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INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA TRABALHO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR
Pesquisa Teórica - N1
Rio de Janeiro, 4 de Junho de 2021.
Pesquisa Teórica - N1
Pesquisa Teórica
Professor: Carlos Linhares
Disciplina: Introdução a Psicologia
Turma: Psicologia - 2021.1-N
Rio de Janeiro
4 de Junho de 2021.
Questão 1)
Entende-se que, na constituição de um plano de subjetividade não existe a pretensão de uma experiência universal no homem, mas a compreensão da constituição dessa experiência, considerada por nós, na atualidade, uma das mais fundamentais. A subjetividade baseia-se na internalidade reflexiva, a reflexão sobre a vivência individual. 
Na Antiguidade greco-romana, contrário ao que se tem na sociedade atual, não existia a ideia do eu interior individual, não existia uma busca do conhecimento e do cuidado consigo mesmo. A visão predominante naquele cenário era de um homem ideal que buscava ser belo como os deuses, e a constituição de uma vida tão bela quanto uma obra de arte. Assim, a ideia de alma na antiguidade romana era coletiva e universal. Para Jean-Pierre Vernant, os gregos não possuíam uma experiência generalizada do eu enquanto interioridade individualizada ou personalidade, apesar de esta se manifestar no discurso em primeira pessoa da poesia lírica. Há, enfim, entre os gregos uma interioridade, mas esta não é individualizada, reflexiva, ancorada em um eu. Para Vernant, esse “eu” da Antiguidade clássica se assemelha mais a um "ele''.
O surgimento da ideia de interioridade individualizada se inicia a partir do século II d.C. na ética Cristã, assim, sendo formados os termos básicos para a constituição do cuidado de si atual. Segundo Foucault, nesse momento surge a figura do homem santo, se destacando e buscando a salvação tentando encontrar Deus no interior de seu verdadeiro eu. Esse modo de vida, irá se propagar ao longo de todo o tecido social progressivamente até a nossa modernidade no interior das práticas culturais, instituições e hábitos individuais. Na Idade Moderna, não se tem a busca da purificação da alma para atingir Deus, mas uma pura afirmação de si. A constituição dos estados modernos no final da Idade Média, mostram outro ponto pertinente para o adensamento de uma região de subjetividade em nossa existência, a separação entre os planos público e privado, gerando desta forma uma valorização da interioridade. O Romantismo e o Iluminismo surgem na Inglaterra e na França como expressão dessas ideias, de suas experiências interiores, os pubs, o jardim inglês, o turismo, cafés e as sociedades secretas como locais de exercício da nossa vida privada. 
Na modernidade é possível destacar uma forma especial de autocuidado, que foi de extrema relevância para as psicologias a partir do século XVIII, essa estabelecida pelo tema do conhecimento. Distinto ao que se vê anteriormente na era cristã, o homem busca a fuga das ilusões e um acesso à verdade, não mais procurando a distinção entre o bem e o mal como forma de criar uma interioridade. A discussão sobre razão e sentido entre os Racionalistas e Empiristas gerou um grande debate, importantíssimo para as transformações no movimento filosófico. O declínio do modo de vida feudal auxilia na eclosão do capitalismo e da imprensa, expandindo a busca pelo conhecimento, desse modo, tendo o reconhecimento do homem como indivíduo. 
Neste momento, René Descartes sendo um personagem essencial nessa nova abordagem da interioridade, encontrou no seu intelecto a base para o estabelecimento de novas idéias, a partir daí podendo distinguir a verdade do erro, a mente do corpo e tornando possível o estudo do corpo humano. Essa abordagem impondo um novo ponto para o pensamento ocidental, não mais a busca das essências dos seres ou o fundamento divino da existência como no pensamento antigo e medieval, tendo como foco, então, o Espírito e o Sujeito enquanto sedes da verdade.
