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Gestao de Custos V.2

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2021 - GESTÃO DE CUSTOS - Un 1 
Aspectos 
Introdutórios da 
Contabilidade 
de Custos 
Prof. Me. Moacir Gomes da Silva 
Apresentar conceitos, objetivos e classificação dos custos, destacando a 
importância da gestão de custos nas empresas. Abordar os sistemas de 
custeios tradicionais e contemporâneos. Análise do ponto de equilíbrio e a 
formação do preço de venda. Apresentar a Gestão estratégica de custos 
utilizando a análise custo/volume/lucro para a tomada de decisão, 
planejamento e análise de custos, bem como o efeito do mix de venda no 
lucro. 
A disciplina de Gestão de Custos visa estudar conceitos, sistemas de custeios, 
planejamento e análise de custos para serem utilizados no processo de gestão 
de custos, buscando fornecer informações que fundamentam o processo 
decisório organizacional. 
Oportunidades de aprendizagem 
Na Unidade 1, você terá a oportunidade de aprofundar a problematização 
sobre o tema da importância da gestão de custos e sistemas de custeio nas 
organizações. Este tema sempre é um ponto relevante em todas as 
organizações, desde microempresas até grandes organizações, organizações 
familiares e profissionais. Também iremos abordar os principais princípios e 
conceitos da área de gestão de custos. 
Apresentação Geral da Disciplina 
Falar da Gestão de Custos, faz recordar-me de vários projetos que participei 
em minha vida nas organizações por onde passei, foram muitos os momentos 
e reuniões discutindo como reduzir determinado custo, agora, faço uma 
reflexão ao escrever este texto de todos estes momentos e como eles eram 
importantes para as organizações que precisavam melhorar seus resultados e 
garantir a sua continuidade. Neste contexto, ao estarmos juntos neste 
conteúdo de gestão de custos, um tema fundamental e que se faz necessário 
a compreensão e o investimento do tempo dedicado aos estudos, são os 
conceitos iniciais da definição do que é custo e a sua importância para o 
mundo corporativo. Estes conceitos iniciais propiciam a você a habilidade 
necessária para os desafios, que se seguirão ao descrevermos os sistemas de 
custeio tradicionais em nossa história e os modelos mais contemporâneos, 
neste ponto, sobre os modelos de custeio, observei em minha vida de 
consultoria empresarial como sendo um dos principais pontos de atenção das 
organizações, ou seja, parte dos problemas relacionados à gestão financeira 
das organizações, como prejuízos econômicos, falta de dinheiro entre outros, 
que tinham em sua causa a forma das organizações estruturarem seu modelo 
de custeio, mais adiante estaremos abordando este ponto. Sobre os conceitos 
iniciais, a compreensão da diferença entre custos e despesas, assim como as 
terminologias de gastos fixos e variáveis. Na sequência é possível abordar o 
tema de alguns indicadores na área de custos, como análise de ponto de 
equilíbrio, margens, rentabilidade, lucratividade entre outros. Por que é 
importante entender de custos? Existe um fator dentro das empresas que, na 
grande maioria das organizações, tem uma dependência da gestão de custos 
que é a formação do preço de venda dos produtos e serviços. A formação do 
preço de venda é dependente de uma relação na gestão estratégica de custos 
denominada análise de Custo/Volume/Lucro, ou seja, a relação direta entre 
estas 3 variáveis da gestão econômica. Ao falar de gestão estratégica de 
custos, estamos nos referindo ao processo de planejamento, execução e 
controle, que permitirá por meio da gestão destas informações contribuir 
para o processo decisório econômico e financeiro das organizações. Outro 
ponto de destaque é observar como as organizações podem inserir em sua 
cultura um modelo baseado para resultados, onde uma das variáveis 
relevantes em seus processos decisórios são os custos. 
Em pauta 
Não deixe de ouvir o Podcast sobre a Gestão de Custos, abrindo o tema, 
assim como a contribuição da gestão de custos para as organizações, não 
deixe de ouvir. 
Apresentação do Autor - Disponível aqui 
Podcast de apresentação - Disponível aqui 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fvimeo.com%2F570299813%2Fdc2b360972&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHrVfB40_je5sjY0Ip16eKdz4sGvA
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fvimeo.com%2F570401956%2F4f55fe50d8&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFbfyoTxGM2A14RCIoV-QB5UnDDdA
Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
https://sites.google.com/view/2021-gesto-de-custos-un-1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1
2021 - GESTÃO DE CUSTOS - Un 1 
Aspectos Introdutórios da 
Contabilidade de Custos 
Lembro que o primeiro grande desafio, que tive em minha carreira como 
Diretor Financeiro foi elaborar um relatório de custos de uma grande 
organização da área de educação, que passava por um momento delicado em 
seus resultados financeiros e não conseguia realizar análises e decisões mais 
assertivas, por não possuir nenhum relatório de custos sobre os seus 
produtos e serviços que oferecia, mesmo sendo uma organização com mais 
de 40 anos de existência. Destaco também, que em vários trabalhos 
realizados em consultoria, esta foi uma realidade encontrada, poucas 
empresas com algum relatório de custos, que se identifica de forma clara a 
composição dos custos para a produção de algum produto ou prestação de 
serviços. Ou seja, quando estas empresas percebem que os resultados 
econômicos e financeiros apresentam pioras, lembram que não possuem 
algum reporte que possam ajudar para sair da situação complexa que se 
encontram. Planejar e implantar a gestão de custos em uma organização 
torna-se um grande desafio e a necessidade de encontrar profissionais 
competentes um desafio ainda maior. O mercado de oportunidades 
profissionais de gestão de custos no Brasil oferece muitas oportunidades. 
Então pergunto para você, como podemos, por meio da gestão de custos, 
garantir melhores resultados econômicos e financeiros para as organizações 
e assim garantir a sua perenidade? 
Bem, o que você faria então para implantar a gestão de custos em uma 
organização? O meu desafio que comentei anteriormente, de uma 
organização com mais de 40 anos ainda não possuir a gestão de custos, e eu 
na frente deste processo de implantação. Por onde começar? O que eu 
deveria fazer? Possuía conhecimento necessário para implantar a ferramenta 
de gestão de custos? As bases de dados da organização, sendo operacionais e 
financeiras, me permitiam subsidiar uma análise de custos? E o principal, os 
gestores da organização estavam preparados para trabalhar com a gestão 
estratégica de custos subsidiando o processo decisório deles? 
Você estará comigo no decorrer deste livro, ajudando a compreender este 
contexto e adquirindo conhecimentos necessários para podermos responder 
às dúvidas aqui sugeridas 
Ao observar os gestores de uma organização, percebe-se que o processo de 
tomar uma decisão possui um grau de complexidade relevante, porque ao 
tomar uma decisão se faz necessário um conjunto de competências e 
habilidades. 
Mas estes processos de tomar decisões nas organizações acontecem a todo 
momento, e o gestor, na abordagem da gestão de custos, precisa possuir os 
recursos adequados. 
No case anteriormente proposto, de como implantarmos a gestão de custos 
em uma organização, as competências necessárias que você irá trilhar são: 
● Ponto 1: compreender o contexto operacional das organizações; 
● Ponto 2: entender os conceitos da gestão de custos; 
● Ponto 3: escolher a metodologia de custeio adequada ao processo 
decisório. 
Para iniciar nossa conversa, vamos definir o que é uma gestão de custos na 
visão de alguns autores clássicos. Shank e Govindarajan (1997, p. 13) 
salientam que o surgimento da gestão estratégica de custos resulta da 
mistura de três temas subjacentes, cada um retirado da literatura sobre 
gestão estratégica: 
1. Análise da cadeia de valor; 
2. Análise de posicionamento estratégico; 
3. Análise dos direcionadores de custos. 
Cada um deles representa umacorrente de pesquisa e análise, em que a 
informação de custos é modelada sob uma luz muito diferente daquela em 
que é vista na contabilidade gerencial tradicional. 
Conforme Porter (1990, p. 31): 
A cadeia de valores desagrega uma empresa nas suas atividades de 
relevância estratégica para que se possa compreender o comportamento dos 
custos e as fontes existentes e potenciais de diferenciação. Uma empresa 
ganha vantagem competitiva, executando estas atividades estrategicamente 
importantes de uma forma mais barata ou melhor do que a concorrência. 
Conforme Porter (1990, p. 35), as atividades de valor da cadeia de valores 
demonstrados na figura 2, a seguir, podem ser genericamente divididas em 
atividades primárias, que correspondem às atividades envolvidas na criação 
física do produto e na sua venda e transferência para o consumidor e, assim, 
podem ainda ser subdivididas em cinco categorias – Logística Interna, 
Logística Externa, Operações, Marketing e Vendas e Serviço – e em 
atividades de apoio – que sustentam as atividades de apoio e a si mesmas por 
meio do fornecimento de insumos, tecnologia, recursos humanos e outras 
funções (PORTER, 1990). 
Figura 1 - Cadeia de Valores 
Fonte: Porter (1990, p.35). 
Michael Porter é um dos pesquisadores clássicos do posicionamento 
estratégico nas organizações ao enfrentarem as concorrências do ambiente, 
ou seja, as forças competitivas. Porter (2008) afirma que se pode definir o 
posicionamento estratégico da organização para superar a concorrência. 
São três as estratégias principais do posicionamento estratégico: liderança no 
custo total, diferenciação e enfoque. O posicionamento em liderança no custo 
é uma das diferenciações que se aplica em todo o ambiente produtivo. O 
posicionamento do enfoque refere-se ao mercado e sua participação, e o 
posicionamento da diferenciação de produzir serviços e produtos com um 
valor agregado diferente da sua concorrência. 
