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Fisiopatologia Geral Ricardo Augusto Lopes - Fisioterapeuta Pós Graduado em Fisioterapia Esportiva e Acupuntura e Graduando em Medicina Conceito ● Os processos patológicos são o conjunto alterações do ponto de vista morfológico, molecular e funcional dos tecidos frente às agressões fisiológicas ocorridas. Dessa forma, esta pode ser compreendida como o estudo do sofrimento humano, sua origem, mecanismos e natureza de uma forma abrangente. ● Um bom funcionamento do organismo está relacionado aos aspectos circulatórios, bioquímicos, respiratórios, metabólicos, temporais, morfológicos, ecológicos, nutricionais, físicos, dentre outros ● ● A patologia pode ser conceituada como a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam, ou seja, é voltada ao estudo das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que estão ou podem estar sujeitos a doenças. ● A Patologia Geral está atrelada a Anatomia patológica ou sistêmica, nessa área da patologia, compete estudar as alterações fisiopatológicas de cada estrutura do órgão do corpo, junto as suas respostas mais específicas (detalhadas), as quais ocorrem nos órgãos e tecidos também em decorrência do fator doença, as chamadas alterações ou modificações fisiopatológicas Subdivisões da Patologia: ● Etiologia: estuda as causas gerais e origens de um determinado fenômeno. Já associado à área da medicina, esse termo se atribui a compreender a causa das doenças, podendo ser determinado por fatores intrínsecos ou adquiridos. ● ● Patogenia ou patogênese: refere-se à origem ou evolução de um determinado processo de morbidade. É o processo de eventos relacionados a estímulos iniciais da doença. ● Alterações morfológicas: é uma área que se refere a interpretar a existência de alterações estruturais nas células e tecidos, as quais podem ser caracterizadas pela presença de determinada doença ou diagnósticos (processos etiológicos ou origem etiológica). É o que pode ser visualizado macro ou microscopicamente. ● Fisiopatologia: estuda os distúrbios funcionais e significados clínicos. A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos diferentes tecidos influenciam o funcionamento normal e determinam as características clínicas, tanto no seu curso (evolução) como no prognóstico da doença (desfecho clínico, ou seja, o que acontecerá – alta, observação clínica, internação clínica, óbito). EX.: FISIOPATOLOGIA DA ASMA Jean François Fernel ● Cunhou o termo Fisiologia ● Descreveu o canal vertebral ● Astrônomo, Matemático e Médico ● Primeiro a descrever sobre a endocardite infecciosa Cláudio Galeno ● Determinou a importância dos temperamentos no estado de saúde ● Tipos de personalidade e teoria dos humores ● Característica dos 4 elementos básicos: terra (fria e seca), ar (quente e úmido), fogo (quente e seco) e água (fria e úmida), ● Galeno via a causa da doença como endógena, ou seja, estaria dentro do próprio homem, em sua constituição física ou em hábitos de vida que levassem ao desequilíbrio. ● O conceito de Galeno a respeito de saúde e doença prevaleceu por vários séculos, até o suíço Paracelsus (1493-1541) afirmar que as doenças eram provocadas por agentes externos ao organismo. ● Ele propôs a cura pelos semelhantes, baseada no princípio de que, se os processos que ocorrem no corpo humano são químicos, os melhores remédios para expulsar a doença seriam também químicos, e passou então a administrar aos doentes pequenas doses de minerais e metais Uma luta pela sobrevivência ● Os fungos, vírus e bactérias atacam primeiramente as células do órgão, e à medida que vão se reproduzindo, além de acometer esse órgão afetado (órgão-alvo), passam a invadir locais subjacentes e sistemas inteiros, desencadeando reações adversas e ativando mecanismos de compensação para vencer a irregularidade impostas por