidúcia da relação empregatícia, ou seja, a 
confiança entre empregado e empregador, permitindo-se que ele seja 
dispensado sem o recebimento de alguns direitos trabalhistas. 
Art. 482 da CLT Constituem justa causa para rescisão do contrato 
de trabalho pelo empregador: 
 a) ato de improbidade; 
b) incontinência de conduta ou mau procedimento; 
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão 
do empregador, e quando constituir ato de concorrência à 
empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao 
serviço; 
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, 
caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 
e) desídia no desempenho das respectivas funções; 
f) embriaguez habitual ou em serviço; 
 g) violação de segredo da empresa; 
h) ato de indisciplina ou de insubordinação; 
 i) abandono de emprego; 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 13
 j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra 
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, 
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas 
praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo 
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
 l) prática constante de jogos de azar. 
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa 
de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito 
administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional. 
O que vem a ser cada falta tipificada no art. 482 da CLT? 
Para ficar mais claro, vou explicar cada tipo legal do art. 482 da 
CLT, citando alguns exemplos: 
a) Improbidade: é a violação de dever moral por parte do emprega-
do, abrange tudo o que é desonesto e que o empregado pratique; 
 b) Incontinência de conduta ou mau procedimento: vida irregular, 
conduta incompatível com o cargo ocupado, desregramento de 
conduta sexual. 
c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem 
permissão do empregador e quando constituir ato de 
concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for 
prejudicial ao serviço: É importante frisar que neste caso é 
imprescindível a existência conjunta de dois requisitos para que possa 
ser aplicada ao empregado a justa causa: a ausência de permissão do 
empregador e constituir concorrência para a empresa. 
Ressalta-seque caso a concorrência for prejudicial ao serviço ser 
concorrência com a empresa. 
d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso 
não tenha havido suspensão da execução da pena: É importante 
tomar cuidado com a necessidade de ocorrer o trânsito em julgado da 
sentença e de não ter ocorrido a suspensão da execução da pena, o 
que a doutrina chama de “sursis”. Assim caso tenha ocorrido a 
suspensão da pena não poderá ser o empregado dispensado por justa 
causa. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 14
e) Desídia no desempenho das respectivas funções: Desídia seria 
uma síntese de faltas leves, como por exemplo, as modalidades de 
culpa como imprudência, negligência ou imperícia. 
f) Embriaguez habitual ou em serviço: Ressalta-se que a 
embriaguez em serviço basta ocorrer um a única vez, porém fora do 
serviço será preciso afetar o desempenho do empregado no trabalho, 
portanto terá que ser habitual. 
g) Violação de segredo da empresa: A doutrina questiona se é 
necessário haver o prejuízo para a empresa com a violação. Porém 
para uma prova objetiva basta considerar que a simples violação de 
segredo da empresa, por si só, já acarretaria a aplicação da 
penalidade de justa causa. 
h) ato de indisciplina ou de insubordinação: Indisciplina é o 
descumprimento de ordens genéricas, ou seja, dirigidas a todos os 
empregados. Insubordinação é o descumprimento de ordens 
específicas, dirigida diretamente a um empregado individualmente. 
Porém, o empregado não estará obrigado a cumprir ordens ilegais, 
moralmente ilegítimas, que o diminuam ou o coloquem em grave risco. 
i) abandono de emprego: Configura-se com a existência dos 
seguintes requisitos: a) faltas reiteradas consecutivas; b) faltas injustas 
e não abonadas; c) “animus abandonandi”, ou seja a intenção de 
abandonar. 
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra 
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, 
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem: Praticado 
contra as pessoas que freqüentam o estabelecimento, como os 
clientes, por exemplo. 
k) ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas 
contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de 
legítima defesa própria ou de outrem: Praticado contra 
empregadores e prepostos. 
l) prática constante de jogos de azar: a prática reiterada de jogos de 
azar dará ensejo à aplicação da pena de justa causa ao obreiro. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 15
Direito Processual do Trabalho: 
Questão 45: Os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho serão 
nomeados pelo Presidente 
(A) da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado 
Federal. 
(B) da República, após aprovação pela maioria absoluta do Congresso 
Nacional. 
(C) da República, após aprovação pela maioria relativa do Conselho 
Nacional de Justiça. 
(D) do Supremo Tribunal Federal, após aprovação pela maioria 
relativa do Senado Federal. 