A abordagem na liderança do custo total é como fazer um produto ou serviço 
com custo menor que a concorrência 
Kim e Mauborgne (2005) definem que a criação do valor ocorre quando a 
organização obtém economias de custo mediante a eliminação e a redução 
dos atributos da competição setorial e aumenta o valor para os compradores, 
ampliando e criando atributos que nunca foram oferecidos pelo setor. 
Segundo SANTOS (1999, p.46), a gestão estratégica é definida como "o 
processo de tomada de decisões e a implementação de ações que visa a 
conceber, desenvolver, implementar e sustentar estratégias que garantem 
vantagens competitivas a uma organização". 
Megliorini (2007) aborda a dimensão da tecnologia que precisa ser utilizada 
com intensidade para a diferenciação na gestão de custos. 
Nesse sentido, os administradores, contadores, engenheiros de produção 
entre tantos outros profissionais organizam suas atitudes a fim de gerenciar 
os recursos disponíveis com custo compatível para seus produtos e serviços. 
Desta forma, a gestão de custos está relacionada ao gerenciamento 
inteligente dos gastos que uma organização opera em seus processos 
produtivos (indústria, comércio e serviço), ou seja, de forma eficiente afim de 
potencializar suas ações como: melhor margem de lucro; oportunidades de 
investimentos com resultados esperados; processo decisório mais assertivo; 
planejamento consciente; entre outros. 
A gestão de custos é um ramo da contabilidade, que assim como a 
contabilidade, classifica, registra, organiza, aloca, relata, organiza os gastos da 
organização do passado, presente e futuro, gerando um conjunto de 
informações para auxiliar o processo de gestão dos gestores. Estas 
informações subsidiam então o processo de gestão que compreende desde o 
planejamento, execução e controle. 
Segundo Santos et al . (2015, p.11) 
Dessa forma, pode-se conceituar que o custo como sendo o consumo de 
ativos necessários para a produção do produto ou para colocação da 
mercadoria às disposições dos clientes no estabelecimento comercial, de 
forma que a empresa alcance os seus fins específicos, expressos em termos 
monetário, ou para prestação de serviços aos clientes. 
Quando falamos do Objeto de estudo da gestão de custos, podemos dizer que 
são muitos, pois ele está relacionado em como a organização se estrutura, 
sendo os principais objetos os relacionados aos processos produtivos e 
processos administrativos, ou seja, os produtos que são fabricados, 
comercializados e serviços prestados. Neste processo de produção existem 
os estoques de insumos, estoque de produtos acabados, mão de obra direta, 
entre outros. 
Toda ciência possui seus objetivos e a contabilidade ou gestão de custos não 
poderia ser diferente, podemos elencar alguns objetivos: 
a) Fornecer informações para o processo decisório de uma organização, 
em seus mais diversos níveis hierárquicos (gerenciais), para as 
etapas de planejamento, execução e controle. Estas informações 
auxiliam na formação do preço de venda, quantidades a serem 
produzidas, redução de gastos, melhoria de processos etc. 
b) Comparar por meio do controle de custos os gastos planejados e 
realizados, apurando assim os pontos de atenção e melhoria de 
desempenho. Sendo assim, o custo subsidia outra ferramenta de 
gestão chamada orçamento. 
c) Determina o lucro da organização (rentabilidade e lucratividade), 
por meio da apuração do resultado de determinado período. 
d) Permitir a avaliação de estoques para atender demandas legais e 
fiscais. 
e) Apurar o custo dos produtos fabricados ou produzidos e dos 
serviços prestados, em caso de empresas comerciais o custo da 
mercadoria vendida. 
Conecte-se 
Indico a leitura do artigo Evolução Histórica da Contabilidade e dos Sistemas de 
Gestão de Custos para compreender um pouco do contexto histórico da gestão 
de custos e a relevância para as organizações. A gestão de custos como um 
instrumento para alcançar os resultados desejados e garantir o aumento de 
produtividade e lucratividade. Boa leitura! 
Disponível aqui 
A importância da gestão de custos nas organizações, atualmente, é ponto 
crítico de sucesso, pois conhecer os custos operacionais torna-se uma 
informação estratégica para a manutenção da organização em seu ambiente e 
promove seu crescimento, mas existem alguns pontos de destaque: 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F8430&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHln4RCCcsIcNnUMBhTQuwcDi3n2Q
Os benefícios com um software de gestão são inúmeros, podemos citar 
alguns: 
a) Aumento de Lucros; 
b) Melhor eficiência operacional e administrativa; 
c) Garante competitividade no mercado; 
d) Permite analisar os gastos, suas classificações e impactos nos 
resultados; 
e) Permite encontrar seu ponto de equilíbrio econômico e financeiro. 
Em relação aos conceitos básicos é importante você entender corretamente 
os conceitos referentes à gestão de custos. A relevância deste tema está 
também relacionada à comunicação, pois a gestão de custos inicia na 
comunicação entre colaboradores ou áreas de uma organização, onde 
precisamos entender os eventos operacionais e administrativos que ocorrem 
na organização para poder registrar estes eventos de forma adequada e gerar 
informações ao processo decisório. 
Além da comunicação, as corretas compreensões dos seis itens, a seguir, 
conceituados indicam uma boa prática de gestão, pois pode parecer que eles 
representam as mesmas coisas para pessoas com pouco conhecimento na 
área econômica e financeira, mas a correta classificação influência em 
diversas outras dimensões de gestão econômica e financeira de uma 
empresa, como a gestão de fluxo de caixa, elaboração do balanço patrimonial, 
análise de indicadores, elaboração de projeções, entre outros. 
Outro ponto relevante após uma correta classificação é compreender quais 
são os produtos e serviços que apresentam margens de contribuição 
suficientes para que a empresapossa ter lucro econômico e financeiro em 
suas operações. 
A necessidade da classificação está interligada com a própria ciência contábil, 
que precisa evidenciar a informação para sua finalidade e funcionalidade a 
que se destinam. 
Atenção 
O futuro demanda uma competição digital cada vez mais acirrada. Desta 
forma, o acesso às informações certas no momento adequado para o 
processo decisório torna-se fator crítico de sucesso. Muitos são os desafios 
para a gestão de custos das organizações, mas eu gostaria de citar algumas: 
a) Acompanhar as mudanças tecnológicas; 
b) Acompanhar as normativas nacionais e internacionais das práticas 
contábeis; 
c) Atender demandas de reportes (relatórios) mais adequados ao 
processo decisório; 
d) Capacitação em ferramentas de gestão de informações, como 
exemplo o BI ( business inteligence) entre outras. 
Agora, eu e você estaremos conversando sobre os seguintes termos: Gastos, 
Custos, Despesas, Investimentos, Perdas e Desperdício, segue: 
Gastos 
A terminologia de gasto é um conceito amplo na gestão de custos. De acordo 
com Wernke (2005), gasto é uma terminologia utilizada para descrever as 
operações ou transações econômicas/financeiras realizadas por uma 
organização. Estas operações se materializam por meio de obrigações 
contraídas com terceiros, sejam fornecedores, bancos, colaboradores entre 
outros. Estas obrigações podem estar relacionadas à aquisição de matérias- 
primas, mão de obra, insumos em geral. O gasto está relacionado a todas as 
operações que precisam do seu respectivo pagamento em algum momento, 
sejam de ordem operacional ou administrativa, assim como operações de 
investimentos. 
Custos 
Todo e qualquer valor (gasto), que é aplicado no processo produtivo de 
mercadorias e oferta de prestação de serviços, é classificado como um custo. 
Como exemplos de gastos classificados como custo, temos: matéria-prima, 
energia elétrica, água, mão de obra, manutenção de máquinas e 
equipamentos, aluguel da fábrica, entre outros. 
Em uma dimensão financeira são os recursos aplicados diretamente nos 
processos de produção ou da oferta de serviços que atendem às atividades 
fins da organização. Sem o custo uma empresa não consegue realizar seus 
fins, ou seja, o custo é um fator elementar para a geração de receitas e 
obtenção de lucros. O importante é a organização encontrar uma relação 
entre o aumento das receitas relacionadas ao aumento de custos e possível 
aumento dos lucros, o que nem sempre é possível. 
Na visão de Martins et al . (2015, p. 9) é a expressão monetária do consumo, da 
utilização ou da transformação de bens ou serviços no processo de outros 
bens ou serviços. Ou seja, todo gasto, desde o início até a finalização da 
produção de um produto ou a prestação de um serviço é considerado um 
gasto classificado como Custo. 
Despesas 
Poderíamos iniciar a conceituação de despesas informando que despesa não 
é custo, pode parecer óbvio, mas este é um ponto de maior erro de 
compreensão por quem não tem conhecimento sobre o tema de gestão de 
custos. Despesa é o que não está relacionado ao processo de produção de 
produtos ou mercadorias e a oferta de serviços. Iniciando uma conceituação 
mais técnica corresponde aos recursos desembolsados no processo de 
administração geral da organização, assim como o objetivo de manter as 
atividades da empresa para a geração de receitas. As despesas, assim como os 
custos reduzem seu lucro, mas são gastos necessários para o funcionamento 
da organização, exemplo de despesas são: gasto com propaganda, comissões 
de venda para os vendedores, salários de áreas administrativas, entre outros. 
Desperdícios 
Os gastos que estejam ocorrendo na organização, que não agregam valor as 
suas atividades são compreendidos como desperdícios, pois eles não agregam 
valor nem para a organização e nem para o cliente, ou seja, todos perdem 
neste processo. O desperdício afeta o lucro de uma empresa, reduzindo-o. 
