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NOME: Fernando Lima de Souza RU: 3110717 POLO: FAZENDA RIO GRANDE CURSO: Pedagogia Qual o conceito de violência contra criança ou ao adolescente? Está relacionada com a utilização de força física contra a pessoa, criança ou adolescente, por cuidadores, pessoas do convívio familiar ou terceiros. Para caracterizar violência física, é necessário que a ação seja de forma intencional, com o objetivo de causar dor, sofrimento, lesão ou destruição da vítima. Violência Física A violência física é entendida como a ação infligida à criança ou ao adolescente que ofenda sua integridade ou saúde corporal ou que lhe cause sofrimento físico. Está relacionada com a utilização de força física contra a pessoa, criança ou adolescente, por cuidadores, pessoas do convívio familiar ou terceiros. Para caracterizar violência física, é necessário que a ação seja de forma intencional, com o objetivo de causar dor, sofrimento, lesão ou destruição da vítima. A agressão física é incitada da posição de poder e autoridade que o adulto possui sobre a criança e o adolescente, sendo um meio de exigir obediência, disciplina e impor a submissão do mais vulnerável. É o tipo de violência visível, que se escreve na pele, no corpo, pelos hematomas, queimaduras, ferimentos, etc. Por isso, é mais fácil de identificar e comprovar a violência física em comparação aos outros tipos de violência. No entanto, a violência física acontece concomitantemente com outros tipos de violência, também ocasionando traumas psicológicos para a criança e o adolescente. Violência Psicológica A violência psicológica é compreendida como qualquer conduta ou situação recorrente em que a criança ou o adolescente é exposta e que pode comprometer seu desenvolvimento psíquico e emocional, são eles: Atos de discriminação, depreciação ou desrespeito em relação à criança ou ao adolescente mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, agressão verbal e xingamento, ridicularização, indiferença, exploração ou intimidação sistemática (bullying); O ato de alienação parental, assim entendido como a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou por quem os tenha sob sua autoridade, guarda ou vigilância, que leve ao repúdio de genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculo com este; Qualquer conduta que exponha a criança ou o adolescente, direta ou indiretamente, a crime violento contra membro de sua família ou de sua rede de apoio, independentemente do ambiente em que cometido, particularmente quando isto a torna testemunha. A violência psicológica é mais difícil de ser identificado e diagnosticada, por não conter provas materiais, embora deixe marcas psíquicas no indivíduo que podem ser permanentes, interferindo na sua formação subjetiva e no desenvolvimento biopsicossocial. Violência Sexual Entendida como qualquer conduta que constranja a criança ou o adolescente a praticar ou presenciar conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso, inclusive exposição do corpo em foto ou vídeo por meio eletrônico ou não. “Ocorre quando a vítima, criança ou adolescente, tem desenvolvimento psicossexual inferior ao do agressor, que a expõe a estímulos sexuais impróprios para a idade ou a utiliza para sua satisfação sexual ou de outra pessoa. Estas práticas são realizadas por meio de violência física, ameaças e mentiras, e a vítima é forçada a práticas sexuais eróticas sem ter capacidade emocional ou cognitiva para consentir ou avaliar o que está acontecendo”. Trata-se, portanto, de uma relação cujo objetivo é satisfazer unilateralmente o abusador e pode ser classificada de acordo com a forma (tipo) e com o contexto onde ocorre. Os tipos ou formas de abuso sexual podem envolver contato sexual com penetração (oral, vaginal e anal), sem penetração (tentativa para ter sexo oral, vaginal e anal), atividade sexual envolvendo toque, carícias e exposição do genital, exploração sexual envolvendo prostituição, pornografia, voyeurismo e assédio sexual. Em relação ao contexto, o abuso sexual pode ser intrafamiliar, afamiliar-se ou institucional. O abuso sexual intrafamiliar é o mais frequente e envolve a atividade sexual entre uma criança ou adolescente e um membro imediato da família (pai, padrasto, irmão) ou próximo (tio, avô, tia), ou com parentes que a criança considere membros da família. Esta forma de abuso é uma manifestação de disfunção familiar e costuma ser crônica, recidivante e sem violência. O abuso sexual extrafamiliar é qualquer forma de prática sexual envolvendo uma criança /adolescente e alguém que não faça parte da família. Na maioria dos casos, o agressor é conhecido e tem acesso à criança (ex. vizinho, religioso, professor, babá, amigo