(E) do Conselho Nacional de Justiça, após a aprovação pela maioria 
absoluta do Senado Federal. 
Comentários: Este tema, também, foi cobrado na prova que comentei 
na aula passada. 
Do Tribunal Superior do Trabalho (TST): 
⇒ É Órgão de terceiro grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos 
e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República 
após aprovação do Senado Federal por maioria absoluta. 
⇒ 1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de 
efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do 
Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício. Os 
advogados devem ter notório saber jurídico e reputação ilibada. 
A indicação será feita por lista sêxtupla elaborada pelos órgãos 
de representação das respectivas classes, que a enviam para o 
tribunal que formará uma lista tríplice, enviando-a ao Poder 
Executivo que terá o prazo de 20 dias para escolher um dos 
indicados para nomeação. 
⇒ Os demais serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais 
Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira 
indicados pelo próprio TST. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 16
Questão 46: No que diz respeito à extensão das decisões em 
Dissídios Coletivos, analise: 
I. O Tribunal que houver julgado o dissídio coletivo fixará a data em 
que a decisão deve entrar em execução, bem como o prazo de sua 
vigência, o qual não pode ser superior a quatro anos. 
II. Em regra, nos dissídios de natureza jurídica que não tratarem de 
condições de trabalho, as decisões poderão ser estendidas a todos os 
empregados da mesma categoria profissional compreendida na 
jurisdição do Tribunal competente. 
III. Sempre que o Tribunal competente estender a decisão em dissídio 
coletivo marcará a data em que a extensão deva entrar em vigor. 
IV. Mesmo em dissídio coletivo que for suscitado em nome de toda a 
categoria, haverá necessidade da extensão das decisões, tendo em 
vista que a decisão não possuirá eficácia erga omnes. 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto 
o que consta APENAS em 
(A) II e IV. 
(B) I e III. 
(C) III e IV. 
(D) I e II. 
(E) I, II e III. 
Comentários: Letra B. 
I- Correta. (art. 868, parágrafo único) 
II- Incorreta. A decisão poderá ser estendida apenas no caso de 
Dissídio Coletivo de Natureza econômica (novas condições de 
trabalho). Vide o art. 868 caput da CLT. 
III- Correta. É o que estabelece o art. 871 da CLT. 
IV- Incorreta. Este tipo de dissídio coletivo terá eficácia erga omnes. 
Relembrando: O art. 868 da CLT estabelece que em caso de dissídio 
coletivo que tenha por motivo novas condições de trabalho e no qual 
figure como parte apenas uma fração de empregados de uma 
empresa, poderá o Tribunal competente, na própria decisão, estender 
tais condições de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos demais 
empregados da empresa, que forem da mesma profissão dos 
dissidentes. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 17
É importante assinalar que esta decisão sobre novas condições 
de trabalho poderá ser estendida, também, a todos os empregados da 
mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal 
(geralmente esta jurisdição será dentro de um Estado),desde que haja: 
¾ solicitação de 1 (um) ou mais empregadores, ou de qualquer 
sindicato destes; 
¾ solicitação de 1 (um) ou mais sindicatos de empregados; 
¾ ex officio, pelo Tribunal que houver proferido a decisão; 
¾ solicitação da Procuradoria da Justiça do Trabalho. 
Quando o Tribunal estender os efeitos da sentença normativa 
por ele proferida deverá fixar a data na qual a decisão entrará em 
execução e, também o prazo de sua vigência que não poderá ser 
superior a 4 anos. 
Ressalta-se que a validade da extensão dos efeitos da sentença 
normativa dependerá da concordância de pelo menos 3/4 (três 
quartos) dos empregadores e 3/4 (três quartos) dos empregados, ou 
dos respectivos sindicatos. 
Para a manifestação desta concordância o Tribunal competente 
marcará prazo, não inferior a 30 (trinta) nem superior a 60 (sessenta) 
dias, a fim de que se manifestem os interessados. 
Questão 47: A ação rescisória deve ser proposta no prazo de dois 
anos, contados do trânsito em julgado da decisão. O referido prazo é 
de 
(A) prescrição e conta-se do dia em que ocorreu o trânsito em julgado 
da última decisão de mérito proferida na causa. 
(B) prescrição e conta-se do dia subseqüente ao trânsito em julgado 
da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. 
(C) decadência e conta-se do dia em que ocorreu o trânsitoem 
julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. 