esses invasores. Semiologia O estudo dos sinais e sintomas das doenças é objeto da propedêutica ou semiologia, que tem por finalidade fazer seu diagnóstico a partir do qual se estabelecem o prognóstico, a terapêutica e a profilaxia. Saúde x Doença ● Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas pela ausência de doenças ou enfermidades. ● ● Infecções; • doenças degenerativas; • distúrbios nutricionais; • disfunções metabólicas; • distúrbios imunológicos; • neoplasmas; • disturbios psiquiátricos; Constituição de 1988 ● Em 1988, a Constituição brasileira passa a considerar a saúde como um direito de todos e dever do Estado. A partir dessa data, os sistemas de saúde passaram a adotar abordagens que vão além do tratamento das doenças, visando também à prevenção ● ● Campanhas ● Vacinação ● Agentes de Saúde e Comunidade ● Acompanhamento de doenças crônicas Fatores que Interferem na Saúde ● Disponibilidade Financeira; ● Acessibilidade; ● Aceitabilidade; ● Qualidade dispensada pelos serviços de saúde pública no país. Estudo da Microscopia Celular ● Permite o entendimento de como se formam os sistemas e seus constituintes. ● Evolução da ciência estratégias de combate e tratamento das doenças, como medicamentos, vacinas, equipamentos etc. ● É também por meio do estudo microscópico que se estuda e se descobre a estrutura e as funções de cada célula, identificando sua relação entre um sistema, órgão ou entre vários sistemas do corpo Tipos Diferentes de Células Estrutura de uma Célula ● Núcleo celular: envolvido pela membrana nuclear, o núcleo contém o material genético das células (DNA). ● Citoplasma: o citoplasma carrega o conteúdo celular donde cada organela possui uma função vital. É constituído de hialoplasma, substância fluida e viscosa, região chamada citosol e de um citoesqueleto que dá forma e sustenta as organelas, ● Membrana plasmática: membrana fina e flexível com permeabilidade seletiva (regula a passagem e a troca de substâncias) que envolve as células. ● Organelas celulares: as organelas são como pequenos órgãos, cada uma possui uma função específica, dentre respiração, nutrição e excreção das células. Cada Órgão tem a sua função: ● Rins têm a função de excretar certos produtos do catabolismo, regulando assim o metabolismo da água e o pH do sangue; ● Pulmões absorvem o oxigênio e eliminam o gás carbônico e o vapor de água; ● Intestinos evacuam os resíduos dos alimentos que ingerimos e as secreções digestivas; ● Pâncreas produz insulina e regula o nível de açúcar no sangue. Fisiopatologia da Dor Relação Queimadura x Dor EAD - Subjetividade Fatores que Influenciam a Dor ● Quimioreceptores: são nociceptores que reagem aos estímulos químicos que nossos tecidos liberam quando estão inflamados ou apresentam doenças. Quando sofremos uma lesão, seja traumática, inflamatória ou isquêmica, substâncias como a serotonina, enzimas proteolíticas, bradicinina e a histamina são liberadas no sangue, fazendo com que os quimioreceptores detectam.. ● ● Termoceptores: são receptores de dor ativados quando há uma possível lesão ou elemento de elevada temperatura. ● ● É interessante lembrar que os termoceptores trafegam em vias diferentes até chegar no sistema nervoso central quando se refere ao tipo de pele. ● ● Quando as terminações nervosas (termoceptores) estão embaixo da pele com pelos, trafegam por vias tipo A-II, que são fibras mais rápidas e mais sensíveis ao estímulo. Quando os termoceptores estão em peles sem pelos, trafegam por fibras do tipo C. Mecanorreceptores ● Toda pressão mecânica que ultrapasse o limite no simples toque até causar uma lesão, como um impacto, vibração ou a deformação de algum tecido do nosso corpo, ativa os mecanorreceptores. Esse é o tipo de dor mais comum e que notamos mais rápido, por conta dessainformação ser transportada através das fibras A (fibras mielinizadas