Visto que, Descartes tendo uma visão racionalista com ideias inteligíveis e notáveis, estas serviram de base para filosofia e ciência. A partir dessa compreensão, o pensamento ocidental passa a ser voltado ao tema do conhecimento, como se conhece ou como se produz o conhecimento. 
Durante o século XVIII, será imposta uma nova concepção da nossa subjetividade, superando a análise do espírito dividido entre razão e sensibilidade. Essa mudança sendo fruto de um pensamento de Immanuel Kant que ao analisar a questão do conhecimento em novas bases supõe que, exista uma síntese da razão e da sensibilidade, uma conjunção do sujeito transcendental (razão) e do sujeito empírico (experiência), formulando a ideia de que as duas coisas não se dissociam. 
A partir dessas ideias, Wilhelm Wundt propõe a psicologia como ciência, tornando a mente um objeto de estudo. Neste momento surge o questionamento sobre como fazer uma ciência precisa daquilo que, em nossa experiência, é impreciso, como haveria a possibilidade de se criar uma ciência que une o sujeito transcendental e o sujeito empírico. E então, surge na Alemanha, no final do século, o projeto de psicologia como ciência, tomando como base a fisiologia, calcada no conceito de sensação como elemento objetivo e matematizável.
Durante todo o século XIX, a psicologia luta para ser reconhecida como ciência, sendo exigido da mesma que se tenha mais do que a descrição do sujeito empírico para ser vista como científica. 
Na Constituição das Individualidades, o indivíduo foi visto como fonte e alvo dos poderes, sendo considerados como singulares porém, iguais por serem cidadãos, filhos do estado. No século XIII, a palavra indivíduo não existia, pois então, se quer, a ideia de individualidade era pensada. 
Nossas experiências fundamentais estão longe de serem comparáveis com as da Antiguidade clássica, temos como essencial a ideia de interioridade individualizada, que na época, não era agregada como na sociedade atual. Na antiga Grécia havia uma interioridade, porém não reflexiva e individualizada. Ao mesmo tempo em que havia uma experiência de singularidade, completamente destituída, porém, de interioridade e valor social. Como dito por Nietzsche, “Durante o mais longo período da humanidade, no entanto, não havia nada mais aterrador do que sentir-se particular. Estar só, sentir particularmente, não obedecer nem mandar, ter significado como indivíduo – naquele tempo isso não era prazer, mas um castigo; a pessoa era condenada a “ser indivíduo”.”
Vemos então, a constituição do indivíduo no século XVI como um sujeito singular, autônomo e dotado de uma interioridade que seria a base contratual dos Estados modernos e fonte do poder destes. Há, pois, no século XVIII durante a constituição dos estados nacionais, o surgimento do indivíduo soberano regulado pela lei, segundo Foucault. 
Nesse contexto, sendo negado os direitos básicos como o bem-estar social e qualidade de vida, conhecidos por nós, na atualidade, como essenciais. Nas palavras de Foucault “trata-se de um Estado que faz morrer e deixa viver”. 
Durante as novas relações de controle e poder, surge o que é chamado por Foucault de “Biopoder” composto de “Biopolítica” que atua sobre as populações, e de poder disciplinar sobre os indivíduos. Então, temos uma dualidade no que entendemos por indivíduo, o surgimento do indivíduo disciplinado tendo a psicologia situada entre este e o indivíduo soberano e autônomo. Sendo esta ambiguidade moderna essencial para a existência da psicologia.
Questão 2.
Segundo Wundt, a psicologia é uma ciência empírica cujo objeto de estudo é a experiência imediata. Entendendo que, por “experiência imediata” segundo seus conceitos, a “experiência” em geral é um todo unitário e coerente, que pode ser concebido e elaborado cientificamente a partir de dois pontos de vista distintos, porém interdependentes, toda experiência pode ser abordada pelo seu conteúdo objetivo na experiência mediata ou subjetivo na experiência imediata. Para Wundt, só há experiência quando vista como um conjunto de processos interligados, e nada mais.Seguindo seu raciocínio, na mediata abstrai-se o sujeito da experiência e coloca-se toda a ênfase nos seus objetos ou mundo externo, enquanto que, na imediata, investigam-se os aspectos subjetivos da experiência e sua relação recíproca com todos os conteúdos da mesma, com o mundo interno. Com base nos dois pontos, as possibilidades de se fazer ciência empírica surgem na ciência natural, que desempenha os conteúdos específicos da experiência mediata ou objetos do mundo exterior, e na psicologia, que tem como objeto toda experiência imediata ou aspectos subjetivos da experiência. 