da família). Estes casos habitualmente chegam ao sistema de saúde via Serviços de Emergência, onde a família procura rapidamente o atendimento, relatando o abuso” (PIRES & MIYAZAKI, 2005, p 45) Abuso Sexual: Entendido como toda ação que se utiliza da criança ou do adolescente para fins sexuais, seja conjunção carnal ou outro ato libidinoso, realizado de modo presencial ou por meio eletrônico, para estimulação sexual do agente ou de terceiro; Exploração Sexual Comercial: Uso da criança ou do adolescente em atividade sexual em troca de remuneração ou qualquer outra forma de compensação, de forma independente ou sob patrocínio, apoio ou incentivo de terceiro, seja de modo presencial ou por meio eletrônico; Tráfico de Pessoas: Recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento da criança ou do adolescente, dentro do território nacional ou para o estrangeiro, com o fim de exploração sexual, mediante ameaça, uso de força ou outra forma de coação, rapto, fraude, engano, abuso de autoridade, aproveitamento de situação de vulnerabilidade ou entrega ou aceitação de pagamento, entre os casos previstos na legislação; VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL A violência institucional é caracterizada pela revitimização da criança ou adolescente em vulnerabilidade, por organizações públicas que deveriam oferecer acolhimento, proteção e legitimidade às vítimas de violência que procuram os serviços públicos para denúncia e ajuda. Assim pode estar atrelada a outras formas de violência: abuso sexual; negligência violência física e psicológica, etc. “O abuso sexual institucional ocorre em instituições, cuja função é cuidar da criança no momento em que esta está afastada da família. Pode ser praticado por uma criança maior ou pelos próprios cuidadores ou funcionários”.(PIRES & MIYAZAKI, 2005, p 45) "Negligência e Abandono envolve a omissão de cuidados básicos e de proteção à criança frente a agravos evitáveis e tem como consequência, portanto, o não atendimento de necessidades físicas e emocionais prioritárias. Constituem exemplos de negligência ou abandono deixar de oferecer a criança ou adolescente, alimentação, medicamentos, cuidados de higiene, proteção a alterações climáticas, vestimentas e educação. O abandono pode ser definido como uma forma grave de negligência, que por sua vez evidencia a ausência de um vínculo adequado dos responsáveis com seu filho. A negligência é o tipo mais frequente de maus tratos e inclui a negligência física, a emocional e a educacional: Negligência física: Nesta categoria, que inclui a maioria dos casos de maus tratos, estão inseridos problemas como: a) ausência de cuidados médicos, pelo não reconhecimento ou admissão, por parte dos pais ou responsáveis, da necessidade de atenção ou tratamento médico, ou em função de crenças ou práticas religiosas; b) abandono e expulsão da criança de casa por rejeição; c) ausênciade alimentação, cuidados de higiene, roupas, proteção às alterações climáticas; d) imprudência ou desobediência às regras de trânsito e falta de medidas preventivas para evitar intoxicação exógena; e) supervisão inadequada, como deixar a criança sozinha e sem cuidados por longos períodos(22). Negligência emocional: Inclui ações como falta de suporte emocional, afetivo e atenção, exposição crônica a violência doméstica, permissão para o uso de drogas e álcool (sem intervenção), permissão ou encorajamento de atos delinquentes, recusa ou não procura por tratamento psicológico quando recomendado. Negligência educacional: por sua vez, inclui permissão para faltar às aulas após pais ou responsáveis terem sido informados para intervir, não realização da matrícula em idade escolar e recusa para matricular a criança em escola especial quando necessário." (PIRES & MIYAZAKI, 2005, p 44) 81% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa O número se refere ao primeiro semestre de 2021. O total de denúncias registrado pelo Disque 100 no período foi de 50,1 mil. A violência contra crianças e adolescentes atingiu o número de 50.098 denúncias no primeiro semestre de 2021. Desse total, 40.822 (81%) ocorreram dentro da casa da vítima. Os dados são do Disque 100, um dos canais da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (ONDH/MMFDH). No mesmo período em 2020, o número de denúncias chegou a 53.533. A maioria das violações é praticada por pessoas próximas ao convívio familiar. A mãe aparece como a principal violadora, com 15.285 denúncias; seguido pelo pai, com 5.861; padrasto/madrasta, com 2.664; e outros familiares, com 1.636 registros. Os relatos feitos para a ONDH são, em grande parte, de denúncias anônimas, cerca de 25 mil do total. Saiba como denunciar no Disque 100. “As nossas crianças não ficarão sem proteção. A nossa gestão acompanha com o cuidado e o carinho necessário para acolher a todos. É preciso dar um basta na violência doméstica, seja por meio das denúncias, pela ação das autoridades e, principalmente, pela conscientização da família”, alerta a ministra Damares Alves. Violações Mais de 93% das denúncias (30.570) são contra a integridade física ou psíquica da vítima. Os registros da Ouvidoria contaram 7.051 restrições de algum tipo de liberdade ou direito individual da criança e do adolescente. 