e que conduzem estímulos muito rápido) Distúrbios de Crescimento Celular ● Aumento da demanda e estímulos externos – hiperplasia e hipertrofia; ● Diminuição de nutrientes e fatores de crescimento – atrofia e hipoplasias; ● Formação incompleta de um órgão ou estrutura – aplasia; ● Mudança do tipo celular – metaplasias; ● Estímulos diversos levam à adaptação; ● Estimulação direta – fatores de crescimento produzidos pelas próprias células ou células vizinhas; ● Ativação de vários receptores de superfície e vias de sinalização; ● Indução da síntese de novas proteínas pelas células-alvo, por aumento da demanda; ● Estimulação da proliferação, como resposta às influências hormonais. Atrofia x Hipotrofia x Hipertrofia Etiologia da Inflamação ● Infecções (bactérias, vírus, fungos e parasitas); ● Traumas como cortes e penetrações, queimaduras ou o frio profundo; ● Isquemia tecidual que leva à necrose, como no caso do infarto do miocárdio; ● Corpos estranhos como farpas, poeira, dentre outros; ● Reações imunológicas que podem acontecer contra os próprios tecidos ou com substâncias do ambiente. Sistema Locomotor Função do Sistema Ósseo ● Proteger estruturas internas sensíveis como o cérebro, a medula espinhal, coração e pulmão ● Servem como alavancas para nos manter em movimento e postura bípede. ● Armazenar sais de cálcio que podem ser absorvidos pelo sangue, quando houver falta no organismo Medula Óssea Vermelha x Amarela Funções do Tecido Muscular Características ● Contratilidade: que designa a capacidade que o músculo tem de se contrair. ● Excitabilidade: o músculo responde à estimulação pelos nervos ou hormônios. ● Expansibilidade: o músculo pode ser estirado até ao seu normal comprimento em repouso e pode estender-se além de seu comprimento em repouso. ● Elasticidade: se os músculos forem estirados, retornam ao seu comprimentooriginal quando em repouso. Tipos de Fibras Musculares Potencial de Ação Sínd. do Neurônio Motor Sup. e Inf. Síndrome de Guillain-Barré Myasthenia Gravis Distrofias Musculares ● Podem ser congênitas ou não. ● Quando congênitas são progressivas l ● Estão associadas a manifestações do SNC. Distrofia Muscular de Duchenne ● Distrofia de Duchenne é uma doença genética de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X, degenerativa e incapacitante. O gene defeituoso é transmitido simultaneamente pelo pai e pela mãe, que é assintomática. No entanto, cerca de 1/3 dos casos ocorre por mutação genética nova. Manobra de Gowers ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) ● A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma desordem neuromuscular rara caracterizada por progressiva degeneração do tronco encefálico, trato corticospinal e ponta anterior da medula. Epidemiologia ● A ELA acomete de 1 a 2/100.000 indivíduos. Acomete homens em uma proporção de até duas vezes maior que as mulheres e se manifesta a partir da quinta década de vida; 5% a 10% dos casos são familiares ● ● Teoria multifatorial, ou seja, uma exposição ambiental deletéria em indivíduos suscetíveis geneticamente levaria às lesões neuronais. ● ● Infecções virais ● reações inflamatórias causadas pelos microtraumas gerados pelo esporte de alto desempenho (reação autoimune) Lesões Do Neurônio Motor Superior ● Fraqueza muscular em músculos intrínsecos da mão e língua ● Sinais de liberação piramidal (aumento dos reflexos tendinosos, espasticidade, sinal de Babinski). Lesões Do Neurônio Motor Inferior ● (da medula espinhal até a placa neuromuscular), que geram atonia, arreflexia, atrofia muscular e fasciculações. Degeneração Dos Neurônios Motores Do Tronco Encefálico ● O paciente poderá apresentar disartria, disfagia e disfonia DISARTRIA É a perda da capacidade de articular as palavras de forma normal. É uma condição neurológica que causa uma alteração na pronúncia ou articulação da fala. DISFAGIA