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UNIVERSIDADE DE GUARULHOS PSICOLOGIA LAIZA GABRIELLI APARECIDA GOMES DE SANTANA YASMIN SOARES SANTANA GLEICA OLIVEIRA DE MORAES PSICOLOGIA EXPERIMENTAL: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Guarulhos 2022 2 LAIZA GABRIELLI AP. GOMES DE SANTANA – 28297325 YASMIN SOARES SANTANA – 28294403 GLEICA OLIVEIRA DE MORAES – 28299222 PSICOLOGIA EXPERIMENTAL:ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Trabalho referente à disciplina Psicologia Experimental apresentado ao professor Jeferson Ulisses Barreto Laurindo como parte integrante da nota de avaliação 2 do terceiro semestre do curso de Psicologia na Universidade Guarulhos - UNG. Guarulhos 2022 3 RESUMO O trabalho a seguir refere-se ao relatório da disciplina de Psicologia Experimental, baseando-se na análise experimental do comportamento, cujo objetivo era o condicionamento do sujeito experimental, neste caso um rato virtual, mais conhecido mundialmente como “Sniffy”. Para compreender os conceitos da Análise Experimental do Comportamento relacionados ao Behaviorismo Radical proposto por B. F. Skinner (1978) e sua aplicação em laboratório. Para isso foi realizado um experimento de condicionamento operante utilizando-se do software Sniffy Pro - O Rato Virtual, com duração equivalente a 30 minutos, a fim de modelar o comportamento de apertar a barra para obter o alimento desejado. O Trabalho de observação direta do comportamento do rato virtual e a frequência de suas interações com o meio. Através do experimento foi possível coletar dados, tais como a quantidade de respostas emitidas por minutos e quantidade vezes que o rato aperta e a barra e quantidade de vezes que ele come. Com um gráfico de linhas que demonstra a progressão de comportamento do sujeito. Palavras-chave: Psicologia experimental. Condicionamento operante. Sniffy pro. 4 Sumário 1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 2.REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 6 2.1 Comportamento Respondente ........................................................................... 6 2.1.1Condicionamento Respondente ................................................................... 6 2.2 Comportamento Operante ................................................................................. 7 2.2.1 Condicionamento Operante ........................................................................ 7 2.3 Análise Experimental do Comportamento .................................................... 8 2.4 Reforço Positivo ............................................................................................ 8 2.5 Reforço Negativo .......................................................................................... 9 2.6 Modelagem ................................................................................................... 9 2.7 Esquemas de Reforçamento ........................................................................ 9 2.7.1 Reforço Contínuo .................................................................................... 10 2.7.2 Reforço Parcial ........................................................................................ 10 2.8 Extinção ...................................................................................................... 11 3.METODOLOGIA ..................................................................................................... 12 3.1Métodos de pesquisa .................................................................................... 12 3.2 Sniffy pro – O Rato virtual ............................................................................ 13 3.3 Experimento realizado ................................................................................. 14 4.RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 15 5.CONCLUSÃO ......................................................................................................... 17 6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 18 7.APÊNDICE ............................................................................................................. 