Como exemplo de desperdícios, podemos citar vários fatores: 
Excesso de estoques de produtos acabados ou matéria-prima; 
Transporte: movimentações de produtos, itens, equipamentos de forma 
desnecessária; 
Ociosidade de tempo das equipes (pessoas) ou de máquinas e 
equipamentos; 
Excesso de produção além da demanda de vendas, ocasionando o item 1, 
excesso de estoques; 
Fabricação de produtos com defeito ou serviços prestados fora do 
desejado pelo cliente. 
Perdas 
Claro que a perda é algo não desejado em qualquer momento da vida de uma 
pessoa física ou uma pessoa jurídica (organizações), mas elas acontecem e 
afetam os resultados de uma empresa, redução de seus lucros e margens de 
lucratividade. A perda ocorre em eventos indesejados (anormais) no 
ambiente produtivo ou administrativo de uma empresa, elas não fazem parte 
das operações, mas ocorrem. As perdas em grande parte não podem ser 
previstas de ocorrerem, mas muitas organizações se preparam para evitá-las, 
por meio de mecanismos de prevenção. 
Exemplos de situações que podem gerar uma perda são: incêndios, acidentes, 
inundações, furtos, roubos entre outros. 
Investimentos 
Um gasto necessário para a continuidade de uma organização são seus 
investimentos, ou seja, todo gasto desembolsado na expectativa de aumentar 
os resultados da empresa no futuro. Por exemplo, na compra de uma máquina 
para o processo de produção, item este que geralmente despende grandes 
montantes de recursos financeiros para sua aquisição, precisam contribuir 
com vários períodos de resultados da empresa, meses e anos. Importante 
também no exemplo citado, que a compra desta máquina pode possibilitar um 
aumento de produção e aumento de vendas. 
Uma outra abordagem é compreender que o investimento é um alto gasto 
inicial em um objeto que irá contribuir nos resultados de médio e longo prazo 
da empresa. O pagamento deste investimento com o passar do tempo se deve 
ao aumento de produção, vendas e resultados. 
Antes da realização de um investimento, estudos são necessários para 
projetar o uso deste novo objeto e seus resultados futuros, pois este 
investimento pode tornar-se uma perda. 
Exemplo de investimentos são: aquisição de uma nova máquina, de um 
terreno, de um prédio, de instalações, veículos, entre outros. 
Na Figura 2, a seguir, conforme Wernke (2005), temos uma síntese dos 
conceitos vistos até este momento: 
Figura 2: Síntese das Definições Básicas 
Fonte: Wernke (2008). 
Além dos conceitos observados até este momento, outras 4 variáveis 
precisam ser compreendidas. Todo gasto pode ser um Custo ou uma Despesa, 
além desta classificação outras quatro precisam ser realizadas, se o custo ou 
despesa são: 
a) Variável ou Fixo; 
b) Direto ou Indireto. 
Na figura, a seguir, temos uma visão geral dos critérios de classificação de um 
gasto: 
Figura 3 - Resumo dos Conceitos e Classificações 
Fonte: Perez Jr. et al. ( 2010) . 
As despesas podem ser classificadas em fixas ou variáveis. Conforme Figura 
3, a despesa fixa não varia conforme volume de vendas de uma empresa, ou 
seja, independente da organização comercializar uma unidade ou várias 
unidades de seu produto, este desembolso de dinheiro irá ocorrer e não está 
vinculado à quantidade de produtos vendidos. Exemplo de despesas fixas são: 
aluguel, material de escritório, despesas administrativas entre outros. 
As despesas variáveis estão vinculadas de forma direta ao volume de vendas 
(receitas) da organização. Elas irão ocorrer de forma proporcional a este 
aumento de vendas. Um exemplo clássico de despesas variável é a comissão 
de vendedores sobre as vendas realizadas. 
Em relação aos custos, a classificação é diferente da despesa na relação ao 
volume de vendas, aqui, a variação da produção que irá determinar as 
classificações em fixa ou variável. O custo fixo ocorre independente do 
montante de produtos produzidos, assim como os custos variáveis ocorrem 
conforme o volumede produção. 
Os outros dois critérios de classificação dos Custos e Despesas são: Direto ou 
Indireto. 
Os custos direto são gastos que possibilitam serem identificados de forma 
objetiva por meio de sistemas de controle do sistema produtivo. Quando não 
existem estes controles, a apropriação dos gastos deve ocorrer por meio de 
rateios, ou seja, de forma subjetiva. 
Despesas diretas são, nada mais, do que as despesas variáveis, pois são as 
despesas que estão diretamente (por isso do nome) ligadas à atividade-fim da 
empresa, ou seja, à produção e venda do produto ou serviço. 
Após a compreensão da classificação dos gastos, as metodologias de custeio 
determinam o valor apropriado aos produtos produzidos ou serviços 
prestados. 
Os métodos de custeio, dependendo de sua metodologia, podem ter 
finalidades e objetivos específicos. Estas metodologias existem para atender 
às necessidades das empresas. As principais finalidades dos métodos de 
custeio são de medir, avaliar, mensurar os objetos de estudo da gestão de 
custos, desta forma, os métodos de custeio contribuem na geração de 
informações para os mais diversos usuários e, assim, contribuir em seus 
processos decisórios de forma confiável, relevante e oportunas. 
Para Megliorini (2007, p. 2), “existem diferentes métodos de custeio, que são 
adotados de acordo com os objetivos visados pela empresa”. 
Os métodos de custeio determinam o valor de custo a ser imputado a um 
único produto produzido, serviço ou mercadoria. O método de custeio é o 
caminho a ser percorrido que determina o resultado (lucro ou prejuízo) da 
comercialização de um produto, serviço ou mercadoria. O método de custeio 
precisa do detalhamento dos custos de produção e a sua adequada 
classificação. 
Por que as determinações dos valores unitários de custos de cada unidade 
produzida são importantes? Porque estes dados, por exemplo, são utilizados 
para determinar o valor dos estoques, que serão informados à contabilidade 
para elaboração das demonstrações financeiras, o valor unitário também 
ajuda na determinação da rentabilidade de cada produto, contribui na 
formação do preço de venda, na eliminação de produtos com altos custos de 
fabricação, na ampliação de linhas produtivas rentáveis etc. 
Inspire-se 
Uma sugestão de um vídeo para que você possa se inspirar é a história de 
superação de alguns participantes de um vídeo sobre a gestão de custos 
produzido pelo SEBRAE do Estado de São Paulo. 
Disponível aqui 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F8431&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHu_rR_L2gDFRWjcCHyAwS4qvhgNA
Os métodos de custeio que existem na literatura e na prática são inúmeros. A 
organização precisa escolher o método que mais esteja aderente a forma de 
mensuração de seus gastos de produção. Esta escolha nem sempre é um 
processo fácil, porque sua escolha depende dos objetivos e necessidades de 
cada empresa e cada método possui suas vantagens e desvantagens. 
Na Figura 4, a seguir, é possível observamos um modelo de método de 
custeio, que demonstra por meio de um fluxograma como os custos são 
apropriados até obter o custo de produção. A Figura também demonstra 
como acontece uma alocação de gastos do que chamamos na literatura de 
metodologia tradicional, observem na figura os custos indiretos e sua 
apropriação. 
Figura 4 - Custo de Produção – Metodologia Tradicional 
Fonte: Hofer et al. (2007). 
Observe que a análise e a interpretação da figura iniciam-se com os custos 
indiretos, parte-se do princípio que a organização classificou seus custos em 
direto e indireto de forma prévia. 
Os custos indiretos indicados na Figura 4, que possui como exemplo gastos 
com energia, água, qualidade, manutenção, administrativo da produção são 
alocados aos custos de produção indicado na figura por meio de rateio (base 
de rateio). Depois da base de rateio, estes gastos são apropriados aos custos 
de produção. 
Os custos diretos da figura são Insumos e Mão de Obra, que são apropriados 
aos custos de produção sem interferência de bases de rateio. 
A compreensão de rateio é uma forma de divisão dos gastos (custos), estes 
gastos são concentrados em uma base de valores para rateio (base de rateio). 
Esta divisão considera critérios de apropriar os custos indiretos de forma 
indireta aos produtos. Esta divisão pode levar certo grau (maior ou menor) de 
subjetivismo. Modelos matemáticos ou estatísticos podem contribuir na 
diminuição do subjetivismo. 
Os exemplos de custos mais comuns que são rateados em função da sua 
própria natureza são: aluguel, depreciação, energia elétrica, seguro 
patrimonial, materiais indiretos, mão de obra indireta entre outros. 
Os métodos de custeio mais utilizados e citados na literatura são: 
a) Custeio por absorção; 
b) Custeio Variável. 
c) Custeio RKW; 
d) Custeio por atividades; 
Custeio por Absorção 
Para Megliorini (2001, p. 3), o método de custeio por absorção é mais antigo 
das metodologias. É o método que aloca aos produtos produzidos ou 
fabricados todos os custos inerentes ao processo fabril, sejam direto ou 
indiretos, fixo ou variável. Nesta metodologia, os custos fixos indiretos serão 
atribuídos ao produto em forma de rateios. É uma metodologia considerada 
tradicional. 
Este método no Brasil é aceito pela legislação fiscal para a valoração dos 
estoques e tem sua padronização fiscal a longa data. 
Para Martins (2003, p. 37) custeio por absorção: 
[...] consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens 
elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de 
produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. 
Este método para fins gerenciais possui limitações, devido principalmente aos 
rateios realizados para os produtos e serviços que possuem certa 
subjetividade. Os rateios dos custos indiretos de fabricação, que são 
absorvidos para as unidades produzidas, são considerados de certa forma 
como arbitrários, não atribuindo o custo real ao produto ou serviço. 