Dificuldade de deglutição – pode ser de dois tipos: Disfagia orofaríngea: uma condição que afeta a cavidade bucal e a faringe, causando dificuldade para engolir; Disfagia esofágica: condição caracterizada pela dificuldade de passagem do alimento depois do processo de deglutição. DISFONIA Popularmente chamada de rouquidão, vem a ser qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça ou dificulte a produção natural da voz, causando prejuízo ao indivíduo. Diagnóstico de ELA ● El Escorial World Federation of Neurology (Escore da Federação Mundial de Neurologia) ● Doença comprovada: Paciente apresentar sinais de lesão de neurônios motores superiores e inferiores em três ou mais regiões (tórax, membros superiores, inferiores ou tronco encefálico). ● Doença provável: se o paciente apresentar sinais de lesão de neurônios motores superiores e inferiores em duas regiões. ● Doença possível: se o paciente apresentar sinais de lesão de neurônios motores superiores e inferiores em uma região, ou apresentar sinais de lesão somente de neurônios motores superiores em duas ou mais regiões, ou apresentar sinais de lesão somente de neurônios motores inferiores em duas ou mais regiões. Expectativa de Vida A expectativa de vida com a doença é de seis meses a três anos na ELA bulbar, e de três a cinco anos na ELA clássica, em que ocorre a lesão de neurônios motores superiores do córtex cerebral e dos neurônios inferiores da medula espinhal. Hawking recebeu o diagnóstico aos 21 anos, após apresentar quadros de fraqueza muscular nas pernas. Os médicos previram que ele não viveria mais que três anos. No entanto, Hawking surpreendeu a todos e viveu até os 76 anos, deixando um importante legado para a ciência. SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ (SGB) ● É a causa mais comum de paralisia flácida no mundo É uma polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda, de natureza autoimune que afeta o sistema nervoso periférico; geralmente é desencadeada por um processo infeccioso agudo ● O pico da fraqueza muscular ocorre entre 2-4 semanas; ● ● Sinais: perdas sensoriais, ataxia, disfunção autonômica e dor muscular que antecede a fraqueza em quase 30% dos pacientes Complicações Causas: ● 50% a 70% dos casos aparecem 1-2 semanas após uma infecção respiratória ou gastrointestinal ● ● Estímulo imune que cause uma resposta auto imune exacerbada 30% dos pacientes desenvolvem complicações: Insuficiência respiratória que requer VM, pneumonia aspirativa, sepse, arritmia cardíaca, HAS ou hipotensão, sudorese e constipação VARIANTES DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ● Presente em cerca de 85% dos casos da SGB; ● ● Ocorre desmielinização das fibras nervosas; ● ● Resultado de danos na mielina, ao contrário da forma axonal onde ocorre danos nos nódulos de Ranvier Polirradiculoneuropatia inflamatória aguda (PDIA) ● Forma motora da SGB que prevalece mais na China, Japão e México; ● Afeta principalmente crianças ● Associada com a infecção por Campylobacter jejuni (Colite, febre e diarréia) neuropatia axonal motora aguda ● Oftalmoplegia, Arreflexia e ataxia sem fraqueza e é classificada como a variante axonal. ● Elevação de proteínas no líquido cefalorraquidiano e presença de anticorpos específicos Síndrome de Miller Fisher (SMF) Variante Paraparética ● Variante axonal que causa fraqueza bilateral dos membros inferiores ● Variante bifacial com parestesias causa fraqueza bifacial e distúrbios sensoriais distais dos membros DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ O diagnóstico inicial feito com neuroimagem é indicado para descartar: ● Quadriparesia (mielite transversa) ● Mielopatia subaguda compressiva● Doenças infiltrativas das raízes espinhais e medula espinhal Estudos de condução dos nervos ● Exames laboratoriais ● Eletroneuromiografia ● Liquor ● Exames de