19 5 1.INTRODUÇÃO Skinner estuda o comportamento que engloba a maioria dos comportamentos do organismo. Propunha que, a partir do conhecimento da história de interação do individuo com seu ambiente seria possível prever e controlar seu comportamento. Mostraremos tais comportamentos através do pro grama o rato virtual denominado Sniffy. Foi utilizado como exemplo de que o comportamento pode ser controlado, modificado ou extinto. Entre os procedimentos realizados foram feitos: Observação do nível operante, Treino ao comedouro, Modelagem, Reforçamento Contínuo, Extinção, Discriminação e Generalização. Conheceremos um tipo de aprendiz agem, chamado por Skinner de Condicionamento Operante,“faremos referência a comportamentos que são apreendi dos em função de suas consequências” (MORREIRA; MEDEIROS, 2007, p.48) Na fase do treino ao comedouro, que antecede a modelagem, foram estabelecidos alguns padrões de comportamento chamado de aproximações sucessivas do comportamento alvo. Aproximações sucessivas (exigir gradualmente comportamentos mais próximo do comportamento-alvo) a fim de ensinar um novo comportamento, sendo uma característica fundamental da modelagem a imediaticidade do reforço. (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, P.61) Conforme Moreira; Medeiros (2007) reforço é um tipo de consequência do comportamento que aumenta. De acordo com Moreira e Medeiros (2007) quando inserimos uma variável no comportamento operante passamos a falar de comportamento operantes discriminados na qual respostas específicas ocorrem na presença de estímulos específicos utilizaremos o termo generalização de estímulo operante na presença de um novo estímulo que partilham propriedades e semelhanças físicas com estilo discriminado no passado.“Em outras palavras um organismo está generalizando quando emite uma mesma resposta na presença de estímulos que se parecem com Sd” (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p.101). 6 2.REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico da presente pesquisa sobre psicologia experimental foi estruturado os fundamentos da análise experimental do comportamento e seus conceitos e apresentar no decorrer do trabalho o experimento da pesquisa realizada. 2.1 Comportamento Respondente O comportamento Respondente é todo aquele comportamento que é involuntário, que acontece mediante as contingências. Podemos exemplificar mais e dizer que o Comportamento Respondente se dá através de uma mudança ambiental, ou seja, uma mudança ambiental que leva a um comportamento específico. Piscar os olhos na presença de alguma partícula de sujeira ou cisco nos olhos é um comportamento respondente, há um estimulo/resposta e é incondicionado (não aprendido) como afirmam Lombard-Platet, Watanabe e Cassetari (2015) Modelo Explicativo: S -> R. Onde S elicia R S: São as contingências, mudanças ambientais. S deriva de Estímulo (do inglês stimulus. R: É o comportamento. R deriva de Resposta (do inglês response). Como disse anteriormente, o comportamento respondente é involuntário e pode ser inato - para eventos filogeneticamente relevantes, como a comida, situação ameaçadora, sexo - ou pode ser aprendido quando um estímulo "neutro" é apresentado em comunhão com um estímulo específico e suficientemente aliciador de comportamento. Exemplo de comportamento Respondente: A luz (S) é uma contingência que elicia o comportamento de contraçãoda pupila, esse comportamento é inato e está presente em todos os seres humanos e animais que compartilham dos mesmos mecanismos. Dizemos que o organismo tem a capacidade de fazer com que determinadas respostas fiquem sob controle de outros estímulos, ex`: Uma pessoa sofre um acidente de carro que é terrivelmente perturbador para ela, então, podemos dizer que a pessoa passou um momento ameaçador, esteve em contato direto com emoções de medo que são capazes o suficiente de se emparelhar com as contingências (estimulo) de andar de carro. Então, um estímulo incondicionado/neutro (andar de carro) com um estímulo ameaçador (acidente) para o organismo pode se emparelhar e, após, ambos serão eliciadores do comportamento de medo. Somente um Estímulo Neutro (NS) com um Estímulo Eliciador de Respondentes (fortes o bastante para tal) podem se emparelhar. 