Relatório de estágio supervisionado em assistência farmacêutica

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FACULDADE IRECÊ
CURSO DE BACHAREL EM FARMÁCIA
LOHANA PINHEIRO MARIANO BARRETO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
Irecê-BA
2022.1
	
	
	
LOHANA PINHEIRO MARIANO BARRETO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
Relatório de estágio apresentado ao curso de farmácia da Faculdade Irecê, como requisito parcial de nota para a disciplina de estágio supervisionado II.
Professor Supervisor: LUCAS ARAUJO NUNES
Irecê-BA
9
2022.1
	
	
	
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2. OBJETIVO	5
3. CARACTERIZAÇÃO/HISTÓRIA DA UNIDADE DE ESTÁGIO	5
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS	6
4.1. Apresentação da unidade básica de saúde e resolução de calcúlos farmacêuticos	6
4.2. Resolução de casos clínicos	6
4.3. Planejamento e apresentação na sala de espera	6
4.4. Conferência de estoque	7
4.5. Programação de medicamentos	7
4.6. capacitação e manejo de insulina	7
4.7. Juridiciação em saúde	8
4.8. Central de abastecimento farmacêutico (caf)	8
5. CONCLUSÃO	9
6. AGRADECIMENTOS	9
7. REFERÊNCIAS	10
1. INTRODUÇÃO
Art. 1º III - A Assistência Farmacêutica trata-se de um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial, visando o acesso e seu uso racional. 
Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, 2004). 
Através da assistência farmacêutica, o farmacêutico passa a ser corresponsável pela qualidade de vida do paciente, pois como tem sua formação dirigida ao medicamento, torna-se o profissional capacitado em garantir a qualidade do mesmo e, consequentemente, de uma qualificada assistência farmacêutica por meio da orientação adequada sobre o uso do medicamento.
A Assistência Farmacêutica, como política pública, teve início em 1971 com a instituição da Central de Medicamentos (Ceme), que tinha como missão o fornecimento de medicamentos à população sem condições econômicas para adquiri-los (BRASIL, 1971) e se caracterizava por manter uma política centralizada de aquisição e de distribuição de medicamentos.
Inserção da política de medicamentos no âmbito da política nacional de saúde é condição indispensável para garantir o acesso da população brasileira a estes insumos essenciais para as ações de saúde (BERMUDEZ, 1995). Esse reconhecimento à Assistência Farmacêutica pelo Ministério da Saúde como Política Pública reforça a importância que a terapia medicamentosa possui na recuperação da saúde e insere integralmente a Assistência Farmacêutica no âmbito da saúde coletiva.
No âmbito de SUS, os medicamentos disponíveis para o tratamento de doenças ou agravos são aqueles padronizados na Relação Nacional de Medicamentos (RENAME). As responsabilidades das instâncias gestoras do SUS (Federal, Nacional e Municipal) em relação aos medicamentos estão definidas em três componentes: Básico, Estratégico e especializado.
	
	
	
2. OBJETIVO
Este relatório possui o objetivo de apresentar as atividades realizadas no estágio supervisionado II em assistência farmacêutica, ofertado pela faculdade FAI de Irecê, e o conhecimento teórico que foi abordado durante todo o período. O estágio supervisionado foi realizado no período de 11 a 31 de maio, na Farmácia da unidade básica de saúde Ediçon Ribeiro dos Santos, e na Central de Abastecimento Farmacêutico de Irecê. 
O propósito da atividade estágio supervisionado, é inserir o estagiário no ambiente de trabalho, fazendo assim correlações entre teoria e prática, contribuindo com o aprendizado do aluno através das atividades que foram desenvolvidas durante o percurso do estágio, sendo um elemento preparatório que apresenta os obstáculos, como também a melhor forma de resolver cada situação.
3. CARACTERIZAÇÃO/HISTÓRIA DA UNIDADE DE ESTÁGIO
De acordo com o farmacêutico Elder Alan Batista Cavalcante, a Central de Abastecimento Farmacêutico do município de Irecê-BA, foi criada formalmente no ano de 2012, a partir do decreto n° 418. Anterior a esse período, a mesma era designada como farmácia básica e como atividades realizava o atendimento ao público assim como, o fornecimento de medicamentos aos Postos de Saúde da Família (PSF).
Até o ano de 2021 a CAF era responsável apenas pelo fornecimento de medicamentos e somente a partir de 2013 foi adotado também o fornecimento de materiais médico-hospitalares (MMH). Em termos de localização houve algumas mudanças contar de sua fundação. A mesma situava-se na Rua Coronel Terêncio Dourado em frente ao antigo projeto Rondon e mudou-se para o prédio do antigo Colégio ISI, no bairro fórum, onde funcionava por quatro anos. Contudo, em 2017, de modo planejado e com estrutura desenhada visando adaptar-se ao espaço concedido no antigo fórum, a CAF passou a funcionar nesse endereço.
	