Imagem ● Teste de Função Pulmonar https://drdiegodecastro.com/exame-de-eletroneuromiografia/ PROGNÓSTICO ● 87% têm uma recuperação completa ou tem sequelas não graves (letalidade é de 9% e 17%) ● ● Alguns pacientes não recuperam a força completa das mãos ou dos tornozelos e a dor e formigamento são alguns dos sintomas residuais ● ● Recuperação completa 1-3 anos TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ● Mobilização precoce dos pacientes na fase aguda pode prevenir úlceras de pressão, compressão de nervos, calcificação heterotópica, TVP e formação de contraturas ● o posicionamento da articulação em posição neutra como opção preventiva e/ou corretiva para contraturas Prescrição do uso de órteses ● Recurso amplamente utilizado na reabilitação de pacientes com lesões neurológicas. ● ● Exercícios de elevada intensidade são mais eficazes para a reabilitação dos pacientes com Guillain Barré Aplicação da estimulação elétrica funcional (FES) Cinesioterapia ativa e fortalecimento muscular Anatomia Cardíaca Ciclo Cardíaco ● E definido pelos eventos que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o início do batimento seguinte. Se inicia com um potencial de ação no nodo sinusal, que se propaga rapidamente pelos átrios até os ventrículos. Os átrios contraem-se impulsionando o sangue para os ventrículos, que se contraem em seguida, ejetando o sangue para o sistema vascular. O momento em que o coração está relaxado e se enche de sangue se chama diástole. Já o momento em que contrai e ejeta o sangue chama-se sístole • Potencial se inicia no nodo sinusal • A duração é a recíproca da frequência • Ex: F=72 🡪 C.C.= 1/72 batimentos/m • Quanto maior a frequência, menor o ciclo • Em frequências altas, a sístole ocupa maior parte do ciclo • O coração não relaxa o suficiente para encher as câmaras ❖ Onda P ❖ Complexo QRS ❖ Onda T REGULAÇÃO DO BOMBEAMENTO CARDÍACO • Em repouso: 4 a 6 litros/minuto • Em exercício intenso: 4 a 7 vezes mais • 16 L/min a 42 L/min • Regulação: • Regulação Cardíaca (R.C.) intrínseca • R.C. pelo Sistema Nervoso Autonômico Controle do Coração pela Inervação Simpática e Parassimpática • Controle do Débito Cardíaco (DC) e da Frequência Cardíaca (FC). • DC = Quantidade de sangue / minuto. • FC = Quantidade de batimentos / minuto. Mecanismos de Excitação Cardíaca pelos Nervos Simpáticos • Os estímulo simpático: • Aumenta a frequência cardíaca • Aumenta a força de contração cardíaca • Eleva a pressão de ejeção • • A inibição simpática: • Diminui (pouco) o bombeamento cardíaco • Diminui a força de contração ventricular • Fibras simpáticas têm descarga contínua (baixa): mantém o bombeamento cerca de 30 % acima do que seria na presença de estímulo simpático. A Estimulação Parassimpática (Vagal) Fonte: Tratado de Fisiologia Médica – Guyton & Hall – 13 Ed • Atuação principal nos átrios (Nó sino atrial) • • Pode chegar a parar o coração • As fibras vagais estão dispersas pelos átrios e pouco nos ventrículos (local da geração da força de contração) Curva da Função Cardíaca: influência simpática e parassimpática • Para qualquer pressão atrial inicial, o débito cardíaco sobe durante os estímulos simpáticos e cai durante estímulos parassimpáticos. • • Variações do débito resultam em variações da frequência cardíaca e variações da força contrátil do coração. Fonte: Tratado de Fisiologia Médica – Guyton & Hall – 13 Ed Ritmicidade: Nervos Simpáticos e Parassimpáticos • ESTÍMULO SIMPÁTICO • Efeitos antagônicos ao estimulo parassimpático • Libera norepinefrina • Aumenta a frequência de descargas do Nó SA; aumenta a velocidade de condução; aumenta a excitabilidade em todas as porções do coração; aumenta a força de contração muscular • Pode triplicar a frequência cardíaca e duplicar a força de contração • ESTÍMULO PARASSIMPÁTICO • Distribuem-se para os nodos S-A e A-V, pouco para os