Padoveze (2006) contrapõe que além de ser um método de custeio aceito 
pela legislação fiscal e contabilidade financeira é um método menos oneroso 
em seu processo de implantação e manutenção com o tempo. 
Na Figura 5 é possível observar o processo completo do funcionamento do 
método de custeio por absorção: 
Figura 5 - Fluxo do Método por Absorção – Metodologia Tradicional 
Fonte: Martins (2000, p.62). 
Reforçando pela Figura 5 que os custos diretos são alocados direto aos 
produtos A, B e C, enquanto os custos indiretos são alocados via rateio. 
Para obtermos o resultado final da organização conforme Figura 5, observa- 
se o valor da Vendas, menos as despesas e menos os custos de produtos 
vendidos. 
Custeio Variável 
Para Megliorini (2012), diferente do custeio por absorção, no custeio variável 
somente os custos variáveis são alocados aos produtos e serviços. 
Complementando esta abordagem Leone (1997, p. 322) argumenta que: 
[...] fundamenta-se na ideia de que os custos e as despesas que devem ser 
inventariáveis (debitados aos produtos em processamento e acabados) 
serão apenas aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva 
e que sejam variáveis em relação a uma medida (referência, base e volume) 
dessa atividade. Os demais custos de produção, definidos como periódicos, 
repetitivos e fixos, serão debitados diretamente contra o resultado do 
período. 
Nesta metodologia, o contraponto é que a organização consegue evidenciar 
os custos fixos, que são gastos que ocorrem e não tem variação com o volume 
da produção, ou seja, a estrutura fixa da organização. Desta forma, a 
organização evidencia de uma parte os custos variáveis que são alocados aos 
produtos e serviços resultando em uma margem, chamada de margem de 
contribuição. 
A margem de contribuição é o resultado da receita operacional menos os 
custos variáveis. O resultado encontradodeverá contribuir para pagar os 
custos fixos da organização, por isso, a terminologia “contribuição”. 
No Quadro 1, a seguir, o resumo das vantagens e desvantagens deste modelo: 
Quadro 1 - Vantagens e Desvantagens do Método Custeio Variável 
Fonte: Bubois, Kulpa e Souza (2006, p.130) [ACCdSB1] [VVB2] 
Custeio RKW (Método das seções homogêneas) 
Nesta metodologia, a organização é dividida em centros de custos, assim os 
custos primeiramente são alocados aos centros de custos e depois alocados 
por bases de distribuição aos produtos e serviços. Os gastos são 
integralmente alocados a todos os produtos e serviços (custos e despesas). 
As criações dos centros de custos, na grande maioria das implantações, estão 
vinculadas ao organograma hierárquico da empresa, ou seja, cada área pode 
ser um centro de custo. O centro de custo é uma unidade de controle, que 
pode ter um responsável pelo seu acompanhamento, na maioria dos casos o 
gestor daquela área. 
A implantação do método de custeio RKW pode ser sintetizado em algumas 
etapas, sendo: 
a) Primeiro a classificação dos gastos, no caso os custos; 
b) Implantação da divisão da empresa em centros de custos; 
c) A identificação dos custos do item A agora alocados para cada centro 
de custo; 
d) Como no método custeio por absorção, agora, alocamos os centros de 
custos das áreas indiretas para os centros de custo classificados como 
direto; 
e) Apropriação dos custos que foram alocados nos centros de custos 
para os produtos e serviços (fase final da alocação de custos). 
Custeio por Atividades 
Com o avanço das tecnologias nos últimos anos e a intensificação da 
competição corporativa mundial, a gestão dos recursos torna-se ponto 
imperativo para a sobrevivência das organizações. A demanda por 
informações econômicas e financeiras cada vez mais assertiva, torna-se item 
básico de perenidade. Neste contexto são necessárias metodologias de 
custeio mais alinhadas a este mercado competitivo e o Custeio por 
Atividades, ou Custeio Baseado por Atividades (ABC) é uma destas 
metodologias mais contemporâneas. 
O ABC é um método de custeio que aloca os gastos por meio de 
direcionadores, primeiro aloca para as atividades para depois alocar aos 
produtos ou serviços ofertados. Esta metodologia surgiu na década de 80. 
No Quadro 2, as vantagens e desvantagens do método Custeio ABC: 
Quadro 2 - Vantagens e Desvantagens do Método ABC 
Fonte: Nakagawa (1994) . 
Em pauta 
Não deixe de ouvir o Podcast sobre Custos Ocultos. Os custos ocultos são 
gastos que ocorrem nas organizações que não conseguimos trazer para a 
“LUZ”, ou seja, o trazer para a luz é elucidar esta informação na contabilidade. 
Muitos eventos de gastos que ocorrem na organização, não são registrados 
de forma adequada e, desta forma, podemos ter uma informação com dados 
incorretos. 
Disponível aqui 
Na prática 
Não deixe de assistir o Na Prática, no qual estamos abordando o tema da 
gestão de custos e como as organizações se utilizam das ferramentas de 
custos na prática do seu dia a dia, não deixe de assistir. 
Disponível aqui 
Até este momento, eu e você observamos a importância da gestão de custos e 
as principais classificações a serem realizadas na prática na gestão de custos. 
A classificação adequada determina uma correta mensuração dos eventos 
operacionais de uma organização e, assim, determina a qualidade dos 
relatórios e análises que serão realizados para o processo decisório. 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10501&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFnqIxIL0z0CH51syOyd7DjBuvqoQ
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A carreira na área de gestão de custos, o que alguns também chamam de 
contabilidade de custos, possui um campo de oportunidades imenso, pois por 
meio da gestão de custos mensuramos os valores dos custos e despesas de 
uma organização e, assim, podemos estimar seus resultados presente e do 
futuro. 
Muitas são as competências desejadas para o desempenho profissional desta 
área, aqui, elencamos três: 
Conhecimento dos tipos de gastos que uma organização realiza; 
Entender o impacto dos novos investimentos a realizar pela 
organização e seus impactos nos custos; 
Gerar e analisar relatórios de custos e indicar as melhores decisões ao 
processo decisório. 
Avançar 
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AGORA É COM VOCÊ 
Você agora irá realizar uma atividade prática de relevante importância na 
mensuração adequada dos gastos de uma organização, para assim determinar 
os custos e despesas de um processo de gestão. Este é um dos passos para a 
implementação da gestão de custos em uma organização. 
Na Tabela 1, a seguir, você irá marcar um X na coluna que identifica o tipo de 
gasto que está ocorrendo na organização. Para cada linha do tipo de gasto só 
existe uma opção de classificação entre Custo, Despesa, Perda, Desperdício e 
Investimentos (nas colunas), vamos em frente: 
Tabela 1 - Classificação dos tipos de gastos 
Fonte: o Autor. 
Orientação de resposta 
Tabela 2 - Classificação dos tipos de gastos - Gabarito 
Fonte: o Autor. 
Avançar 
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REFERÊNCIAS 
DUBOIS, A.; KULPA, L.; SOUZA, E. L. Gestão de Custos e Formação de 
Preços : conceitos, modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e 
da margem de competitividade. São Paulo: Atlas, 2006. 
HOFER, E. S. et al . Gestão estratégica de custos na cadeia de valor do leite e 
derivados. Custos e Agronegócio on-line , [S.l], v. 3, maio. 2007. 
KIM, W. C.; MAUBORGNE, R. A estratégia do oceano azul : como criar novos 
mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
LEONE, G. G. Custos : planejamento, implementação e controle. São 
Paulo: Atlas, 1997. 
MARTINS, E. Contabilidade de Custos . São Paulo: Atlas, 1995. 
MARTINS, E. Contabilidade de Custos . 7. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
MARTINS, E. Contabilidade de custos . 9. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003. 
MARTINS, E.; ROCHA, W. Métodos de custeio comparados : Custos e 
Margens Analisados sob Diferentes Perspectivas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 
2015. 
MEGLIORINI, E. Custos . São Paulo: Makrin Books, 2001. 
MEGLIORINI, E. Custos : análise e gestão. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. 
MEGLIORINI, E. Custos : análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2012. 
NAKAGAWA, M. ABC : Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, 
1994. 
PADOVEZE, C. L. Introdução a contabilidade com abordagem para não 
contadores . 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2006. 
PEREZ JR, J. H. et al . Gestão Estratégica de Custos . 6. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
PORTER, M. E. As cinco forças competitivas que moldam a 
estratégia. Harvard Business Review , [S.l], p. 55-69, jan. 2008. 
PORTER, M.E . The competitive advantage of nations . New York: 
The Free Press, 1990. 
ROCHA, W. Contribuição ao estudo de um modelo conceitual de 
sistema de informação de gestão estratégica . Tese (Doutorado) - 
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, 
Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. 
SANTOS, R. V. Modelagem de sistemas de custos. Revista do Conselho 
Regional de Contabilidade de São Paulo , São Paulo, n. 7, p. 62-74, abr. 1999. 
SANTOS, J. L. et al . Manual da contabilidade de custos . São Paulo: Atlas, 
2015. 
SHANK, J. K.; GOVINDARAJAN, V. A revolução dos custos : como 
reinventar e redefinir sua estratégia de custos para vencer em mercados 
crescentemente competitivos. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 
WERNKE, R. Análise De Custos E Preços De Venda : Ênfase em aplicações e 
casos nacionais.São Paulo: Saraiva, 2005. 
WERNKE, R. Gestão financeira : ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio 
de Janeiro: Saraiva, 2008. 