2.1.1 Condicionamento Respondente Chamamos de condicionamento respondente (reflexo) o processo através do qual um outro estímulo que a princípio era neutro, passa a adquirir a função de eliciar (provocar) uma resposta reflexa. Este estímulo só adquire tal função porque foi associado a um estímulo que tem a função inata de provocar uma resposta reflexa (LOMBARD-PLANET; WATANABE; CASSETARI, 2015). 7 2.2 Comportamento Operante Em resumo, no campo do comportamento como um todo, as contingências de reforço que definem o comportamento operante estão por toda parte. Aqueles sensíveis a esse fato à vezes ficam embaraçados com a frequência com a qual eles vêem reforço por toda parte, como os marxistas vêem a luta de classes ou os freudianos o complexo de Édipo. (SKINNER, 1937). O Comportamento Operante é um comportamento voluntário e que opera nas contingências. Podemos dizer que o Comportamento Operante é aquele comportamento (R) que gera uma consequência (S) e essa consequência reforça ou enfraquece o comportamento que o gerou. Modelo Explicativo: R -> S - onde S reforça R S: São as contingências, mudanças ambientais. S deriva de Estímulo (do inglês stimulus). R: É o comportamento. R deriva de Resposta (do inglês response). O comportamento Operante é a peça chave do pensamento de Skinner e nada mais é do que a representação da interação do sujeito-ambiente. O sujeito influi, altera, modifica, as contingências (ambiente); logo, o sujeito age em função das consequências dos seus atos - porque S reforça positivamente ou negativamente R. A aprendizagem do comportamento operante se dá através de sucessivas consequências reforçadoras desse comportamento. Uma pessoa decide estudar bastante para tirar boas notas nas provas, ela se esforça e consegue alcançar bons resultados; percebe que os bons resultados são as consequências do comportamento de estudar e são suficientemente reforçadores, de forma positiva, do comportamento inicial (estudar), logo, a pessoa tenderá a estudar mais em situações semelhantes. Do contrário, o reforço seria negativo e provavelmente a pessoa tenderia a estudar menos em situações semelhantes (SKINNER, B. F. 1956). 2.2.1 Condicionamento Operante O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. É o caso do rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o movimento cada vez que quiser saciar sua fome. O condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem de novo comportamento – um processo que Skinner chamou de modelagem. O instrumento fundamental de modelagem é o reforço – a consequência de uma ação quando percebida por quem a pratica. Para o behaviorismo em geral, o reforço pode ser positivo (uma recompensa) ou negativo (ação que evita uma consequência indesejada). “No condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no sentido de tornar uma resposta mais provável, ou melhor, mais frequente”, escreveu o cientista. 8 2.3 Análise Experimental do Comportamento A Análise do Comportamento constitui-se como uma ampla área de conhecimento que por vezes é confundida com suas próprias subáreas. Conforme propõe Carvalho Neto (2002) a Análise do Comportamento seria a amplitude da prática behaviorista, contendo três áreas interligadas: O Behaviorismo Radical (uma filosofia, base para os demais subsequentes da Análise do Comportamento); a Análise Experimental do Comportamento (uma ciência básica) e a Análise Aplicada do Comportamento (uma ciência aplicada). Wundt e Titchener, no início do século 20, foram grandes percussores da psicologia laboratorial. Em situações controladas de laboratório, os pesquisadores examinavam qual a estrutura e o modo de interação dos processos conscientes, através do relato verbal de sujeitos humanos. Mais adiante, em 1913, Watson surge com uma visão revolucionária, que modificaria a história da psicologia: para ele, objeto de estudo da Psicologia não deveria ser a consciência, mas sim o comportamento dos organismos. Assim, seu método de análise era a experimentação com processos interativos e observáveis entre o