ventrículos • Libera acetilcolina • Diminui o ritmo do nodo sinusal; reduz a excitabilidade das fibras de junção A-V: lentifica o impulso • Diminui a frequência cardíaca pela metade (estimulo leve/moderado), podendo parar os estímulos do Nó S-A • Escape ventricular: coordenação das fibras de Purkinje https://slidetodoc.com/fisiologia-do-sistema-carddiovascula r-i-elyzabeth-da-cruz/ https://slidetodoc.com/fisiologia-do-sistema-carddiovascular-i-elyzabe th-da-cruz/ Sistema Excitatório e Condutor ● O Nodo Sinusal é responsável pela geração de impulsos rítmicos normais; ● ● Vias intermodais conduzem os impulsos do nodo sinusal; ● ● Nodo AV passa os impulsos vindos do átrio para o ventrículo; ● ● Fibras de Purkinje conduzem os impulsus por todo o ventrículo; Controle da excitação e da condução no coração • O Nó Sino Atrial é o marca-passo do coração normal • • Origem do impulso • Controla a ritmicidade • • Fibras do nodo A-V e as de Purkinje também podem desempenhar função de marca-passo: marca-passo ectópico Nodo Sinusal (Sinoatrial) Fonte: Tratado de Fisiologia Médica – Guyton e Hall ● Faixa de músculo cardíaco especializado; ● Difere das fibras atriais; ● Capacidade de autoexcitação; ● Alta permeabilidade a íons sódio e cálcio; ● Potencial de repouso com menor negatividade; ● Potencial de ação mais lento; Nodo A-V • Condução Lenta • Retardo se deve ao nodo A-V. • Número de junções comunicantes reduzido entre as sucessivas células. Fibras de Purkinje • Fibras muito calibrosas. • • Velocidade 6x maior dos potenciais de ação que o músculo ventricular. • • Alta permeabilidade de junções comunicantes • Transmissão unidirecional. Fases do Ciclo Cardíaco https://www.sanarmed.com/ descomplicando-o-ciclo-cardi aco-colunistas Bomba de Escova • 80% do sangue 🡪 Passiva • 20% do sangue 🡪 Contração atrial Enchimento Ventricular Rápido ● O sangue vai se acumulando nos átrios durante a sístole ventricular. ● Quando termina essa fase e o ventrículo volta para a fase de diástole, que é o relaxamento, o volume sanguíneo que ficou nos átrios exerce pressão nas valvas atrioventriculares (direita: tricúspide; esquerda: mitral ou bicúspide) e, então, passa rapidamente para os ventrículos. ● Isso ocorre no primeiro momento da diástole. Contração isovolumétrica ou isométrica ● Na contração ventricular, ocorre o aumento da pressão e as valvas atrioventriculares se fecham. ● Então, o ventrículo começa a se contrair, mas o sangue ainda não é ejetado, pois, para que isso ocorra, é preciso até 0,03 segundos a mais para que tenha a pressão necessária para que as valvas semilunares (direita: pulmonar; esquerda: aórtica) se abram e o sangue seja ejetado. Ejeção Rápida ● As valvas semilunares abrem quando a pressão no interior do ventrículo direito está por volta dos 8mmHg e do ventrículo esquerdo aos 80mmHg; logo o sangue é ejetado para as respectivas artérias. ● No primeiro momento da ejeção, 70% do sangue é expelido, esse período é chamado de ejeção rápida. Ejeção Lenta ● Restam os 30%, que serão lançados no segundo e terceiro momento, logo após o período de ejeção rápida. Destes, 30% correspondem ao período de ejeção lenta. Relaxamento Isovolumétrico (Isométrico) ● Quando acaba o período de contração dos ventrículos, o relaxamento deles começa a ocorrer, e as pressões em seu interior começam a diminuir. ● Depois disso, as pressões dos ventrículos diminuem e voltam ao momento de diástole. Assim, as valvas atrioventriculares se abrem dando início a um novo ciclo. A-C : Enchimento diastólico C-D: Contração Isovolumétrica D-E: Ejeção Rápida E-F: Ejeção Lenta F-A: Relaxamento Isovolumétrico Valvas Átrio-Ventriculares Valvas A-V TricúspideMitral Evitam Refluxo da Sístole Valvas Semilunares Pulmonar Evitam Refluxo da Diástole Aórtica Valvas semilunares Valvas A-V Fechamento Rápido (devido às altas pressões nas artérias ao