3.355 vítimas também tiveram direitos sociais básicos, como proteção e alimentação, retirados. Um dos dados mais preocupantes é a frequência das violações registradas. Mais de 70% ocorriam todos os dias, como indica 23.147 denúncias e, do total do primeiro semestre, 10.365 ocorriam a mais de um ano antes do registro na Ouvidoria. “É dever de cada cidadão ficar atento e denunciar qualquer violação de direitos humanos, principalmente aquelas em que as crianças e os adolescentes são as vítimas. Nós atendemos a quem precisar, com o apoio e a celeridade necessária para esses casos”, explica ouvidor Fernando César Ferreira. O Disque 100 é um serviço gratuito para denúncias de violações de direitos humanos. Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelos serviços, que funcionam 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Além de cadastrar e encaminhar os casos aos órgãos competentes, a Ouvidoria recebe reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. Disque 100 45% das notificações de violência no PR são contra crianças e adolescentes (SESA/PR) No Dia Nacional de Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual Infanto-Juvenil (18/05/2012) a Secretaria da Saúde divulga um levantamento feito a partir das fichas de Notificação/Investigação da violência doméstica, sexual e/ou outras violências nos serviços de saúde sobre a violência contra crianças e adolescentes. A notificação pelos serviços de saúde é obrigatória nos casos suspeitos ou confirmados de violência de acordo com a portaria nº 104 do Ministério da Saúde, de 25 de janeiro de 2011. “O dia nacional de Luta é mais um elemento para o enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, pois com a mobilização dos diferentes setores da sociedade, dos governos e da mídia é possível comover a opinião pública contra a violência sexual de crianças e adolescentes”, afirmou o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto. Dados preliminares da Secretaria da Saúde mostram que nos anos de 2010 e 2011 foram notificados no Paraná 8.775 casos de violência (3.237 em 2010 e 5.538 casos em 2011). Destes, 3.971 (45%) são de agressão contra crianças e adolescentes. “Os dados ainda não expressam a realidade da violência no Paraná, pois a notificação nos serviços de saúde ainda está sendo implementada nos municípios. No entanto, com esses dados podemos delinear o perfil dos casos atendidos nos serviços de saúde”, enfatizou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz. A análise mostrou que o tipo de violência mais característico em crianças (0 a 11 anos) é a negligência ou o abandono (tanto em meninos quanto em meninas) – chegando a 48% do total dos casos notificados. A violência sexual (26,9 % – principalmente contra meninas) ocupa a segunda colocação, seguido pela violência física (onde tem maior incidência contra meninos) e pela violência psicológica ou moral que afeta de forma significativa os dois sexos. Já na adolescência a forma predominante de violência é a física (em ambos os sexos), seguido por violência sexual e violência psicológica e/ou moral (principalmente contra meninas); e por negligência e abandono (mais predominante contra meninos). Dentre as formas de violência sexual contra a criança e o adolescente a principal é o estupro, que, de acordo com legislação de 2009, passou a incluir também o atentado violento ao pudor. Este tipo de violência corresponde a 66,4% dos casos contra a criança e o adolescente; seguido pelo assédio sexual com 22,4%. “Ainda não há registros consistentes de exploração sexual e pornografia infantil, pois a notificação nos serviços de saúde abrange principalmente a violência doméstica”, explica o técnico da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde, Emerson Peres. Quando há registro deste tipo de violência, uma cópia da ficha de notificação deve ser encaminhada aos Conselhos Tutelares e/ou autoridades competentes (Juizado da Infância e Juventude e/ou Ministério Público da localidade). Em 2002 foi criada no Paraná a Comissão Estadual Interinstitucional para construir o Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente. A comissão reúne entidades governamentais e não-governamentais