Avançar 
https://sites.google.com/view/2021-gesto-de-custos-un-1/p%C3%A1gina-inicial/editorial
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2021 - GESTÃO DE CUSTOS - Un 1 
EDITORIAL 
Lattes 
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O que não tem no meu currículo 
Profile 
Meu nome é Moacir Gomes da Silva, um apaixonado pelo mundo das finanças 
e grande admirador pela área de tecnologia. Sou formado em Ciências 
Contábeis com especialização em Controladoria, MBA em Gestão de 
Projetos, MBA em Finanças e Políticas Fiscal e também Especialização em 
Business Intelligence . Meu Mestrado é em Educação e Novas Tecnologias. 
Nestes últimos 17 anos atuando como Diretor Financeiro e Administrativo 
em grandes organizações, principalmente, em organizações da área de 
Educação. Também sou formado em outras duas graduações em Engenharia, 
sou Engenheiro Elétrico e também sou Engenheiro de Computação. As 
especializações na área de tecnologias são: desenvolvimento Mobile e Game 
Design. Busco na minha formação a convergência das finanças, tecnologia e 
educação. Atuando como professor universitário nos últimos 20 anos em 
diversas instituições de ensino, assim como consultor nas áreas de finanças, 
análise de investimentos, gestão de custos e controladoria. Atualmente, 
cursando graduação em Licenciatura em Pedagogia. 
O que não tem no meu currículo 
Quando criança, eu observava meus pais e ouvia eles conversarem sobre uma 
coisa chamada dinheiro, não conseguia compreender exatamente o que 
aquilo representava naquele momento, ouvia deles também palavras como 
orçamento, salário, custos, contas para pagar etc. Na adolescência, tive a 
percepção mais clara do que o dinheiro representava para uma família e o 
quanto meu pai e mãe tinham dificuldades em realizar a gestão financeira do 
mês, sempre com muita dificuldade e dívidas para pagar. Isto acabou 
direcionando minha curiosidade e formação em compreender o mundo das 
finanças e poder ajudar pessoas e organizações a não passarem por 
dificuldades como observava meus pais passarem. 
Sou apaixonado pela leitura e pelos estudos, e nos últimos anos, estou 
procurando complementar minha visão financeira do mundo com dimensões 
complementares do impacto da tecnologia, educação no comportamento 
decisório das pessoas e organizações sobre finanças e custos. 
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Gosto muito de praticar corrida de rua, sou torcedor do Flamengo e tenho um 
filho maravilhoso chamado Gabriel. 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a 
Distância; 
SILVA, Moacir Gomes d a. 
Gestão de Custos . 
Moacir Gomes da Silva. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Gestão. 2. Custos. 3. Preço. 
4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 372 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Head de pós-graduação Victor V. Biazon 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Recursos Educacionais Digitais 
Fotos : Shutterstock 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância 
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
Retornar 
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Página inicial 
Formação de 
Unidade 2 
Agora é com você 
Preço 
Referências 
Editorial 
Prof. Me. Moacir Gomes da Silva 
Oportunidades de aprendizagem 
Prezado (a) estudante, as oportunidades de aprendizagem desta unidade 
estão relacionadas aos elementos centrais dos elementos de uma 
Demonstração de Resultados (DRE) e o quanto estes elementos contribuem 
para análises de pontos de equilíbrios, assim como na formação do preço de 
venda de produtos e serviços. 
Avançar 
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https://sites.google.com/view/2021-gestodecustos-un2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2
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Formação de Preço 
Eu gosto muito quando entramos no tema da precificação, porque, aqui, meu 
desafio é compreender como o preço de um produto ou serviço é formado. 
Quando falamos de preço, entramos em uma das variáveis mais complexas na 
gestão dos negócios. Gosto quando entramos neste tema, nos conteúdos de 
gestão de custos, principalmente, quando na ementa da disciplina este tema 
está proposto, pois nem sempre faz parte de algumas especializações. O 
desafio é qual caminho escolher para a precificação de um produto ou 
serviço, seja pelo caminho de que o mercado determina o valor das coisas, 
seja pela contabilidade que calcula o valor das coisas, ou um caminho 
alternativo, com a mistura do mercado e contabilidade, qual caminho seguir? 
Uma organização passa por uma situação inusitada, ela está praticando um 
determinado preço aos seus clientes em um dos de seus principais produtos, 
mas ao acompanhar os relatórios econômico e financeiro do determinado 
produto, percebe que o resultado não está atingindo os resultados desejados. 
Desta forma, a organização precisa tomar uma ou mais decisões de como 
melhorar seu resultado econômico e financeiro. Alguns caminhos são 
possíveis: 
a) aumentar o preço do produto e melhorar sua margem de lucro; 
b) reduzir seus custos de produção; 
c) aumentar o parcelamento da venda a prazo para seus consumidores; 
d) O que você faria? 
Tomar uma decisão não é um passo simples, principalmente, quando estamos 
conversando sobre o resultado econômico e financeiro. Aumentar o preço ou 
reduzir os custos, qual a melhor decisão, imagino que você está pensando em 
uma das alternativas ou outras. 
Este desafio acontece todos os dias nas organizações, captar recursos para 
sua operação e investimentos, negociar prazos, taxas de juros, como investir, 
que ferramenta usar para controlar etc. O contexto, a princípio simples, 
torna-se complicado (complexo) quando não utilizamos técnicas de análise 
apropriadas na gestão financeira e na gestão de custos. 
No case proposto, as três alternativas são válidas, mas o contexto não possui 
todas as informações necessárias para termos a melhor decisão neste 
momento. 
Quais as competências (conteúdo e habilidade) são necessários para 
conseguir resolver este estudo de caso? 
● Ponto 1: a compreensão do contexto, ou seja, o diagnóstico do 
cenário; 
● Ponto 2: capacidade para compreender as informações necessárias 
para a análise; 
● Ponto 3: conhecimento sobre custos, suas classificações, 
metodologias de precificação. 
Eu e você iniciamos esta fase conversando sobre Elementos do 
Demonstrativo de Resultados, pois por meio deste demonstrativo o acesso às 
informações necessárias para o custeio e formação do preço de venda. 
O balizador dos elementos que compaaõem um demonstrativo de resultados 
econômicos/financeiros no Brasil é a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 
1976, Lei das Sociedadespor Ações . As organizações devem registrar suas 
operações financeiras na seguinte ordem: 
● Receita Bruta; 
● Receita Líquida; 
● Custo do Produto ou Serviço Vendido; 
● Resultado Bruto; 
● Despesas Operacionais: 
o Despesas com Vendas; 
o Despesas Gerais e Administrativas; 
o Outras Receitas/Despesas Operacionais. 
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● Resultado Operacional Antes dos Impostos e Receitas/Despesas 
Financeiras; 
● Receitas/Despesas Financeiras; 
● Resultado Operacional Antes dos Impostos; 
● Impostos; 
● Resultado Líquido (Lucro ou Prejuízo Líquido). 
Vamos precisar compreender a definição e conceitos das principais linhas, 
para que a classificação adequada seja registrada em cada operação da 
empresa, seja receita, sejam custos e despesas e seus resultados. Na Lei 
6.404/76, este demonstrativo de resultado recebe uma nomenclatura de 
DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício, um dos principais relatórios 
econômicos da gestão financeira e contábil de uma organização e também 
utilizado pelo mercado de ações para suas análises de precificação do valor 
das ações das empresas de capital aberto. 
A DRE evidencia a situação econômica da organização. É apresentada de 
forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas se subtraem os gastos (custos e 
despesas) e, em seguida, evidencia-se o resultado (lucro ou prejuízo). 
Para iniciarmos a descrição de cada item, começamos com a Receita. A 
Receita na DRE é a primeira linha a ser registrada e analisada, pois atende um 
dos princípios da ciência contábil, Princípio da Realização da Receita e 
Confrontação da Despesa, este princípio determina que no momento que a 
receita é apropriada para compor o resultado do exercício da empresa, que 
pode ser mensal, anual etc., da mesma forma, suas despesas (gastos) que 
foram necessárias para a obtenção daquela receita também precisam ser 
apuradas naquele período/resultado. 
Conforme a Teoria Contábil do Lucro, as receitas são consideradas no 
momento que a organização realiza a venda do bem ou serviço contratado 
pelo cliente, já os gastos que foram necessários para a realização daquela 
receita devem ser apurados no mesmo resultado. Isto permite relacionar os 
gastos com as suas receitas e, assim, o resultado do período poderá refletir o 
mais próximo possível a realidade da organização. 
Um olhar para as receitas é o dinheiro (recurso) gerado pela organização, 
representa a quantidade de dinheiro que a organização realizou, não 
necessariamente a empresa possa ter já recebido este dinheiro, pois as 
vendas podem ter ocorrido a prazo, mas na DRE já registramos esta venda. 
Ao realizarmos uma venda, cada empresa possui uma gestão financeira que 
permite que as vendas sejam à vista ou parceladas. Vamos observar mais 
adiante, que esta decisão impacta também na formação do preço de venda de 
um produto ou serviço. 
Na Contabilidade, este momento do registro da venda recebe o nome de 
Receita Bruta. Algumas organizações utilizam nomenclaturas 
complementares, como Receita Operacional Bruta. 
O termo bruto/bruta é devido a determinadas situações que podem 
acontecer que reduzem o valor total da receita para valores menores. Os 
elementos que reduzem as receitas de vendas são: 
(-) Impostos e Contribuições sobre as vendas de mercadorias e serviços 
(ISS, ICMS, PIS e COFINS); 
(-) Descontos concedidos no preço do produto (decisão estratégica da 
organização); 
(-) Devolução de vendas, cliente pode não aceitar o produto ou serviço; 
(-) Abatimentos sobre as vendas, organização pode conceder para que o 
cliente possa aceitar o produto ou serviço. 