final da sístole) Suave Velocidade de ejeção Maior (por terem aberturas menores) Menor Abrasões mecânicas Mais intensas (por causa da abertura e fluxo rápidos) Menos intensas Contensão pela corda tendínea Não Sim Relação entre os Sons Cardíacos e o Bombeamento Cardíaco Não se ouve a abertura das valvas • Processo relativamente vagaroso; • Normalmente não produz som. Ouve-se o som do fechament o das valvas • Os folhetos valvares e os líquidos que as banham vibram devido a variação da pressão; • Originam sons que se disseminam por todo o tórax. Bulhas Cardíacas Primeira bulha Som causado pelo fechamento das valvas A-V quando os ventrículo se contraem; O timbre de vibração é baixo e com duração relativamente longa. Segunda bulha Estalido causado pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar ao final da sístole; Som de curta duração pelo rápido fechamento das valvas. Estenose Mitral ● Dispneia ● Ortopneia. ● Cansaço. ● Precordialgia ● Arritmia cardíaca ● Tosse com expectorações. ● Tosse com sangramento. ● Edema na periferia (inchaço das pernas ou pés). ● Infecções respiratórias frequentes. ● Vertigens (tontura, sensação de desmaio). (1) Ocorre a Despolarização Atrial pelo Nodo SinoAtrial durante a onda P (2) Ocorre a Despolarização Atrial Completa e o impulso chega ao atrio-ventricular (3) Despolarização Ventricular formando o Complexo QRS e inicia-se a repolarização Atrial Fisiopatologia geral. / Dionei Alves dos Santos; Lindamir Pozzo Arbigaus. – Indaial: UNIASSELVI, 2019 (4) Despolarização Ventricular completa (5) Início da Repolarização Ventricular (6) Repolarização Ventricular completa Fisiopatologia geral. / Dionei Alves dos Santos; Lindamir Pozzo Arbigaus. – Indaial: UNIASSELVI, 2019 DOENÇAS RELACIONADAS AO SISTEMA DE CONDUÇÃO CARDÍACA ● Fibrilação ventricular é um ritmo cardíaco anormal e potencialmente fatal, caracterizado pela contração superficial das câmaras inferiores do coração. Em vez de realizar o movimento completo de contração, os ventrículos em FV realizam movimentos fracos que se parecem com tremores Angina Pectoris ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva) HPA (Hipertensão) Aula Prática PA MÉTODO PALPATÓRIO X MÉTODO AUSCULTATÓRIO Síndrome Metabólica ● O termo Síndrome Metabólica descreve um conjunto de fatores de risco que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. Tratamento ● Hipertireoidismo: Indicação de medicamentos que reduzem a produção hormonal da glândula. Quando ocorrem quadros mais avançados, pode ser indicado o uso de iodo radioativo ou cirurgia de retirada da tireoide. ● ● Hipotireoidismo, é indicada a reposição hormonal (Levotiroxina) Doença de Cushing ● Refere-se ao corticotropinoma (adenoma hipofisário hipersecretante de ACTH), uma neoplasia benigna, na maioria das vezes, de pequenas dimensões (microadenoma). Predomina no sexo feminino e tem progressão lenta. ● ● Ocorre, nessa patologia, uma hipersecreção de ACTH, a qual provoca uma hiperplasia bilateral da adrenal. Os corticotrofos estão atrofiados na Doença de Cushing, inibidos pelo hipercortisolismo e pela ausência de CRH. Secreção ectópica de ACTH ● Neoplasias não hipofisárias são capazes de secretar ACTH. Até metade dos casos se relaciona ao Carcinoma de Pequenas Células do Pulmão (oat cell). ● ● Por causa dessa associação, neoplasias secretantes de ACTH são mais comuns no sexo masculino, entre 40 e 60 anos. Em geral, nesses casos, a progressão do tumor é rápida, sem que haja tempo hábil para o aparecimento dos sintomas clássicos da síndrome. Cushing Iatrogênico ● Ocorre devido ao uso crônico de glicocorticoides. Manifestações geralmente aparecem a partir de doses de prednisona maiores ou iguais a 7,5 mg/dia. O uso prolongado causa atrofia reversível da suprarrenal. Diagnóstico ● Existem 3 exames para o diagnóstico de hipercortisolismo, sendo necessário a