(D) decadência e conta-se do dia subseqüente ao trânsito em julgado 
da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. 
(E) decadência e conta-se do dia em que ocorreu o trânsito em julgado 
da última decisão de mérito proferida na causa. 
Comentários: A banca abordou o inciso I da Súmula 100 do TST! 
Em azul, destaco os comentários referentes aos incisos da Súmula. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 18
Súmula 100 do TST 
I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia 
imediatamente subseqüente ao trânsito em julgado da última decisão 
proferida na causa, seja de mérito ou não. 
II -Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em 
julgado dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o 
prazo decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado de 
cada decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial 
que possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que 
flui a decadência, a partir do trânsito em julgado da decisão que julgar 
o recurso parcial. 
O trânsito em julgado poderá ocorrer em partes em relação a cada 
tópico da sentença. Por isso, que ele dar-se-á em momentos 
diferentes. Neste caso o prazo decadencial para a propositura da 
ação rescisória deverá ser contado do trânsito em julgado de cada 
decisão. 
III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso 
intempestivo ou a interposição de recurso incabível não protrai o 
termo inicial do prazo decadencial. 
O trânsito em julgado ocorrerá mesmo na hipótese de interposição de 
um recurso incabível ou intempestivo. 
IV - O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em 
julgado juntada com a ação rescisória, podendo formar sua convicção 
através de outros elementos dos autos quanto à antecipação ou 
postergação do "dies a quo" do prazo decadencial. 
Há a possibilidade da certidão do trânsito em julgado ter sido feita de 
forma errada. Quando outros elementos nos autos comprovar que o 
trânsito em julgado ocorreu em outra data, o juiz poderá considerá-los 
porque ele não está adstrito à certidão. 
V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão 
irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo 
conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 19
VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação 
rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não 
interveio no processo principal, a partir do momento em que tem 
ciência da fraude. 
Colusão é o uso que as partes fazem do processo, violando a lei ou 
prejudicando terceiros. Trata-se de uma fraude processual. Assim, a 
partir do momento em que o Ministério Público do Trabalho tomar 
conhecimento da fraude processual é que começará a fruir o prazo 
para o ajuizamento da ação rescisória. 
VII - Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do 
TST que, após afastar a decadência em sede de recurso ordinário, 
aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente 
de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
Quando o Tribunal afastar a decadência, ele poderá ingressar no 
mérito da postulação se a matéria discutida for unicamente de direito 
e nos autos constarem elementos suficientes para propiciar o 
imediato julgamento do processo. 
VIII - A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo 
recursal, sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de 
afastar a consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo 
inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. 
Este inciso menciona a hipótese da exceção de incompetência ser 
oposta no prazo recursal, mas não dentro do recurso. Neste caso, ela 
não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, 
assim, postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação 
rescisória. 
IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o 
prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira 
em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não 
houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 20
O art. 775 da CLT estabelece que os prazos que vencerem no 
sábado, domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil que se 
seguir. A Súmula 100, IX estabelece, também que no dia em que não 
houver expediente forense, o prazo decadencial para a interposição 
da ação rescisória expirará no 1º dia útil que se seguir. 
X - Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso 
do prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, 
apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. 
 
Questão 48: Com relação ao recurso de revista, é certo que 
(A) é incabível esse recurso para reexame de fatos, mas será cabível 
a revista para reexame de provas. 
(B) caberá, em regra, esse recurso contra acórdão regional prolatado 
em agravo de instrumento. 
(C) a admissibilidade desse recurso contra acórdão proferido em 
processo incidente na execução independe de demonstração 
inequívoca de violação direta à Constituição Federal. 
(D) só caberá esse recurso por violação literal de dispositivo de lei 
federal nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. 
(E) não se conhecerá desse recurso ou dos embargos quando a 
decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos 
fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a todos. 
Comentários: Letra E (Súmula 23 do TST). 
Súmula 23 do TST Não se conhece de recurso de revista ou de 
embargos, se a decisão recorrida resolver determinado item do pedido 
por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a 
todos. 
Súmula 126 do TST Incabível o recurso de revista ou de embar-
gos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas. 
Súmula 266 do TST A admissibilidade do recurso de revista 
interposto de acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação 
de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os 
embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de 
violência direta à Constituição Federal. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 21
Súmula 221 do TST 
I - A admissibilidade do recurso de revista e de embargos por violação 
tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou 
da Constituição tido como violado. 
II - Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a 
melhor, não dá ensejo à admissibilidade ou ao conhecimento de 
recurso de revista ou de embargos com base, respectivamente, na 
alínea "c" do art. 896 e na alínea "b" do art. 894 da CLT. A violação há 
de estar ligada à literalidade do preceito. 
Súmula 333 do TST Não ensejam recursos de revista ou de 
embargos decisões superadas por iterativa, notória e atual 
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 Relembrando: Recurso de Revista: (Art. 897 da CLT) 
¾ Caberá Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do 
Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, 
em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, 
quando: 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da 
que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, 
ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, 
ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; 
 b) deremao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva 
de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento 
empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda 
a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, 
interpretação divergente, na forma da alínea a; 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou 
afronta direta e literal à Constituição Federal. 
¾ O Recurso de Revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será 
apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá 
recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a 
decisão. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 22
¾ O prazo para a interposição do Recurso de Revista será de oito 
dias. 
¾ Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho 
ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em 
processo incidente de embargos de terceiro, não caberá 
Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal 
de norma da Constituição Federal. 
¾ Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, 
obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência, nos 
termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a 
súmula respectiva para ensejar a admissibilidade do Recurso de 
Revista quando contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme 
do Tribunal Superior do Trabalho. 
¾ A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser 
atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula, 
ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal 
Superior do Trabalho. 
¾ Estando a decisão recorrida em consonância com enunciado da 
Súmula da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, 
poderá o Ministro Relator, indicando-o, negar seguimento ao 
Recurso de Revista, aos Embargos, ou ao Agravo de 
Instrumento. Será denegado seguimento ao Recurso nas 
hipóteses de intempestividade, deserção, falta de alçada e 
ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de 
Agravo. 
¾ Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente 
será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de 
jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e 
violação direta da Constituição da República. 
¾ O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, 
examinará previamente se a causa oferece transcendência com 
relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, 
social ou jurídica. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 23
Questão 49: Na execução por carta precatória, os Embargos de 
Terceiros que versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades 
da penhora, avaliação ou alienação de bens praticados pelo juízo 
deprecado serão oferecidos no juízo 
(A) deprecado, que terá também a competência para julgá-los. 
(B) deprecado, mas a competência para julgá-los será do juí-
zo deprecante. 
(C) deprecante, que terá também a competência para julgá-los. 
(D) deprecado, mas a competência para julgá-los será do Tribunal 
Regional do Trabalho competente. 
(E) deprecante, mas a competência para julgá-los será do Tribunal 
Regional do Trabalho competente. 
Comentários: Esta matéria está regulada pela Súmula 419 do TST. 
Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos 
de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo 
deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, 
salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da 
penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo 
deprecado, em que a competência será deste último. 
Questão 50: Da decisão do Tribunal Regional do Trabalho 
em Mandado de Segurança caberá recurso ordinário no prazo de 
(A) oito dias para o Tribunal Superior do Trabalho, correndo igual 
prazo para o recorrido e interessados apresentarem razão de 
contrariedade. 
(B) oito dias para o pleno do próprio Tribunal Regional do Trabalho, 
correndo igual prazo para o recorrido e os interessados apresentarem 
razão de contrariedade. 
(C) cinco dias para o Tribunal Superior do Trabalho, correndo igual 
prazo para o recorrido e em dobro para os interessados apresentarem 
razão de contrariedade. 
(D) cinco dias para o pleno do próprio Tribunal Regional do Trabalho, 
correndo igual prazo para o recorrido e os interessados apresentarem 
razão de contrariedade. 
(E) oito dias para o Tribunal Superior do Trabalho, correndo igual 
prazo para o recorrido e o dobro para os interessados apresentarem 
razão de contrariedade. 
CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 24
Comentários: A questão abordou a literalidade da Súmula 201 do 
TST, por isso, está correta a letra A. 
Súmula 201 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em 
mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) 
dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o 
recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 
............................................................................................................... 
Gabarito: 
038 - B 043 - B 048 - E
039 - C 044 - C 049 - A 
040 - E 045 – A 050 - A
041 - D 046 - B 
042 - E 047 - D 
............................................................................................................... 
Na próxima aula, postarei a última prova de nosso curso! 
Postarei na segunda-feira (19/07). 
Até lá! 
Abs. 
Déborah Paiva

Outros materiais