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Testes Bioquímicos para identificação de bactérias Identificação de bactérias Coloração simples, diferenciais ou estruturais, mesmo combinadas com diferentes cultivos, não são, geralmente, suficientes para identificação de bactérias Tais métodos não revelam a fisiologia ou a filogenia das células Testes Bioquímicos Classificação das bactérias segundo tipo de metabolismo e atividade enzimática Combinado com outras técnicas, tais como os testes bioquímicos, que permitem a identificação de bactérias, de acordo com suas propriedades metabólicas que são únicas para cada espécie. Testes Bioquímicos Meios de Cultura Seletivo Diferencial Enriquecimento Favorece o crescimento de alguns organismos, mas suprime o crescimento de outros. Possui um constituinte que causa uma mudança observável no meio quando ocorre uma reação bioquímica específica. Contém nutrientes especiais que favorecem o crescimento de um organismo específico. Classificação das bactérias em relação às suas características bioquímicas: Diferentes vias metabólicas para obtenção de energia Ex: Fermentação e Respiração Enzimas específicas utilizadas no processo de metabolização de diferentes substratos Ex: Enzimas Triptofanase e Catalase •Formação de produtos específicos nas reações catabólicas Ex: Ácidos estáveis e Indol Testes Bioquímicos Resultados de Testes Bioquímicos Resultados expressos como positivo (+) ou negativo (-) Identificação da bactérias de acordo com suas características já pré-estabelecidas Testes bioquímicos: 1. Fermentação de carboidratos 2. Produção de indol 3. Hidrólise do amido 4. Teste de oxidação e fermentação 5. Teste da catalase • A glicólise é um processo exoenergético, comum tanto na fermentação quanto na respiração celular aeróbica. Esse processo encerra-se com a formação de duas moléculas de ácido pirúvico que podem seguir caminhos metabólicos distintos. 1. Fermentação de carboidratos 1. Fermentação de carboidratos Forma de catabolismo anaeróbio, no qual um composto orgânico é um doador de elétrons e um aceptor de elétrons Utilizado para identificação de bactérias entéricas • Bacilos Gram negativos; • Aeróbios facultativos; • Exigência nutricional simples (fermentadores de açúcares); • Podem ser patogênicos ao homem, animais e plantas; • Importância industrial. 1. Fermentação de carboidratos Aplicação do teste é válido pois existem características que permitem distinguir vários gêneros de bactérias entéricas Tipo e proporção de produtos de fermentação Fermentação Ácido-Mista Fermentação Butanodiol 3 ácidos são formados em quantidades significativas: acético, láctico e succínico Quantidades menores de ácidos são formadas, sendo butanodiol, etanol, os principais produtos. Bactérias Entéricas Escherichia Salmonella Proteus Enterobacter Klebsiella Serratia Fermentação Ácida Mista Fermentação do Butanodiol 1. Fermentação de carboidratos a. FERMENTAÃO ÁCIDO-MISTA Formação de diferentes tipos de ácidos e etanol; CO2 e H2 produzidos na mesma proporção; 1. Fermentação de carboidratos b. FERMENTAÇÃO DO BUTANODIOL Reação geral • Procedimentos - Meio de cultura: caldo vermelho de fenol (incluí peptona e indicador de pH e a presença de um único carboidrato fermentável) 1. Fermentação de carboidratos 1. Fermentação de carboidratos A fermentação de carboidratos é evidenciada pela produção de ácido e/ou gás no meio de cultura em pH neutro. Usa-se meio básico contendo apenas uma fonte de carbono e um indicador de pH Detecção Ocorre conversão em produtos neutros como 2,3 butanodiol, não provocando redução tão drástica de pH. Exemplo: Enterobacter Fermentam com produção de ácidos (fórmico, acético, láctico e succínico) e gás, até que o pH do meio chegue a cerca de 5,0. Exemplo: E. coli Vermelho de Metila 1. Fermentação de carboidratos IMPORTANTE Razões Ácido : Neutro CO2 : H2 2. Produção de Indol Identificar bactérias entéricas que são capazes de degradar o aminoácido triptofano até indol através da ação enzimática da triptofanase Hidrolisar o triptofano com a produção de indol não é uma característica de todos os microrganismo, por isso pode ser utilizado como marcador bioquímico Ácido pirúvico Amônia 2. Produção de Indol 2. Produção de Indol Triptona 5 g NaCl 2,5 g Água destilada 1 L Caldo Indol 2x Incubar à 30°C por 48 h + - Adição de 0,5 ml do reagente de Kovac Leitura 3. Hidrólise do amido Forma linear da molécula do amido Forma ramificada da molécula do amido O amido juntamente com a celulose são os dois polissacarídeos naturais mais abundantes O que diferencia estes polissacarídeos são as ligações entre as moléculas de glucose As enzimas amilase e oligo-1,6-glicosidase catalisam a hidrólise do amido, formando maltose. A maltose pode então entrar na célula, onde é hidrolisada à glicose 3. Hidrólise do amido Diferencia bactérias que hidrolisam o amido Leitura Iodo presente na solução é usado para detectar a presença ou ausência de amido na periferia ao redor do crescimento bacteriano Iodo reage com o amido e produz uma coloração azul- violácea intensa Zona clara ao redor do crescimento representa resultado positivo para o teste 4. Oxidação/Fermentação CARBOIDRATOS Produtos ácidos Fermentação Aerobiamente O teste de oxidação/fermentação é utilizado para diferenciar microrganismos que oxidam ou fermentam açúcares específicos e determina se a bactéria é aeróbia ou anaeróbia facultativa 4. Oxidação/Fermentação Tubos selados com óleo mineral (ambiente anaeróbio) Microrganismos não são capazes de degradar o açúcar (sem alteração do pH) Microrganismos são capazes de degradar o açúcar (alteração no pH) Azul de bromotimol 4. Oxidação/Fermentação Microrg. capazes de promover apenas oxidação Microrg. capazes de oxidar e fermentar Microrg. capazes de promover apenas fermentação Azul de bromotimol 4. Oxidação/Fermentação Aeróbio Rodilhão de algodão Anaeróbio 2 ml de óleo mineral Incubar à 30°C por 48 h + - Leitura NaCl 5,0g Peptona 2,5g Glicose 10g Ágar 5g Azul de Bromotimol 40ml (solução 1:500) Água destilada 1000mL Meio com ágar e azul de bromotimol 2 X Corrigir o pH para 7,1 4. Oxidação/Fermentação 5. Catalase Permite identificar microrganismos produtores da enzima catalase que protege a célula de formas tóxicas do oxigênio. A toxicidade do oxigênio para anaeróbios estritos deve-se a certas moléculas produzidas durante as reações que envolvem o oxigênio. 5. Catalase Reações tóxicas do oxigênio para anaeróbios estritos O2 + e- O2 - 2O2 - + 2H+ O2 + H2O2 O2 - + H2O2 O2 + OH- + OH- Superóxido Peróxido de hidrogênio Hidroxilas Adição de 1 elétron a molécula de oxigênio: Superóxidos dão origem: Altamente reativos e podem destruir componentes vitais da célula, como o DNA 5. Catalase Reações de proteção dos aeróbios e anaeróbios facultativos: Superóxido dismutase Catalase Peroxidase O2 - H2O2 H2O2 H2O2 O2 e H2O H2O Produção de enzimas que eliminam os superóxidos e peróxidos de hidrogênio: Enzimas Superóxido Peróxido de hidrogênio 5. Catalase Incubar à 30°C 18-24 h Água oxigenada (3%) Ágar nutriente Água oxigenada reage com a catalase liberando bolhas de oxigênio (Catalase +) • https://youtu.be/SnWkAuj1Gkg • https://youtu.be/E1gUU-_AMnc https://youtu.be/SnWkAuj1Gkg https://youtu.be/E1gUU-_AMnc https://www.youtube.com/watch?v=KfaINjI24sU
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