organismo e seu ambiente (CARVALHO NETO, 2002). A partir de tais acontecimentos, foi sendo construída a base da filosofia Behaviorista. Na década de 30, contudo, B.F. Skinner procura mudar os paradigmas até então existentes. Iniciou seus estudos em pesquisas conceituais e históricas, além das pesquisas experimentais em laboratórios. Skinner, após longos estudos, nomeou sua versão de Behaviorismo de “Behaviorismo Radical”, isto porque via além, via no “radical” do objeto, em sua essência e origem; este seria a filosofia por trás da ciência do comportamento que tentava tão fortemente implantar. Esta metodologia de ciência é conhecida como Análise Experimental do Comportamento. Esta, segundo Tourinho (1999), seria o “braço empírico” da ciência do comportamento. 2.4 Reforço Positivo No condicionamento operante, o reforço positivo envolve a adição de um estímulo de reforço na sequência de um comportamento que faz com que seja mais provável que o comportamento ocorra novamente no futuro. Quando um resultado favorável, evento ou recompensa ocorre após uma ação, a resposta ou comportamento particular será reforçada. Uma das maneiras mais fáceis de lembrar do reforço positivo é a pensar nisso como algo que está sendo adicionado. Ao pensar nisso nesses termos, você pode achar que é mais fácil identificar do mundo real. Uma coisa importante a se notar é que o reforço positivo nem sempre é uma coisa boa. Por exemplo, quando uma criança se comporta mal em uma loja, alguns pais podem dar-lhes atenção extra ou até mesmo comprar para a criança um brinquedo. As crianças aprendem rapidamente que, agindo assim, elas podem ganhar a atenção do pai ou mesmo adquirir objetos que elas querem. Essencialmente, os pais estão reforçando o mau comportamento. Neste caso, a melhor solução seria a utilização de reforço positivo quando a criança está exibindo bom comportamento. Existem diferentes tipos de reforçadores que podem ser usados para aumentar comportamentos, mas é importante notar que o tipo de reforçador utilizado depende do indivíduo e da situação (LOMBARD-PLANET; WATANABE; CASSETAR,2015). 9 2.5 Reforço Negativo Reforço negativo é um termo descrito por Skinner em sua teoria de condicionamento operante. Em reforço negativo, uma resposta ou comportamento é reforçada por parar, remover ou evitar um resultado negativo ou estímulo aversivo. Estímulos aversivos tendem a envolver algum tipo de desconforto, seja físico ou psicológico. Comportamentos são reforçados negativamente quando eles permitem que você escape de estímulos aversivos que já estão presentes ou lhe permitem evitar completamente os estímulos aversivos antes que eles aconteçam. Uma das melhores maneiras delembrar do reforço negativo é pensar nisso como algo que está sendo subtraído da situação. Quando você olha para ele, desta forma, pode ser mais fácil de identificar exemplos de reforço negativo no mundo real. O reforço negativo envolve a remoção de uma condição negativa para reforçar um comportamento. Por outro lado, punição envolve apresentar ou retirar um estímulo para enfraquecer um comportamento (SKINNER, 1937). 2.6 Modelagem A observação de reflexos inatos ou condicionados envolve os estímulos (reforçamentos) como parte do processo de aprendizagem, onde o desempenho está associado à modelação, pelo incentivo à habituação, onde o comportamento é escolhido e modificando. Modelagem é a produção de novas formas de comportamento operante pelo reforço de aproximações sucessivas ao comportamento. A característica que distingue o condicionamento operante em relação às formas anteriores de behaviorismo é que o organismo pode emitir respostas, em vez de só obter respostas devido a um estímulo externo. A teoria de Skinner baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em função Mudança no comportamento manifesto (LOMBARD-PLANET; WATANABE; CASSETARI, 2015, P. 69). 