Após a realização das deduções da Receita Bruta encontra-se a Receita 
Líquida. A Receita Líquida é uma das variáveis de análise de gestão financeira 
e de custos importantíssima. 
Encontrada a Receita Líquida (RL), inicia-se a identificação dos gastos 
alocados que irão reduzir esta determinada receita para encontrarmos alguns 
resultados financeiros da organização. Utilizamos uma nomenclatura em 
alguns momentos de Gastos, mas neste momento o gasto se divide em custos 
e despesas para a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
A primeira dedução da Receita Líquida são os custos. 
Sobre as vendas de produtos e serviços ocorrem os custos, que são 
classificados em Custo do Produtos Vendidos (CPV) ou Custo das 
Mercadorias Vendidas (CMV) ou Custo dos Serviços Prestados (CSP). Estes 
custos são gastos que são apropriados para o processo produtivo para a 
produção de produtos ou serviços. Já observamos na unidade anterior, que 
estes custos também podem ser diretos e indiretos, fixo e variável, mas 
sempre relacionados ao processo de produção. 
O Resultado Bruto (RB) é uma consequência do confronto da Receita Líquida 
(RL) menos os Custos. Também conhecido como Lucro Bruto ou Resultado 
Operacional Bruto. 
Para exemplificarmos este momento, uma determinada situação: 
+ ) Receita Líquida = R$ 100,00 
( - ) Custo da Mercadoria Vendida = R$ 50,00 
( = ) Resultado Bruto = R$ 50,00 
No exemplo anterior, o resultado bruto de R$ 50,00 transformando em 
resultado percentual: 
= 50,00 (RB) / 100,00 (RL) = 0,5 X 100 = 50% 
Fórmula: Resultado Bruto em % = Receita Bruta em R$ / Receita Líquida 
em R$ 
Ou seja, nesta situação, o Resultado Bruto em percentual está em 50%, 
transformando a nomenclatura para representar melhor este resultado em 
percentual o nome denominado é Margem Bruta (MB). 
A representatividade da Margem Bruta é indicar, ou seja, um indicador, que 
representa que de R$ 100,00 de receita líquida, “sobraram” para a 
organização descontado os custos, R$ 50,00 ou 50% de Margem Bruta. A MB 
deverá subsidiar agora as despesas operacionais da organização, ou seja, 
precisa ser suficiente para cobrir todas as despesas operacionais e assim 
obter uma sobra final que se define como Lucro. Caso a MB não consiga ser 
maior que o total das despesas, o resultado final será um prejuízo. 
Do Resultado Bruto, deduz-se as Despesas Operacionais (DO). Uma 
organização em seu processo de investimentos precisa gastar dinheiro para 
poder ganhar dinheiro e, assim, alguns gastos se fazem necessários. As 
despesas operacionais são classificadas em subgrupos que são: 
● Despesas com Vendas; 
● Despesas Gerais e Administrativas; 
● Outras Receitas/Despesas Operacionais. 
As Despesas com Vendas são as despesas incorridas na tentativa de criar 
receitas para a empresa. Elas podem ser classificadas da seguinte forma: 
● Publicidade e propaganda; 
● Depreciação de veículos de vendas/entregas; 
● Fretes/seguros sobre vendas; 
● Salários e comissões para os vendedores; 
● Despesa de provisão para devedores duvidosos (PDD); 
● Outros. 
As despesas gerais e administrativas representam despesas gerais da 
organização. As despesas podem ser classificadas da seguinte forma: 
● Recursos humanos (Salários ou Folha); 
● Gastos do Departamentos de finanças; 
● Despesas relacionadas com infraestrutura (impostos e 
aluguéis); 
● Depreciações e amortizações. 
Outras receitas ou despesas operacionais representam todas as outras 
receitas ou despesas relacionadas com operações primárias de uma empresa 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Finvestidoremvalor.com%2Fglossario%2Fdepreciacao%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEgqJWCG17Tc2bEgXb1iHLt3R-q0A
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não incluídos nas categorias anteriores. 
Um ponto de destaque, neste momento, é comentarmos sobre as 
Depreciações e Amortizações. São gastos que estão relacionados aos 
investimentos realizados pela organização em determinado momento para 
viabilizar as suas operações. 
Este tipo de gasto não pode ser apropriado em sua totalidade em 
determinado período de apuração doresultado econômico, este tipo de gasto 
precisa ser alocado ao longo da vida útil estimada deste ativo (investimento). 
Esta despesa representa o uso ou desgaste de determinado ativo investido, 
que pode ser uma máquina, um veículo, um edifício etc. A depreciação está 
vinculada ao que denominamos de ativos tangíveis. 
A Amortização é muito parecida com a Depreciação, diferencia-se que são 
gastos realizados em investimentos intangíveis, como exemplo: a marca da 
empresa, uma patente, uma concessão etc. 
Após estas reflexões dos conhecimentos anteriores e as deduções realizadas 
no Lucro Bruto menos as Despesas Operacionais, encontra-se o Resultado 
Operacional . 
O Resultado Operacional, também chamado de Lucro Operacional, é um dos 
principais indicadores da gestão financeira de uma organização. Por meio 
deste resultado ou indicador é possível analisar a produtividade, ou seja, se o 
processo decisório da operação obteve sucesso ou não. O processo decisório 
envolve as decisões tomadas pelo grupo diretivo da organização e, assim, de 
forma indireta, você avalia a capacidade de o grupo diretivo levar a 
organização aos resultados desejados, por exemplo, previstos em processo de 
planejamento e/ou orçamento. 
O Resultado Operacional, ou Lucro Operacional, também é conhecido por 
Lucro Antes dos Juros e Impostos, ou da sigla inglesa EBIT - “Earnings Before 
Interest and Taxes”. 
O EBIT é um indicador que representa somente o lucro operacional sem 
incluir as despesas e receitas oriundas de operações financeiras da empresa, 
receitas e despesas estas que não estão vinculadas à operação produtiva da 
empresa ou ao seu fim. 
Após o Lucro Operacional podem ocorrer eventos relacionados às atividades 
e operações financeiras da organização. Sobre as operações financeiras, elas 
ocorrem quando a organização possui dinheiro em caixa e realiza aplicações 
financeiras no mercado financeiro que podem render juros sobre as 
aplicações, assim como se a organização capta recursos no mercado 
financeiro ela paga valores referentes aos juros sobre empréstimos. 
Por fim, deduz-se gastos com impostos referentes ao lucro da organização, 
caso este exista e assim chega-se ao Lucro Líquido ou Prejuízo 
Organizacional (Resultado). Percorremos, desta forma, os principais 
elementos de uma Demonstração do Resultado do Exercício. 
Conecte-se 
Para você um link, a seguir, de um arquivo para compreender um pouco mais 
do contexto das demonstrações contábeis pelo olhar do Conselho Federal de 
Contabilidade do Brasil. O arquivo de nome “NBCTG Estrutura Conceitual 
para relatório financeiro”, evidencia as demonstrações contábeis aceitas no 
Brasil e seus principais conceitos, boa leitura. 
Disponível aqui 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10345&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG4775NhzI6b8NhGszScsQmIUYfKQ
Após a compreensão dos elementos da demonstração do resultado, um 
conjunto de aplicações são utilizadas para mensurar e projetar determinados 
resultados usando o conceito dos Pontos de Equilíbrio. 
Como podemos calcular o Ponto de Equilíbrio? Quais os principais tipos de 
Ponto de Equilíbrio que são utilizados pelas organizações? Iniciando a 
resposta aos questionamentos temos: 
Os principais Pontos de Equilíbrio que estaremos abordando nesta unidade 
são: 
a) Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC); 
b) Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF); 
c) Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE). 
Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) 
A fórmula para o cálculo do PEC: 
PEC = Gastos Fixos (GF) / Margem de Contribuição Unitária (MCu) 
O PEC demonstra o quanto a organização deve gerar de volume de vendas 
para cobrir seus gastos fixos, para que desta forma a organização apresente 
um resultado que não seja nem positivo ou negativo, ou seja, resultado zero. 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) 
A fórmula para cálculo do PEF: 
PEF = ((Gastos Fixos + Despesas Financeiras) – Depreciação) / Margem de 
Contribuição Unitária (MCu) 
O PEF demonstra o quanto a organização deve gerar de receitas para poder 
cobrir além dos gastos fixos as operações financeiras (despesas financeiras) 
com empréstimos e financiamentos. A depreciação precisa ser deduzida dos 
cálculos. Ao referenciamos as despesas financeiras é quando elas não estão 
registradas nos gastos fixos operacionais. 
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) 
A fórmula para cálculo do PEE: 
PEE = (Gastos Fixos + Lucros) / Margem de Contribuição Unitária (MCu) 
O PEE demonstra o quanto a organização deve gerar de receitas para poder 
cobrir além dos gastos fixos o lucro desejado pelos investidores da 
organização. 
Realizada a demonstração das fórmulas e conceitos vamos para a prática. A 
organização Macarrão Congelados S/A, que comercializa macarrão 
congelado, deseja encontrar os pontos de equilíbrio contábil, financeiro e 
econômico de sua organização. Os dados necessários para os cálculos 
encontram-se abaixo: 
Tabela 1 - Gastos Fixos 
Fonte: o Autor. 
Tabela 2 - Gastos Variáveis 
Fonte: o Autor. 
Tabela 3 - Margem de Contribuição 
Fonte: o Autor. 
