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Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio Atividade 1 – Calorimetria Turma 072 – Grupo 2 Nome: RA: Assinatura: Salto - 2022 Calorimetria – Relatório sobre o primeiro experimento realizado em laboratório da disciplina de Termodinânica Aplicada I, ministrada pelo Prof. Alan Barros de Almeida Sumário Introdução .................................................................................................................................. 1 Objetivo ....................................................................................................................................... 1 Embasamento teórico ............................................................................................................. 1 Calor Sensível e Calor Latente ......................................................................................... 2 Materiais e Métodos ............................................................................................................. 3 Metodologia ........................................................................................................................... 4 Análise dos Dados e Conclusão .......................................................................................... 4 Conclusão .................................................................................................................................. 6 Centro Univ. Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) – Termodinânica Aplicada I Calorimetria | Relatório I 1 Introdução A termodinâmica trata sobre a transformação da energia mecânica em calor e o estudo de métodos para a transformação de energia térmica em energia de movimento. A utilização direta desses princípios em motores de combustão interna ou externa faz dela uma importante teoria para os motores de carros, caminhões etc. As leis da termodinâmica definem a temperatura, conversão de energia térmica em trabalho mecânico e limitações para a obtenção do zero absoluto.Osbourne Reynolds (1845- 1912). Objetivo Analisar, com base nos dados levantados em laboratório e, embasado pela teoria vista nas aulas, a aplicação “prática” da equação de calorimetria (calor sensível) e verificação da capacidade térmica do calorímetro utilizado para a realização dos experimentos. Embasamento teórico Antes de dar-se sequência na análise dos dados coletados durante a experiência, deve-se explanar aqui alguns conceitos importantes que envolvem o desenvolvimento do experimento. As definições aqui apresentadas, foram extraídas do “Roteiro de Aula Prática” sobre calorímetro. A energia de agitação das partículas que constituem um corpo qualquer é chamada de energia térmica do corpo. A quantidade desta energia depende da massa, da natureza do corpo, da temperatura, da área de contato entre outros fatores. Quando dois corpos em diferentes temperaturas são postos em contato, espontaneamente há transferência de energia térmica do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura, até que as duas se igualem. Neste instante cessa-se a troca de calor e se diz que o equilíbrio térmico foi atingido. A energia térmica que transita recebe o nome de calor. Centro Univ. Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) – Termodinânica Aplicada I Calorimetria | Relatório I 2 Calor Sensível e Calor Latente Quando um corpo recebe ou cede calor, este pode produzir no corpo dois efeitos diferentes: variação de temperatura (aquecimento ou resfriamento) ou mudança de estado (sólido para líquido, líquido para gasoso etc.). No primeiro caso, o calor é chamado de sensível, agora se o efeito for a mudança de estado, se diz que o calor é latente. Verifica-se experimentalmente que a quantidade de calor (Q) fornecida a um corpo é proporcional à massa (m) e à variação de temperatura (ΔT). Podendo ser escrita conforme a equação 1: 𝑄 = 𝑚. 𝑐. ∆𝑇 (Eq. 1) Onde c é um coeficiente de proporcionalidade chamado de calor específico sensível do corpo. Este calor específico depende da natureza do corpo, cujo valor, não depende da massa. O calor específico sensível de uma substância fornece a energia térmica para que uma unidade de massa da substância sofra a alteração de uma unidade de temperatura. Suas unidades usuais são J/kg.K e cal/g.°C A Figura 3.1 mostra calores específicos, a pressão constante (cp) e a volume constante (cv) para alguns gases, a 300 K. Figura 1 - Calores específicos a pressão e volume constantes, respectivamente cP e cV, de alguns gases Centro Univ. Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) – Termodinânica Aplicada I Calorimetria | Relatório I 3 A Figura 3.2 mostra o calor específico, a pressão constante (cp), para alguns sólidos e líquidos, em várias temperaturas. Figura 2 - Calores específicos dos sólidos e líquidos: (b) a várias temperaturas Fonte: Van Wylen, Borgnakke, Sonntag, 2013. No caso de o calor ser transferido de um estado de equilíbrio até outro, de forma homogênea para uma determinada massa, e sem mudança de estado físico, a energia térmica pode ser calculada através da Equação 1. Em um sistema isolado, quando dois corpos em diferentes temperaturas entram em contato, o calor cedido por um corpo deve ser transferido ao outro. Desta forma: ∑ 𝑄 = 0 (Sistema isolado) Materiais e Métodos Foram utilizados os seguintes dispositivos e equipamentos: Calorímetro Béquer; Cilindro graduado; Centro Univ. Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) – Termodinânica Aplicada I Calorimetria | Relatório I 4 Termômetro; Resistência elétrica; Garrafa térmica. Metodologia Para a primeira medição, foram anotados os seguintes procedimentos: 1. Foi aquecido uma certa quantidade de água; 2. Com o auxílio do tubo graduado, foi medido uma certa quantidade da água aquecida 3. Foi medida a temperatura desse volume de água aquecida; 4. Agua aquecida foi inserida no calorímetro; 5. Com o auxílio do tubo graduado, foi medido uma certa quantidade da água fria; 6. Foi medida a temperatura desse volume de água aquecida; 7. Agua fria foi adicionada a água quente, dentro do calorímetro; 8. Calorímetro foi fechado e a mistura agitada para homogeneização da mistura; 9. Com o auxílio de um termômetro digital, foi medida a temperatura de equilibro da mistura. Análise dos Dados e Conclusão O procedimento citado acima, foi feito de modo a se obter duas medições. Abaixo os dados anotados: 1° Medição Massa (g) Temp. Inicial (°C) Temp. final (°C) Fluido quente 200 82,5 60,5 Fluido frio 100 28,5 Calorímetro - 29,5 2° Medição Massa (g) Temp. Inicial (°C) Temp. final (°C) Fluido quente 200 81,5 66,5 Fluido frio 50 29,5 Calorímetro - 30,5 Centro Univ. Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) – Termodinânica Aplicada I Calorimetria | Relatório I 5 Utilizando dos dados observados e os utilizando para o cálculo teórico da temperatura de equilíbrio da mistura, temos: [𝑚𝑓 ∗ 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) ∗ (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖 (𝑓))] + [𝑚𝑞 ∗ 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) ∗ (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖(𝑞))] + [𝐶𝑐 ∗ (𝑇𝑓 + 𝑇𝑖(𝑐𝑎𝑙))] = 0 𝑇𝑓 = (𝑚𝑓𝑟𝑖𝑎 ∗ 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) ∗ 𝑇𝑖(𝑓𝑟𝑖𝑎) + (𝑚𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 ∗ 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) ∗ 𝑇𝑖(𝑓𝑟𝑖𝑎)) (𝑚𝑓𝑟𝑖𝑎 + 𝑚𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒) + 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) Onde: 𝑚𝑓 = Massa de água fria 𝑚𝑞 = Massa de água quente 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) = calor específico da água 𝑇𝑓 = Temp. final da mistura 𝑇𝑖(𝑓) = Temp. inicial da parte fria 𝑇𝑖(𝑞) = Temp. inicial da parte quente Como queremos nesta primeira etapa, apenas analisar a temperatura final da mistura (desconsiderar o calorímetro), não utilizaremos seus dados para o cálculo. Abaixo os resultados obtidos: 1° Medição Massa (g) Temp. Inicial (°C) Temp. final (°C) Temp. final(TEORICO) (°C) Fluido quente 200 82,5 60,5 63,5 Fluido frio 100 28,5 Calorímetro - 29,5 2° Medição Massa (g) Temp. Inicial (°C) Temp. final (°C) Temp. final (°C) Fluido quente 200 81,5 66,5 71,1 Fluido frio 50 29,5 Calorímetro - 30,5 Centro Univ. Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP) – Termodinânica Aplicada I Calorimetria | Relatório I 6 Para verificação da capacidade térmica do calorímetro utilizamos a seguinte formula: [𝑚𝑓 ∗ 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) ∗ (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖 (𝑓))] + [𝑚𝑞 ∗ 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) ∗ (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖(𝑞))] + [𝐶𝑐 ∗ (𝑇𝑓 + 𝑇𝑖(𝑐𝑎𝑙))] = 0 𝐶𝑐 = − [𝑚𝑓 ∗ 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) ∗ (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖 (𝑓))] + [𝑚𝑞 ∗ 𝑐(á𝑔𝑢𝑎) ∗ (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖(𝑞))] (𝑇𝑓 − 𝑇𝑖(𝑐𝑎𝑙)) Nesta etapa, considerando os dados obtidos do calorímetro, temos: 1° Medição Massa (g) Temp. Inicial (°C) Temp. final (°C) (Pratica) Temp. final (°C) (Teoria) Cap. Térmica (cal/g°C) (Prática) Cap. Térmica (cal/g°C) (Teoria) Calorímetro - 29,5 60,5 63,5 38,7 8,82 2° Medição Massa (g) Temp. Inicial (°C) Temp. final (°C) (Pratica) Temp. final (°C) (Teoria) Cap. Térmica (C) (Prática) Cap. Térmica (C) (Teoria) Calorímetro - 30,5 66,5 71,1 31,9 10,2,4 Conclusão Comparando os resultados teóricos e práticos para a verificação da equação da calorimetria, notamos uma diferença de aproximadamente 4,7% do valor prático para o teórico, bem como, para a segunda medição, uma diferença de aproximadamente 6,5%. Essa diferença é aceitável, uma vez que houve incertezas nas medições das temperaturas, pouco tempo de verificação da temperatura de equilíbrio da mistura. Para a verificação da capacidade térmica do calorímetro, obtivemos acima resultados inconclusivos.
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