2.7 Esquemas de Reforçamento No condicionamento operante, esquemas de reforço são um componente importante do processo de aprendizagem. Quando e quantas vezes nós reforçamos um comportamento pode ter um impacto dramático na força e velocidade da resposta. Um esquema de reforço é basicamente uma regra afirmando que as instâncias de um comportamento serão reforçadas. Em alguns casos, um comportamento pode ser reforçado cada vez que ocorre. Às vezes, um comportamento pode ser não reforçado sempre. Reforço positivo ou reforço negativo podem ser usados, dependendo da situação. Em ambos os casos, o objetivo é sempre reforçar o comportamento e aumentar a probabilidade de ocorrer de novo no futuro. Em contextos do mundo real, comportamentos provavelmente não vão ser reforçados cada vez que eles ocorrem. Para situações onde você está propositalmente tentando treinar e reforçar uma ação, como na sala de aula, nos esportes, ou em treinamento animal, você pode optar por seguir um esquema de reforço específico. Como você verá abaixo, alguns esquemas são mais adequados para determinados tipos de situações de treinamento. Em alguns casos, o treinamento pode começar com um esquema e mudar para outro uma vez que o comportamento desejado foi 10 ensinado. Certos esquemas de reforço podem ser mais eficazes em situações específicas (LOMBARD-PLANET; WATANABE; CASSETARI, 2015, P.74). Existem dois tipos de esquemas de reforço: 2.7.1 Reforço Contínuo Em reforço contínuo, o comportamento desejado é reforçado cada vez que ocorre. Este esquema é melhor usado durante as fases iniciais da aprendizagem, a fim de criar uma forte associação entre o comportamento e a resposta. Uma vez que a resposta tenha se ligado firmemente, o reforço é geralmente ligado a um esquema de reforço parcial. 2.7.2 Reforço Parcial Em reforço parcial, a resposta é reforçada uma única parte do tempo. Comportamentos aprendidos são adquiridos mais lentamente com reforço parcial, mas a resposta é mais resistente à extinção. Há quatro esquemas de reforço parcial: 1. Esquemas de razão fixa são aqueles em que uma resposta é reforçada somente após um determinado número de respostas. Este esquema produz uma taca alta e constante de resposta com apenas uma breve pausa após a entrega do reforçador. Um exemplo de um esquema de razão fixa seria entregar uma pelota de alimento para um rato após ele pressionar uma barra cinco vezes. 2. Esquemas de razão variável ocorrem quando uma resposta é reforçada após um número imprevisível de respostas. Este esquema cria uma taxa alta e constante de respostas. Jogos de azar e loterias são bons exemplos de uma recompensa baseada em um esquema de razão variável. Em um ambiente de laboratório, isso pode envolver a entrega de pelotas do alimento a um rato depois de pressionar um bar, novamente depois de quatro prensas de barra, e uma terceira pelota após duas prensas de barras. 3. Esquemas de intervalo fixo são aqueles em que a primeira resposta é recompensada somente após um determinado período de tempo decorrido. Este esquema provoca grandes quantidades de respostas perto do fim do intervalo, mas um índice de respostas mais lento imediatamente após a entrega do reforçador. Um exemplo disto em um ambiente de laboratório seria o reforço de um rato com uma pelota de comida para a primeira prensa da barra após um intervalo de 30 segundos ter decorrido. 4. Esquemas de intervalo variável ocorrem quando uma resposta é recompensada depois de uma quantidade indeterminada de tempo. Este calendário produz um ritmo lento e constante de resposta. Um exemplo disso seria a entrega de uma pelota de alimentos para um rato após a primeira prensa na barra depois de um intervalo de um minuto, uma outra pelota para a primeira resposta após um intervalo de cinco minutos, e um terceiro fornecimento de alimentos para a primeira resposta após intervalo de três minutos. Segundo Lombard-planet, Watanabe e Cassetari (2015) esquemas de reforços parciais não só tendem a levar a comportamentos que são mais resistentes à extinção, mas também reduzem o risco de que o sujeito será saciado. Se o reforçador usado não é mais desejado ou gratificante, o sujeito pode parar de executar 11 o comportamento desejado. Por exemplo, imagine que você está tentando ensinar um cão a sentar-se. Se você estiver usando comida como recompensa, o cão pode parar de executar a ação uma vez que ele está cheio. Em tais casos, algo como elogio ou atenção pode ser um reforçador mais eficaz. 