Tabela 4 - Despesas Financeiras e Depreciação 
Fonte: o Autor 
Iniciando os cálculos, temos: 
a) Cálculo da Margem da Contribuição 
MC em % = Margem de Contribuição em R$ / Receitas Totais R$ 
MC em % = R$ 39.100,00 / R$ 69.000,00 
MC em % = 56,67% 
MC Total em R$ = R$ 39.100,00 
MC Unitária em R$ = R$ 17,00 (R$ 39.100,00 / 2300 quilos) 
b) Cálculo do PEC (Ponto de Equilíbrio Contábil) 
PEC = Gastos Fixos (GF) / Margem de Contribuição Unitária (MCu) 
PEC = R$ 26.900,00 / R$ 17,00 
PEC = 1.582,35 quilos 
O ponto de equilíbrio contábil será encontrado com a venda de 
1.582,35 quilos de macarrão congelado, vamos fazer a prova real: 
Tabela 5 – Cálculo da Prova Real 
Fonte: o Autor. 
Observa-se que a organização, neste momento, possui o lucro zero, 
alcançando o objetivo do cálculo do ponto de equilíbrio contábil que com 
a venda de 1.582,35 quilos ao preço de R$ 30,00 o quilo, a organização 
encontra o lucro zero. Abaixo da venda de 1.582,35 quilos, a organização 
irá apresentar um resultado negativo (prejuízo), acima de 1.582,35 quilos 
a organização irá apresentar resultado positivo (lucro). 
c ) Cálculo do PEF (Ponto de Equilíbrio Financeiro) 
PEF = ((Gastos Fixos + Despesas Financeiras) – Depreciação) / Margem 
de Contribuição Unitária (MCu) 
PEF = ((R$ 26.900,00 + R$ 500,00) – R$ 800,00) / R$ 17,00 
PEF = ((R$ 27.400,00) – R$ 800,00) / R$ 17,00 
PEF = R$ 26.600,00 / R$ 17,00 
PEF = 1.564,70 quilos 
O ponto de equilíbrio financeiro será encontrado com a venda de 1.564,70 
quilos de macarrão congelado. 
d ) Cálculo do PEE (Ponto de Equilíbrio Econômico) 
PEE = (Gastos Fixos + Lucros) / Margem de Contribuição Unitária 
(MCu) 
PEE = (R$ 26.900,00 + R$ 12.200,00) / R$ 17,00 
PEE = R$ 39.100,00 / R$ 17,00 
PEE = 2.300 quilos 
O PEE demonstra a quantidade de unidades necessárias a serem vendidas 
para encontrar o lucro desejado. 
Uma outra terminologia, utilizada na gestão das organizações, é a 
Precificação, precificar é o ato de determinar o preço de venda de 
mercadorias ou serviços. 
Na área do empreendedorismo é um dos maiores desafios, pois, muitas vezes, 
no empreendedorismo os produtos e serviços que são criados não possuem 
semelhanças com outros produtos e serviços, dificultando o processo de 
determinação do preço de venda. 
Uma das formas de determinar o preço é comparar com os preços que são 
praticados pela concorrência, isto quando seu produto ou serviço é similar a 
concorrência. Pode parecer ser fácil determinar o preço desta forma e, assim, 
muitas empresas o determinam, mas não é tão simples como parece. 
Existe um conjunto de variáveis que podem ser consideradas para a 
precificação, sendo: custos do negócio, padrões de mercado, percepção de 
valor pelo cliente, margem de lucro desejada pela empresa, estratégias de 
mercado e outros fatores. Seguindo algunsdos processos de formação de 
preço acima é possível chegar no preço desejado, mas desejado para quem? 
Para atender aos objetivos de resultado da empresa? Para atender às 
expectativas do cliente? Qual é o seu propósito? Claro que o primeiro 
pensamento que imagino, você está processando, neste momento, é um 
preço que atenda aos resultados desejados pela empresa e também atender 
às expectativas de seus clientes. 
Eu e você agora, iniciamos um caminho para compreender este processo de 
precificação. Precificar está associado às receitas da organização, conforme 
abordamos na unidade 1 a Demonstração do Resultado do Exercício inicia em 
sua primeira linha com a Receita Bruta, ou seja, valor obtido com a venda dos 
produtos e/ou serviços que em algum momento anterior passaram por um 
fluxo para determinar o valor individual das mercadorias e serviços (preço). 
Encontrar o preço justo e alcançar um equilíbrio entre algumas estratégias 
organizacionais, sejam: gerar valor para os acionistas, cobrir os custos e 
despesas, encontrar o lucro desejado, satisfazer os clientes e ganhar 
vantagem competitiva, ou seja, a organização conseguir ter saúde financeira. 
Para que essa conta feche, o preço cobrado pelos produtos e serviços deve 
ser suficiente para bancar os custos do negócio e gerar valor para os sócios, 
mas também precisa seguir os padrões da concorrência e ser percebido como 
justo pelos consumidores. 
A busca deste equilíbrio passa em compreender as estratégias, métodos e 
métricas de medição no processo de formação do preço. 
Em relação a importância da precificação, é importante pontuar que na área 
do Marketing existem os 4 Ps do Marketing, os Ps são fatores chaves de 
sucesso para o encontro do equilíbrio organizacional. Os 4 Ps são: 
a) Preço: fator que determina o preço adequado dos produtos e serviços 
para agregar valor e, principalmente, entregar percepção de valor 
para o cliente; 
b) Produto: benefícios e diferenciais dos serviços e produtos; 
c) Promoção: estratégias de divulgação e comunicação para alcançar o 
mercado alvo desejado; 
d) Praça: boa localização, ponto de venda e logística de distribuição 
eficaz. 
Observe que este conjunto de fatores são essenciais para uma organização 
bem-sucedida. Pense que somente comparar seu preço com o concorrente e 
assim determinar seu preço final pode ter sérios problemas financeiros, pois 
esta forma de determinar o preço pode não cobrir todos os gastos que sua 
organização possui. Sendo assim, para uma adequada precificação alguns 
conceitos são necessários, sendo: margem de lucro, Markup, valor agregado, 
custos fixos e variáveis. O processo de formar o preço não tem seu fim no 
momento da designação do valor, o preço depois de determinado precisa ser 
acompanhado de forma permanente e receber seus ajustes nos momentos 
necessários e oportunos. 
Lembrando que, além de formar os preços de venda iniciais, você também 
terá que acompanhar o desempenho do negócio e alterar os valores 
conforme for necessário. 
Na prática, temos alguns proprietários de organização que determinam seu 
preço de venda por “intuição” ou comparando com os concorrentes, vi muito 
disto em trabalhos de consultoria que realizei, desde pequenas a grandes 
empresas. Alguns ao me contratarem estavam com a dúvida se a formação de 
preço de venda estava correta. 
Mas você pode estar se perguntando, quais são os objetivos do processo de 
precificação? 
Esta pergunta pode ter diversas respostas conforme seu ângulo de análise, 
talvez uma inicial seja um preço que atraia seu cliente, mas os propósitos são 
os mais diversos possíveis, sendo: 
a) Atingir o Público Alvo: por meio do preço é possível você encontrar 
seu público-alvo e o seu desejo de satisfazer as expectativas e 
necessidades deles. O preço informa ao mercado o seu 
posicionamento estratégico; 
b) Enfrentar a Concorrência: a organização pode elaborar uma política 
para definir as estratégias de como enfrentar seus concorrentes e 
seus limites de atuação; 
c) Satisfazer o Cliente: não podemos deixar de mencionar que a 
formação do preço de venda pode também contribuir na satisfação do 
cliente, pois além dos atributos de valor do produto ou serviço 
adquiridos pelo cliente o preço também é uma das variáveis; 
d) Política de Descontos: qual cliente que não gosta de uma promoção 
ou redução do valor preço (desconto), ou seja, conceder descontos 
afeta a margem operacional da organização, que assim como o cliente 
gosta de bons retornos financeiros, mas a política de descontos pode 
limitar os resultados esperados; 
e) Melhorar Resultados: um adequado posicionamento do seu preço de 
venda pode ajudar em muito no lucro e crescimento da empresa; 
f) Pagar Obrigações: não podemos esquecer que o preço garante suas 
receitas que irão permitir o pagamento de todos os custos e despesas 
envolvidos em seus processos. 
Existe um ponto, chamado de Ponto de Equilíbrio Financeiro, que significa o 
ponto onde seus custos se igualam a sua receita. É o momento em que a 
organização encontra seu ponto de sustentabilidade, a partir do ponto de 
equilíbrio a organização começa a ter resultados positivos (lucro). O Ponto de 
equilíbrio é apenas uma das metas a serem perseguidas para a geração de 
valor para os acionistas e investidores. A terminologia Lucro determina outra 
variação da palavra muito utilizada na gestão organizacional que é a 
Lucratividade, pois a lucratividade gera recursos que sobram para permitir 
novos investimentos e manter a empresa em movimento de crescimento. 
Observem que ao falar de lucratividade estamos no extremo oposto da 
receita. A DRE em sua primeira linha demonstra a receita bruta e na última o 
lucro, ou seja, a precificação é o início de um processo que termina na geração 
de recursos necessários a atender as demandas de acionistas. 
Muito comentamos sobre preço e valor até aqui, mas existe diferença entre 
Preço e Valor? 
Sim, existe diferença, o preço de um produto e serviço é a representação 
monetária da quantidade de dinheiro necessário para sua aquisição. Já o 
Valor demonstra os atributos e diferenciais que determinado produto 
entrega a seus clientes. 