	
	
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
4.1. Apresentação da unidade básica de saúde e resolução de cálculos farmacêuticos 
Inicialmente, foi realizada a apresentação de todas as áreas da Unidade Básica de Saúde, como também a apresentação de todos os funcionários que compõem esse núcleo. O farmacêutico supervisor de estágio informou sobre o fluxo de atendimento, perfil de atendimento daquela unidade, publico alvo, e as responsabilidades. Também foram realizadas atividades de cálculo farmacêutico, com o intuito de testar nossos conhecimentos sobre o assunto, o qual seria muito utilizado para obter o valor exato das quantidades dos medicamentos, assim garantindo a segurança do tratamento.
4.2. Resolução de casos clínicos 
Nesse dia foi realizada a resolução de um caso clínico sobre conciliação medicamentosa, nessa atividade realizamos a análise de duas prescrições médicas feitas para o mesmo paciente, porém efetuadas em locais diferentes, a primeira em uma unidade de saúde básica, e a outra em uma clínica de rede privada. Foi discutido sobre as substituições medicamentosas feitas pelo médico da rede privada, os seus possíveis motivos, levando sempre em consideração o histórico de patologias do paciente. Concluindo-se assim, com o esclarecimento sobre a importância do paciente relatar todos as suas patologias e medicamentos utilizados ao médico, e como o profissional farmacêutico deve proceder ao se deparar com alguma inconsistência nas prescrições. 
4.3. Planejamento e apresentação na sala de espera
Primeiramente foi executado o planejamento da apresentação pelas estagiárias, realizada na sala de espera, com o intuito de promover informações para as gestantes presentes na unidade, sobre os cuidados durante a gestação, dando ênfase nos perigos da automedicação na gestação e os medicamentos perigosos, seguindo as informações da classificação de risco. Além disso, foi informado sobre a importância da suplementação com ácido fólico e sulfato ferroso, como também sobre a utilização indispensável do repelente, e sua forma correta de uso. E por fim, foi entregue para as gestantes, panfletos contendo todas as informações fornecidas, elaborado de uma forma clara de objetiva, para o entendimento de todas.
4.4. Conferência de estoque
Nesse dia foi realizada a conferência de estoque dos medicamentos da Unidade Básica de Saúde, esse controle é realizado com o auxílio de um sistema de software, pelo qual realizamos o controle de saída, entrada, lote, estoque e validade dos medicamentos. Foi feita a contagem de todos os medicamentos pelas estagiárias, e logo após, foi comparado o estoque físico com o virtual, houveram algumas discrepâncias que logo foram ajustadas. 
4.5. Programação de medicamentos
A programação de medicamentos é uma das etapas do ciclo da assistência farmacêutica, é uma etapa de extrema importância, pois inclui a estimativa da quantidade de medicamentos a ser adquirida para atender as necessidades dapopulação. Desde já, com o auxílio do supervisor de estágio, adicionamos ao sistema de acordo com as necessidades da unidade, uma solicitação dos medicamentos, os quais foram encaminhados automaticamente para a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF).
4.6. Capacitação e manejo de insulina
A aula de capacitação e manejo de insulina foi bastante enriquecedora, pois é um tema que ainda possui diversas dúvidas entre os profissionais de saúde. A aula foi ministrada pelo supervisor de estágio, onde aprendemos as diferenças entre as insulinas ofertadas na atenção básica (NPH e regular) como também, como deve ser feito o seu armazenamento, diferença entre as seringas que são utilizadas, o manejo correto, sendo ele feito com a ampola e a caneta. Finalizando a aula com a realização de uma prática para melhor absorver esses conhecimentos.
4.7. Judicialização em saúde
Nesse dia, realizamos a elaboração de uma atividade ministrada pelo docente supervisor de estágio, na qual aprendemos sobre o conceito de judicialização em saúde, e a importância do profissional farmacêutico possuir os conhecimentos necessários para responder um ofício entregue pela defensória pública. A realização da atividade consistia em responder um ofício como se fossemos o responsável técnico de uma unidade de saúde básica, seguindo todos os protocolos, utilizando linguagem técnica e entregando as informações necessárias ao paciente. Uma aula de bastante enriquecimento, pois, é algo que qualquer profissional farmacêutico responsável técnico esta sujeito a ocorrer. 
4.8. Central de abastecimento farmacêutico (CAF)
Na Central de Abastecimento farmacêutico, foi realizada diversas atividades, aprendemos a utilizar os sistemas SIGAF e IDS saúde, os quais auxiliam na gestão farmacêutica do local, com o gerenciamento dos estoques. Além disso, ajudamos com a dispensação de tiras e lancetas, e orientação para os pacientes insulino dependentes, sempre seguindo as orientações da farmacêutica. Como também, tivemos a oportunidade de observar e aprender um pouco sobre o processo de licitação de medicamentos.
	