2.8 Extinção Extinção, na Psicologia, refere-se ao enfraquecimento gradual de uma resposta condicionada que resulta no decréscimo ou desaparecimento do comportamento. Em outras palavras, o comportamento condicionado eventualmente para. No condicionamento clássico, a extinção acontece quando um estímulo condicionado não é mais emparelhado com um estímulo incondicionado. No condicionamento operante, a extinção pode ocorrer se o comportamento não é reforçado, ou se o tipo de reforço usado não é mais gratificante. No condicionamento clássico, quando um estímulo condicionado é apresentado sozinho, sem um estímulo incondicionado, a resposta condicionada acabará por cessar. Por exemplo, na experiência clássica de Pavlov, um cão foi condicionado a salivar ao som de um sino. Quando o sino foi repetidamente apresentado sem a apresentação dos alimentos, a resposta de salivação, eventualmente, tornou-se extinta. No condicionamento operante, extinção ocorre quando uma resposta não é mais reforçada na sequência de um estímulo discriminativo. BF Skinner descreveu a extinção: “Minha primeira curva de extinção apareceu por acaso. Um rato estava pressionando a alavanca em um experimento sobre a saciedade, quando o distribuidor travou. Eu não estava lá no momento, e quando voltei eu encontrei uma bela curva. O rato tinha pressionado, mas os reforços não foram recebidos. A mudança foi mais ordenada do que a extinção de um reflexo salivar na configuração de Pavlov, e eu estava muito animado. Era uma tarde de sexta-feira e não havia ninguém no laboratório para quem eu poderia dizer. Por todo o fim de semana eu atravessei as ruas com especial cuidado para evitar todos os riscos desnecessários para proteger a minha descoberta da perda através da minha morte acidental “. Em pesquisa com o condicionamento clássico, Pavlov descobriu que, quando a extinção ocorre, isso não significa que o sujeito retorna ao seu estado incondicionado PAVLOV, I. (1927). 12 3.METODOLOGIA 3.1 Métodos de pesquisa Embora haja um número de diferentes técnicas de pesquisa, o método experimentalna Psicologia permite que os pesquisadores busquem relações de causa e efeito. No método experimental, os investigadores identificam e definem variáveis chave, formulam uma hipótese, manipulam as variáveis e recolhem dados sobre os resultados. Variáveis externas são cuidadosamente controladas para minimizar um impacto potencial sobre o resultado do experimento. O método experimental envolve a manipulação de uma variável para determinar se as alterações nela causam alterações em uma outra variável. Este método baseia-se em métodos controlados, a atribuição aleatória e a manipulação de variáveis para testar uma hipótese. Existem alguns tipos diferentes de experiências que os pesquisadores podem optar por utilizar. O tipo de experimento escolhido pode depender de uma variedade de fatores, incluindo os participantes, a hipótese e os recursos disponíveis para os pesquisadores. A pesquisa pode ser classificada em vários tipos, de acordo com o critério utilizado. Tendo em vista os objetivos propostos para a pesquisa, esta pode ser classificada em três tipos dependendo do nível de profundidade do estudo, assim temos: a pesquisa exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa explicativa. ● Exploratória: Este tipo de pesquisa possibilita ao pesquisador se aprofundar no tema da pesquisa, de forma que se aproxime do problema proposto. De acordo com Gil (2007), essas pesquisas podem assumir a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso. ● Descritiva: É a pesquisa que tem como finalidade explicitar uma dada realidade ou população, explorando-a, conhecendo-a, interpretando os fatos observados e descrevendo suas características, dados ou fenômenos, tendo em vista os objetivos do pesquisador. Gil (2002) esclarece ainda que: Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, e permitem determinar a natureza dessa relação. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se aproxima da explicativa. Há, porém, pesquisas que, “embora definidas como descritivas com base em seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias”. (GIL, 2002. p. 42). ● Explicativa: Nessa pesquisa, se busca identificar as respostas para o porquê dos fatos ou processos, com vistas a se aprofundar no entendimento de uma determinada realidade ou dos fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 13 As pesquisas podem ainda serem classificadas levando em conta a forma com que o problema investigado é abordado pelo pesquisador. Assim, dependendo da natureza do problema, temos dois tipos de pesquisa: a quantitativa e a qualitativa. Na pesquisa quantitativa esse tipo de abordagem da pesquisa é adotado pelo pesquisador quando se utiliza de recursos e técnicas estatísticas para se quantificar um fenômeno, ou seja, traduzi-lo em números. Assim, desde a coleta dos dados até o momento em que se faz a análise ou tratamento dos mesmos, se busca trabalhar na perspectiva da objetividade para interpretar/medir uma informação com precisão, com fidedignidade, de forma a minimizar qualquer forma de distorção, não podendo ser generalizado os resultados. As pesquisas de natureza qualitativa são indicadas quando o pesquisador deseja identificar, explorar e explicar o porquê dos fatos, para interpretar um fenômeno, sendo, portanto, pesquisas descritivas. Nesse processo, utiliza-se de aspectos subjetivos (os quais não podem ser traduzidos em números) para dar significado à analise do fenômeno estudado, não considerando, portanto, a representatividade numérica. De modo geral, quantitativa é passível de ser medida em escala numérica e qualitativa não (ROSENTAL; FRÉMONTIER-MURPHY, 2001). 3.2 Sniffy pro – O Rato virtual Conforme Tomanari; Gerson (2003), o laboratório de Análise Experimental do Comportamento, tem como foco favorecer aos alunos a possibilidade de observar e analisar o comportamento diante de fatores ambientais com os quais o organismo interage. Como objetivo de aprendizagem, trata-se de processos básicos para desenvolver habilidades especificas relacionadas aos conceitos metodológicos da área. O programa virtual Sniffy Pro – o Rato Virtual foi utilizado para testar na prática a possibilidade de comprovar ou eliminar teorias e hipóteses sobre a aprendizagem e exemplos os quais o comportamento pode ser controlado, modificado ou extinto. O programa Sniffy Pro tem como finalidade proporcionar acessibilidade aos alunos à praticidade de estarem em contato com os principais fenômenos de condicionamentos operante e clássico, que normalmente são discutidos em Psicologia (ALLOWAY; WILSON; GRAHAM, 2013). A utilização de software para o ensino dos princípios básicos do comportamento surgiu como uma alternativa financeiramente viável às questões éticas em relação ao uso de animais vivos em laboratório didático. Os motivos éticos e legais estão relacionados ao artigo 30, seção b, do Código de Ética Profissional do Psicólogo (CFP, 1995, p. 108), que “veda ao psicólogo a promoção de atividades que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuízo a seres humanos ou sofrimentos desnecessários para animais”. Assim O Rato Virtual, substitui o uso real de ratos com a mesma eficácia. 14 3.3 Experimento realizado O objetivo do relatório em questão é expor a análise feita através do processo observacional e dos experimentos realizados no programa Sniffy – O Rato Virtual, Versão pro 2.0. A observação foi realizada no Laboratório da Universidade Guarulhos – UNG. Foram realizados no total de 3 experimentos de 30 minutos com o objetivo de modelar no rato o comportamento de apertar a barra para liberar comida. A representação pela letra “x” na planilha de dados ao comportamento de comer do rato, e a representação pelo símbolo “/” na planilha de dados (AA. APÊNDICE). 