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MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL - 1 NPC CONCEITO MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL: Ramo da medicina veterinária que tem como objetivo aplicar a ligar os conhecimentos técnicos do profissional em benefício da justiça. MULTIDISCIPLINARIDADE OBJETIVOS DA MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL ● Prestar esclarecimentos à justiça ● Auxiliar no combate ao crime ● Reconhecimento de lesões induzidas de forma violenta ● Elaboração de documentos de interesse médico-legal ● Proteção jurídica ERRO MÉDICO: ação ou omissão realizada durante o exercício da profissão que resulta em dano. IMPERÍCIA: falta de técnica para exercer determinada atividade IMPRUDÊNCIA: profissional tem conhecimento mas não faz correto NEGLIGÊNCIA: desleixo PRINCIPAIS TIPOS DE ERRO MÉDICO: ANCORAGEM: viés cognitivo ao qual o profissional é condicionado a atuar de forma tendenciosa por excesso de confiança (ex.: diagnóstico errado por excesso de confiança) ATRIBUIÇÃO: mudança no comportamento do profissional de acordo a com a situação socioeconômica do cliente AFETIVOS: conduta do profissional é influenciada pela atitude do tutor/cliente (influência devido a vínculo) TANATOLOGIA FORENSE TANATOLOGIA: É o ramo da Medicina Legal que estuda a morte e seus fenômenos. Morte: é a rotura do equilíbrio biológico e físico-químico, fundamentais à manutenção da vida, caracterizando-se pela cessação dos fenômenos vitais pela perda das funções cerebral, respiratória e circulatória. PARÂMETROS CLÍNICOS QUE DEFINEM A MORTE ● Perda da consciência ● Perda da mobilidade voluntária e do tônus muscular ● Silêncio auscultatório ● Ausência de resposta a estímulos ● Parada das funções cerebrais Tanatologia: Evita que se confundam as alterações decorrentes da morte e as lesões provocadas em vida pelas doenças. Possibilita a estimativa da hora da morte em casos de medicina veterinária legal. Cronotanatognose: Estuda os meios de determinação do tempo decorrido entre a morte e o exame cadavérico. FENÔMENOS CADAVÉRICOS ABIÓTICOS ● Mediatos ● Imediatos TRANSFORMATIVOS ● Destrutivos ● Conservadores ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS FENÔMENOS CADAVÉRICAS ABIÓTICOS: Ocorrem sem a interferência de agentes biológicos, não modificam o cadáver em seu aspecto geral. Fenômenos cadavéricos abióticos: IMEDIATOS Aparecem inicialmente (significado: morte somática ou clínica). ● Perda da consciência ● Perda da mobilidade voluntária e do tônus muscular ● Parada das funções cardíaca e respiratória ● Insensibilidade/ Ausência de resposta a estímulos ● Parada das funções cerebrais Fenômenos cadavéricos abióticos: MEDIATOS ou CONSECUTIVOS: Autólise ● Desidratação cadavérica. ● Livor mortis ou hipostase cadavérica. ● Algor mortis ou frialdade cadavérica. ● Rigor mortis ou rigidez cadavérica. ● Coagulação do sangue. ● Embebição pela hemoglobina. ● Embebição pela bile. ● Timpanismo ou meteorismo post mortem. ● Deslocamento, torção e ruptura de vísceras. ● Pseudoprolapso retal. Desidratação Cadavérica: perda passiva de líquidos corpóreos, evaporação cadavérica. ▪ Temperatura, correntes de ar e umidade, ▪ Globo ocular e perda da elasticidade da pele Algor Mortis (resfriamento Cadavérico): É o resfriamento gradual do cadáver. - Equilíbrio com o ambiente - Progressivo e não uniforme - Média: 1,50 C por hora •Cronologia: Aparecimento em ± 1-2 horas Depende de fatores externos Mecanismo: Parada das funções vitais => Perda de Calor => evaporação => Resfriamento gradual. Livor Mortis: Hipostase cadavérica Deslocamento gravitacional do sangue para o lado baixo do animal. Aparecimento: 1 – 3 horas após a morte; Fixação: 8 – 12 horas após o rigor; Parada da circulação >> Sangue não coagulado >> Sangue para partes baixas do cadáver >> Manchas hipostáticas. Rigor Mortis: Rigidez cadavérica - É a contração que ocorre com os músculos após a morte. Aparecimento: 2 – 3 horas após a morte; Desaparecimento: à partir 12h Importante para determinar o tempo da morte. Duração: Em torno de 12-24 horas (PROCESSO PROGRESSIVO) ▪ Coração ▪ Pálpebras ▪ Diafragma ▪ Cabeça ▪ Região cervical ▪ Membros anteriores ▪ Tronco ▪ Membros posteriores ▪ Cauda Idade (Jovens e idosos): Rigidez precoce e curta Estado Nutricional: ● Hígidos: tardia e intensa ● Desnutridos: precoce e breve Coagulação sanguínea Tipos de Coágulo: ● Cruóricos ● Lardáceos ● Mistos Formam-se 2 horas após a morte e desfazem-se em 8 horas (hemólise). Mecanismo de formação: Células endoteliais, leucócitos e plaquetas em hipóxia liberam: Tromboquinase que irá desencadear a formação de coágulos. Embebição pela hemoglobina - Hemólise ocorre a liberação de hemoglobina para os tecidos. - Tempo: 8 horas ou mais (após ocorrer o coágulo). PSEUDOPROLAPSO RETAL: Sinonímia: prolapso retal cadavérico. ● Verificação: exteriorização da ampola retal, com ausência de alterações circulatórias (avermelhamento e hemorragia) que indiquem um processo ante mortem. ● Mecanismo de formação: aumento da pressão intra- abdominal e intrapélvica causado pelo meteorismo post-mortem é o fator desencadeador desta alteração. Observações: - É mais comum em herbívoros. - Deve ser diferenciado do prolapso ante mortem com base na ausência de alterações circulatórias no processo post-mortem AUTÓLISE ▪ Autodestruição celular; ▪ Resulta das enzimas liberadas pelas células após a morte; ▪ Sem interferência externa; ▪ Sem participação bacteriana. FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS - Alterações cadavéricas transformativas: que modificam o cadáver no seu aspecto geral, inclusive dificultando o trabalho de análise dos achados. PUTREFAÇÃO: É a ação de enzimas proteolíticas dos germes saprófitas, geralmente oriundos do próprio trato intestinal do animal. ❖Fase Cromática: alterações na coloração. Cronologia: 18 a 24 hs (verão) 36 a 48 hs (inverno) 7 a 10 dias (duração) ❖Fase Enfisematosa: ▪ Modificação externa ▪ Inicia-se a partir do intestino por fermentação ● Cronologia: 48 a 72 horas Duração: 5 a 7 dias (até 30 dias) ● Mecanismo no interior cadáver: bactérias >> gases putrefação >> decomposição dos tecidos (odor fétido) >> aumento da pressão abdominal (timpanismos, prolapsos) e compressão pulmonar. Enfisema: Sinonímia = crepitação post mortem. ● Verificação: crepitação no tecido subcutâneo, muscular e em órgãos parenquimatosos. ● Mecanismo de formação: a proliferação de bactérias putrefativas decompõe os tecidos levando à formação de pequenas bolhas de gás. ❖Fase Coliquativa: Redução tecidual - partes moles são reduzidas ao estado amorfo Início: 9 a 30 dias Duração: semanas a anos Amolecimento, desintegração tecidual, massa pastosa, auxílio das larvas.
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