Segundo o autor, se tem uma relação de complementaridade nas ciências naturais e na psicologia, na medida em que fornecem relatos diferentes da mesma experiência, sem que haja a possibilidade de haver uma subordinação ou redução de uma a outra. Ambas tendo o mesmo objeto de estudo, se faz necessário que tenham os mesmos métodos de pesquisa que equivale ao experimento e observação, que são os conceitos básicos do empirismo.
Como exemplo de ciência natural temos a Física, Fisiologia e a Química, sendo uma ciência que cuida principalmente dos conteúdos específicos da experiência mediata, uma vez que os objetos fornecidos na experiência são sempre mediados pelos fatores subjetivos.
Tendo como seu objeto de estudo, o estudo da mente, da consciência. Por um ponto de vista da relação de sujeito e objeto ou consciência e mundo. Para atingir seu propósito de inaugurar uma nova psicologia, autônoma e independente de teorias metafísicas, usa da sua única alternativa recusando por completo essas concepções acerca do objeto da psicologia imposto em sua época e propõe uma outra, se atendo à experiência psicológica propriamente dita. Logo afirma ser impossível de se fazer uma ciência psicológica simplesmente baseada na auto-observação, sendo necessária a recorrência de algo que o mesmo denomina como percepção interna, que teria base no controle experimental de condições externas à experiência.
O Experimento e a Observação sendo métodos das ciências da natureza utilizados pela psicologia. O experimento consiste na interferência proposital do pesquisador sobre a duração, o início e o modo de apresentação dos fenômenos investigados e a observação que consiste na mera apreensão de fenômenos ou objetos, sem que haja qualquer interferência por parte do observador. A Psicologia utiliza diretamente da experimentação em suas investigações, como apresentado nos estudos sobre a sensação, percepção e representação, aquilo que Wundt chama de psicologia experimental, fisiológica ou individual. Assim visando a relação dos processos com seus elementos constituintes.
Outro ponto fundamental na teoria da psicologia wundtiana são os chamados princípios ou postulados gerais, que dão base para as investigações psicológicas e garantem, então, a própria autonomia da psicologia. Como exemplo de dois pontos principais, o princípio do paralelismo psicofísico e o princípio da causalidade psíquica. Como dito anteriormente, para Wundt, a experiência pode ser vista a partir de dois pontos distintos porém complementares: objetivo e subjetivo. O paralelismo psicofísico é quando certas partes da experiência mediata podem ter uma correspondência direta com partes da experiência imediata, sem que uma possa ser reduzida à ou derivada da outra. Quando isso acontece, há uma relação necessária entre cada processo psíquico elementar e seu processo físico correspondente. Contudo, há diversos conteúdos da nossa experiência que só podem ser conhecidos a partir de um único ponto de vista, seja físico ou psicológico. O conceito de “causalidade psíquica” está diretamente ligado ao seu Paralelismo Psicofísico, a causalidade psíquica está fundamentada nas leis fundamentais da vida psíquica assim como a causalidade física está nas leis da natureza. Ambos são complementares e não podem entrar em contradição entre si.
No Laboratório de Leipzig inspirou e atraiu diversos estudantes de vários lugares do mundo, se tornando o primeiro e maior centro de formação de toda geração de psicólogos, que após seus estudos, voltaram para seus respectivos países e fundaram laboratórios nos moldes de Wundt. Assim, influenciando diversos nomes importantes para a psicologia como Edward Titchener.
Questão 3. 