	
	
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que o estágio supervisionado II em assistência farmacêutica foi de grande relevância para a minha formação acadêmica, pois tornou possível observar na prática a importância do papel do farmacêutico na Unidade de Saúde Básica, e na Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). Durante todo esse período tive a grande satisfação de colocar em prática os serviços da assistência farmacêutica em pacientes que necessitam da atenção básica no nosso município, onde pôde-se desenvolver habilidades em prol de um melhor atendimento, garantindo informações sobre o uso racional de medicamentos, bem como alertar e tirar dúvidas relacionadas, orientando o paciente de acordo com suas necessidades. Observando o trabalho do farmacêutico no exercício das suas atividades, as técnicas de dispensação, como analisar as receitas, e fazer o controle das mesmas, assim como o cálculo correto das dosagens de medicamentos, vivenciando na prática os desafios da profissão farmacêutica no sistema público de saúde. 
6. AGRADECIMENTOS
Agradeço a Faculdade FAI, pela oportunidade de ter me proporcionado a vivência de estágio na Unidade de Saúde Básica, e na Central de Abastecimento Farmacêutico de Irecê (CAF) ambiente que me exerceu bastante conhecimento, onde pude conviver com pessoas incríveis. Sou profundamente grata ao docente Lucas Nunes, pelo seu tempo dedicado ao meu conhecimento e desenvolvimento profissional, as minhas colegas de estágio Mariana Silva e Luana Bastos por todo apoio, e para funcionários, professores, coordenadores, que contribuíram de alguma forma para a minha preparação. 
 
	
	
	
7. REFERÊNCIAS
Ministério da Saúde. RESOLUÇÃO Nº 388, DE 06 DE MAIO DE 2004. Disponível em: https: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2004/res0338_06_05_2004.html. Acesso em: 18 de maio de 2022.
Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2007. 15 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_livro7.pdf. Acesso em: 18 de maio de 2022.
Ferreira, Marlos José Queiroz Ferreira Assistência Farmacêutica Pública: uma revisão de literatura/ Marlos José Queiroz Ferreira – Caruaru: M. J. Q. Ferreira, 2010. 10 p. Disponível em:
https://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2011ferreira-mjq.pdf. Acesso em: 18 de maio de 2022