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IMPÉRIO BIZANTINO

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IMPÉRIO BIZANTINO
A morte do imperador Teodósio, em 395 d.C.
determinou o fim da unidade do Império
Romano que foi dividido entre os seus filhos
em duas partes: o Império Romano do
Ocidente, com a primeira capital em Milão e
depois em Ravena, e o Império Romano do
Oriente, com sede em Constantinopla.
O imperialismo e sua localização privilegiada
como ponto de cruzamento entre dois
continentes possibilitaram à Constantinopla
usufruir das vantagens da sua posição de vital
importância.
O imperialismo e sua localização privilegiada
como ponto de cruzamento entre dois
continentes possibilitaram à Constantinopla
usufruir das vantagens da sua posição de vital
importância comercial, cultural e diplomática,
permitindo-lhe o controle das rotas que ligavam
a Ásia à Europa assim como a passagem do
mar Mediterrâneo para o mar Negro.
○ No setor agrícola, predominavam os
latifúndios, raros eram os pequenos
lavradores independentes.
○ A Igreja concentrava em suas mãos uma
ampla porcentagem da riqueza agrária,
tornando os mosteiros as entidades mais
ricas no império.
○ O Estado beneficiou-se do enriquecimento
proporcionado pelo comércio,
possibilitando seu fortalecimento como
uma monarquia centralizada, despótica,
teocrática e hereditária.
O principal imperador bizantino foi Justiniano
(527-565). Durante seu governo, o poder
imperial atingiu seu auge, sendo conferidos
poderes ilimitados ao imperador, que, por sua
vez, ampliou os privilégios do clero e da
nobreza e ampliou as conquistas territoriais.
○ Os gastos militares forçaram a elevação
dos impostos a níveis insuportáveis.
○ As pressões da arrecadação
desencadearam, em 532, um violento
levante conhecido por Revolta de Nika.
○ No governo de Justiniano foi construída a
Igreja de Santa Sofia, considerada a
mais importante obra da arquitetura
bizantina, cuja suntuosidade exprimia a
força do poder
A publicação do Corpus Juris Civilis ou
Código de Justiniano, que serviu de referência
para códigos civis de diversas nações, foi a
grande realização de Justiniano no campo
jurídico. O código resultou de uma compilação
do Direito Romano e tinha a seguinte
subdivisão:
§ Código - conjunto de leis romanas (síntese
de quase dois mil anos de jurisprudência
romana);
§ Digesto - comentários dos grandes juristas
sobre essas leis;
§ Institutas - princípios fundamentais do
Direito Romano (manual para uso dos
estudantes);
§ Novelas - novas leis do período de
Justiniano.
O imperador Leão III, em 725, proibiu o uso de
imagens tridimensionais nos templos,
determinando sua destruição ou iconoclastia. O
papa manifestou-se declarando herética a
proibição de imagens, aprofundando os
desentendimentos com o imperador e igreja
bizantinos.
○ O patriarca de Constantinopla era a figura
eclesiástica de maior poder no Oriente.
Com a conversão dos eslavos ao
cristianismo e a prosperidade do império,
fortalecia-se sua autoridade. Ele recusava a
supremacia do papa sobre sua Igreja.
○ Foram várias as características
diferenciadoras desenvolvidas pelo
patriarca no Oriente. O ritual era celebrado
em grego, e não em latim. O Estado
bizantino controlava a Igreja
(cesaropapismo)
As inúmeras divergências levaram à separação
entre as igrejas orientais e ocidentais, em 1054.
O chamado Cis-
ma do Oriente levou à formação de duas igrejas
distintas:
- Igreja Católica Apostólica Romana,
dirigida pelo Papa
- Igreja Cristã Ortodoxa, liderada pelo
Patriarca de Constantinopla.
Decadência do Império Bizantino
Além do fortalecimento do poder dos grandes
proprietários rurais, do enfraquecimento do
poder do imperador e das disputas religiosas,
contribuíram para o declínio do Império
Bizantino os constantes ataques que Bizâncio
passou a sofrer, especialmente das cidades
italianas, a partir do século XIII, e das
investidas de bárbaros e árabes.
Ainda nos séculos VII e VIII, os árabes
muçulmanos tomaram do Império Bizantino as
regiões do norte da África e sul da península
Ibérica. Anexaram, também, o Egito, a
Palestina, a Síria e a Mesopotâmia, reduzindo a
civilização bizantina a um território
sensivelmente menor ao período anterior a
Justiniano.
Depois de um longo cerco, em 1453, os turcos
otomanos, comandados pelo sultão Maomé II,
conquistaram a cidade de Constantinopla, ou
Bizâncio, destruindo o Império Bizantino.
Constantinopla tornou-se a capital do Império
Otomano, passando a se chamar Istambul.
A tomada de Constantinopla marcou a
transição da Idade Média para a Idade
Moderna.

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