Titchener construiu sua própria concepção de psicologia, ele foi o principal construtor do estruturalismo, que em diversos aspectos se afastou da teoria wundtiana. A diferença sendo perceptível na concepção de método e objeto. Para Titchener, a psicologia é fundamentalmente o estudo dos elementos da consciência através da introspecção, aquilo que não for passível de estudo e registro introspectivo não deve ser considerado assunto da psicologia. Já para Wundt, o método consiste apenas em um meio de se alcançar a meta principal da Psicologia, descobrir as leis universais da vida psíquica em suas mais diversas manifestações. É nítido então que, a teoria de Titchener se torna mais restrita que a de Wundt, já que todo o conteúdo da psicologia dos povos não deve ser tema de investigação psicológica. Segundo Titchener, o método da psicologia é o mesmo que das demais ciências, a observação. Contudo, a observação nas ciências físicas é extrospecção, ou seja, é voltada para fora, e na observação psicológica é introspecção, voltada para dentro. Então, sua proposta psicológica visava o estudo da experiência consciente por meio da introspecção.
A psicologia para Titchener é uma ciência pura, não comportando qualquer tipo de aplicação, seja clínica, seja psicométrica ou outra qualquer.
A Experiência consciente, seguindo raciocínio de Titchener, com base no estruturalismo, é onde tudo depende do indivíduo que a vive. Sendo essa experiência divergente de outras ciências que não se baseiam na experiência pessoal. Os termos matéria e mente, dentro da teoria titcheneriana, são a mesma coisa, apoiam-se na definição de que a experiência como independente, reside no mundo da matéria, enquanto que a experiência como dependente encontra-se na mente, duas perspectivas de uma mesma experiência. Dentro da física, Titchener isola três variáveis para mostrar a experiência como um processo independente: espaço, tempo e massa. Para Titchener, a mente é a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo. 
O sistema de Edward B. Titchener, recebeu diversas críticas, o filósofo alemão Immanuel Kant escreveu, um século antes de Titchener iniciar seus trabalhos, que toda tentativa de conhecimento de si mesmo altera fundamentalmente a experiência consciente que estiver sendo estudada pois inicia um elemento de observação dessa experiência consciente. Houveram dúvidas sobre seu método de introspecção antes do aperfeiçoamento e da modificação para harmonizá-lo com os requisitos do método experimental. Mesmo após as modificações, as críticas persistiram. O Movimento estruturalista também foi alvo de críticas, sendo visto como artificial e estéril. Um dos exemplos é a escola da Gestalt, que lançou a “revolta afetiva” contra a psicologia estruturalista. Mesmo diante de diversas críticas, Titchener e os estruturalistas contribuiram de forma fundamental para a psicologia. Seus métodos de pesquisa baseados em observação, experimentação e medição eram os mais tradicionais. Embora, o objeto de estudo e os objetivos do estruturalismo não sejam mais essenciais, a introspecção ainda é utilizada em diversas áreas da psicologia, como pesquisadores do campo da psicofísica e os psicólogos organizacionais. Os relatos baseados na experiência pessoal são sem dúvida uma forma válida de recolher dados.
Questão 4) 
William James foi um filósofo e psicólogo americano e o primeiro intelectual a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos. James foi um dos principais pensadores do final do século XIX e é considerado por muitos como um dos filósofos mais influentes da história dos Estados Unidos enquanto outros o rotularam de "pai da psicologia americana". Com base na bibliografia da disciplina e nas discussões em aula:a) Explique como James descreve a Consciência (ou Self) e cite suas características ou atributos; b) Apresente os principais fundamentos filosóficos e epistemológicos do movimento funcionalista a partir de William James; c) Descreva que forças históricas conduziram de forma mais específica a um projeto de saber voltado para as práticas de ajustamento e d) Demonstre como o movimento funcionalista norte-americano lhe conferiu uma feição mais organizada e sistemática, apesar de sua tão comentada falta de sistematicidade.

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