positivação de 2 deles para se confirmar o diagnóstico de maneira inequívoca. ● ● 1) Cortisol livre na urina de 24h: o cortisol plasmático livre é a forma ativa do hormônio. Como a urina de 24h está sujeita a erros de coleta, é necessário 3 amostras distintas. Para ser positivo, os valores de cortisol precisam estar acima de 3 vezes o limite superior de normalidade (LSN). ● 2)Teste de supressão com dexametasona em dose baixa: Valores inferiores a 1,8 microgramas por decilitro são considerados normais, acima disso anormais. ● ● 3)Cortisol plasmático ou salivar noturno: A secreção de cortisol tem seu nadir por volta de 23h, mas, nos portadores de Cushing endógeno, isso não acontece. Os valores são considerados elevados quando acima de 130 nmol/L. Doença de Addison Nanismo (Acondroplasia) Artrite Reumatóide Fibromialgia Gota Febre Reumática Câncer ● Exposição a toxinas ambientais, como poluição, radiação e fumo passivo. ● Genética. ● Dieta desequilibrada, pobre em frutas, verduras e legumes. ● Estresse. ● Trauma ou lesão local. ● Inflamação ou infecção. ● Obesidade. ● Tabagismo. ● Ingestão abusiva de bebidas alcoólicas. ● Exposição excessiva ao sol (importante: evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios). Estágios ● Estágio de iniciação: os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Elas encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio. ● Estágio de promoção: as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. ● ● A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. ● ● A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas. ● Estágio de progressão: se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese. Tratamento HEMORRÁGICO ● O tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento. ISQUÊMICO ● O tratamento para AVC isquêmico é feito no hospital e, normalmente, é iniciado com a injeção de remédios trombolíticos diretamente na veia, que são medicamentos que tornam o sangue mais fino e ajudam a eliminar o coágulo que está causando o bloqueio no vaso. ● AVC transitório, também conhecido como ataque isquêmico transitório ou AIT, é um breve episódio durante o qual partes do cérebro não recebem sangue suficiente. Comoo suprimento de sangue é restaurado rapidamente, o tecido cerebral não morre como em um AVC. Mal Epiléptico ● Estado de mal epiléptico é definido como uma crise epiléptica contínua com duração superior a 30 minutos ou crises sequenciais sem recuperação da consciência entre elas Causa ● A DH é causada por uma mudança (uma expansão) no gene (HTT) que codifica uma proteína chamada huntingtina. Como resultado desta expansão, o gene é traduzido numa forma alterada da proteína, algo que leva ao mau funcionamento e morte de células nervosas (neurónios) em áreas específicas do cérebro. Os mecanismos exactos da doença são multifacetados e altamente complexos, de acordo com as múltiplas funções da proteína huntingtina. Os investigadores têm trabalhado para conseguir ter uma melhor compreensão dos mecanismos causadores da doença de forma a desenvolverem terapias modificadoras da doença. Epidemiologia ● É uma doença rara e afeta homens e mulheres igualmente. A prevalência dessa condição é de aproximadamente 1 a cada 10 mil pessoas. No Brasil, estima-se que 15 mil pessoas tenham o gene determinante dessa condição Tratamento Não existe cura para a doença de Huntington. No entanto, certos medicamentos, incluindo medicamentos antipsicóticos. leia mais (como clorpromazina, haloperidol, risperidona e olanzapina) podem ajudar a controlar a agitação. Fisiopatologia ● A deposição e emaranhados neurofibrilares de beta-amiloide levam à perda de sinapses e neurônios, o que resulta em atrofia total das áreas afetadas do cérebro, tipicamente começando no mesial do lobo temporal. Esclerose Múltipla
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