Quando entramos em uma loja, por exemplo, observar o preço de uma 
geladeira é apenas um dos atributos de decisão de compra do consumidor, 
importante também saber se a mesma congela os itens que serão colocados 
em seu interior, se existe a cor que você deseja, que o tamanho da mesma 
cabe em sua cozinha, se tem garantia etc. Outra terminologia associada ao 
Preço e Valor é Agregar Valor, ato da organização “enriquecer” os atributos e 
diferenciais do produto e serviços para serem mais perceptíveis ao olhar dos 
consumidores. No segmento de transporte, por exemplo, o carro pode ser 
associado a outros valores menos tangíveis, como: liberdade, coragem, luxo, 
aventura, independência, glamour, beleza etc. O agregar valor pode 
influenciar na percepção do cliente e também na formação do preço de 
venda. 
Acredito que você, assim como eu, observamos que a formação do preço de 
venda não pode levar em consideração somente cálculos em sua 
determinação, existem outras variáveis menos tangíveis que também 
agregam valor ao seu produto. 
A todo momento, estamos relacionando a precificação aos produtos e 
serviços, mas existe diferença na formulação de preços para produtos e 
serviços? 
A formalização de preços para produtos e serviços possuem diferenças 
significativas em seus métodos. As determinações do preço de venda para 
serviços possuem certo grau de dificuldade em relação a produtos, pois na 
prestação de serviço existe também uma relação de intangibilidade 
(dificuldade de mensuração) do serviço prestado. Produtos podem ser 
adquiridos e guardados em estoques até seu momento de consumo até sua 
validade. A prestação de serviço não pode ser estocada e tem limitações em 
sua prestação que dependem de profissionalpara realizar o serviço, a 
disponibilidade do cliente etc. 
O produto pode utilizar-se de métricas de medição como Gramas, 
Kilogramas, Toneladas, Unidade, Volume etc., que facilitam o processo de 
precificação. 
No serviço está associado, por exemplo, ao tempo de um serviço de limpeza 
como diária, quantidade de horas de trabalho, mensalidade fixa, esforço 
necessário etc. O serviço também tem uma característica da dificuldade de 
padronização em sua realização. Pois a padronização muda com o profissional 
que está realizando a atividade e assim determinando a percepção de valor 
pelo cliente. 
Agora, eu e você iremos acompanhar o passo a passo para determinar o preço 
de um produto. 
O processo de precificação de um produto inicia por: 
Quais são seus custos e despesas? 
Este é o primeiro passo de 5, que aqui iremos elencar. Pode parecer um 
passo simples encontrar os valores dos seus custos e despesas, até 
pode ser, mas a correta classificação destes gastos torna-se fator de 
sucesso para a precificação. Não somente para o processo de 
precificação e, sim, para o processo de custeio de um produto. Cada 
organização possui suas características de operação, estrutura 
hierárquica, recursos disponíveis que acabam definindo metodologias 
de custeio. Este passo é fundamental, pois uma classificação ou 
registro equivocado pode interferir nas métricas de formação de 
preço. 
Alguns executivos acreditam que o importante é o volume de vendas 
de uma organização, ou seja, quanto mais você vende maior o seu 
lucro, nem sempre verdade. O sistema de custeio pode ter registrado 
as informações de forma equivocada e o produto pode ter margens de 
contribuição negativas e quanto maior o volume de vendas, maior o 
prejuízo. 
Qual a Margem de Lucro Desejada? 
Você, investidor, proprietário da organização, qual o lucro que pretende 
obter por unidade de seu produto comercializado? Este tema é importante, 
pois é o percentual desejado do retorno do capital investido na sociedade. 
Não existe uma margem de lucro padrão desejada por todas as pessoas do 
planeta Terra, o desejo é algo particular de cada investidor, de suas 
expectativas. Claro que na fundamentação teórica sobre gestão financeira a 
orientação técnica é de obter um lucro tal que possa remunerar de forma 
adequada seu investidor, assim como permitir novos investimentos para 
garantir a perenidade da organização. Retornamos aqui ao ponto do 
equilíbrio, encontrar preços de venda que permitam o retorno desejado sem 
a perda do cliente. 
Qual o seu Mercado? 
O fator mercadológico precisa ser considerado no passo a passo da 
precificação. O custo é uma das abordagens, mas ouvir seus possíveis 
consumidores é também importante. O preço de venda precisa ser 
compatível com a exigência do mercado e não muito distante dos valores 
praticados por seus concorrentes. Claro que em determinados momentos, a 
organização pode optar por práticas de descontos que podem levar o preço 
do produto abaixo do praticado por seus concorrentes, mas esta pode ser 
talvez uma estratégia pontual para conquistar mercados. Usar prática de 
descontos de forma costumeira pode mudar a percepção de valor de sua 
marca para com o seu possível cliente. 
Qual a metodologia de Precificação? 
Um indicador muito utilizado para a formação de preço é o Markup, uma 
metodologia que permite equilibrar os custos envolvidos no processo 
produtivo, as suas respectivas receitas e lucro desejado. 
Para o cálculo do preço de venda por meio da metodologia do Markup, utiliza- 
se como base o custo de produção, ou seja, todos os gastos necessários para a 
produção de uma unidade de produto que será vendido. Gastos que 
compõem o custo de produção por exemplo são: Custo da Matéria-Prima e 
Mão de Obra alocadas a produção (folha). 
No caso do comércio, onde ocorre a revenda da mercadoria, neste caso, o 
custo de produção é substituído pelo custo de aquisição das mercadorias que 
serão revendidas, custo do estoque. 
Agora eu e você vamos ver na prática como é o cálculo do Markup, assim 
como as métricas de cálculo. Para este início, vamos simular uma loja de 
calçados que revende sapatos e precisamos encontrar o preço de venda do 
sapato a ser comercializado. 
Os dados disponíveis para este cálculo são os seguintes: 
a) Margem de Lucro Desejada pelos Investidores/Proprietários 
(ML)= 12% 
b) Custo de Aquisição unitário do Sapato para Revenda (CP) = R$ 
20,00 
c) Despesas Variáveis (DV) = 20% sobre a venda 
d) Despesas Fixas (DF) = 15% sobre a venda 
Com os dados fornecidos, inicia-se a aplicação da fórmula. A Fórmula do 
Markup é: 
Markup = 100 / (100 – (DF + DV + ML)) 
Substituindo os dados fornecidos na fórmula temos: 
Markup = 100 / (100 - (15 + 20 + 12)) 
Markup = 100 / (100 - 47) 
Markup = 100/53 
Markup = 1,88 
Ao encontrar o valor do Markup, inicia-se a etapa final para a formação do 
preço de venda por unidade. Para encontrar o valor de venda é necessário 
multiplicar o Markup pelo custo de aquisição ou produção, neste exemplo o 
custo de aquisição: 
Assim, teremos: 
Preço de venda = CP x markup 
Preço de venda = R$ 20 x 1,88 
Preço de venda = R$ 37,60 
Dessa forma, conseguimos chegar ao preço final de R$ 37,60 para cada par de 
sapato, considerando todos os custos que a empresa terá e o lucro desejado. 
Qual a margem de contribuição? 
Utilizar o Markup ou a Margem de Contribuição? A margem de contribuição 
também é um indicador para balizar a elaboração do preço. A margem de 
contribuição permite em relação ao Markup realizar o cálculo sobre o total de 
vendas de determinado produto e não somente de forma individualizada. 
Permite também acompanhar a contribuição daquele produto na margem, e 
as variações na margem para baixo podem determinar o momento da análise 
para ajustes no preço se possível. 
Com a margem de contribuição desejada é também possível chegar aos 
cálculos que determinam a quantidade de unidades a serem vendidas para se 
obter o ponto de equilíbrio, desta forma, o Marketing pode analisar se as 
quantidades necessárias são possíveis de vender e, assim, determina as 
estratégias de vendas. 
Mas como chegar na margem de contribuição? Qual a fórmula? Vamos lá. 
Para o cálculo da margem de contribuição a fórmula é a seguinte: 
Margem de contribuição = Valor das vendas – Gastos variáveis 
O valor das vendas a ser considerado é o preço do produto, descontando os 
custos variáveis de fabricação. 
Assim como realizamos cálculo para encontrar o Markup, vamos para os 
cálculos da margem de contribuição. Vamos simular a mesma empresa de 
venda de sapatos utilizada no cálculo do Markup, assim como vamos 
considerar a princípio o preço de venda sugerido pelo cálculo do Markup: 
a) Gastos (custos) variáveis de revenda = R$ 20,00 
b) O preço de venda = R$ 37,60 
c) Gastos Fixos = R$ 3.200,00 
Inserindo dos dados na fórmula: 
Margem de contribuição = 37,60 – 20,00 
Margem de contribuição = 37,60 – 20,00 
Margem de contribuição = R$ 17,60 por unidade vendida 
Ok, mas o que fazer com esta informação de R$ 17,60 de margem de 
contribuição por unidade? Com esta informação é possível agora realizar 
projeções para desejar encontrar o valor necessário de vendas que possam 
alcançar os gastos totais de produção e venda dos produtos. 
Vamos considerar mais algumas variáveis neste contexto, a organização paga 
mensalmente R$ 3.200,00 de gastos fixos e vende a quantidade de 300 pares 
de sapato. 
Multiplicando a quantidade de pares de sapato vendidos pela margem de 
contribuição unitária de R$ 17,60 chega-se a R$ 5.280,00 (300 unidades X R$ 
17,60 margem de contribuição unitária). 
Este valor é mais que necessário para pagar os gastos fixos de R$ 3.200,00. 
Ou seja, existe ainda uma sobra de R$ 2.080,00, o lucro da organização. 
Atenção 
O que pode alterar a margem de contribuição? 
a) Alterar o preço do produto, se possível. Neste ponto 
não necessariamente

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