15 4.RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos primeiros 5 minutos teve a observação do comportamento do rato com a observação operante. Assim, o grupo percebeu que o rato repetia inúmeras movimentos na caixa, tais como farejar, andar, parar, levantar entre outros. Em seguida foi realizado o treino ao comedouro onde a comida era liberada com a aproximação do rato ao comedouro com o intuito de associação ao som do clique da barra com a liberação da comida. Fonte: elaborado pela autora. Na primeira tentativa do experimento ocorreu problema no equipamento. Na segunda tentativa do experimento no minuto 5, o rato após ouvir o som do clique da barra conduzia-se ao comedouro e comia repetindo esse comportamento por 7 vezes. No minuto 6 o rato aperta a barra uma vez, porém não mantem esse comportamento nos próximos 16 minutos havendo apertado a barra 9 vezes até o final do segundo experimento. Na terceira tentativa no minuto 4 o rato apertou a barra e não manteve o comportamento e se aproximou ao comedouro, e por falta de tempo não ocorreu a modelagem. 16 Fonte: elaborado pela autora. 17 5.CONCLUSÃO A partir desse experimento com o Sniffy pode-se ter uma compreensão melhor acerca do aprendizado de habilidades e de conhecimentos que influenciam o surgimento dos comportamentos, bem como a extinção de hábitos. Percebe-se que é possívelaumentar ou diminuir comportamentos através de estímulos e respostas e que o ambiente influencia muito nesse processo. Concluímos que o sujeito pode ser modelado de acordo com as teorias de Skinner. Comportamento é toda ação e reação que existe entre um sujeito e o ambiente e, comportamento operante é a ação que opera sobre o ambiente gerando um determinado evento, ou seja, uma consequência. Portanto, quando o sujeito pressionou a barra e percebeu que ao realizar esta ação teria seu reforço, ele continuaria pressionando a barra, deste modo o que controla uma resposta é a sua consequência de acordo com o livro Análise Experimental do Comportamento de Ana Paula Basqueira e Walmor de Almeida Nogueira Largura. Modelagem é um método de aprendizagem que utiliza aproximações sucessivas, os comportamentos são exigidos aos poucos: o reforço diferencial. O reforço é diferente para uma classe de comportamentos e a imediatidade da disponibilização do reforço, é fornecido no momento em que o comportamento ocorre e não depois de um tempo. Não ocorreu a modelagem, pois exigimos demais do sujeito, aqueles comportamentos que julgávamos simples eram, para o sujeito, complexos. Logo, concluímos que em um processo de modelagem é necessário ter paciência e sensibilidade para perceber até aonde o sujeito pode ir. 18 6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRANCO, Ana Lúcia et al. Pesquisas em animais: uma reflexão bioética. Revista Chilena Humanidades, v. 20, n. 2, p. 247-253, 2014. Disponível em: <https://revistachilenahumanidades.uchile.cl/index.php/AB/article/view/33306/35053 >. Acesso em: 31 maio 2021. MOREIRA, B. M., & MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. PP: 47 – 143. VELASCO, Saulo Missiaggia; GARCIA-MIJARES, Miriam; TOMANARI, Gerson Yukio. Fundamentos Metodológicos da Pesquisa em Análise Experimental do Comportamento. Psicologia em Pesquisa, Juiz de Fora, v. 4, n. 2, p. 150-155, 2010. Disponível em: <https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/54964983/20170920200430Artigo_-_AEC.pdf ?1510285586=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DFundamento s_Metodologicos_da_Pesquisa_em.pdf&Expires=1622562688&Signature=LPWcdf8 0-34XhkB3tRSvmd1~uZfxO39eor4DMlKCnJRBAFHZ5hN2x-wAAa6Xe2KIgN4wK7Xi lLcz45PWWX36GxIp3U-PpvXd5y2w61z3z3nNFIptdQI1sEcGLir-J233PWRpz6LASe ZRpex9Ah5HiUMeItem2NpaRWDUuMJQwNRqj4p~YPZIYRgNyi6D~GgRA4CmCuC w6YpLpQSaaqXZxeloLHZUy3LFsBtZJIEC0Oy-vboX55BSq-FtIMBKVw-gUamQI8lpJ k-jd0Kc-owcgeT1tCX41nqKhdj3YUlwQDzppKL1hPdZt28MJRsHDY5XiAmNCwU0G2 Mf9HtFL~Ezgw__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA>. Acesso em: 28 maio 2021. Skinner, B. F. (1956). A case history in scientific method. American Psychologist, 11, 221-233, B. F. (1979). The shaping of a behaviorist: Part two of an autobiography. New York: Knopf. Pavlov, I. (1927). Conditioned reflexes: An investigation of the physiological activity of the cerebral cortex. (G. V. Anrep, Trans.). New York: Dover. http://psychclassics.yorku.ca/Pavlov/index. https://www.academia.edu/27538288/A_Análise_do_Comportamento_Skinner_B_F_ and_Holland_J_C_1965_Leve 19 7.APÊNDICE Tabela 1 20 Tabela 2 21 Tabela 3
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