para enfrentar a violação de direitos de meninas, meninos e jovens. A Secretaria da Saúde está representada pelos técnicos Emerson Luiz Peres, da Superintendência de Vigilância em Saúde e Nádia Tadra, da Superintendência de Atenção à Saúde. “Atualmente a comissão tem se dedicado a acompanhar a implementação do plano 2010/2015, sempre numa perspectiva interdisciplinar, intersetorial e interinstitucional,” disse Emerson. As discussões da comissão são pautadas não apenas na violência de natureza sexual contra a criança, mas em toda forma de violência e violação de direitos da criança e do adolescente. PREVENÇÃO Em março deste ano, o secretário Michele Caputo Neto assinou a resolução Nº 177/2012, que define o repasse de R$ 570 mil para 19 municípios implementarem Núcleos de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde. Os recursos são do Ministério da Saúde e do governo do Estado, sendo que cada município receberá R$ 30 mil. Sete municípios paranaenses já têm implantados núcleos de prevenção – Curitiba, Londrina,Maringá, Toledo, Foz do Iguaçu, Piraquara e São José dos Pinhais. Visão geral para prevenir e enfrentar a violência contra crianças de 0 a 18 anos Estratégia Implementação e vigilância do cumprimento das leis Normas e valores Segurança do ambiente Pais, mães e cuidadores recebem apoio Medidas • Leis que proíbem pais, mães, professores ou outros cuidadores de aplicar castigos violentos a crianças • Leis que criminalizam o abuso sexual e a exploração de crianças • Leis que previnem o uso indevido de álcool • Leis que limitam o acesso de jovens a armas de fogo e outras armas • Mudança na adesão a normas sociais e de • gênero que sejan restritivas • Programas de mobilização da comunidade • Intervenções junto a testemunhas • Redução da violência por atuação em “áreas críticas” • Interrupção da propagação da violência • Melhoria do espaço urbano • Por meio de visitas domiciliares • Por meio de grupos nas comunidades • Por meio de programas integrais Setores Justiça Saúde, Educação, Bem-Estar Social Interior, Planejamento Bem-Estar Social, Saúde Atividades transversais Ações multissetoriais e coordenação Incremento de renda e fortalecimento econômico • Transferência de renda • Associações de poupança e empréstimo combinadas à educação para a equidade de gênero • Microfinanciamento combinado à educação sobre normas de gênero Finanças, Trabalho Resposta de serviços de atenção e apoio Educação e habilidades para a vida • Aconselhamento e apoio terapêutico • Rastreamento de casos combinado a intervenções • Programas de tratamento para jovens em conflito com a lei no sistema de justiça criminal • Intervenções de acolhimento familiar, com participação dos serviços de bem-estar social • Aumento da taxa de matrículas na pré-escola e nas escolas primária e secundária • Criação de um ambiente escolar seguro e estimulante • Melhoria do conhecimento das crianças sobre o abuso sexual e maneiras de se proteger • Formação de habilidades sociais e para a vida • Programas dirigidos a adolescentes para prevenção da violência infligida pelo parceiro íntimo Saúde, Justiça, Bem-Estar Social Educação Monitoramento e avaliação Folder: Referências https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/julho/81-dos-casos-de-violencia- contra-criancas-e-adolescentes-ocorrem-dentro-de-casahttps://crianca.mppr.mp.br Diga não á Violência Doméstica Contra Criança e Adolescente Diante da suspeita ou confirmação de Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes: Se você é COMUNIDADE, ou seja: Vizinho, Amigo, parente ou a própria Vítima. Se você é PROFISSIONAL, ou seja: Professor, Monitor, Médico, Assistente Social, Psicólogo, Enfermeiro, Agente de Cultura, Esporte, Saúde entre outros. Denuncie pode ou não ser anônima. Disque 100 Discute o caso com a equipe, as possibilidades de intervenção e preenche a ficha de Notificação SISNOV. Informa o Conselho Tutelar ou realiza o Protocolo CREAS, fazendo o encaminhamento direto para o atendimento CREAS CONSELHO TUTELAR Conselho Tutelar verifica os serviços de rede necessários à proteção da criança/adolescente e atendimento à família Conselho Tutelar registra o caso de suspeita ou confirmação Conselho Tutelar aciona o serviço que achar mais adequado ao caso para desenvolver as medidas de proteção junto à rede existente na comunidade, presta o atendimento que o caso demandar (assistência jurídica, social, psicológica, educação, saúde). 81% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa 45% das notificações de violência no PR são contra crianças e adolescentes (SESA/PR) Visão geral para prevenir e enfrentar a violência contra crianças de 0 a 18 anos
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